Um mês há via se passado, Brittany e Quinn estavam arrumando as malas para irem pra faculdade. As aulas começariam daqui a uma semana, elas estavam muito animadas, mas tinha um, porém, Brittany não queria ir sem falar com a mãe, sem fazer as pazes com ela, pois ela ainda se sentia culpada por tudo, por mais que não fosse para ela se sentir assim.
Britt recebeu uma ligação da Marley, sua vizinha, avisando que Lindsay havia saído, falou com Quinn e foram na asa dela para arrumar as malas de Britt, aproveitando que a mãe não estava para fazê-lo. Quando estavam terminando de arrumar a quarta mala de roupas escutaram uma batida na porta, Quinn logo se levantou mas foi interrompida pela mão de Britt segurando seu pulso.
– Deixa que eu vou Q. Tenho que fazer isso antes de viajar, não quero esse peso na consciência quando estivermos lá. – Brittany falou olhando para Quinn.
– Você promete que vai ficar bem? Não quero te ver daquele jeito de novo. – Quinn falou segurando as mãos de Britt.
– Prometo. – Britt disse, abraçou Quinn e foi em direção a cozinha.
Desceu até a cozinha e quando viu a mãe congelou, várias coisas se passaram por sua cabeça, tudo que a mãe havia lhe dito voltou como um turbilhão, parou de andar e ficou apenas observando cada passo da mãe até que tomou coragem para falar algo.
– Oi. – Foi a única coisa que conseguiu dizer.
– Ah, você está ai? Pensei ter visto o carro da Quinn lá fora mas não tinha certeza, bom... Se já terminou lá por cima já pode ir. – Lindsay falou friamente.
– Não, nós precisamos conversar, coisas precisam ser explicadas e desculpas precisam ser dadas e pedidas. – Brittany falou bastante madura.
– Brittany, tudo o que tinha para ser dito já foi dito, não quero mais falar nisso. – Lindsay falou ainda fria.
– Mãe, eu sinto sua falta, eu quero ter a minha mãe de volta sabe... – Brittany falou começando a chorar. – Está difícil lutar contra as confusões da minha mente sem você do meu lado pra me amparar. – Brittany falou e agora já chorava.
– Brittany, vem cá. – Lindsay falou um pouco sensibilizada dessa vez. – Olha, eu conversei com a Maribel, ela falou que para ela, logo no começo, quando ela descobriu sobre a Santana, ela também não aceitou, chegou a colocá-la para fora de casa, elas brigaram feio, mas com um tempo, ela foi vendo que nada disso valia a pena, era difícil para ela aceitar que tinha uma filha gay, mas isso não mudava o fato de Santana ainda ser sua filhinha. – Lindsay falou segurando as mãos de Brittany.
– O que você que dizer com isso mãe? – Brittany falou.
– Deixa-me terminar Brittany. – Lindsay falou. – Bom, essa conversa que tivemos, me fez perceber que voe ainda é a minha Brittany, a minha garotinha. Mesmo que seja estranho para mim saber que você gosta de meninas, eu acho que posso me acostumar com isso. – Lindsay terminou com lagrimas nos olhos.
– Ah, mãe... eu... Eu te amo. – Brittany falou e abraçou a mãe como nunca mais havia feito.
Nesse momento Quinn desceu as escadas e percebeu que estava tudo bem entre as duas, pegou as coisas de Brittany e levou para o carro.

Elas viajariam no outro dia as cinco da manhã, chegariam em Nova York por volta das duas da tarde e teriam o resto do dia para se organizarem no apartamento que compraram via internet. Quinn, Brittany, Santana e Rachel com certeza estariam entrando em uma nova etapa de suas vidas e a partir desse dia tudo seria novo para as garotas.