Begin Again escrita por Grazy


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey, mas uma fic, porque eu sou louca e tenho esse tipo de ideia o tempo todo, mesmo estando enrolada até o pescoço.
Comentários são muito importantes, então me digam se querem que eu continue, ok?

And I would have died
I would have loved you all my life
You're losing your memory now
You're losing your memory now
Losing Your Memory - Ryan Star



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617262/chapter/1

Prólogo

Encarei os olhos do homem a minha frente, azuis e profundos, a intensidade com a qual me olhava chegava a me dar calafrios, ele estava pouco atrás da mulher que acabará de me fazer uma pergunta.

– Elena, está me ouvindo? – A voz da mulher era calma, assenti olhando para ela com um sorriso – Qual o nome do seu pai?

– Grayson Gilbert. – Ela assentiu.

– O nome da sua mãe?

– Miranda. – Respondi prontamente.

– Qual é sua ultima memória Elena? – Fechei os olhos tentando achar a memória que estava mais recente em minha mente – Você está bem?

– Sim... é só que esta tudo muito confuso na minha cabeça – Voltei a abrir os olhos encarando o moreno e depois a mulher – Eu estava em casa, tinha acabado de chegar, meus pais estavam jantando, perguntaram sobre a faculdade e eu disse que tinha sido incrível, mas eu menti, não tinha ido para a faculdade naquele dia, na verdade eu tinha ido falar com meu namorado, eu terminei com ele, estava muito culpada então não quis jantar, só subi as escadas e fui dormir, mas tudo é como se fosse um filme, como seu eu não estivesse lá, como se eu visse pelos olhos de outra pessoa. Vocês tem mais alguma pergunta?

– Sim, apenas mais uma – Ela olhou para o homem antes de voltar a olhar para mim – Qual é o nome do seu marido?

Encarei os olhos azuis do homem, eles estavam marejados, todos os movimentos do homem transbordavam ansiedade, a mulher tentava parecer calma, mas dava para perceber que ela estava tão ansiosa quanto ele.

– Eu não sou casada!

3 meses antes...

– Precisamos de um escritório maior para você. – Damon falou se encostando no batente da porta.

– Sério? Por quê? – Questionei olhando em volta.

– Talvez eu consiga achar o chão. – Ele apontou para baixo mostrando as dezenas de papel amassado que faziam o chão simplesmente sumir.

– Eu não consigo terminar o livro Dam, porque será que é tão difícil? – Ele chutou os papeis e andou até mim, segurando em meus ombros.

– Porque você não dorme a três noites, fotografa o dia todo e escreve a noite toda, ninguém aguenta essa rotina, nem mesmo a super Elena Salvatore. – Ele começou a fazer uma massagem em meus ombros e eu comecei a relaxar logo fiquei quase dormindo.

– Sabe que eu amo suas massagens, mas eu preciso terminar de escrever isso. – Sussurrei ainda de olhos fechados, as mãos dele que estavam em meus ombros subiram para meu pescoço.

– Vem dormir, odeio dormir sem você.

– Eu também, mas preciso terminar isso, meu prazo está quase acabando – Ele interrompeu a massagem e eu virei a cadeira para ele – Vai indo, eu já vou.

– Você vai ter que fotografar amanhã, não é? – Assenti colocando as mãos na cabeça, sentindo meu corpo desejar incontrolavelmente ceder aos pedidos dele e ir dormir – E vai passar a noite toda em claro? Então eu vou ficar com você.

– Damon, não seja bobo, você vai trabalhar amanhã, e diferente de mim, que sou super, você não está acostumado a virar a noite, pode ir dormir, eu já vou. – Ele beijou meus cabelos e ergueu minha cabeça.

– Promete?

– Claro. – Voltei meu olhar para a tela do computador e ele saiu do escritório.

