Uma dança com Rose Malfoy escrita por Tia Vênus


Capítulo 1
Posso te chamar pra dançar?


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que o nome dele é Blásio, mas eu acho feio e nas minhas fics é Blair Zabini! xD
E essa fic é pra todas as leitoras que achavam que meu Zabini era um santo! =P
Ok... Contexto. Casamento da Virgo e do Pascal, Blair chama a Rose pra dançar. Só isso! GO!



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“Posso te chamar pra dançar?” perguntei tocando-a na cintura. Rose me olhou surpresa e seus olhos correram para o marido, que conversava com os amigos. “Ou será que seu marido vai pensar que estamos tendo um caso?”

“Blair, você sabe que Draco tem uma neura com você.” Riu Rose. Mas ela segurou minha mão e meu ombro. Tomamos a postura para dança e começamos a girar lentamente no mesmo lugar.

“Bem... ele ainda tem motivos pra isso?” perguntei sorrindo.

“Não... finalmente superei você, Blair Zabini.” Riu Rose. Fingi uma careta. Ou ao menos acho que fingi...

“Eu nunca vou superar você...” murmurei olhando pra ela. Rose sorriu gentilmente.

“Não era pra ser, Blair.” Disse ela. A girei lentamente e então a puxei de volta. Ela seguiu como se estivesse esperando que eu fizesse isso e logo estávamos girando elegantemente pela pista de dança. “Por um tempo eu achei que poderia ser, mas...”

“Eu sei...” murmurei para depois soltar um suspiro “Mas pelo menos Pascal não teve mesma sina que eu...” murmurei vendo meu filho dançando com a esposa. “Ele ficou com a garota, no final...”

“Sim... ele e Virgo parecem exultantes.” Riu Rose “Um Malfoy sempre consegue o que quer...”

“Pois é...” murmurei olhando aqueles cintilantes olhos azuis. Lembrava perfeitamente da primeira vez que os vi... No meu segundo ano, quando ela estava indo para o chapéu seletor.

Não foi paixão a primeira vista.

Eu nem sequer a achei bonita naquele dia...

Foi a personalidade dela que chamou minha atenção, na verdade... No final do segundo ano, quando Draco inventava que precisava ficar com ela... Eu comecei a me perguntar, o que Malfoy tinha visto nela?

Então comecei a prestar atenção...

Nos olhos.

No sorriso... e quando notei, estava louco para beijá-la, ao menos uma vez. Não... não estava apaixonado. Apenas tinha um leve interesse...

Mas ela começou a namorar Draco. Ficou noiva dele... E quando brincamos na casa dele, de sete minutos no paraíso... quando fiquei sozinho com ela pela primeira vez... Foi quando o desejo cresceu de verdade...

No quinto ano, ela e Draco estavam sempre brigando, e por conta disso, e por achar que Draco estava sendo um babaca, comecei a me afeiçoar por ela...

E quando ela levou aquela detenção... Quando eu roubei um beijo dela... Só então eu notei, que era muito mais que reles atração, reles afeição... Havia um pouco de desejo e carinho. Aquela vontade de protegê-la... Ela sempre foi tão forte, tão independente... mas eu queria protegê-la...

Eu a queria... a verdade é essa...

E quando finalmente consegui me aproximar o suficiente... o suficiente para beijá-la... Foi um momento de realização que eu nunca tinha tido antes. Logo me vi completamente apaixonado, usando desculpas bobas para explicar o porquê dos meus atos...

Era pra ensinar Draco uma lição.

Era ajudá-la e ter mais confiança em si mesma...

Era ajudar meus dois amigos a crescerem.

Mas a verdade é muito mais egoísta que isso... Eu estava louco para que Draco não se tocasse. Estava louco para que ela fosse somente minha... Eu queria dar uma rasteira no meu amigo. Simples assim... mas tive moral o suficiente para não fazer isso...

Eu estava completamente apaixonado por ela, mas ela escolheu Draco...

Não tive coragem nem mesmo de vê-la casar.

E ao encontrá-la, anos depois, naquele vestido sensual, passando por uma crise no casamento... Quis dar outra rasteira naquele sortudo do Malfoy... Mas não me permiti isso e nem ela. Ela jamais iria traí-lo... O desejo estava lá...

