Só Existe Uma Escolha escrita por Glemi, SrtaDwyer, SrtaDwyer


Capítulo 16
Capitulo 16




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Quando eles foram embora, soltei o ar com dificuldade. Pensei em algo pior, e claro, Scott piorou a nossa situação . Ele não deveria ter o enfrentado daquele jeito, eu não suportaria que algo acontecesse com Scott. Nós andamos alguns metros e nos sentamos em um banco perto de um dos poucos postes de luzes que estavam funcionando. Me inclinei para trás e a olhei.

– Você... Você ficou louco? - coloquei as mãos na cabeça. Eu estava apavorada.

– Me desculpe. - ele tentou me acalmar e fiz um gesto com a mão para que mantesse distância.

– Pedi para você parar, por que não me ouviu?

Ele suspirou. Se afastou um pouco, e ainda sentado, apoiou os braços em sua perna.

– Não podia parar. Precisava jogar aquelas palavras para fora.Ficamos alguns segundos em silêncio. Levantei guardando a arma na cintura.

– Onde está indo? - ele perguntou se levantando também.

– Para onde acha que estou indo? - fui grossa. - Para a minha casa.Sai andando e ele obviamente me seguiu.

– Eu já pedi desculpa. - Scott falou tentando me alcançar.

Parei e esperei ele chegar até mim.

– Nenhuma palavra sobre o que aconteceu aqui.

– Isso é óbvio. - ele ironizou e seguimos o nosso caminho até a caridade.

Foi um caminho calmo, Scott resolveu me obedecer e calar a boca. Já havia feito muito estrago por uma noite. Foi o bastante na minha opinião.O trem passou pela cede dos habilidosos antes de chegar ao território dos caridosos. Bem, deveria ser. Mas lugar estava diferente desde a última vez que resolvi vir até aqui. Parecia... Sem vida. Quer dizer, não era um exemplo de lugar mais vivo do mundo, mas parecia pior.Pulei do vagão e Scott logo atrás.Andei em direção a casa dos meus pais. Algumas casas estavam com as portas abertas, mas não havia ninguém. Não estou com bom pressentimento...

– Scott, fique atento. Acho que está acontecendo algo. – ele assentiu e sacou a arma

Droga. Não queria matar mais ninguém, não agora.A casa de meus pais era uma das ultimas, quase nos portões que davam acesso ao lado de fora de Seattle. Era arriscado ficar tão perto da única entrada para o lugar que os rebeldes tem.Não que eu realmente tivesse medo de morar aqui, nunca ocorreu de sermos atacados. Caridosos sempre foram prioridade até onde sei, nós conseguimos alimentos, ajudamos aos que não se adaptaram a vida que levamos a tempos. Sem mencionar que fazemos a maioria dos trabalhos, comunitário, mas fazemos.Seria falta de consideração do rei e egoísmo. Mas pensando bem, Joseph não tem consciência ou coração, é capaz de tudo. Não duvido que tenha assassinado a mãe de Scott pelo trono individual, sem a intromissão maior da rainha que é puro sangue e tem a ultima palavra. Mas não tenho provas, me daria mal se o acusasse.A voz de Scott me trouxe de volta a realidade:

– Nath, cuidado! – gritou.

Olhei para o lado e tinha um soldado com uma arma apontada para mim.

– Abaixa! - Scott disse para mim e eu fiz o que pediu. Ele atirou no soldado que caiu imediatamente no chão. - Quase.

Corri até a casa dos meus pais, e a porta estava trancada.

– Mãe! Pai! - gritei. - Vocês estão ai?

– É melhor arrombar a porta.

Chutei três vezes a porta e ela se abriu. Segurei firme na arma e andei com cuidado á procura deles.

– Scott, fique atento.

Comtinuei andando e chamando por eles.

– Filha! - minha mãe sussurrou vindo me abraçar.

– Mãe, pai! O que está acontecendo?

– Não sabemos o certo, mas invadiram a Caridade. - meu pai disse.

– Quem? - Scott perguntou.

– Os soldados. - minha mãe respondeu se afastando um pouco. - Não estou entendendo o motivo, já que ficamos calados depois das novas ordens.

Eu e Scott nos entreolhamos. A culpa era minha, o rei deve ter mandado os seus soldados de plantão invadir as casas da Caridade.

– Vai ficar tudo bem, mãe. - a abracei de novo e olhei para Scott. Ele estava tentando disfarçar a raiva.

Fui até o lado de fora para saber se já tinham ido embora, e foram.

– Venham, sentem-se. - meu pai disse fechando as janelas. - O que vieram fazer aqui?

