Ela era elétrica.

Era como uma tempestade inacabável. Daquelas que causam naufrágios.

Ela fez com que eu me perdesse em meu subconsciente.

Era.

E tinha cabelo loiro.

E o sol depois das tempestades fazia com que seus fios iluminassem até a coisa mais sombria.

Tinha olhos pretos. Ás vezes ela parecia um demônio.

Estranho dizer isso dela. Sim, ela era elétrica. Mas não era má.

Era como o sol. Ela brilhava mais que o sol. Talvez fosse mais brilhante do que qualquer coisa.

Seu nome era Estela. Ela parecia tão pequena.

Talvez eu tenha errado ao cometer o ato de rompê-la.

Numa noite de tempestade. Com um arco-íris surgindo junto ao sol. Com Estela em minha cama.

E então ela se foi.

Ela era a escuridão. Ela era a luz. Ela não era real, era?

Se fosse não teria partido, certo?

Estela, como eu queria sentir seu cabelo loiro batendo em meu rosto como tempestade.

Como eu queria olhar no fundo de seus olhos e ver meu reflexo junto ao de tuas mãos sobre mim.

Como eu queria que seu beijo deteriorasse meus lábios com uma descarga de 1000 volts.

Como eu queria que você fosse real.