A filha de Além Mar escrita por Daily Poison


Capítulo 14
Capítulo 13 - Possibilidades


Notas iniciais do capítulo

Olá narnianos, como vão? ^^

Como prometido, ta aí mais um capítulo pra vocês. Espero muito que gostem e deixem seus comentários. Se divirtam e boa leitura.

Obs: A caverna -> http://thedailypoison.tumblr.com/post/138738328436 Sim, a caverna que eles vão se encontrar é a mesma que os viajantes usam para chegar a Nárnia e a mesma que traz os Pevensie para Nárnia um ano depois da partida deles.

Tia Daily



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A noite estava na metade quando enfim a grande festa em comemoração a chegada de Astride havia acabado. Todos os narnianos voltaram para suas respectivas casas alegres, satisfeitos e cheios de esperança. No decorrer da festa, Astride teve o prazer e o cuidado de falar com cada um que estava presente, alguns já conhecidos, como Orieus, e outros que acabará de conhecer, como o Sr. e a Sra. Castor.

—Majestade, é uma honra poder conhecê-la!- disse a Sra. Castor a fazer uma reverência.

—Pra que formalidades? Pode me chamar de Astride. O prazer é meu, senhora, soube que ajudou os Pevensie quando eles chegaram a Nárnia, eu agradeço muito, pois também me ajudou!- disse Astride com um sorriso sincero estampado na face. –E você deve ser o Sr. Castor, Pedro me falou que pensou em fazer um chapéu de você, disse que era muito resmungão!- brincou ela, fazendo o Sr. Castor rir. -É um prazer conhece-lo!-

—O prazer é meu querida, e por favor, não acredite em nada que aquele moleque diz, ele adora me difamar!- disse o Sr. Castor a brincar.

—Trouxemos um presente pra senhora, é modesto e eu mesma que fiz, mas é de coração!- disse a Sra. Castor com um sorriso enquanto entregava pra Astride um pacote mal embrulhado. –Imaginei que não tinha vestidos, já que acabou de chegar. Espero que goste!-

—É perfeito!- disse Astride com um sorriso enorme que ia de orelha a orelha ao ver abrir o pacote e ver o vestido que ganhara. Era simples, porem elegante. Feito de um único tecido branco, com babados na parte de cima. Astride simplesmente amou, e já sabia quando iria usar. –Muito obrigado!- continuou ela pegando a Sra. E o Sr. Castor para um abraço de urso.

O resto da festa foi uma maravilha, muita dança, música, conversa pra lá, conversa pra cá, até que enfim, o Cair Paravel estava silenciosa novamente. Não se ouvia nada além do forte vento entrando pelas exorbitantes janelas, fazendo um som apavorante ecoar pelos corredores. Todos já estavam deitados em suas camas prontos pra dormir, mas duas pessoas estavam acordadas e prestes a sair às escondidas.

Pedro tirou toda aquela roupa e ficou com uma simples camisa e calça de malha, e com uma capa para se proteger do frio, ele saiu de seu quarto e andou sorrateiramente pelos corredores do castelo, até chegar na praia, onde caminhou por mais alguns minutos até chegar no ponto de encontro que combinara com Astride e lá ficou esperando ansiosamente pela sua chegada.

A Senhora de Nárnia andava silenciosa por um dos corredores principais do castelo, morrendo de medo de alguém aparecer e pega-la no flagra. Os passos leves e ligeiros dela não chamavam a atenção de ninguém, exceto talvez de Susana, que desde que soube que ela e Pedro ficaram de conversar sozinhos depois, começou a desconfiar de toda aquela história e seguiu a amiga para ver aonde iria.

Astride já estava começando a descer a enorme escada que levava para a praia, quando ouvir alguém gritar seu nome. Era Susana, que não se aguentou de curiosidade e quis saber aonde Astride iria.

—Você enlouqueceu de vez Susana, não grite!- disse Astride irritada enquanto puxava a amiga pela mão para o canto, afim de que ninguém as visse e torcendo para que não tenham escutado. –O que você está fazendo aqui? Pensei que já estivesse dormindo!-

—Bom, eu não durmo cedo e estava curiosa... Mas essa não é a questão mocinha. Trate já de me dizer o que ia fazer a essa hora na praia!- disse Susana séria.

—Eu ia encontrar seu irmão na caverna mágica. - disse Astride resmungando tão baixo que Susana não entendeu. A rainha a olhou com os olhos semicerrados e perguntou novamente.

—Vamos desembucha As, o que estava indo fazer?-

—Estava indo ver o seu irmão!- respondeu Astride agora num volume mais alto, mas não tão alto, de modo que só Susana pudesse escutar. –Queríamos ficar sozinhos para conversar. -

—E por que você não me contou? Poderia ter ajudado!- respondeu Susana com um sorriso esperançoso.

