Death And All His Friends escrita por fukkk


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Caracaaa, demorei muito para postar. Mas essa semana eu passei na minha vó, ai ficou difícil de postar. Olha que o capítulo de hoje está pegando fogo!



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Esses olhos. Esses olhos que arrastam o mais santo ao inferno. Esses olhos que eu seduzi, matei e devorei centenas de pessoas. Esses olhos que eu sei usar muito bem. E é com estes olhos que eu encarava Dimitri e eu sabia que ele não iria escapar.

Estávamos na sala de visitas, William e Abe haviam se tornado companheiros de conversa desde o jantar e estavam a jogar uma partida de xadrez. Os outros estavam em volta, não sabiam o que falar e nem como agir. Estavam encurralados, mas ainda com a esperança de que me teriam de volta. Acendi um charuto e sentei-me ao lado de meu marido e os olhos nunca se desviavam de Dimitri. Ele estava com aquela máscara patética de guardião, assim como Janine, mas ele me notava e fazia de tudo para não corresponder os meus olhares. Ele estava suando frio.

Cansando-me de seduzi-lo e sentindo falta da minha filha, fui atrás de um empregado pedindo para que a trouxesse para mim. Assim eu poderia passar meu tempo sem ter que encarar as caras fantasmagóricas. Lissa não parava de olhar para mim, tentando achar algum indicio de Rose e se culpando pelo o que tinha acontecido. Christian, agarrado à ela, olhava para as velas pensando em como incendiaria esta casa. Adrian, mesmo com Sydney em seu enlace, estava nostálgico e obviamente ainda me desejava (com menos intensidade, mas ainda desejava). Eddie e Jill formavam um belo casal, parceiros no crime e na minha descoberta. Estavam animados com tudo isto e achavam que poderiam sair bem dessa. Janine estava com raiva, muita raiva. Queria agarrar-me pelos braços e me surrar. E claro, me levar de volta à corte, apenas para honrar o nome Hathaway.

"Maman", Charlotte entrou na sala com a babá. "Querida! Você sabe que não pode ir dormir sem antes dar um beijo na mamãe". Ficamos sentadas no sofá esperando toda essa babaquice acabar. William e Abe estavam conversando sobre como se lidava com arrendatários e blá blá blá. Chatice. "Não está na hora da Charlotte ir dormir?", disse William terminando sua conversa com Abe abruptamente. "Sim", apontei para a babá, "Leve-a. Boa noite, menininha". Quando a babá saiu com Charlote nos braços, William se virou para mim e pediu para que eu tocasse algo no piano. Todos me olhavam, não sabiam que eu tinha este dote. "Por favor, algo alegre". Olhei para William e toquei a Marcha Turca, de Mozart. Todos ficaram boquiabertos com a minha habilidade de tocar sem olhar a partitura com uma música tão difícil. Rose Hathaway era selvagem e bruta, não tinha a capacidade de ser culta. Era medíocre, de uma raça superior, uma máquina mortífera que agia somente a interesses moroi. Margot era o contrário, era tudo o que eles tentavam ser e não conseguiam. Era esplêndida, magnífica.

Depois do show, pedi licença para me retirar. Disse que estava cansada e iria dormir, quando na verdade estava com fome e queria encontrar Sebastian. Optei pelo alimento, primeiro. Meu estômago estava queimando e ansiando por alívio. Sem me dar ao trabalho de me trocar, saí sem ser notada. Corri o mais rápido e para mais longe que pude. Não podia chamar a atenção de ninguém, muito menos hoje. Passei de Wessex em segundos e fui parar em uma cidadezinha minúscula, com menos de 13.000 mil habitantes. Tinha que atrair minha vítima e o lugar escolhido foi um bar de esquina com uns homens bebendo. Logo escolhi a vítima e o atraí até a estrada, fui rápida; me alimentei e não o matei. Deixei-o confuso e o fiz seguir seu caminho.

Chegando em casa, segui meu caminho até Sebastian. Mas no meio do caminho, raciocinei e concluí que tinha que seguir meu plano hoje. O mais rápido, melhor. Eu sabia que ele estaria na porta, junto com os outros guardiões, e passaria lá de propósito. Ele me seguiria, mesmo tendo essa faixada de autocontrole, ele não resistia à mim. Era impossível para ele.

