Caminhos Tortos escrita por La Loca


Capítulo 18
Capítulo 8 - Droga!


Notas iniciais do capítulo

Oii amores, tudo bem?
Espero que gostem do capítulo.
Beijos e boa leitura :*



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Depois de um tempo pensando o meu celular tocou novamente. Eu já sabia que era o Luan, então respirei fundo e falei para mim mesma:

— Vamos lá, você consegue.

E atendi dizendo:

— Oi.

— E aí Nina. Diz aí, porque não vai poder ir? Perguntou ele.

Eu fiquei sem saber se esse era realmente o momento de dizer, até porque não se dar uma notícia dessas por telefone, não é mesmo? Então lá fui eu com mais uma das minhas mentiras:

— Ah... Você lembra que eu tinha te dito que iria sair em família neste fim de semana? Então, meus pais resolveram ir para a casa da minha avó, lá em Minas e ficaremos lá até domingo à noite.

— Poxa, sério?! Está bem então... Vamos deixar para a próxima, não é mesmo. Tchau gatinha. Disse ele.

— Tchau Luan. Respondi desligando o celular e o joguei longe.

— Eu só faço besteiras, que droga! Murmurei morrendo de raiva de mim mesma.

No dia seguinte, eu acordei com o meu celular vibrando por receber mensagens das minhas amigas me perguntando se eu realmente sairia com o Luan, eu respondi a todas contando tudo o que aconteceu e elas ficaram chocadas, pois tinham noção da encrenca na qual eu estava metida. Eu tentei me esquecer um pouco daquilo, me levantei para tomar um banho e tomar o café da manhã. Assim que cheguei à cozinha, minha mãe estava tirando o bolo de laranja do forno e o colocou na mesa.

— Hum... Pelo cheirinho esse bolo está delicioso, mãe. Falei sorrindo.

— Aham... E aí, como foi ontem? Perguntou ela.

— Hã? Perguntei não entendendo sobre o que ela estava falando.

— Você e o Leo... Como foi? Perguntou ela sendo um pouco mais clara.

— Ah... A gente deu uns beijinhos e tal, nada de mais... Respondi meio sem graça, até porque é uma coisa super nada a ver falar sobre isso com a minha mãe, fala sério.

— Hum... Achei que vocês estavam brigando, ou brincando ontem lá em cima, pelos berros que você deu, eu fiquei preocupada. Confessou ela.

Eu tive uma de minhas crises de riso nervosas e falei:

— Ah é, ele que cismou de querer girar comigo em seus braços. Ele é um idiota.

— Ah... E você se amarra na “idiotice” dele, não é mesmo?! Disse a minha mãe rindo de mim.

E eu abaixei a cabeça rindo, como quem concorda.

— Eu estou muito feliz por vocês, finalmente perceberam algo que já estava mais que óbvio. Eu espero que vocês dois sejam muito, muito e muito felizes. Disse ela se empolgando no discurso.

— Tá bom mãe, mas a gente não casou não, tá? Só para avisar. Respondi estranhando toda aquela empolgação dela.

Ela riu de mim e disse:

— Não ainda, mas vocês dois foram feitos um para o outro, eu tenho certeza de que vocês irão casar-se um dia.

— Está bem... Se você acha, mas enquanto isso não acontece e está longe, muito longe de acontecer, nós vamos sair... Falei pegando uma maçã e mordendo-a.

— Hum... E vão aonde?

— No Paint Ball. Respondi.

— Ah filha, não tem um lugar melhor não é? Um parque, cinema... Boliche?! Disse ela sugerindo e não aprovando o lugar escolhido para o nosso primeiro encontro.

— Ah mãe, qual é o problema? Eu nunca fui, deve ser divertido. Falei.

— Você vai ficar toda suja e não tem nada de romântico naquele lugar. Disse ela.

— Mãe, eu não estou nem aí para romantismo, quero mais é me divertir. Falei mostrando realmente não me importar.

— Está bem então. Disse ela cortando o bolo.

