A Sangue Frio escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 13
A Despedida


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao último capítulo da fic! :'( Meu coração não aceita terminar esta história, por isso estou chorando...
Dedico a todas que acompanharam, favoritaram, comentaram, recomendaram,(aos leitores fantasmas também) enfim, a todas que estiveram comigo nesta caminhada. O meu muito obrigada a vocês!



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Eles seguiam para o aeroporto silenciosamente em um taxi que eles mesmos chamaram. Era hora de voltar para casa. Deviam chegar com pelo menos uma hora de antecedência para que pudessem fazer o check-in.

Henry em silêncio e pensativo observava a cidade que ficava para trás. Não podia deixar de sentir um pouco de aperto em seu peito. Os poucos dias que estivera ali, foram conturbados, mas valera a pena. Afinal, havia conhecido pessoas maravilhosas, profissionais excepcionais. Tinha certeza de que jamais se esqueceria deles. Sempre se lembraria dos CSI’s de Las Vegas com muito carinho.

Chegaram ao aeroporto no horário previsto. Henry pagou a corrida. Tiraram cuidadosamente suas bagagens do porta-malas do taxi. Colocaram-nas em um carrinho e partiram em direção ao balcão onde fariam o check-in.

Após resolverem tudo e despacharem suas malas para o serviço de cargas do aeroporto, eles puderam enfim conversar mais calmamente.

— Nem acredito que tudo acabou bem! – comentou Henry aliviado.

— Foi sorte conseguirmos apanhar o assassino e livrar você, Henry – censurou-o Jo.

— Sorte e competência – Lucas defendeu seu chefe.

Jo revirou os olhos com a impertinência de Lucas e fingindo não escutar o que ele disse, voltou a censurar Henry:

— Se não tivéssemos descoberto o assassino, não sei o que teria sido de você. Provavelmente estaria preso sob a acusação de matar o seu amigo. Onde você estava com a cabeça para visitar seu amigo sozinho?

— Tudo bem quando acaba bem. Não vamos mais nos preocupar com o que passou. São águas passadas, detetive – Henry tentou acalmá-la. Uma tarefa difícil.

— Por falar no caso, você estava todo assanhadinho para cima da perita morena – comentou Jo enciumada – Como é mesmo o nome dela? – ela fingiu não recordar.

— Sidle. Sara Sidle – ele respondeu prontamente. Olhando mais atentamente para a linda detetive que estava próxima a ele e com um sorriso maroto nos lábios, resolveu arriscar – Está com ciúmes detetive? – ele perguntou divertido.

— Ciúmes? Eu? – ela tentou disfarçar.

O restante do grupo apenas observava calado aquela cena. Queriam ver como aquilo iria terminar.

— Vamos! Confesse detetive que você está com ciúmes – ele instigou-a mais divertido ainda com o embaraço dela.

Ela suspirou, levantou as mãos em sinal de rendição. Não havia escapatória.

— Tudo bem! Eu confesso! Eu amo você Henry Morgan! Era isso que você queria ouvir? Eu amo você! – ela gritou para que todos naquele maldito aeroporto pudessem escutar.

Henry aproximou-se um pouco mais dela. Podia sentir o seu doce cheiro de lavanda. Estava perdido.

— Detetive – ele a chamou – Querida detetive – ele falou mansamente enquanto sua mão instintivamente acariciava de forma suave o rosto amado – Será que você não percebe o óbvio? Será que sou tão bom em guardar segredos?

Jo estava perplexa. Não sabia o que pensar. Será que ele queria dizer o que ela estava pensando?

— O que é tão óbvio assim? – ela quis saber receosa. O seu coração batia descompassado.

— Eu te amo Jo Martinez. Sinto que te amei desde a primeira vez que te vi – ele se declarou sem medo.

E sem esperar resposta ou ação por parte da detetive, envolveu-a pela cintura e pela nuca e puxou-a para um beijo há muito esperado. Provar dos doces lábios de Jo era como provar o mais doce néctar das flores.

