Just married escrita por Marinyah Moonlight


Capítulo 1
Enfim, casadas.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/616860/chapter/1

Nosso casamento era bastante diferente do que muitos costumam ver. Não acontecia em uma igreja e sim, em um jardim de um buffet, ou seja, era um casamento ao ar livre. Meu vestido e o de minha noiva não eram brancos e sim, verdes, só que o meu era verde claro e o de Catherine, verde escuro. O tema se chamava "All green like the nature", porque gostávamos muito da natureza e de preservá-la.

Por ser de temática verde, além de nossos vestidos, os enfeites também eram todos verdes, mas não literalmente. As mesas eram todas cobertas de um pano grande verde claro. Os vasos que tinham no meio de cada mesa eram transparentes com lírios dentro, a flor favorita de mim e de minha noiva. Os bombons que também tinha em cada mesa e que eram usados como lembrancinha eram feitos de chocolate ao leite, e estavam embalados em uma caixinha verde quase branco, e continham uma pequena mensagem dizendo: "Obrigada por ter comparecido ao nosso casamento. Com amor: Catherine e Rose". Em cada lado das cadeiras, tinha um paninho branco com as iniciais de meu nome e o de Catherine.

A entrada do altar tinha um grande pano verde e transparente cobrindo os lados, onde em cada ponta continha dois vasos com rosas amarelas, e tinha um tapete vermelho que ia até a ponta do altar; onde o juiz de paz estava aguardando Catherine e a mim, claro; e cadeiras ao redor.

Eu estava em um quarto do buffet, me preparando. Minha mãe me ajudava a passar a maquiagem, enquanto me olhava no espelho.

- Está linda - elogiou minha mãe, depois de dar os últimos retoques.

- Obrigada, mãe - agradeci, dando-lhe um sorriso através do espelho. Ela me abraçou pelas costas, na qual, retribui e de repente, escutei choros vindo dela. Já sabia o que era.

- Não acredito que estamos aqui - comentou minha mãe, chorando ainda mais.

- Nem eu - concordei, deixando escapar uma lágrima e de repente, alguém abriu a porta do quarto. Eu e minha mãe nos viramos e vimos Rebecca, que era minha melhor amiga de infância.

- Meu Deus, como você ta linda - elogiou Rebecca, olhando para mim e logo, tirando o celular de sua bolsa e tirando uma foto minha.

- Obrigada - agradeci. Rebecca me abraçou.

- Amiga, estou tão feliz por você.

- Obrigada mais uma vez - agradeci mais uma vez, retribuindo-lhe o abraço.

Depois de alguns segundos, desfazemos o abraço.

- E puxa, como o tempo passa, né? - comentou Rebecca, olhando o horário no celular - Já chegamos nesse dia tão especial e agora falta pouco tempo para começar - concluiu, mostrando o aparelho para mim e minha mãe.

- É mesmo - concordei.

- Então, devo sair daqui imediatamente - disse minha mãe, indo em direção a porta - O meu marido deve chegar daqui a pouco.

- Tchau, mãe - despedi, assim que ela saiu do quarto. Rebecca me olhou novamente e também se despediu, dizendo que estaria me esperando no altar, além de ser minha madrinha de casamento.

Todos os convidados se sentaram em seus lugares na mesma hora que a cerimônia ia começar. Demorou alguns minutos para que Catherine chegasse e caminhasse até o altar, mas era só porque nós tínhamos planejado que chegaríamos atrasadas para fazer charme, como sempre.

Observei minha noiva caminhar até o altar de braços dados com seu pai através da janela do quarto. Deixei escapar um sorriso que poderia ser um pouco visto através do reflexo. Nem acreditava que aquilo estava acontecendo.

Depois de alguns minutos, Catherine, enfim, chegou ao altar e logo, foi abraçada pelo pai, que logo, se sentou em seu lugar ao lado da esposa e dos padrinhos de casamento de minha noiva, Viola; sua irmã caçula e melhor amiga; Paul e Lilian.

Afastei a alguns centímetros da janela, assim que ouvi passos vindo em direção ao meu quarto. Já fazia ideia de quem era. Depois de alguns segundos, a pessoa finalmente abriu a porta. Me virei para ela e vi quem eu imaginava, meu pai.

- Está pronta? - perguntou ele.

- Estou - respondi - Mas, você sabe que deve esperar alguns minutos antes de eu andar até o altar, né, pai? - meu pai deu uma grande risada.

- Mas, é claro - respondeu.

Depois de alguns minutos de espera, eu finalmente sai do quarto com meu pai, indo em direção ao tapete vermelho.