Passei pela porta e claro que ele estava lá, todo de preto. Ele me olhou com espanto (porque para ele eu estava dormindo) e com o olhar mais chamativo que consegui, o olhei. Ele hesitou um pouco, mas logo pôs a me seguir; subi em direção à biblioteca, sem olhar para trás. Quando cheguei ouvi, depois de cinco segundos, a porta se fechando atrás de mim. Dei um sorriso de vitória; eu sempre conseguia aquilo que queria e dessa vez não foi diferente. Virei-me à ele e o mesmo me analisava e eu não pude resistir de dizer: "Vê algo que gosta?". "Agora você pode me explicar exatamente o que está acontecendo", ele disse bravo. Fui me aproximando dele cautelosamente e disse: "Você continua o mesmo, não é? Cheio de culpa, colocando a vida deles em cima da sua e da minha. Com a mesma vida, matando strigois e mais nada. E claro, com a devoção por Lissa". "Você ficou fora por tanto tempo, mas eu ainda sei que continua nos conhecendo muito bem, Roza". Dizendo meu velho apelido, ele acreditou que podia me desestabilizar, como nos velhos tempos. Tempos. "Você sente minha falta", eu disse e não foi uma pergunta. Ele não se deu o trabalho de negar, era a verdade e ele não mentia. "Mas você acha," continuei: "você acha que eu cometi um erro, uma traição. Bom, porque a ideia de sequestro foi logo descartada quando me viu", cheguei mais perto dele e o toquei, ele estremeceu. "Você acha que tudo pode ser como era antes, que eu voltarei para minha família, para Lissa, para você. Pobre homem". Ele estava hipnotizado, arrepiado; estava cedendo. "Você não imagina as coisas que fiz, coisas más, iníquas", rocei-lhe os lábios com os meus, "coisas que eu vou te contar". Desabotoei sua calça agilmente. "Você quer resistir, mas não pode. Você me quer. Não se contenha", coloquei suas mãos em minhas partes úmidas. "Saudade?", perguntei. E foi isso, ele me pegou pela cintura e me beijou. Foi algo selvagem, intenso e cheio de desejo. Ele me queria mais do que tudo e não se controlava mais. Ele me arremeteu forte, sem pestanejar, ambos gememos de prazer. Minhas unhas arranharam sua pele; estávamos transando ali em pé, bem em frente ao retrato de Catarina. "Roza, Roza", ele dizia. Eu contribuía com as minhas habilidades sexuais, que não eram poucas e assim chegamos ao clímax rápido e juntos. Antes que ele pudesse se retirar de dentro de mim, eu olhei fundo em seus olhos e disse: "Você vê? Eu controlo você, controlo cada partícula sua". Beijei seu pescoço e continuei: "é uma pena que eu não me ajoelhe mais à ninguém, eu poderia fazer coisas que te levaria a loucura. Ninguém mais me comanda, ninguém se coloca a minha frente. Ninguém! Agora você avisa aos seus amiguinhos que Rose morreu". Ele saiu de mim e bravo disse: "Nunca mais diga isto! Você está aqui, na minha frente. Eu vejo você,em seus olhos ainda há aquela guardiã destemina e apaixonada, aquela que eu amei. Sua essência ainda é a mesma...", antes que ele pudesse terminar ele viu algo em meu vestido. Uma mancha de sangue.

Ele sabia que eu não era uma strigoi, estava confuso. De repente soube que eu era muito mais forte e poderosa do que muito strigoi, moroi ou dhampir. "Agora você vê, querido. Ela morreu". De repente meus olhos ficaram negros e meus dentes caninos cresceram. "Você pode reunir milhares de seus homens, os melhores. Pode até formar um exército de morois, mas nunca irá me destruir. Acabarei com todos eles em um segundo; e também farei o mesmo com vocês se não forem embora imediatamente". Nunca pensei que veria o guardião Belikov em tal situação, parado e impotente. Com isso, fui em sua direção e o beijei. "Mas é claro que temos uma segunda opção".


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Notas finais do capítulo

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