– Estamos em turno. Viemos visitar vocês e saber sobre os passistas.

– Natalie! - minha mãe me olhou com cara feia.

– Calma, Scott é confiável. - sussurrei dando um sorriso.

– Eles moram atrás da sede. - ela começou. - São boas pessoas, mas você sabe que eles não aceitam o reinado e sempre tentam fazer algum tipo de manifestação.

– Sei, e o que pretendem agora? Já que Joseph piorou a situação. - Scott perguntou.

– Não sei, só sei que querem tirar o rei Joseph e colocar o verdadeiro rei no lugar. - meu pai interferiu. - Quem é esse tal " verdadeiro rei"?

Olhei para Scott novamente, buscando respostas. Ele balançou a cabeça para que eu não revelasse que ele seria o verdadeiro.

– Ah... Bem, precisamos fazer alguma coisa. - falei desviando a conversa. - Quero fazer uma reunião com eles.

– Que tipo de reunião? - ela perguntou. - Não acha isso muito arriscado?

– Não temos outro jeito, a minha missão é proteger as pessoas.

– Mas você vai estar indo contra o rei, não quero você nisso. - meu pai me repreendeu.

– Já é tarde demais. - respirei fundo. - Estou nisso muito mais do que imaginam.

Meu pai bufou e minha mãe colocou a mão nas costas dele.

– A culpa não é nossa, é completamente do rei Joseph! Não vou ficar de braços cruzados.- levantei. - Mãe, diga a todos os passistas que eu e Scott queremos convocar uma reunião depois de amanhã às duas da manhã.

– Duas horas? - perguntou meu pai. - É muito arriscado.

– É o único horário que podemos dar uma escapadinha. - sorri. - Nosso turno amanhã é a tarde e não podemos vir.

– Tudo bem minha filha. - minha mãe disse vindo me abraçar.

– Precisamos ir, Natalie. - Scott me apressou.

Suspirei.

– Preciso ir, e não se preocupem comigo.

Passei por Scott e fui em direção da porta, pegando o caminho de volta para a Habilidade encontrar Megan e Cristal.

O refeitório está mais vazio do que de costume, alguns grupos foram fazer seu turno agora pela manhã.

– Como foi com os seus pais Nath? - Megan perguntou.

– Foi bom, tirando a invasão dos soldados do palácio. - sussurrei.

– O que? - ela levou as mãos até a boca. - Sério?

– Sim, a guerra está começando, Megan. - falei seguido de um gole no café. - Vou fazer uma reunião com os rebeldes e alguns da Caridade.

Megan, Cristal e Alex arregalaram os olhos.

– Você é louca. - Alex disse. - Quando?

– Amanhã.

– Isso não é bom. - Cristal falou. - Não seria legal se Ethan soubesse disso. - ela riu.

Bati o copo na mesa e me virei para ela.

– Se ele souber, a culpa é sua.

Cristal colocou a mão no peito, fingindo estar ofendida.

– Minha boca é um tumulo, queridinha.

Levantei da cadeira e fui para a sala de treinos. Coloquei as faixas de proteção na mão e comecei a socar o saco de pancadas.

" Política, Joseph, reino, manifestação..."

A cada palavra era uma batida forte. O que vai acontecer daqui para frente?

Vou fazer de tudo para tirá-los do trono.

Depois do almoço, eu, Scott, Megan e Alex estavamos nos preparando para fazer o turno da tarde. Eu estava super cansada, mal dormi direito. Passei pela sala de Ethan, ele tinha me chamado.

Ethan me deu uma carta que Anna tinha nos mandado no dia anterior. Abri a carta e comecei a ler.

" Scott e Natalie,

Daqui á poucos dias a seleção irá acabar, e oarece que Philipe finalmente me quer como a futura rainha. Estou feliz por isso, mas desde que vocês me contaram o que estava acontecendo, não sei se é uma boa ideia eu aceitar ser rainha.

Com isso, eu teria que concordar com o reinado de Philipe, que pelo visto não será honesto, igual o de Joseph. Preciso de ajuda, o que eu faço?

Daqui á uma semana, o príncipe fará uma festa para as garotas e suas famílias. Por favor, venham. Estou morrendo de saudades, e preciso resolver esse problema com vocês.

Um beijo,

Anna."

Mostrei a carta para Scott, que ficou um pouco apreensivo com a possibilidade de Anna ser rainha. Mas não seria tão ruim se Anna fosse a escolhida. Ela poderia interferir nos assuntos e mudar algumas ordens.

Saimos da cede para mais um dia de turno na cidade. E mais um dia planejando em minha mente de como poderei salvar as pessoas de Joseph Lefvree.


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