Agora nem isso havia nos sobrado.

Éramos dois adultos. Ela tinha seguido um caminho e eu, outro. E nós dois fomos bem sucedidos nesses caminhos, cada um a seu modo.

Eu seguia um solteirão. Não nasci pra casar. Eu sou um espírito livre. Me pergunto se teria dado certo com ela... Se teríamos dado certo se Draco não tivesse entrado aquele dia na sala, no dia do Baile de Inverno...

Se ele não tivesse voltado com ela... Eu teria sido capaz de lidar com a responsabilidade de sermos apenas nós dois? Eu teria conseguido fazê-la feliz como Draco a fazia? Poderíamos ser Sr. e Sra. Zabini?

Eu sinceramente acho que não... Realmente acho que não...

Havia algo nela a prendendo a Malfoy. Eles tinham uma ligação que eu nunca seria capaz de quebrar. Provavelmente eu não saberia lidar com aquilo... nem mesmo por ela.

Eu fui um pai terrível, ausente... sempre usei a desculpa de que era simplesmente por não ser bem vindo na família Greengrass... Mas isso é mentira. Eu nunca realmente tentei... e se Pascal não tivesse procurado por mim, eu não teria acompanhado o crescimento dele. Nem teria notado o maravilhoso rapaz que ele se tornara.

Astoria o criou bem.

Eu lembro que teve uma vez... Quando Pascal tinha quatro anos... Eu vim para um almoço na casa dos Malfoy. Um almoço de páscoa... Eu trouxe Pascal comigo, claro. Eu vi como Draco brincava com os filhos.

Draco Malfoy, sempre com aquela pose de durão, frio, sério... Deitado no chão, com os garotos na barriga, gargalhando de se acabar... Correndo atrás dos meninos, fazendo-os levitarem – ao menos Virgo e Scorpius, já que Cygnus nunca gostou de altura. Draco parecia outra pessoa... Eu nunca fui assim com Pascal. Eu nunca brinquei com ele. Nem saberia como fazer...

Sempre comprei coisas para ele se divertir sozinho e me contentava em observar.

Draco comprava um brinquedo e brincava com os filhos, como se fosse algo absurdamente interessante. Draco deixava que Virgo pintasse seu rosto. Deixava que Scorpius fingisse que ele era um cavalo, ensinava Cygnus a tocar piano. E no final da noite, estava apagado no sofá, dormindo com os três sobre ele.

Eu assistia televisão com Pascal, jogava xadrez às vezes, quando ele cresceu um pouco e me pediu para jogar. Eu nunca tive o entusiasmo de Draco com a família... Eu nunca me importei muito com isso. Eu nunca desejei ter filhos...

Pascal foi um completo acidente envolvendo vodka demais...

Se ele se tornou aquele bom homem que é hoje, foi crédito apenas de Astoria.

Mas teria sido diferente com Rose? Eu seria capaz de me tornar um paizão, como Draco fora? Eu seria capaz de deixar de sair com meus amigos para curtir a noite, apenas para ficar deitado ao lado dela? Sentado em frente à lareira, observando as crianças brincarem?

Eu seria capaz de abrir mão das minhas viagens, da minha juventude, apenas para criar crianças remelentas e choronas? Seria capaz de ser compreensivo quando eu estivesse louco por sexo, mas meu filho estivesse com medo de dormir sozinho por conta de um pesadelo?

Eu seria capaz de não olhar uma segunda vez para uma garota mais jovem que Rose, que me olhasse com volúpia? Draco quando estava com ela parecia não ser capaz de olhar para os lados...

Eu seria capaz de aguentar sempre os amigos dela? Mesmo aqueles de quem eu não gostasse? Como Granger ou os Weasley? Seria capaz de permitir que um deles se tornasse padrinho de um filho meu? Seria capaz de aceitar numa boa que eles viessem para minha casa, comessem da minha comida e ainda fossem frios comigo, apenas para não chateá-la?

Eu seria capaz? Seria?

Olhei para aqueles olhos azuis. Olhei bem para eles...

Não era Rose quem eu jamais iria superar...

Era Draco Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Rose e Draco 4Ever!
Espero que tenham gostado!
Comentem, recomendem... o de sempre! xP