True Love Never Dies escrita por BeyEvil


Capítulo 7
Save The Hero


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo deveria ter sido postado ontem a noite mas meu Windows novamente me sacaneou e reiniciou sozinho quando metade do capítulo já estava escrito e quando tinha o reescrito de novo ele reiniciou de novo. Mas enfim aqui está mais um capítulo saído do forno.
Se tiver aqui algum fã de "As Crônicas de Gelo e Fogo"/"Games of Thrones" tem uma surpresinha aí no meio do capítulo. Duas na verdade.
Música "Save the hero" da Beyoncé, porque já tava demorando eu postar um capítulo com a música da minha diva master. :p



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Eu dei muito de mim mesmo e agora está me enlouquecendo
Eu estou chorando por ajuda
Ás vezes eu desejo que alguém pudesse simplesmente vir aqui e me salvar
Me salvar de mim mesma
Quem está lá para salvar a heroína?
Quem está lá pra salvar a garota depois dela salvar o mundo?
(Save the Hero - Beyoncé)

Emma se teletransportou para às margens do rio onde ela estava antes de Regina a invocá-la. Ela se sentia mal, não conseguia acreditar que quase matou Zelena, a quem um dia antes ela tinha defendido de Regina, em certo ponto, por causa do filho que ela carregava e agora...

Ela sabia que aquele ódio e sentimento de vingança era por causa do Dark One em si mas isso não a fazia se sentir melhor. Além do mais ela novamente se sentia agoniada e confusa, luz e trevas batalhavam novamente pelo controle do seu ser e isso estava lhe causando uma grande dor de cabeça e ela achava que fosse enlouquecer a qualquer e se isso ocorresse, as probabilidades de toda a escuridão tomar conta de si era muito maior. Então em meio a toda essa confusão dentro de si, Emma lembrou-se como se sentiu melhor quando se lembrou de Regina, seu amor verdadeiro pois agora ela tinha certeza disso, e pensou em focar seus pensamentos não somente em seus momentos com ela mas em todos em que ela amava. Talvez isso fizesse que a luz tomasse conta de seu ser por uma quantidade maior de tempo.

Primeiro ela focou no que aconteceu a algumas horas atrás quando ela e Regina se declararam uma para outra. Um sorriso já lhe brotou nos lábios.

–Emma, eu também te amo, eu te amo a muito tempo! No começo foi difícil de admitir até para mim mesma que eu havia me apaixonado por você mas depois que eu percebi e admiti meus sentimentos... eu não conseguia dizer para você, eu tive medo, fui covarde, eu tinha medo que não fosse correspondida ou que você me rejeitasse mas depois do que aconteceu essa noite... Eu não posso negar e nem esconder que eu te amo Emma Swan com toda a força da minha alma!

Emma beijou Regina novamente, ela não tinha palavras para descrever o que sentia no momento, parecia que felicidade era pouco, ela estava mais que feliz, de uma maneira que ela jamais havia sentido.

Depois se focou no último almoço de domingo que ela teve em família com os pais, o irmão, Henry e Regina antes de Cruella e Ursula chegarem à cidade. Hook também costumava participar desses almoços mas nesse dia ele ficou com Belle na biblioteca procurando um jeito de tirar as fadas e o Aprendiz do chapéu.

A campainha tocou na casa dos Charmings. Emma e Henry estavam jogando vídeo game enquanto Mary Margaret e David faziam o almoço e baby Neal estava dormindo tranquilamente.

–Pai abra a porta deve ser Regina. - Emma falou enquanto continuava jogando com o filho.

–Vai você Emma, eu estou ocupado! - David respondeu.

–Eu também estou! Então vai você Henry, não tem mais esperanças para você nesse jogo mesmo! E estou quase zerando-o.

–Mãe, sabia que você é muito abusada! - O menino exclamou.

–Olha como fala comigo mocinho! E eu sou sua mãe então obedeça.

O garoto revirou os olhos e foi abrir a porta.

–Bom dia mãe.

–Bom dia meu príncipe. E que demora para abrir uma porta. - Regina entrou e ela tinha um embrulho nas mãos.

–Era para a minha mãe abrir mas ela ficou enrolando no jogo.

