Suave escrita por BabyGirl


Capítulo 1
Suave


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic desse ship! Estou in love por eles.
Dedico a minha best, Rosi, por dois motivos, ou mais! Rsrsrs

Por me incentivar a voltar a ver The Blacklist. (Viciei)
Por me aguentar até a madrugada falando de séries e bobagens sem fim.
Por essa palavra que diz a mim algumas vezes, "suave best", tão fofa!
E por ser minha BFF!



Espero que quem ler goste, gostei de escrever.



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Meus olhos estavam fixos no computador, mas meu olhar estava perdido no vácuo. Em meio aquela reviravolta e confusão, minha cabeça dava mil voltas, não conseguia mais raciocinar.

Olhar a Samar, me trazia serenidade, um pouco de paz para meu íntimo. Era um porto seguro para mim em todo aquele caos.

Ela era suave.



Como uma água refrescante num dia quente.



Ela era suave.



Estava cansado com toda aquela loucura que estava no FBI. Tudo tinha mudado. Meu chefe estava afastado, meu colega agora me dava ordens, minha colega agora estava na lista dos 10 mais procurados pelo FBI. Sim, estava sendo caçada! Eu não sabia em quem mais confiar, em quem mais acreditar. Se fazer o meu trabalho seria bom ou prejudicial.

Suspirei. Desviei um pouco o meu olhar e notei que ela estava cansada também.



Ela era suave.



Olhei em volto todos estavam ocupados, desviei os olhos para o relógio, nem acreditei que estava tão tarde assim. Me levantei e fui até ela.

— Agente Navabi? - Falei baixinho perto dela, senti seu perfume marcante, como ela, uma mulher forte.



Mas, ela era suave, para mim.



— Alguma pista, Aram?

Ela me respondeu, mas senti que ela queria que minha resposta fosse um não.

— Não é sobre trabalho que vim falar.

— Não? - Ela franziu o senho.

— Mais ou menos. ... Está cansada, vá para casa.

— Aram?

Me lançou um olhar bem expressivo. E depois continuou.

— Preciso fazer o meu trabalho. Nós precisamos.

— Eu sei, mas estamos trabalhando há quase 24 horas. Acha que vamos conseguir algo cansados assim?

— Fale por você. - Ela retrucou.

— Sim, estou cansado. - Abaixei o tom da minha voz. — Estou enlouquecendo aqui, não sei o que fazer e no que acreditar.

— Na verdade Aram, precisa acreditar na verdade. Assim como eu, estamos apenas atrás da verdade.

Eu respirei fundo.

— Sim, por isso estou aqui, acredito que vamos descobrir toda a verdade. Mas precisamos respirar um pouco, está muito tarde.

Ela assentiu. E começou a arrumar as suas coisas.

— Quer uma bebida? - Gaguejei. Nem acredito que falei aquilo.

— Você paga. - Ela sorriu.



Suave. Seu sorriso era suave.



Fiquei surpreso com a resposta dela. Assenti e me afastei, fui até a minha mesa pegar as chaves do carro e chequei se estava com a carteira. Saímos sem falar com ninguém.






Em poucos minutos, chegamos em um bar, que eu nem sabia que ficava aberto até tão tarde, talvez ficasse aberto a noite inteira. Sentamos numa mesa, sem falar nada. Eu não conseguia evitar de olhar para ela, mas sempre desviava quando nossos olhos se cruzavam.

— O que vão querer?

— Uma cerveja. - Eu disse ao garçom.

Ela parecia me olhar incrédula.

— Um uísque duplo com gelo.

Deve ser por isso pensei, e evitei rir. O garçom se afastou.

— Desculpe te tirar de lá assim. - Quebrei o silêncio.

— Você fez o certo. Sei trabalhar sobre pressão, mas realmente tudo mudou … e me sinto afetada.

— Você é forte, mais que todos lá.

Ela riu.

— Espero que tenha sido um elogio. - Ela me disse séria.

— E é … aceite.

Bebemos mais um pouco sem falar muito, após algum tempo, estávamos mais relaxados.

— É melhor irmos para casa. - Pausei tentando entender o que falei. — Não, eu ir para a minha e você … - Me atrapalhei, tropeçando nas palavras.

— Eu entendi. Vamos.

Ela sorriu de lado.



Ela era suave. Sua voz era suave.



Chamei o garçom, ele me deu a conta e paguei, enquanto Samar foi ao banheiro. Saímos e dirigi até o endereço que ela me deu. Parei em frente ao edifício.

— Quer subir?

Fiquei uma eternidade assimilando o que ela disse, com que intenção disse. Ela pigarreou chamando a minha atenção.

— Não. - Tive que mentir, eu queria muito, mas. — Está muito tarde, melhor descansar.

Ela meneou a cabeça, afirmativamente, me lançando um olhar que não soube decifrar.



Mas, um olhar suave ...



Quando demos por conta, estávamos com nossos rostos bem próximos, senti quando ela roçou seus lábios nos meus, e acabamos por deixar nossas línguas se encontrarem por alguns segundos. Sem pressa. Ela era tão doce.



Tão suave. Seu sabor suave.



Instintivamente minhas mãos a tocaram. Senti sob meus dedos sua pele morena macia, e quente.



Sua pele suave.



Nos afastamos, enquanto meu polegar ainda acariciava seu braço.

— Obrigada. - Disse saindo do carro.

— Te vejo amanhã.

E eu fiquei com uma cara de tonto lá parado, olhando seu caminhar.



Suave.



Olhando suas curvas.



Suaves.



Após um tempo que me dei conta que precisava ir para casa, logo amanheceria e teria que ajudar a caçar minha colega, ou ex, uma assassina perigosa ou não. Mas, meu trabalho agora era encontrá-la.

Dei a partida no carro e olhei mais uma vez para a entrada do prédio, não a avistei mais. Sorri por que sabia que ela seria para mim algo suave naquela agitação. Sim, muito ...



Suave.



Segui para casa, e sorri na esperança de sonhar. Um sonho suave com a Samar.



Ou não tão suave assim.


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Notas finais do capítulo

Fim



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