Continuei naquilo por quase três horas, e depois de imprimir o vigésimo modelo de ultimo capitulo, eu finalmente desisti, limpei a sala rapidamente e apaguei a luz, com a luz apagada eu quase tropecei em Mike, meu pequeno grande cachorro, ele fez um barulho e saiu da ponta da escada, o sol já estava nascendo e quando entrei no quarto pude enxergar Damon deitado na cama, ele estava com o cobertor até a cintura e sem camisa, me aproximei e deitei de forma silenciosa do seu lado, coloquei a cabeça em seu peito e o braço dele me envolveu em um movimento automático, fechei os olhos sentindo o calor do corpo dele esquentar o meu.

Quando acordei algumas horas depois, Damon já não estava ao meu lado, pelo barulho que vinha do banheiro ele estava tomando banho, me espreguicei sentindo todo meu corpo implorar para eu voltar para cama, fiquei por um momento com os olhos fechados até que o barulho do chuveiro parou e Damon saiu com uma toalha enrolada na cintura, ele se aproximou dando um beijo no topo da sua cabeça.

– Você veio dormir tarde? – Ele perguntou segurando meu rosto.

– Você está molhado – Respondi me afastando dele e pegando a camiseta dele em cima da cômoda – Se vista!

– Você prometeu que viria dormir cedo, lembra? – Ele se aproximou de mim segurando novamente meu rosto – Eu fico preocupado com você.

– Eu sei, eu dormi cedo, o suficiente pelo menos – O beijei rapidamente e entreguei a camisa para ele – Oque vai fazer hoje?

– Tenho mais uma daquelas simulações de sobrevivência no Ártico, e vou levar o Klaus para recolher uma daquelas amostras para ver se ele vai ir mesmo para a viagem comigo, e volto mais cedo hoje, e você? – Me afastei dele pegando uma toalha dentro de uma das gavetas.

– Só vou tirar as fotos da Ceci na praia, talvez faça algumas tomadas no estúdio – Ele assentiu enquanto vestia a camisa – Damon, a Jéssica vai mesmo à viagem com você?

– A confirmação vai vir junto com a do Klaus, por hora o único que vai com certeza sou eu, por quê? – Balancei a cabeça vagamente me virando para pegar meu roupão, as mão de Damon tocaram minha cintura e sua cabeça repousou em meu ombro – Não está com ciúmes, está?

– Ciúmes? Eu? – Debochei – Só porque meu marido vai ficar 4 meses em cima de um barco no meio do nada com a ex noiva dele? Porque diabos eu teria ciúmes Damon?

– Pelo menos não deveria, eu te amo, é só trabalho. – Me virei para ele em um movimento brusco.

– “É só trabalho” eu aceito o fato de vocês passarem 5 horas por dia juntos, agora 4 meses seguidos, e sem mim, isso é uma loucura, que mulher não ficaria maluca com isso? – Ele segurou meu rosto e me beijou, fiquei imóvel até que ele se afastou – Eu não consigo suportar isso.

Me afastei dele e entrei no banheiro, eu me sentia horrível por brigar com ele, mas algumas coisas se tornavam impossíveis de se engolir, enrolei o máximo possível no banheiro demorando para lavar os cabelos, quando sai do banheiro Damon estava sentado na ponta da cama com uma bandeja de café da manhã, ele sorriu para mim.

– Uma oferta de paz? – Ele sorriu me esticando a xicara de café – Eu te amo, só você, sabe disso, por favor, não fique assim.

– É, eu sei, mas entende que é difícil pra mim? – Ele assentiu – Eu te amo, e confio em você, mas leve isso lá pra baixo, estou atrasada.

– Ok, mas toma pelo menos o café.

Peguei a xicara e tomei o conteúdo rapidamente, Damon deixou alguns biscoitos e eu acabei com ele antes de me vestir, como ficaria quase a tarde toda na praia, vesti um shorts jeans e uma regata vinho, peguei a câmera dentro no armário e desci as escadas, Damon estava colocando a ração de Mike, e o café ainda estava em cima da mesa, me aproximei deles.

– Como estão meus garotos? – Perguntei abraçando Damon de lado e olhando para Mike.

– Ele está engordando muito, acho que vamos ter que leva-lo ao veterinário.