–VENCI!!! - Emma deu um grito de comemoração. Todos riram da reação da xerife menos Mary que reprimiu a.

–Emma, não grita! Vai acordar seu irmão!

–Desculpa. E aí Madam Mayor o que você trouxe para a sobremesa?

–Sabia que às vezes eu acho que o Henry é mais adulto que você Swan. E ele só tem 12 anos. - Regina falou para Emma que somente revirou os olhos e falou:

–E você não respondeu a minha pergunta. Qual é a sobremesa?

–Torta de maçã. - Regina respondeu simplesmente. Snow parou imediatamente de mexer o macarrão e ficou olhando estática para Regina. Apesar de terem se perdoado e de terem deixado o passado para trás a princesa ainda tinha um enorme trauma com maçãs ainda mais se fossem relacionadas à Regina.- Brincadeirinha, é torta alemã. Eu só queria ver sua cara de assustada Mary Margaret, às vezes eu sinto falta disso.- A Rainha riu e Emma, David e Henry se juntaram à ela.

–Eu não fiquei assustada Regina E nunca tive medo de você! - Snow falou enquanto voltava a mexer o macarrão.

–E eu sou uma fada. - A prefeita respondeu.Neal acordou chorando atraindo a atenção de todos para si.

–Ele deve estar todo sujo.Emma poderia trocá-lo por favor. Enquanto eu e seu pai terminamos de fazer o almoço.

–Deixa que eu cuido dele. Emma me ajude, não confio em você cuidando de um bebê. Vai acabar ou afogando o Neal na banheira ou pôr a fralda do lado errado.

– Regina falou e a xerife bufou.

–Eu sei cuidar do meu irmão Regina e você pode não confiar de eu ficar com ele mas meu pais confiam.

–Seu pai tentou ensinar um menino de 12 anos a dirigir e sua mãe contratou a bruxa má do oeste como babá.

–Hey um dia aquela aula que eu dei pro Henry serão bem úteis.- David falou.

–E eu estava desmemoriada. Como eu ia saber que a Zelena era uma bruxa?- Mary questionou.

Regina foi até o berço onde Neal estava e sentiu um cheiro não muito agradável.

–Nossa bebê o que sua mãe tá te dando para comer?!- Ela pegou Neal no colo e foi com Emma em direção ao banheiro. A loira levava roupinha e uma fralda para o irmão e enchia a banheirinha dele enquanto a morena tirava a roupinha dele. Ela o pôs na banheira e as duas brincavam com ele o tempo todo enquanto davam banho nele.

–Você tem muito jeito com criança Regina, nem parece que faz 12 anos que você não cuida de um bebê.

–Acho que deve ser como andar de bicicleta, uma vez que se aprende nunca mais esquece. - Regina falou terminando de vestir o menino e as duas foram para a sala.

–Agora ele está cheirosinho. - Emma anunciou.

–Regina me dê ele agora, pois está na hora dele mamar e depois almoçamos. - Snow falou.

–Agora sua mãe quer te tirar da titia Neal, eu sei que você prefere ficar comigo mas você tem que mamar. - Regina falava para o bebê e o entregou à Snow.

–Titia não deveria ser vovó? Já que você foi madrasta da minha mãe. - Emma falou rindo e Regina a fuzilou com o olhar.

–Eu FUI madrasta da sua mãe, não sou mais. E além do mais eu fui madrasta e não mãe e sou somente 8 anos mais velha que a Snow. Não sou tão velha assim para ser avó e só serei avó dos netos do Henry que ainda vai demorar.

–Acho que nem tanto Regina já que o Henry estava namorando uma menina da escola. - David falou para implicar com o neto e com a prefeita já que todos ali sabiam o quão ciumenta Regina era, principalmente com relação ao filho.

–O que? - Regina perguntou com os olhos arregalados.

–Ah é verdade. Ela havia me dito quem era... É a Grace ou a Gretel*, Henry? Ah que seja! Eu só sei que ele tá fazendo cartinha apaixonada e tudo. - Emma falou entrando na brincadeira e prendendo a risada ao ver a cara de Regina e Henry ficando vermelho de nervoso. Ela bem sabia que as duas meninas eram apenas amigas dele mas Regina não.

