Moments by Ares escrita por Benihime
Joguei-me no sofá e comecei a contar. Cinco, quatro, três, dois, um ...
— Ares! — Lidya gritou. Eu tentei não rir.
Ela apareceu no alto da escada, com os cabelos pingando, encharcada e com a pele tingida de magenta. Caí na gargalhada. Ela marchou até mim e tentou me dar um tapa, mas eu segurei sua mão.
— Calma, amor. Nada de assassinatos.
Com a mão livre, ela tentou me dar um soco, mas desviei do golpe.
— Seu imbecil! Desgraçado! Retardado! Arrogante! Cérebro de minhoca! Seu ... Seu ... Débil mental! — Ela gritava, tentando me acertar com um soco a cada xingamento.
Consegui desviar de todos os seus golpes, o que só a deixou mais furiosa.
— Você bate como uma velha, Lidya.
Ela rosnou.
— Vou acabar com você!
Eu a soltei e saí correndo. Ela veio atrás. Só para enfurecê-la, eu girava e me escondia nos cantos, ficando sempre além de seu alcance. Depois de um tempo ela pulou em cima de mim, derrubando-me com tudo no chão.
— Agora você me paga.
— Qual é, amor! Admita: foi muito engraçado.
Ela me deu um tapa. Não um tapinha, mas um tapa de verdade, e aquele doeu. Para uma mulher, Lidya era bem forte.
— Não teve graça nenhuma. — Resmungou, levantando-se e cruzando os braços.
Horas depois
Olhei-me no espelho e tive vontade de matar aquela mulher desgraçada.
— Lidya! — Berrei, e ouvi-a rir.
Corri escada abaixo e, quando me viu, ela riu ainda mais.
— Oi, amor. — Provocou.
Aquela peste havia pintado meu cabelo de rosa.
— Tem sorte que eu gosto de você, Lidya, ou levaria uma surra.
— Pois que adoraria te ver tentar. Chuto esse seu traseiro com tanta força que você vai ficar com meu pé impresso.
— Eu pago pra ver.
— Então vem.
— Eu te odeio. — Rosnei, virando-me e subindo as escadas novamente.
— Eu sei. — Ela abriu um sorriso mais largo do que o do gato maluco no filme da Alice no País das Maravilhas. — Também te odeio.
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