Indeterminado escrita por Hont91


Capítulo 8
Capitulo 8, Levo uma surra de uma garota...


Notas iniciais do capítulo

Vestibulares e ENEM sugaram todas as minhas forças, agora que isso passou é festa de fanfics xD logo logo posto mais ^^



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Capitulo 8, Levo uma surra de uma garota...

“Foi mais ou menos nisso que eu esbarrei numa garota pequena, que eu não sabia de qual chalé era, ela se virou imediatamente para xingar quem quer que estivesse atrás dela mas ficou nisso porque sua boca se abriu de forma cômica e seus olhos se arregalaram, as pessoas em volta começaram a notar, os olhos dela passaram pelo meu rosto e quando encontraram os meus olhos ela corou.

Eu descobri apenas pela reação dela o que aconteceu. Eu tinha esquecido o maldito boné no chão.”...”.

Talvez vocês tenham algumas impressões erradas sobre mim graças aos comentários do Arthur, eu não sou um cara feio, na verdade, modéstia à parte, sou bem bonito, o suficiente para chamar a atenção das garotas de modo positivo, mas não o suficiente para limpar toda a má impressão que elas tem de mim, afinal eu sou hiperativo, tenho TDDA, não tenho onde cair morto, morto em um orfanato, conseqüentemente também sou órfão, tenho muitos inimigos, tenho sempre uma expressão de tédio absoluto na cara, afinal, a vida comum é completamente entediante não? E agora... Eu era a razão dos deuses estarem tecnicamente quebrando uma promessa que fizeram ao rio Styx, eu ainda não sabia o quanto isso significava, mas sabia que era serio pelo modo como o pessoal falava... E é claro, mais do que tudo, comigo sempre estava Arthur Kalib, a criatura maligna vinda das profundezas da mitologia para azarar garotas a torto e a direito, ser galinha, e ainda se dar bem com isso, ou seja, a prova viva de que a justiça não existe... Não importa o que a deusa da justiça tenha a dizer sobre isso.

De qualquer forma, eu normalmente tendo me manter discreto, não que eu seja envergonhado, se fosse, eu me esforçava pra pegar um pouco de cor nessa pele completamente pálida e pintava o meu cabelo, mas eu tentava manter um perfil discreto, quase como em Assassin’s Creed onde é mais legal fazer tudo sem chamar atenção, por isso eu nunca gostava de aparecer ao sol sem um boné, parece que meus cabelos ao sol têm um efeito um tanto quanto hipnotizante nas pessoas, e isso é um saco se você ta tentando manter um perfil baixo, acredite em mim.

Então, acho que me desviei do assunto de novo, maravilha...

Lá estava eu, sendo o centro das atenções, ainda mais do que o normal, naquele sol infernal, e com uma garota mesmerizada me olhando diretamente nos olhos, oh shit! Nos olhos! Virei o rosto rapidamente e coloquei a mão na testa fazendo sombra nos meus olhos, eu tinha esquecido de por a lente hoje de manhã, no sol ele deve estar brilhando daquela cor denovo, que droga, só o Arthur sabia disso, não por minha opção é claro...

Arthur! É isso, ele esta perto do boné!

Virei-me olhando na direção dele, e congelei... Ele estava sorrindo malignamente e balançando o boné no ar, não estava me chamando, era uma saudação, ele não permitiria que eu voltasse...

“Maldito projeto de semideus...” Murmurei.

“Aham! Vão ficar encarando o Vincent até quando?” Salvo por uma Annabeth não muito bem humorada.

Quase como num passe de mágica a surpresa e curiosidade de todos sobre mim desapareceu dando lugar ao medo por Annabeth, os meio-sangues se amotinaram, pegaram armas rapidamente e se espalharam pelo nosso pátio de exercícios, a garota pequena ainda me encarava, mas agora com uma expressão fechada, apesar de ainda estar corada, como se tivesse se lembrado de alguma coisa desagradável.

“Você...” Ela começou dizendo.