–Henry Daniel Mills qu...

–Swan. Henry Daniel Mills Swan. Por que você sempre esquece que o nome dele também tem Swan agora Regina? - Emma falou segurando o riso.

–Que seja! Que história é essa que você está namorando?

–É mentira do David e da Emma, mãe! Eu juro! Eu não tô namorando ninguém, elas são só minhas amigas! - O garoto falou nervoso e vermelho de vergonha.

–Ué agora é David e Emma?! Cadê o vovô e mamãe?! Fomos deserdados só porque contamos seu segredo para a Regina? - David zombou do neto.

–Henry...

–É mentira mãe! Eles tão fazendo isso só para implicar com a gente.

David e Emma não aguentaram mais e começaram a gargalhar do desespero de Henry e Snow interveio.

–Ok, ok, tá engraçado mas deixem o menino em paz! Ele não está namorando ninguém Regina, se estivesse eu saberia já que sou professora dele e passo a maior parte do dia com ele. Agora vamos comer.

–Obrigado vovó.

–Vou acreditar em você e na Mary, Henry. Não posso cometer o erro em confiar em loiros novamente.

–Hey! - David e Emma exclamaram ofendidos.

Henry pôs a mesa e o almoço e o restante do dia continuou com eles conversando e implicando muito uns como os outros.

–Aquele dia até pareceu que eramos uma família normal. -Emma murmurou para si mesma.

Ela começou a se recordar de um encontro que ela e o Hook tinham planejado no Grannys mas acabaram encontrando Henry e Regina lá e o encontro passou a ser mais uma reunião de amigos.

–Hey mãe! -Henry falou com Emma quando ela entrou na lanchonete.

–Hey garoto! O que está fazendo aqui? - A xerife perguntou.

–E aí Henry?

–Oi Hook. Eu estou aqui com a minha mãe. Nós acabamos de voltar da casa do Feiticeiro para ver se encontrávamos alguma pista do Autor e passamos aqui para comer alguma coisa.

–E cadê ela? -Emma havia perguntando quando Regina havia acabado de sair do banheiro e ia em direção a eles.

–Que isso? Encontro de parte da família Charming e o mascote pirata? - Regina perguntou.

–Coincidências do destino, majestade. - Hook falou. - E quando você parará de me chamar só de pirata Regina? Nos conhecemos faz tanto tempo, temos uma história juntos para quê tanta animosidade.

Regina arqueou uma sobrancelha e falou:

–A história que temos é que você me enganou duas vezes e na segunda vez me entregou para o Greg e a Tamara me torturarem. Não pense que esqueci que eu ainda vou me vingar de você.

Emma e Henry riam da interação dos dois. Eles sabiam que se fosse para Regina se vingar do Hook ela já o teria feito faz tempo. Sabiam que era tudo pura implicância.

–Okay majestade. Então para começar a me redimir que tal você e Henry se juntarem a mim e a Emma para jantarem.

–É Regina vamos jantar todos juntos. - Emma falou.

–Acho que não. Não quero atrapalhar os pombinhos.

–Ah vamos ficar mãe, por favor. - Henry pediu.

–Viu Regina até Henry quer ficar com a gente. Vamos lá. - Emma falou com cara de cachorrinho pidão.

–Tá tudo bem! Mas se ousarem fazer a mim e ao meu filho de vela ataco uma bola de fogo nos dois. - Regina ameaçou.

–Tudo bem majestade. - Hook falou.

Eles se sentaram em uma mesa e ficaram conversando sobre banalidades e Regina alfinetando Hook o tempo inteiro e ele replicava a implicância, fazendo Emma e Henry rirem dos dois a noite toda.

Emma se lembrava dessa noite com carinho. Ela amava Regina e esperava que quando tudo isso acabasse, as duas pudessem terminar de criar seu filho juntas e adotar mais um quem sabe. Mas ela nutria muito carinho pelo pirata, não o amava como ele a amava mas gostava dele. Sabia que o namoro deles não iria tão longe mas esperava que no fim eles pudessem continuar bons amigos.

De repente vieram os flashes. Emma sentiu uma profunda dor de cabeça e começou a ter flashes de sua vida passada. Como Daniel.