– Ele não está engordando, você que é chato – Olhei para o relógio pendurado na parede – Estamos atrasados, Damon.

– Tem razão, onde estão as chaves do carro? – Apontei para a pequena vasilha ao lado da porta – Tchau Mike.

– Tchau garotão – Afaguei a cabeça de Mike que se ergueu ficando quase maior que eu – Ei, fique no chão – Pedi, e ele obedeceu se abaixando, Damon me jogou as chaves e eu peguei no ar, pendurei a câmera no ombro e sai da casa junto com Damon – Eu te amo.

– Eu também. – Damon me deu um rápido beijo e fomos para caminhos opostos entrando nos nossos carros.

O caminho até a praia era rápido, em pouco mais de 10 minutos eu já conseguia avistar a extensa faixa de areia e o mar, marquei com Caroline em um quiosque na parte menos movimentada, e assim que achei um lugar para estacionar fui até o local, Care estava sentada com Ceci nas pernas, Lindy e Johanna, nossas ajudantes, estavam sentadas ao lado dela, Ceci tomava um suco e a Caroline conversava com as garotas.

– Oi meninas. – Cumprimentei me aproximando.

– Está atrasada! – Caroline falou fazendo uma carranca – Estamos esperando a mais de meia hora!

– Tia Lena! – Ceci pulou nos meus braços – Cadê o tio Damon?

– Está trabalhando meu amor, junto com seu pai. – Ela assentiu.

– Porque se atrasou? – Caroline perguntou fazendo um bico.

– Damon e eu tivemos uma conversa e... desculpe – Ela desfez o bico – Essa é a primeira roupa – Perguntei apontando para Ceci, Caroline assentiu – Ótimo, meninas vocês adiantem a próxima, Car preciso de agua e umas duas ou três barras de cereal, cadê a bola? – Lindy entregou a bola para Ceci que já saiu correndo – Vou só fazer um ajuste na câmera.

Tirei a câmera da capa e configurei-a para a luz do dia, comecei a ouvir uns gritinhos e olhei para Ceci que jogava a bola de um lado para o outro, ela era sobrinha de Damon, então eu a conheço desde que ela nasceu, ela é loira do olhos verdes, pouco mais de 4 anos, voltei a olhar para câmera até que as risadas cessaram, quando voltei a olhar para Ceci ela estava correndo para a rua, a bola que ela brincava agora estava parada no centro da rua.

Soltei a câmera e olhei em volta, não tinha nenhum carro, mas ainda sim era perigoso, comecei a andar na direção dela, um barulho na esquina e meu coração palpitou.

O carro era preto e se aproximava rapidamente, quase sem fazer ruído, Ceci estava concentrada em procurar por furos na bola que não notou nada ao seu redor, comecei a correr mais rápido, Ceci não se movia e o carro não desacelerou um segundo sequer, a adrenalina corria nas minhas veias, me deixando em um estava de euforia e desespero.

– Ceci! – Gritei e a garotinha me olhou.

Ela me olhou assustada e finalmente notou o carro se aproximando dela, mas ela ficou em um estado de choque e não se mexeu, as coisas começaram a ficar em câmera lenta, minhas mãos que antes estavam esticadas para agarra-la agora estavam completamente esticadas para tira-la da frente do carro, se não poderia agarra-la que ao menos pudesse tira-la dali, foi quando senti a ponta dos meus dedos finalmente tocando as costas da garotinha e impulsionando seu corpo em direção a calçada, um alivio tomou conta do meu peito, oque não durou muito já que em seguida, eu voltei a olhar para o carro, as coisas começaram a ficar em câmera lenta, eu podia ver dentro do carro, os olhos do motorista, eles eram castanhos, meu cérebro continuava processando as coisas lentamente, quando finalmente pude concluir um pensamento as coisas voltaram a ser rápidas, o barulho do freio, meu corpo voando, algo se chocando violentamente contra minha cabeça, e mais nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem se quiserem que eu continue, se tiver até 5 comentários eu posto o próximo.
Bye cupcakes.