“Sim?” Perguntei, fazendo um esforço para não parecer rude, eu estava com pressa e sob pressão, não queria ficar parado batendo papo com alguém no meio de um exercício, apesar de que adoraria bater um papo com ela depois...

“Você é Vincent Reed? De Nova York?” Ela perguntou, eu hesitei, não lembro de ter contado de onde era.

“S-sim...” Tinha alguma coisa errada.

“Reed...” Ela repetiu e com a cabeça baixa escondendo os rosto ela saiu andando em uma direção aleatória, ela já tinha uma arma na mão.

Bem, eu tinha um pressentimento ruim em relação a essa garota, não é o fato de ela não parecer se importar comigo de um jeito ruim, mas o modo como ela queria ter certeza de quem eu era... Pior ainda, ela me chamou apenas de Reed, e isso apenas dois tipos de pessoas fazem, meus professores e meus inimigos... Não que um seja muito diferente do outro.

“Vai ficar parado com essa cara até quando Vincent?” Annabeth ralhou, eu me movi como um raio para o baú de armamentos apenas para ver que tinha sobrado uma espada que parecia que estava ali desde que Quiron resolveu abrir o acampamento. Eu não me importei muito, afinal, espadas não são todas iguais? Grande erro...

Depois disso Percy e Clarisse começaram um treino para nos mostrar, Clarisse manejava bem a espada para alguém que normalmente usa uma lança, e Percy era absurdamente bom, apesar de parecer meio aéreo, acho que a briga com Annabeth afetou mesmo ele.

Em um momento Percy atacava rapidamente, um golpe a direito, esquerda, direita, girou o corpo e tentou um golpe largo e forte direto na barriga da filha de Ares que com uma facilidade impressionante apenas desviou a espada e desarmou Percy, no rosto uma expressão descontente, seus olhos partiram para Annabeth, culpando ela pelo oponente não estar a altura.

Imediatamente os campistas começaram a aplaudir. Eu já havia visto lutas coreografadas e filmes chineses ruins, mas eles eram muito melhores que aqueles efeitos especiais, apesar de Percy estar distraído e de Clarisse estar descontente, para a maioria de nós novatos, era a primeira vez que víamos uma luta de verdade.

Amaciada pelas palmas, Clarisse decidiu nos explicar o movimento que usou, enquanto Percy se deixava ser desarmado mais lentamente, depois eles passaram aos movimentos simples, ataque, defesa, posição dos pés, postura e bla bla bla. Eu prestei atenção apenas nas partes em que eles faziam os movimentos em velocidade normal, ouvir aquela explicação era um tédio... Como eu disse antes: Grande erro...

Depois de um bom tempo, nossos três instrutores (Annabeth se intrometeu na conversa para explicar melhor alguns movimentos) decidiram que sabíamos o suficiente para começar seções de treino em dupla sem nos mutilarmos, apesar de eles já terem deixado claro que todas as armas estavam sem fio.

Nisso as pessoas a minha volta escolheram seus pares e me evitaram categoricamente, eu suspirei acostumado e esperei os grupos se formarem para fazer dupla com um pobre coitado que sobrasse, normal.

Problema, não sobrou ninguém, estávamos em 21, por isso Annabeth colocou a mão em meu ombro sorrindo malignamente, é agora que eu morro de vez.

“Já que esta sozinho Vincent, eu vou fazer par com você.” Ela parou ai, mas eu pensei ter ouvido algo como: ‘e descontar minha raiva em você’, impressão minha talvez...

A espada que Annabeth usava não era uma das que foram preparadas para o treino, ela era brilhante, bem cuidada, um pouco pequena e de um material que parecia bem leve e resistente, mas mais do que isso... Era afiada.

Clarisse disse alguma coisa sobre não aleijar e disse a todos para começarem, ouvi apenas algumas espadas se batendo, e sentia uma multidão de olhares sobre mim, qualé? Querem me ver virar picadinho?