Daniel acordou após o desmaio que teve quando viu Regina sendo atirada contra um espelho pelo Rei Leopold e estava perdendo o bebê que carregava. O filho deles. Ele não sabia onde estava. Ele se encontrava em um cômodo totalmente branco, desde a pintura até os móveis. O lugar era limpo e bem arejado. Ele tentou se levantar mas se sentiu tonto e voltou a se deitar olhando para para o teto. A porta se abriu e uma mulher alta, loira e de olhos verdes entrou no quarto segurando uma bandeja.

–Vejo que já acordou. Faz muito tempo que está acordado? - Ela perguntou.

–Quem é você? Onde eu estou? O que aconteceu com a Regina? E o bebê? Como está o nosso filho? - Ele perguntou ficando desesperado se sentando na cama e novamente sentido uma tontura.

A mulher pôs a bandeja em cima do criado mudo e foi ampará-lo. Ela ajeitou o travesseiro as suas costas para que ele pudesse se apoiar. Depois ela voltou a pegar a bandeja que continha um prato de sopa e um copo com água e o pôs em seu colo.

–Se acalme e coma. Você passou muito tempo no plano físico após desencarnar e ficou exposto a muitas energias negativas e pesadas e isso fez muito mal ao seu corpo espiritual. Ainda mais depois dos últimos acontecimentos. Você precisa recuperar as forças.

–Por favor me conte o que aconteceu com a Regina e ao nosso filho. - Ele suplicou com a voz embargada. - Eu preciso saber.

– Tudo bem. Mas coma enquanto eu conto o que aconteceu nesses três meses que você esteve desacordado.

–TRÊS MESES?! - Ele perguntou surpreso.

–Sim dois meses mas se acalme e coma! Senão eu não falo nada. Esse corpo é parecido com o seu corpo físico e precisa se alimentar para poder se sustentar.

–Ok, tudo bem. -Ele falou e começou a comer.

Ela suspirou e começou a falar. Ela sabia o quanto seria difícil mas ele precisava saber.

–Bem, meu nome é Cersei e eu vou ser sua guia e amiga aqui nesse plano e espero te auxiliar enquanto você permanecer por aqui. E talvez não tenha uma maneira fácil de contar isso. Regina perdeu o filho de vocês que ela gerava em decorrência a agressão de Leopold. E agora que ela não está mais grávida, ela se tornou aprendiz de Rumplestiltskin para poder se vingar de Leopold e de Snow White, ela culpa a menina pela sua morte e pelas coisas ruins que aconteceram.

–Eu não entendo. Como o rei descobriu que Regina não estava grávida dele, já que... - Ele respirou fundo não gostava de lembrar que Regina foi quase forçada a se deitar com aquele homem que tinha idade para ser pai dela somente para consumar o casamento e torná-lo válido. - Já que ela teve que se deitar com ele. O bebê poderia ser filho dele se ele não se prendesse a datas.

–Sim, poderia ter passado despercebido. Mas você se lembra daquela ama que foi designada a ficar com Regina pelo rei,Sophie Grace?

–Sim, me lembro. Ela e Regina ficaram muito amigas. Acho que ela passou a considerar Sophie como sua segunda mãe e contou sobre mim, o bebê e o que havia acontecido à ela. A ama traiu Regina?

–Não, ela guardou o segredo de Regina.- Cersei falou. -Mas ela tinha um juramento ao rei, de ser leal à ele mas não cumpriu porque se afeiçoou a jovem rainha que ela em pouco tempo começou a considerar como filha. Johanna, a ama de Snow e que foi ama da Rainha Eva, ouviu parte da conversa delas, a parte em que Regina contou sobre o bebê não ser filho do rei, e contou à Leopold em nome do juramento que havia feito. Então acabou acontecendo o que você presenciou. O caso foi abafado e a grande maioria dos funcionários e o reino apenas ficou sabendo que a Rainha em decorrência das tonturas causadas pela gravidez acabou desmaiando por cima de um espelho enorme dentro do quarto e sofreu um aborto. Somente o rei, Regina, Príncipe Henry, Sophie, Rumplestiltskin e Claude, um cavaleiro que passava por ali na hora e acabou virando amigo da Regina que sabem da verdade.

–E o que aconteceu com Sophie Grace?