—Pensei que iria brigar comigo, então achei melhor manter segredo. - continuou Astride com as bochechas coradas de vergonha.

—Bom, não é certo o que vocês estão fazendo, mas vou fazer o seguinte, vou virar, começar a andar e fingir que não ti vi aqui, foi apenas um sonho!- disse Susana enquanto fazia tudo que dizia, tirando um sorriso de Astride.

—Obrigada Su!- sussurrou Astride enquanto via Susana se afastar, caminhando castelo adentro. A Rainha gentil apenas sorriu e continuou.

Astride por sua vez, voltou a andar, já estava atrasada e não queria deixar Pedro esperando por muito tempo. Descalça, ela rapidamente desceu degrau por degrau da enorme escadaria que levava até a costa de Nárnia, e quando enfim, pois os pés na areia fria e fofa da praia, estava arfando de cansaço. Entretanto não iria deixar aquilo a abater. Segurou o vestido branco que ganhara mais cedo da Sra. Castor com as mãos e voltou a caminhar, dessa vez com mais calma.

A noite estava deslumbrante. A lua brilhava forte no céu azul escuro recheado de estrelas. Apesar de ser verão e de que as noites nessa época são quentes em Nárnia, naquela em especial, estava fazendo certo frio. A forte e gélida brisa que vinha de Além Mar balançava os cabelos de Astride, de modo que os mesmos ficassem em seu rosto, a impedindo de enxergar direito, mas mesmo assim, continuou a caminhar para o oeste de Cair Paravel como Pedro lhe instruiu.

Depois de alguns minutos caminhando ela avistou uma figura poucos metros à frente. Demorou um pouco para que percebesse quem era. Astride teve que tirar os cabelos da face e estreitar bem os olhos para ver de quem se tratava. Era Aslan, e ele caminhava lentamente em direção à irmã. Não fazia nenhum barulho apesar do seu porte, e tinha uma feição calma, porém preocupada.

—Aslan!- disse Astride ao fazer uma reverência para o Grande Leão, quando o mesmo estava parado a um metro de distância.

—Minha filha, o que você está fazendo a essa hora sozinha aqui?- perguntou Aslan com um meio sorriso.

—Vim me encontrar com Pedro!- respondeu Astride de cabeça baixa, sem olhar nos olhos do irmão envergonhada.

—Pedro Pevensie, O Grande Rei de Nárnia. É um pouco complicado, cidadão difícil, mas é um bom menino. Você gosta dele?- perguntou Aslan ao se aproximar mais da irmã, que apenas balançou a cabeça sorrindo em concordância. –Muito bem, eu aprovo esse relacionamento, mas, a um porém.- continuou Aslan, fazendo o sorriso sumir da face de Astride.

—Eu sei, o lado da profecia que poucos conhecem. O destino do seu sangue, o meu destino. - disse Astride ao olhar triste para o irmão.

—Não pense assim, sabe que é apenas uma possibilidade. Suas escolhas podem influenciar no que irá acontecer. E eu espero que faça as escolhas certas minha filha, não quero que ninguém se machuque. - disse Aslan com um meio sorriso. –Bom tenho que ir agora!- continuou ele. –Você está bonita, a Sra. Castor fez um bom trabalho, mas devo admitir que ainda não me acostumei com essa sua forma!- disse ele com ar de riso ao se afastar da irmã mais nova indo para o lado oposto, fazendo Astride sorrir ao lembrar-se de sua infância.

—Espere!- disse Astride, fazendo o irmão parar de caminhar e se voltar para ela de onde estava. –Você o encontrou?- perguntou a irmã, preocupada.

—Ainda não minha filha!- respondeu Aslan já se virando e voltando a caminhar. Poucos segundos depois, ele havia sumido, deixando Astride com uma resposta vaga.

A Senhora de Nárnia passou alguns minutos olhando para o ponto onde o irmão mais velho havia sumido pensando no que ele havia falado, quando se lembrou de Pedro.

—Céus, ele deve está esperando há horas!- disse ao colocar uma das mãos na testa. Ela olhou em volta para se localizar e avistou, assim como ele havia dito, a caverna aonde iriam se encontrar. –Não acredito que é Essa caverna!- disse Astride ao abrir um sorriso. Pedro tinha razão ao dizer que essa caverna era mágica, mas até do que ele imagina. Ela caminhou rapidamente, quase correndo, até que estava em frente à fenda triangular, e lá dentro ela o avistou. Estava de costas e usava uma capa cor de vinho. Astride se aproximou, e quando estava a poucos metros dele o chamou com a voz calma e delicada de sempre.

—Pedro?-


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