O mundo pareceu deixar de existir enquanto eles estavam ali envoltos na sensação de pertencer um ao outro. Apenas tiveram a impressão de que uma multidão batia palmas para aquela romântica expressão de amor. E batiam. Quando eles separaram seus lábios, puderam ver que realmente todos os presentes naquele aeroporto e seus amigos os aplaudiam. Tudo o que puderam fazer foi sorrir um pouquinho envergonhados e darem-se as mãos. Mas ainda havia algo mais. Henry ajoelhou-se diante dela e fez um pedido irrecusável:

— Detetive Jo Martinez, você aceita ser minha namorada?

— Pensei que você nunca a pediria – comentou Abe e dirigindo-se para Jo provocou-a – Anda Jo! Diga logo que aceita!

A detetive estava sem fala. Recuperou-se do agradável susto e respondeu:

— Sim! Mil vezes sim! Eu aceito ser sua namorada Henry Morgan. É tudo o que mais quero – ela disse tomando-o pela mão e fazendo-o levantar-se. Deu um beijo rápido em seus lábios.

Em meio a comemoração do mais novo casal, Abe puxou Henry a um canto e falou seriamente:

— Estou feliz por você Henry. Estou mesmo. Mas você sabe que terá que contar aquilo para ela, não é? Não é justo deixá-la na ignorância...

— Sim, eu sei – ele respondeu o sorriso morrendo em seus lábios – Eu contarei – ele prometeu – Não se preocupe! Cada coisa no seu tempo.

E voltaram a reunir-se com o restante do grupo. Eles ouviram as felicitações de cada um, inclusive de Joanna e Mike. A felicidade foi ainda maior ao verem os peritos de Las Vegas chegarem para se despedir.

Os recém-chegados suspiraram aliviados ao perceberem que seus novos amigos ainda não haviam embarcado.

— Pensamos que não chegaríamos a tempo – exclamou Grissom – Mas aqui estamos.

Estavam todos parados no amplo saguão do aeroporto, próximos aos portões de embarque. O som dos motores do avião anunciava que logo a despedida se daria. Ouviram o primeiro chamado para o embarque:

— Atenção senhores passageiros do voo JFK 724 com destino a Nova York, queiram, por favor, embarcar no portão 3.

— Muito obrigado! – agradeceu Grissom.

— Sou eu quem deve agradecer – disse em voz alta e baixando a voz para que somente Grissom pudesse ouvir segredou-lhe – Segui seus conselhos. Jo agora é minha namorada. Fiz o pedido poucos minutos atrás.

— Foi um prazer conhecê-los mesmo em circunstâncias adversas como a que nos encontramos – Grissom falou para todo o grupo.

Mais uma vez o voo foi anunciado. Voltou-se para Morgan e declarou:

— Foi um imenso prazer trabalhar com o senhor e sua equipe Doutor Morgan. Vocês são ótimos profissionais. Nova York está em ótimas mãos – ele o elogiou.

— Posso dizer o mesmo do senhor e de sua equipe, senhor Grissom. Espero que tenhamos outra oportunidade de trabalharmos juntos – Henry falou com sinceridade.

— Quem sabe não somos nós que vamos à Nova York? – brincou Catherine.

— Vou torcer por isso – comentou Hanson lançando um sorriso encantador para a perita loura.

— Serão todos bem vindos! - afirmou Jo.

Ouviram novamente a voz metálica que anunciava a partida do voo.

— Última chamada para o voo JFK 724 com destino a Nova York, por favor, embarcar no portão 3.

— Então é isso! Hora de voltar para casa – comentaram Jo e Henry em uníssono. Antes, porém de irem embora, Henry e Grissom trocaram o número de telefone para caso precisassem.

Despediram-se trocando palavras amáveis, abraçando-se um ao outro com muito carinho e votos de boa viagem. Cada um sentia dentro de si que nunca mais seriam os mesmos depois daquele inesperado e turbulento encontro. A sensação era de dever cumprido. Henry e sua turma embarcaram no avião, enquanto Grissom e sua equipe dirigiam-se para o estacionamento a fim de voltarem para suas nada pacatas vidas de peritos do Laboratório de Criminalística de Las Vegas. Apesar de estarem de folga naquele dia, tinham que ficar de prontidão, pois nunca se sabia quando um crime de grandes proporções podia acontecer e recrutá-los para a investigação. O crime, assim como a Cidade do Pecado, sempre está a espreita.

THE END


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Deixe seu comentário para que eu possa saber :)



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