–Leopold a demitiu de imediato mas ela continuou com Regina até ela se recuperar e depois foi embora para sua casinha na vila. Ela morreu algumas semanas depois de deixar o castelo, ela já estava bem idosa mas também sentia muita falta da Regina.

–Coitada. Regina deve ter ficado arrasada. Leopold não percebe que por causa dele Regina está trilhando um caminho cheio de trevas e que só vai causar dor a todos eles?! - Daniel falou. Ele havia terminado de comer sua refeição e sentia mais forte e com a mente mais limpa. -Eu preciso ajudá-la. Regina só está perdida mas eu acredito que ela ainda tem bondade dentro dela, só está muito ferida e machucada. Talvez se ela se apaixonasse de novo... - Ele começou a falar mas não concluiu o pensamento. Ele amava muito Regina e lógico que a ideia de vê-la com outro homem o machucava mas ele se preocupava mais com sua felicidade e bem-estar. Ele queria que ela voltasse a ser feliz e não abraçasse as trevas para vingá-lo.

–Bem quanto a isso, acho que não funcionaria. - Cersei falou e Daniel a olhou curioso e perguntou.

–Por que não?

–Uma fada que a Regina conheceu logo após a morte de Sophie, TinkerBell, tentou ajudá-la com isso e a guiou com pó de fada até uma taberna para encontrar uma nova alma gêmea mas Regina desistiu e não entrou.

–Então eu preciso ajudá-la de algum jeito!

–Então se recupere por completo, estude e trabalhe bastante para isso poder acontecer o mais rápido possível. Eu vou te apresentar ao John, ele é um bom amigo e vai te ajudar a encontrar um meio de ajudar Regina. - Cersei falou para ele sorrindo.

–Muito obrigado.

Emma respirou fundo e outro flash a acometeu.

Regina estava toda vestida de branco e andava de braços dados com seu pai pela igreja que estava cheia, para presenciar o casamento do Rei Leopold com aquela jovem princesa que havia salvado a princesa Snow White.

Daniel estava ao lado de Leopold no altar. "Deveria ser eu o noivo. Deveria ser o meu casamento com Regina." O cavalariço pensava com tristeza. Ninguém podia vê-lo. Ele estava morto e agora tinha que assistir a mulher que amava casar com outro homem sem amor e para tentar proteger o filho deles que ela esperava.

Nunca se viu noiva mais linda no reino, nem a rainha anterior era tão bela quanto Regina, mas também não havia noiva mais triste. As únicas pessoas que estavam plenamente felizes naquele casamento era Cora, por finalmente conseguir realizar seu objetivo de vida que era tornar a filha rainha e Snow White, que pensava estar ganhando uma nova mãe.

Mais lembranças da vida de Daniel chegavam à mente de Emma e ela não conseguia impedia-las.

Fazia duas semanas que Regina sofria tonturas e enjoos matinais e seu apetite havia aumentado. Estava na véspera de seu casamento com Rei Leopold e ela estava no banheiro vomitando tudo o que havia jantado e Cora desconfiava desse mal estar da filha e o que ele poderia significar. Daniel estava no quarto também mas ao contrário de Cora ele estava preocupado com o bem estar da amada, não queria vê-la doente.

–Regina já faz semanas que você anda tendo desmaios, enjoos... e eu quero te perguntar uma coisa.- Cora falou.

–O que é mãe? - Regina perguntou à mãe. Ela ainda estava pálida pelo mal estar que sentiu e Daniel mesmo que ela não pudesse vê-lo estava ao seu lado e inconscientemente ela sentia-se segura e bem.

–Você ainda é donzela? - Cora perguntou sem rodeios.