Annabeth colocou uma mão na cintura e manteve a espada abaixada, ela estava me subestimando, e não parecia com pressa de começar a humilhação.

Eu passei a espada da mão esquerda pra direita, em nenhuma das duas ela parecia confortável, eu ia ficar com uns calos extremamente doloridos depois disso, mas não é hora de pensar nisso.

Sem me lembrar de qualquer coisa das demonstrações eu decidi por um fim na minha miséria rapidamente e ergui a espada enquanto dava dois passos na direção de Annabeth, ela não se moveu e eu desci a espada na direção dela, não com toda a força que eu tinha, porque tipo... e se eu acertasse?

Annabeth deu meio passo para trás e minha espada se prendeu no chão, eu suei frio, ela me chutou na barriga, soltei a espada enquanto rolava para trás, eu era bom em brigas o suficiente para evitar isso.

“Nada mal, mas porque soltou a espada?”

“Eu não sou doido de rolar no chão segurando essa coisa, se fosse afiada eu ia me cortar todo.”

Ela pareceu gostar da resposta porque deu alguns passos para trás, me deixando pegar a arma cravada no chão como se fosse a espada do rei Arthur, eu a puxei com força e não senti a onda de poder absoluto tão falada nas historias de Arthur, ba! Tirar uma espada da rocha é tão diferente de tirar da terra?

Dessa vez a filha de Atena me atacou, ela era assustadoramente rápida, segurei a espada com as duas mãos para defender um golpe horizontal dela, fala serio, que força era aquela? Minhas mãos adormeceram e ela nem parecia estar fazendo esforço ainda.

Dei um passo para trás bem a tempo de ver a lamina da espada dela subir na minha frente, aquilo teria feito um estrago dos grandes.

Desajeitado girei a minha própria arma, ela já não estava aonde eu ataquei, olhei em volta e quando percebi tinha uma lamina encostando-se ao meu pescoço, ela tinha se agachado para desviar e eu nem percebi, ela começou a empurrar a lamina e eu cai sentado.

“Denovo” Ela disse, sem piedade, eu estava apavorado.

Eu já não estava mais ouvindo os sons ao meu redor, toda a minha concentração estava em Annabeth e seus movimentos super-rápidos, acho que entendi aquela historia sobre os instintos de combate de um meio-sangue, eu sempre fui bom em brigas, mas nunca parei pra pensar porque.

Levantei-me, e não hesitei, partindo para o ataque com toda a força, torcendo para que Annabeth se cansasse de me humilhar...

Meia hora depois eu me joguei de cara no chão, a espada caindo como um pedaço inútil de metal ao meu lado. Na verdade não me joguei, mas fui empurrado por uma filha de Atena que estava terminando de descontar o seu mau humor em mim. Eu já não tinha mais forças para me levantar.

Minha camisa do acampamento parecia uma colcha de retalhos, mas eu não estava ferindo, tirar um corte na bochecha que fiz quando fui de cara com a espada dela em um de meus pseudo-desmaios, Annabeth fez um bom trabalho em não me ferir, mais uma vez sinto o imenso abismo de habilidades entre nós.

Não tentei me levantar, sabia que não tinha forças para isso. Ao contrario de mim Annabeth parecia bem energética, como se tivesse acabado de fazer um exercício muito bom para o estresse, me pergunto se para ela não tinha sido exatamente isso.

“5 minutos de descanso Vincent, vou te arranjar um novo parceiro, alguém do seu nível, você até que não é ruim, mas não usa a cabeça e seu corpo não esta acostumado com armas, acho que vi alguém quase no mesmo nível que você entre os novatos” Ela disse sorrindo, a sombra da assustadora Annabeth havia sumido como mágica... Mulheres são assustadoras não?

Eu fiquei me perguntando quando diabos ela arranjou tempo para olhar em volta, porque eu com certeza não tive esse tempo todo, mas talvez agora não seja tão difícil...

“Hey” Me chamou uma voz irritante, eu rolei na grama para olhar para cima, o céu estava limpo e o sol estava forte, vez ou outra as nuvens encobriam o sol e criavam uma sombra agradável.