Eu peguei um pedaço, preparei um achocolatado e me alimentei. Depois disso fui até o meu quarto e fiquei procurando uma roupa boa para um dia de diversão no Paint Ball. Peguei uma minissaia jeans escura, a minha camisa da banda Red Hot Child Peppers e meu All Star preto. Fui ao banheiro, tentei vários tipos diferentes de penteados, mas nenhum ficava legal, até que eu deixei o cabelo solto como sempre e arrumei a franja, passei uma make bem fraquinha e um batom vermelho. Arrumei-me e fiquei esperando o Leo. O tempo foi passando e nada de ele aparecer. Eu fui até a sacada do meu quarto e o vi arrumando o cabelo na frente do espelho. Ele era tão vaidoso com aquele cabelo que chegava a ser pior do que eu com o meu. Depois que terminou ele pegou a sua carteira e saiu do quarto. Eu fui até a minha cômoda, peguei um perfume e passei em mim. Depois fiquei andando de um lado para o outro por estar um pouco nervosa. Ouvi o som da campainha e desci correndo para atender, pois sabia que era ele. Assim que cheguei ao pé da escada, o vi entrando, pois o meu pai havia aberto o portão para que ele entrasse. Ele estava tão lindo com aquela camisa da banda AC/DC que eu fiquei babando por ele.

— Nossa! Você está incrível. Disse ele sorrindo para mim.

Eu sorri e respondi:

— Obrigada.

— E então, vamos? Perguntou ele.

— Vamos. Respondi indo até a porta.

— Divirtam-se. Disse o meu pai.

— Obrigada pai, tchau. Respondi indo até o portão com o Leo.

— Tchau senhor Mendes. Disse o Leo acenando para o meu pai.

— Juízo em. Disse o meu pai.

— Que isso, esse é o meu segundo nome. Brincou o Leo.

Eu abri o portão rindo e falei:

— Aham... Sei.

— O que foi? Perguntou ele.

— Desde quando o seu nome é juízo? Perguntei o olhando com cara de deboche.

— Desde quando eu passei a ser o dono do seu sorriso. Disse ele.

— Hã? Perguntei não entendendo nada e rindo em seguida.

Ele riu e disse:

— Viu. Eu avisei.

— Ok... Nós vamos de táxi? Perguntei.

— Não, eu vou te levar no carro do meu pai. Disse ele pegando a chave no bolso e girando em seu dedo.

— O quê?! Está ficando louco? Exclamei.

— Não... Nina, eu já tenho 18 anos e tirei a carteira no mês passado. Disse ele indo até o carro e o abrindo.

— Por que não me contou isso? Perguntei.

— Eu achei que você já sabia que eu sou alguns meses, mais velho que você... Respondeu ele vindo para o lado do carona e abrindo a porta para mim.

— Disso eu sei, eu estou falando da sua carteira. Expliquei mostrando estar chateada por ele não ter me contado isso.

— Ah... Eu queria fazer uma surpresa para você. Disse ele.

— Hm... Não gostei dessa surpresa. Respondi entrando no carro.

Ele fechou a porta, deu a volta e entrou no carro.

— Foi mal então... Vamos tentar melhorar — Disse ele se ajeitando no carro, virando se para mim e exclamando — Surpresa!

Eu fiquei rindo dele, até porque eu não esperava que ele fizesse isso, foi engraçado. Eu o beijei e falei:

— Idiota.

— Também te amo. Disse ele sorrindo para mim.

— Ok, que horas vamos mesmo? Perguntei tentando despertá-lo.

— Ah é, foi mal. É que eu me distraí com você. Disse ele ligando o carro.

Ele até que dirigia bem, eu fiquei reparando em tudo o que ele fazia, até que fiquei um pouco entediada e liguei o rádio do carro. Estava tocando “Thing’s I’ll Never Say” da Avril Lavigne e eu fiquei cantando junto. Aquela música tinha alguma coisa que se encaixava perfeitamente em mim naquele momento.

— Eu não sabia que você curtia música pop. Disse ele ainda dirigindo.

— É, eu curto sim. Falei.

— Se bem que você tem mais cara de “popzinha” do que de rockeira. Disse ele parecendo querer me provocar.

— Com coisa que você tem cara de rockeiro. Falei.

— Mas eu não sou só curto algumas bandas. Disse ele.

— Hm... Eu também não sou rockeira. Sou tipo você, estou mais perto de eclética... Falei ajeitando a minha franja.

Ele parou o carro e disse:

— É isso aí... Chegamos.

— Oba! Vou poder atirar em você sem culpa. Falei toda empolgada e rindo.

— Hm... Se eu deixar. Disse ele saindo do carro.

Eu mesma abri a porta do carro e saí. Entramos, pegamos uma roupa própria para o jogo, nos trocamos nos vestiários e fomos até a bancada pegar as pistolas e as munições.

— Boa sorte gatinha. Disse ele.

— Eu não vou precisar disso, pode ficar para você gatinho. Respondi indo para o campo.