–Não entendi sua pergunta mamãe. -Regina respondeu mas ela havia sim entendido sobre o que a mãe perguntava e Daniel também. Ambos sabiam a resposta, que era não. Uma semana antes de Regina salvar Snow e de Daniel morrer, Cora e Henry tiveram que fazer uma viagem que durou a semana inteira e eles ficaram livres das amarras de Cora durante esse tempo e aconteceu que ambos fizeram amor muitas vezes durante esse período. Daniel havia ficado meio receoso no começo, quando os beijos começaram a ficar mais urgentes e os toques mais ousados, ele era um garoto simples mas queria fazer as coisas da forma certa. Queria casar com Regina primeiro mas a princesa não via sentido para esperar, ela lhe disse que eles já se pertenciam de coração e alma, o corpo era somente mais uma parte disso e ele concordou e consumaram seu amor. Daniel nunca se sentiu tão feliz quanto naqueles momentos em que teve Regina em seus braços se sentiu transbordando de alegria, felicidade e amor e sentia que sua alma havia se conectado a de Regina de uma nova forma ainda mais profunda e maravilhosa. E ela sentia o mesmo.

–Regina não se faça de sonsa! Você transou com aquele empregado? Não acredito que você tenha entregado sua virgindade e sua honra a um pobre tratador de cavalos! - Cora cuspiu essas palavras com fúria.

Regina sentiu seu sangue ferver e respondeu a mãe igualmente brava:

–Daniel não era um simples empregado, ele era meu noivo! Meu amor verdadeiro! E não transei simplesmente com ele, nós fizemos amor! Você sabe o que é isso? Amor? Não existe nada mais honrado que se entregar de corpo e alma a alguém que você ama, ao contrário de você que o fez por dinheiro e poder! - Regina sentiu seu rosto arder pelo tapa que Cora lhe deu e Daniel se sentiu bravo e impotente ao mesmo tempo por não poder proteger Regina. A princesa sentia o rosto ficar vermelho, no dia seguinte a marca já teria desaparecido mas na hora ficaria marcado. - Vou usar isso como distintivo de honra.

–Quero ver ter tanta honra como diz quando o rei souber que sua futura rainha está grávida de outro! - Cora respondeu.

A ficha de Regina e Daniel começou a cair. Ela estava grávida, grávida de Daniel. Um sorriso brotou nos lábios de ambos. Nunca se sentiram tão felizes.

–Você terá um filho nosso meu amor. Nunca mais estará sozinha, terá um pedacinho de mim junto com você para sempre. - Daniel lhe sussurrou ao ouvido e a abraçou por trás.

Regina sentiu um calor bom lhe preencher o peito e pôs as mãos sobre o ventre. Se sentia plena.

–Eu estou grávida. Estou esperando um filho de Daniel. - Ela sussurrou para si mesma e lágrimas começaram a cair de seus olhos e pela primeira vez em semanas, eram lágrimas de felicidade. E ela falou decidida. - Eu não vou casar com Rei Leopold. Não seria justo com ele criar o filho de outro homem. Eu contarei a verdade à ele.

–Não, você não fará isso. - Cora falou para a filha friamente. -Você vai se casar com ele, vocês terão uma noite de núpcias na qual vocês consumarão o casamento e o tornará válido e depois você começará a dar sinais de gravidez e ele pensará que o filho é dele.

–Eu não vou fazer isso mãe.

–Sim, você o fará! Ou onde você acha que você e seu filho ficarão senão se casar com o rei?!

Daniel não podia acreditar no que estava ouvindo, Cora estava sugerindo não somente que Regina levasse adiante essa história de se casar sem amor mas também enganar ao rei para poder proteger a si mesma e ao filho que esperava.

–Você... - Regina começou a falar chocada. - Você não pode estar falando sério! Você está dizendo que me expulsaria de casa, grávida?! Eu sou sua filha! Sua ÚNICA filha e estou esperando seu neto!

–Você não sabe as coisas que tive que fazer, os sacrifícios que fiz para poder ter essa vida, para poder torná-la rainha para você estragar tudo agora Regina. -Cora falou lhe olhando sombriamente. - Você vai se casar com o rei amanhã se quiser que seu filho nasça debaixo de um teto. -Ela falou por fim e saiu do quarto.
Regina sentou-se na cama e começou a chorar acariciando o ventre.

–Calma meu filho, eu vou te proteger. Eu farei de tudo para que você fique bem. Mamãe te amo muito já. - Ela disse com a voz embargada mas sorriu.

Daniel se ajoelhou em frente à ela e pôs a mão em sua barriga, ele também estava chorando mas falou:

–Papai também te ama.

Regina novamente sentiu uma sensação boa e murmurou acariciando o ventre ainda sem volume:

–Seu pai também te ama, aonde quer que ele esteja.