“Hey” A voz desagradável se repetiu, eu suspirei, ele não ia desistir, não ele.

“O que foi Arthur? Seu amigo da onça traidor @#$*&@$%@%$&$%@”

“Opa! Olha a boca, assim você não vai ser popular!” Ele riu, eu o encarei, doía meus olhos olhar o filho de Apollo com o sol acima dele, parecia que o desgraçado brilhava, e isso me deixava muito muito muito irritado mesmo.

“Como se houvesse uma chance de eu ser popular, você não lembra? Problema ambulante.”

Ele riu. Ele ousou rir da verdade na minha cara! Se eu não estivesse tão morto, teria surrado ele...

“Porque fez aquilo?” Perguntei serio.

“Eles tinham uma impressão muito ruim de você” Ele respondeu inesperadamente com um tom de voz honesto.

Encarei os olhos dele por 2 segundos, ele dizia a verdade.

“Sabe que não faz muita diferença” Disse por fim.

“Eu acho que fez uma grande diferença, você não esta sentindo aquela sensação ruim com os olhares deles agora não é?” Ele disse sorrindo.

“Não sei, não consigo pensar com esse sol... Seu pai tem alguma rixa comigo por acaso?”

Ele sorriu de um jeito mais... Maligno?

“Pode ser”

Eu encarei o meu melhor amigo, ele não costumava fazer essa expressão, pensei em perguntar o problema quando ele voltou a falar, o tom de voz como brincadeira e a face voltou ao meu amigo irritante.

“Hei, se lembra do Daniel Bartow?” O que isso tem a ver?

“Lembro, o pai dele era delegado e me prendeu quando surrei o filho adorado e sua gangue de garotos monstruosamente gigantescos... O que tem ele?”

“Lembra que mesmo você tendo lutado sozinho, sendo preso e expulso do colégio, ele ainda disse que você ia se arrepender de ter cruzado o caminho dele?”

“Todo mundo diz isso pra mim, porque eu me lembraria dele em especial?” Perguntei desinteressado, eu não era do tipo que puxava briga, só não fugia de nenhuma, e não gostava de ficar recordando meu passado negro.

“Sabia que ele tinha uma meio-irmã mais nova?” Que mudança de assunto radical é essa?

“E?”

“Só dizendo, ela só ouviu a parte dele da historia e é meio cabeça quente, parece que jurou vingar o irmão ou algo assim.” Vingar? Eu não lembro de matar o cara, só quebrar o nariz empinado... E alguns ossos a mais... Nada fora do normal...

Mesmo assim senti um calafrio... Arthur estava me preparando para alguma coisa.

“Cara, você disse meia-irmã?” Eu tinha minhas suspeitas.

“Aham, meia-irmã” Ele concordou.

“Qual o nome dela?” Perguntei.

Ele abriu a boca mas não saiu nenhum som, fechou rapidamente, sorriu brincalhão para mim e deu as costas saindo, foi quando ouvi a voz de Annabeth.

“Vincent! Achei uma boa oponente, Amanda Bartow,” Oh shit.

Me levantei, evitando categoricamente olhar a garota, puxei a espada, usando o tempo necessário para adiar isso e olhei finalmente a garota.

Ela era baixinha, tinha cabelos loiros lisos até pouco acima da cintura, olhos azuis pele clara, nariz e boca pequenos e bochechas um pouco rosadas, ou será que era maquiagem?

Amanda Bartow segurava um sabre de esgrima brilhante e de aspecto perigoso e seus olhos me encaravam com uma fúria assustadora. Ela também era a garota com quem trombei mais cedo...

“Isso pode ficar pior?”

Eu não tinha idéia do quanto...


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Notas finais do capítulo

Reviews please? Juro que vou usar meu tempo livre pra responder voces xD

tambem queria saber, a historia comparada ao primeiro capitulo, como esta?

Só isso, obrigado por lerem, é um grande incentivo ^^



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