Eu me escondi atrás de um muro de pneus e fiquei o procurando com a mira da pistola. Ele demorou a aparecer, até que eu ouvi um disparo e senti a minha perna queimar. Olhei para trás e o vi rindo de mim, eu fiquei cheia de raiva e atirei nele três vezes o deixando com três cores diferentes em seu macacão.

— Corre gatinha. Disse ele rindo de mim.

— Eu não, eu vou te sujar todo. Respondi atirando mais nele.

Ele correu e pulou para trás de um muro de pneus e atirou mais em mim.

— Seu covarde!

E corri para trás de um muro.

— Eu te avisei que era para correr. Disse ele rindo de mim.

Ele ficou correndo de mim e eu fui atrás dele atirando, ele ficou atirando em mim também, mas nós errávamos muito. Eu corri bastante atrás dele até chegar ao último corredor. Assim que cheguei lá pronta para atirar nele, ele não estava mais lá. Eu fiquei andando de um lado para o outro e não o achei.

— Amor! Exclamou ele.

Eu fiquei procurando por ele, mas não o achei.

— Ei! Aqui em cima. Exclamou ele.

Assim que olhei para cima do muro mais alto de pneus de lá, lá estava ele mirando para mim. Eu me preparei e atirei bastante nele e ele em mim. Ele atirou tanto que ficou sem munição e eu usei a minha última para dar um tiro certeiro na perna dele. Ele caiu sentado e ficou fazendo cara de dor. Eu que estava rindo e feliz por ter acertado ele, fiquei preocupada e corri até lá para ver se tinha o machucado. Eu subi correndo nos pneus e quando cheguei lá, ele estava com a mão na perna parecendo sentir muita dor. Eu me agachei e pus a mão onde eu havia atirado e falei:

— Amor, me desculpe, eu não queria te machucar. Está doendo muito mesmo.

— Aham. Demais amor. Disse ele fazendo cara de que estava morrendo de dor.

— Ai meu Deus. E agora, como vamos para casa? Perguntei me desesperando.

— De carro ué... Amor, eu estou brincando tá? Fica tranquila. Disse ele rindo.

Que cafajeste! Me fez ficar desesperada a toa. Eu tirei a mão da perna dele e o enchi de tapas.

— Ei! Ei! Ei! Está doendo, para aí. Disse ele tentando me impedir de bater nele.

— É para doer mesmo, seu cachorro! Bradei ainda o enchendo de tapas.

Ele segurou os meus pulsos e disse:

— Amor, já chega! Eu já entendi que você se assustou e está com raiva, mas está machucando de verdade.

— Tá, eu sei — Falei respirando meio ofegante e cansada de bater nele — É que eu já estava começando a me sentir culpada por você estar machucado, mas você não está e...

Nisso ele calou a minha boca com um beijo. Cara, eu nunca me imaginei beijar em cima de um monte de pneus, até que foi uma experiência bem legal. Ele pegou em minha nuca e ficou acariciando o meu rosto com seu polegar e eu peguei em seu rosto e me apoiei em outra mão para não cair dali. O beijo estava esquentando e ele me puxou para cima dele, que foi deitando sobre os pneus e eu parei o beijo, dizendo:

— Leo... Acho que já está bom por aqui, certo?

— Ah é, desculpa, eu me empolguei de novo. Disse ele se levantando.

— Bom, vamos descer daqui? Sugeri saindo de cima dele.

— Vamos. Disse ele ficando de pé e me ajudando a descer.

— Está com fome? Perguntou ele.

— Estou. Respondi chegando ao chão, ajeitei a minha roupa e o meu cabelo.

— Então vamos lanchar no restaurante que a galera toda curte. Disse ele pegando em minha mão e me levando até o vestiário.

— Até daqui a pouco, sujinha. Disse ele rindo de mim e me dando um selinho.

— Até sujinho. Respondi rindo.

Assim que cheguei ao vestiário, tirei o macacão, quando fui me olhar, vi vários hematomas por causa daquelas tintas e fiquei rindo, porque nenhuma delas doía. Vesti a minha roupa e saí para esperar o Leo na porta do vestiário masculino. Ele já estava na porta e fomos até a lanchonete. Como ele disse, toda a galera da escola ia sempre lanchar no restaurante onde estávamos indo, até porque lá era irado e tinha tudo de bom, tanto a comida quanto as músicas que eles colocavam para tocar lá, a mobília, era tudo de bom, um dos melhores restaurantes da cidade, ou melhor, de todos que já fui por toda a minha vida. Assim que chegamos lá, eu vi algo que eu não queria e que me fez perder a fome na hora. O Luan e os seus amigos estavam lanchando lá. Droga! Eu sempre tenho que me ferrar, não é mesmo?! Na hora que o vi, tentei me esconder jogando os meus cabelos no rosto e olhando para a direção do Leo, pois assim o Luan não veria o meu rosto.

