POV FRANCESCA

Eu acordei e me levantei um pouco, Ludmila já estava acordada.

– Ludmila? – suspirei.

– Eu – Ela se levantou.

– Acha que vamos sair dessa? – perguntei.

– Nós sempre nos livramos de encrenca – ela sorriu de canto. Mas seus olhos ainda eram de preocupação.

A porta se abriu e Lara deixou uma bandeja com café para nós.

POV LEON

O médico se aproximou de nós.

– A família de Violetta, correto?

Nos levantamos.

– Sim – respondeu German

– Trago boas noticias, ela teve uma melhora surpreendente durante a noite e vai ir para o quarto. – German respirou fundo e sorriu emocionado. Ele e Angie se abraçaram.

– Podemos vê-la? – perguntei.

– Pode ficar um acompanhante com ela, mas é horário de visita e vocês três podem ficar alguns minutos com ela, mas depois fica apenas um. Tudo bem?

– Tudo bem, obrigada – respondeu Angie.

Ele nos levou até o quarto, Violetta parecia muito melhor, estava sentada na cama escorada nos travesseiros.

– O único problema agora é anemia, ela tem de se alimentar bem ou então vai voltar logo para cá. A alta será amanha ou depois dependendo dos últimos exames. Estávamos preocupados que não reagisse bem a transfusão de sangue, mas tudo deu certo – o médico logo se retirou.

German foi o primeiro a abraçá-la, depois Angie. Ela sorriu para mim e eu automaticamente sorri de volta e então a abracei.

– Nunca mais me de um susto desse – falei em seu ouvido.

– Não vou - respondeu ela.

German ia passar o dia com ela e eu a noite então quando eram dez horas da manhã fui embora para descansar, Angie teve de ir também afinal era apenas um acompanhante por vez. Eu e ela saímos do quarto quando Germán saiu também e veio falar com nós.

– Não acho que seria bom para ela contar hoje sobre...

– Eu concordo – interrompi-o.

Angie fez que sim com a cabeça e eu e ela fomos embora.

Quando anoiteceu voltei para o hospital, German se despediu de Violetta e foi para casa.

– Leon... Posso te perguntar uma coisa?

– Claro – eu fiquei de pé ao lado da maca.

– Quem atirou em mim?

Suspirei.

– Lara – respondi.

– Ela foi presa?

– Não, ela fugiu – respondi.

Violetta se encolheu e olhou para os lados como se temesse.

– Ei, não vou deixar ela te machucar de novo... Confia em mim? – falei.

– Eu confio – ela sorriu de canto. – Mas posso perguntar mais uma coisa?

Eu ri baixo.

– Pode – respondi.

– Por que meus amigos não vieram me ver ainda?

– Eles vieram quando estava na UTI, mas você dormia profundamente... Eles não puderam vir hoje, mas logo...

– Leon, aconteceu algo? Você sabe que mente mal, né?

– Meu amor, não estou mentindo. – selei seus lábios.

– Tudo bem – ela sorriu de canto.

Violetta dormiu tranquilamente pelo resto da noite e dois dias depois teve alta. Já estava quase recuperada. Só que ela não era boba sabia que tinha algo errado, então quando chegou em casa sentamos eu, ela, Angie e German no sofá e tivemos de contar.

Ela chorou muito e isso acabou comigo, eu apenas a abracei e tentei consolá-la.

Nos dias que seguiram tentamos ajudar ao maximo a policia, mas mesmo assim não os encontramos.

POV DIEGO

– Um artista americano que comece com a letra A? – perguntei.

Sim, tivemos de dar um jeito de passar o tempo e fazíamos esses desafios bobos.

– Eu sei... Aí, ta na ponta da língua – falou Francesca.

– Acabou o tempo Fran – falou Frederico. – Mas eu sei.

Então a porta se abriu.

– Todos vocês pra fora agora! – falou Lara apontando a arma para nós.

Saímos da casa, caminhamos um pouco e chegamos a uma floresta.

– Vou ter que dar um jeito em vocês sozinha.