Equinócio escrita por NocturnalVacancy


Capítulo 6
Capítulo 6 - Sem título


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Quanto tempo, não? Eu sei que mereço uma chuva de pedras por ter entrado em hiatus sem avisar, mil perdões. Como faz tempo que não atualizo esta fiction, a partir de agora postarei alguns textos (bem) antigos, apenas para não ficar parado por aqui.

Será que vocês conseguem perceber a diferença de escrita, mesmo após as correções?



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Sorriu ternamente ao observar a mulher que acabara de passar à sua frente. A barriga volumosa denunciava os dois meses restantes para que trouxesse à luz uma nova vida... E dois meses também era o tempo que possuía o feto dentro de si. Desde que descobrira estar esperando uma criança, passava os dias pensando quando ficaria igual: feia e gorda.

Riu do próprio pensamento, jamais consideraria qualquer grávida feia. Talvez fosse o efeito dos hormônios, mas nos últimos tempos considerava a maternidade o estado mais belo na vida de uma mulher.

Ainda lembrava-se da alegria que sentiu ao receber a notícia, seria impossível expressar seus sentimentos naquele momento. Na casa dos trinta anos, preocupava-se em não ter tempo para realizar seu último desejo enquanto mulher, mas agora parecia viver em um sonho. Receava ter de largar o emprego quando a criança finalmente chegasse, porém, não tinha importância. Jamais permitiria ao seu adorado filho chamar alguma estranha de “mamãe”.


Ela divagava sobre isso na portaria quando ouviu gritos interromperem seus pensamentos. Correu até a origem do som e surpreendeu-se ao ver que a causa era a mesma jovem de agora há pouco. Assustada, a garota chorava silenciosamente, enquanto um homem segurava um revólver contra sua cabeça. Observando atentamente, percebeu que havia uma marca no anular da garota e um anel no dedo do rapaz. Em um pensamento aleatório perguntou-se se eles teriam sido casados ou noivos, mas não havia tempo para isso agora, a garota seria morta caso algo não fosse feito.


Sem pensar nas consequências, pulou sobre o rapaz, em uma tentativa de tirar a arma. Após uma pequena luta pela posso do revólver, o som dos tiros ecoou pelo local, gerando confusão e afastando os curiosos. Quando a polícia finalmente chegou, a visão era nem um pouco animadora. Durante a briga, um projétil fora disparado contra o ombro do agressor. Então, desesperado – ou simplesmente louco –, o homem atirou mais três vezes.


As balas direcionadas ao tronco feminino atingiram o baço e o rim direito. A terceira e última acabara por ferir a perna, alcançando uma artéria de extrema importância. Poucas seriam as chances após a perda de tanto sangue, ainda assim, os para-médicos continuaram esforçando-se na tentativa de salvá-la.

E assim, desta forma medíocre, sonhos, esperanças e chances de felicidades foram desperdiçados. Duas vidas jogadas fora... inutilmente.


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