— Amor, por que não lanchamos em outro restaurante? Sabe, eu enjoei de tudo daqui. Falei tentando fugir dali.

Ele olhou para mim, riu e disse:

— Para amor, eu estou louco por um sanduba daqui.

Fomos até o balcão e eu fiquei olhando disfarçadamente para a mesa dos meninos, só para ter certeza de que ele não tinha me visto.

— Amor, por que você está fazendo isso com o seu cabelo? Perguntou o Leo rindo de mim, pois eu estava passando pelo ridículo.

— Ah... É que eu vi uma menina na revista com o penteado assim e achei lindo, por isso resolvi imitar sabe... Seguir a moda. Menti com um sorriso amarelo.

— Tá bom então. Disse ele rindo e me estranhando.

— Caraca, eu não acredito. Leo?! É você mesmo cara? Exclamou o Thiago.

— Amor, eu vou ao banheiro. Falei saindo correndo até o banheiro, tentando me esconder.

Eu fiquei me olhando desesperada na frente do espelho, peguei o meu celular e liguei para a Bianca.

Oi amiga.

— Socorro amiga! Eu preciso que vocês me ajudem, eu estou no restaurante onde toda a galera com o Leo e o Luan também está aqui com os amigos dele. Ajude-me.

Tá, eu estou aqui no shopping com as meninas, deu sorte em. Já estamos chegando aí. Disse ela.

— Obrigada amiga. Falei suspirando de alívio.

Amigas são feitas para essas coisas. Respondeu ela.

— Então eu vou ficar esperando vocês, assim que estiverem chegando me liguem, deem um toquei, ou algo do tipo. Tchau. Falei desligando.

Eu fui até a porta do banheiro e fiquei olhando escondida atrás da parede, vendo se os meninos ainda estavam lá e estavam, pareciam bem animados. O Leo me esperando sentado próximo ao balcão e estava olhando para o relógio, parecia estar meio impaciente com a minha demora, mas eu não podia sair assim, não naquele momento. Eu esperei mais um pouco, até que a Bianca me deu um toque e ela e as meninas entraram na lanchonete. Elas foram até a mesa dos meninos e eu corri até onde o Leo estava e falei:

— Vamos amor?!

— Vamos. Você demorou em. Disse ele pegando em minha mão e indo comigo até a mesa.

Eu escolhi uma mesa bem distante de onde os garotos estavam, sentamos ao lado da janela e próximo do banheiro. Eu me sentei de frente para onde eles estavam e vi as meninas tentando convence-los de irem embora com elas. A Thay estava sentada na mesa, parecendo agir como louca. Eu fiquei rindo e o Leo, não entendendo nada, disse:

— O que foi Nina, está rindo de quê?

— Da Thay, olhe o que ela está fazendo. Falei rindo bastante.

Ele se virou e ficou rindo também.

— Você quer que a gente vá até eles? Tudo parece estar bem divertido lá. Disse ele.

— Não! Leo, eu não sei se você se lembra, mas esse é o nosso encontro... Só nós dois. Ok? Falei meio nervosa.

— Ah é, foi mal. E então, o que vai querer? Perguntou ele.

— Hum... Milk Shake de morango e um sanduíche de peito de peru. Respondi meio empolgada, porque eu amava o lanche daquele restaurante.

— Tá bom... Até que para quem tinha enjoado do lanche daqui você está bem empolgada para comer em. Disse ele reparando e rindo.

— Mas eu amo Milk Shake. Respondi meio sem graça.

— Tá bom... Garçom?! Chamou ele.

O garçom veio, nós fizemos os nossos pedidos e ficamos esperando. Eu fiquei olhando para a mesa onde o pessoal estava e todos pareciam preocupados com a Thay, até porque o comportamento dela estava bem exagerado. Por isso amo minhas amigas, elas fazem muitas coisas para me safar. O garçom veio com os nossos pedidos e nós lanchamos. Depois de algum tempo, o Luan se levantou sacudindo a sua camisa e estava indo até o banheiro.

— Droga! Murmurei quase enfiando a cara no prato.

— O que foi? Pergunto o Leo.

— Hã? É que... Entrou um cisco em meu olho — Respondi fingindo e coçando o olho — droga!

— Me deixe ver. Disse ele.

— Não! Tudo bem, eu me viro aqui. Respondi ainda de cabeça baixa.