Daniel sorriu com a fala de Regina. Ela sabia que Daniel estaria olhando por ela e pelo filho deles de algum lugar.

Os flashes pararam e Emma começou a avaliar o lugar ao seu redor meio desorientada. Diferentemente do que aconteceu na vez anterior ela não desmaiou e nem aumentou a confusão dentro de si. Agora ela sabia exatamente quem era, qual era sua missão e o que tinha que fazer. Ela era a reencarnação de Daniel, o amor verdadeiro de Regina. Sua missão era trazê-la de volta para a luz e ficarem juntas. Henry era o filho delas que não pode nascer antes mas ele teve a chance nascer dessa vez por meio de Emma e ajudá-la com Regina e ser filho das duas. Ela tinha que protegê-los, não somente dos outros como ela protegeu Regina da ira dos cidadãos de Storybrooke, de Gold, Greg, Tamara e Zelena ou como protegeu Henry de Pan. Ela tinha que protegê-los inclusive dela mesma.

No momento seus olhos estavam verdes e ela não sabia até quando isso duraria e, principalmente ela não confiava no seu lado Dark One. Ela se concentrou e começou a fazer uma barreira de proteção e camuflagem naquela parte da floresta para que ninguém pudesse achá-la e que ela só poderia sair se estivesse com as trevas sobre controle, ou seja quando estivesse sob o modo Salvadora.

–Eu os amo muito e sem como são teimosos. Mas vocês têm que ficarem a salvo de mim enquanto eu não aprender a controlar a mim mesma. - Emma murmurou para ninguém em especial e uma lágrima silenciosa escorreu pelo seu rosto. - Por favor me salvem, desta vez é a salvadora que precisa ser salva.
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Regina saiu do abraço de Zelena, secou as lágrimas e murmurou:

–Eu preciso avisar aos Charmings que eu encontrei a Emma, tenho que falar como ela está. Temos que encontrá-la.

–Regina não acho que isso seja uma boa ideia. Reflita sobre o que a Emma falou. Dê um tempo à ela e vai procurar pelo Merlin, ele saberá o que fazer. O que você precisa agora é ir para casa, tomar um banho e descansar. Aposto que não dormiu essa noite.- Zelena falava com a irmã mais nova com calma e com certa ternura.

–Não, eu não posso. Não agora. Eu tenho que ter certeza se ela está bem Zelena. - Regina falou.

–Então tá, faça o que achar melhor.

Regina abriu a porta e ia saindo quando percebeu que a ruiva não a seguia e perguntou para ela confusa:

–Você não vem?

–Como? - A bruxa perguntou ainda mais confusa.

–Zelena, você não merece ficar presa aqui. Bem pelo menos não pelo motivo pelo qual eu te prendi aqui. - Regina deu um sorriso cansado. -Venha comigo.

–Você está falando sério Regina? Se eu sair daqui para onde eu vou?

–Sim estou falando seríssimo. E você vai para minha casa! Lá tem espaço suficiente para você e para o bebê quando ele ou ela nascer.

–Vai querer brincar de casinha comigo e com o Robin, sis? E vocês não estavam namorando como você se acertou com a Emma?

Regina suspirou:

–Eu não quero brincar de casinha com ninguém! Você é minha irmã e está esperando meu sobrinho nada mais justo ficar na minha casa. E eu meio que dei um fora no Robin ontem à noite depois de a Emma ter sumido. Eu ainda tenho que falar com ele direito sobre isso mas não tenho tempo e nem cabeça para isso agora. Então vamos? - Regina terminou de falar e apontou para a porta. Zelena se calou e foi seguindo a irmã pelos corredores do hospital pensativa. Quando já estavam na rua falou:

–Por que você terminou com o Robin? Foi pelo o que eu te disse ontem? De eu estar apaixonada por ele?

–Acho que em parte sim, não queria ser a responsável por mais uma infelicidade na sua vida. Mas não foi exatamente isso que me fez terminar com ele. Ele mostrou ser completamente diferente do que eu pensava que ele era.

–Como assim?