— Tá... Luan, o que houve cara? Perguntou o Leo chamando o Luan que estava passando.

Droga! Por que ele fez isso? Eu joguei mais o meu cabelo no rosto e fiquei mais abaixada ainda, tentando me esconder no prato.

— Ah, a Thayane que cuspiu o café na minha camisa. Acho que vai manchar. Disse ele parecendo sentir nojo.

— Relaxa, acho que não mancha não. Disse o Leo.

— Nina?! Exclamou o Luan me olhando com os olhos arregalados.

— Droga! Eu não acredito. Murmurei.

Eu me levantei lentamente com a maior cara de paisagem e abri o sorriso mais amarelo que eu podia fazer e falei:

— Oi Luan.

— Você num tinha falado que ia para a casa da sua avó em Minas? Perguntou ele.

Eu fiquei super sem graça e falei:

— Ah... Desculpe-me Luan... É que...

— É que o quê? Qual vai ser a próxima mentira? — Perguntou ele indignado e com razão — Quer saber... Deixe para lá.

E foi para o banheiro.

— Será que você pode me explicar o que acabou de acontecer aqui? Perguntou o Leo mostrando que queria entender.

— É que... Sabe quando eu falei que quem tinha me ligado ontem foi a minha prima? Eu menti, era o Luan me chamando para sair com ele hoje. Respondi me encolhendo com medo do que ele poderia dizer.

— Por que não me disse Nina? Perguntou ele com um tom um pouco elevado.

— Ah... É que eu não queria que você ficasse chateado ou com ciúmes dele, até porque ele é o meu amigo e... Eu não aceitei sair com ele porque eu... Eu amo você. Respondi quase chorando de nervoso.

— Porque não disse a verdade para ele? — Perguntou ele — Até porque ele ainda alimentava esperanças de um dia poder ter algo com você.

Eu respirei fundo e falei:

— É que eu não queria magoá-lo... Eu não podia fazer isso, ele é o meu amigo e...

— E nada. Nina, em algum momento ele ia saber disso, eu sei você sabe e todo mundo sabe que uma hora todo mundo ia saber que nós dois estamos juntos. Eu não acho justo você ter iludido o garoto assim... Disse ele se levantando com uma expressão nada boa.

— Leo... Aonde você vai? Perguntei quase chorando.

— Vou embora — Ele pegou o dinheiro na carteira, colocou dentro do cardápio e disse — Vamos, o nosso encontro acabou por hoje.

Eu me levantei e fui com ele até o carro. Nós dois entramos, ninguém falou uma palavra sequer até chegarmos a casa.

— Está entregue. Disse ele parando o carro na frente de minha casa.

— Leo... Desculpe-me. Falei.

— Não... Você deve desculpas a ele, não a mim... Tchau Nina. Disse ele fazendo questão de não olhar para mim.

Eu abaixei a cabeça, abri a porta do carro e sai chorando. Ele deu ré no carro e manobrou para entrar na garagem de sua casa. Eu abri o portão de casa, entrei e entrei na minha casa. Assim que passei pela sala, a minha mãe veio até mim, dizendo:

— Hum... E aí filha, como foi o seu encontro?

Eu olhei para ela e comecei a chorar para valer. Ela me abraçou e disse:

— Ei... O que houve?

— Deu tudo errado mãe, eu só faço besteiras. Falei abraçando ela mais forte e chorando no ombro dela.

— Vem, vamos ao seu quarto, certo? Disse ela me conduzindo até o quarto.

Assim que chegamos, ela me soltou, eu sentei na cama e ela disse:

— Conte-me, o que aconteceu?

E eu contei tudo, tudo o que estava rolando e ela é claro, me encheu de conselhos e disse:

— Filha, saiba que eu te apoiarei em qualquer que seja a sua escolha. Mas tente acertar tudo, não deixe que o Luan fique sem explicações, certo?!

— Está bem mãe, obrigada por me entender. Falei a abraçando.

— Isso é mais que o meu dever querida. Agora tome um belo banho e descanse, porque você está precisando disso. Disse ela me soltando e indo até a porta.

— Está bem. Falei me levantando e indo até o banheiro.

Eu tirei a minha roupa e tomei banho pensando em tudo o que estava acontecendo e tentando bolar algo que me ajudasse a consertar tudo. Terminei o banho, me sequei, me enrolei na toalha e fui até o quarto pegar o meu blusão de dormir. Fui até a cama me deitei e dormi.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Comentários sempre serão bem-vindos!
Beijos e até o próximo capítulo, vidas :* *---*



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