–Você ontem me acusou praticamente, de que eu iriar tirar seu filho de você assim que ele nascesse e o criaria com o Robin como se fosse meu e eu disse que jamais faria. - Regina falava tudo isso olhando fixamente para a frente e Zelena prestava atenção nela. - Então ontem o antes de toda essa confusão com o Dark One acontecer, eu e o Robin estávamos dando um passeio pela cidade e ele me propôs fazer exatamente o que eu falei que não faria. - Regina encarou Zelena nos olhos e a outra encarou de volta. - Eu jamais concordaria com isso e nunca pensei que ele seria tão cara de pau de me fazer uma proposta dessas. Não pensava que ele era esse tipo de homem e eu ia terminar com ele naquela hora aí...

–Aconteceu tudo aquilo e você nervosa só deu um fora nele mal dado e fugiu para a minha cela para chorar as mágoas. -Zelena completou.

–Mais ou menos isso. -Regina respondeu. - E eu percebi quem Emma era e no quanto fui estúpida por não ter me declarado antes de perdê-la. E eu soube que por mais que eu tentasse nunca poderia ser feliz com o Robin.

Elas ficaram um tempo caminhando em silêncio até Zelena o quebrá-lo.

–Como você não percebeu antes que o Robin era esse tipo de homem?

–Como assim? - A morena perguntou confusa. E a ruiva riu.

–Regina pelo amor de Deus. O cara se dizia ser um homem de honra e apaixonado mas te abandonou na primeira oportunidade. Ela dizia que não poderia ficar com você porque tinha que honrar seu compromisso e sua promessa à esposa e quando ela estava congelada com risco de morrer, ele foi correndo atrás de você. Depois disse que ficaria com você mas novamente me escolheu, seguiu em frente super rápido, fazia sexo comigo sem um pingo de remorso e quando você voltou, primeiro fez o mesmo jogo de homem honrado até voltar correndo para os seus braços e te propor criar o filho dele com outra quando ele nascesse. O Robin é o típico canalha e qualquer poderia ter visto isso.

Regina refletiu sobre isso.

–Acho que eu estava tão cega sobre com essa história de pó de fada que eu não percebi isso. Mas como você pôde se apaixonar por ele sabendo de tudo isso? - Regina perguntou a irmã mais velha.

–Nós não controlamos por quem nos apaixonamos sis.

As duas ficaram em silêncio de novo e novamente ele foi quebrado por Zelena.

–Obrigada.

–Pelo o que?

–Por me salvar da Emma, por não querer tirar o meu filho de mim e por me perdoar e me considerar sua irmã e não somente aceitar o fato que compartilhamos a mesma mãe. - A mais velha falou de cabeça baixa e pela primeira vez se envergonhou de todas as vezes que tentou destruir Regina.

–De nada. E você também me ajudou, me ajudou a te entender melhor e a enxergar o que eu estava perdendo por medo. Eu acho que acabamos nos perdoando sem perceber. - Regina riu.

–Acho que sim. - Zelena confirmou. As duas estavam em frente ao apartamento dos Charmings e começaram a subir as escadas.

–Você sabe que eles vão pirar quando me verem. -Zelena falou.

–Se eles foram capazes de me perdoar, vão fazer o mesmo por você. - Regina disse e bateu na porta. Só não sei se eles vão me perdoar por ter me apaixonado pela filha deles. Ela pensou enquanto aguardava alguém abrir a porta.


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Notas finais do capítulo

* Gretel para quem não se lembra ou não sabe é o nome da Maria, do conto João e Maria, mas no original ela se chama Gretel e eu preferi mantê-lo assim.
E aí gostaram ficou legal? Quero opiniões galera, essa pessoa é bem curiosa e está aberta a sugestões.
Gostaram da Cersei fazendo participação especial hahaha só que ao contrário da Cersei dos livros e da série essa é boazinha :p
E estou avisando que só vou começar a escrever o próximo capítulo a partir de quarta-feira que vem, por que esse ser que vos escreve vai para Ever After e vai conhecer a Lana *0* e por isso tá pirando de ansiedade e não tá tendo muita cabeça para escrever e provavelmente estarei tão alienada após esse final de semana que só vou ter mente e imaginação lá para quarta. Quem vai também fala aí onde vai ficar, pode ser que nos encontremos por lá ;)