Após ficarmos de frente ao tapete, a música começou a tocar e eu andei lentamente sobre ele de braços dados com meu pai.

Observei as pessoas ao redor com alegria e logo, virei a cabeça para o altar, onde Catherine estava me esperando com um sorriso no rosto, junto com o juiz de paz e nossos padrinhos.

Depois de alguns minutos, cheguei ao altar e meu pai me deu um beijo na testa, dizendo que eu estava linda. Logo, ele se sentou ao lado de minha mãe e dos meus padrinhos, Rebecca, Mordecai e George.

Desde então, a cerimônia começou. Eu e Catherine fizemos nossos votos e enfim, chegou a hora de trocar alianças.

A dama surpresa, que é claro, a quem vai entregar as alianças, era uma prima minha de oito anos chamada Karolyn, que além de minha prima, era minha afilhada. Catherine e eu observávamos ela andar sozinha sobre o tapete vermelho lentamente, segurando uma almofada vermelha com as duas mãos, que era onde estava as alianças.

Karolyn chegou ao altar e ergueu a almofada para cima para eu e minha noiva pegarmos as alianças, claro.

- Senhora Catherine Jones - disse o juiz de paz, se virando para ela - Você aceita Roseline Watterson como sua legítima esposa?

- Aceito - respondeu Catherine com o tom de voz calmo que sempre teve. Ergui a mão esquerda para ela, que logo, colocou a aliança em meu dedo anelar.

- Senhora Roseline Watterson - disse o juiz, se virando para mim - Você aceita Catherine Jones como sua legítima esposa?

- Aceito - respondi. Catherine ergueu a mão esquerda para mim e coloquei a aliança em seu dedo anelar.

- Pelos poderes investidos a mim, eu vos declaro casadas - completou o juiz - Pode beijar a noiva - eu e Catherine aproximamos nossos rostos e enfim, nos beijamos, acompanhado de vários aplausos vindo dos convidados.

Após alguns segundos, eu e Catherine descemos do altar e caminhamos entre os convidados que jogavam arroz em cima de nós. Recebemos vários elogios, abraços e beijos vindo de alguns que estavam presentes.

E assim, a festa finalmente começou. Catherine e eu pousamos para várias fotos, incluindo a do bolo, os braços enroscados e segurando taças de champanhe, e a que nós mais gostamos, segurar a noiva pelos braços. Minha agora esposa me pegou pelos braços e me levantou para cima, enquanto eu colocava os braços sobre seu ombro e costas, enquanto o fotógrafo tirava a foto.

Logo, chegou a hora de jogar o buquê. Catherine pegou um microfone e chamou a atenção de todos.

- Atenção, mulheres de qualquer tipo, sejam elas cis, trans, lésbicas, heteros, bis, brancas, negras e qualquer outra coisa - avisou Catherine no microfone, enquanto os convidados se viravam para nós - Ta na hora de jogar o buquê - concluiu, enquanto levantava o buquê e muitas convidadas vinham em nossa direção animadas. Eu e Catherine nos viramos de costas para elas, enquanto nos preparávamos para jogar o buquê - Estão prontas?

- Sim - respondeu todas as convidadas.

- Eu vou começar - disse Catherine, se preparando para jogar o buquê - É um,...é dois... - algumas convidadas começaram a ficarem ansiosas - ...e três! - assim, minha esposa jogou o buquê atrás de nós bem alto, enquanto as convidadas erguiam os braços para o alto.

- Peguei! - gritou Alice, enquanto segurava o buquê com as duas mãos. Ela era negra e minha ex-colega de faculdade, e diferentes de todas as convidadas presentes, era a única que era transsexual.

- Parabéns, Alice! - parabenizou Catherine - Espero que encontre um bom marido - Alice agradeceu com um sorriso - Agora, é a vez da Rose - afirmou, se virando para mim - Está pronta?

- Estou - respondi, enquanto me preparava para jogar o buquê.

- É um,...é dois...e três! - joguei o buquê para o alto e quem pegou foi uma amiga de adolescência minha e de Catherine, Cho-Hee, que era descendente de coreanos. Minha esposa a parabenizou e concluiu com a mesma frase que usou para Alice: "Espero que encontre um bom marido".

Rebecca se aproximou de nós.

- Ah, que pena, eu não consegui pegar um dos buquês - comentou Rebecca com uma pequena risada, na qual, retribuímos - Mas, enfim. Estou muito feliz de vocês duas - concluiu, nos abraçando, que nós retribuímos e logo, ela pegou o celular e tirou uma foto com nós.

Então, eu, Catherine e todos os convidados prosseguimos com o resto da festa. Estávamos dançando, bebendo e comendo alegremente, porém algumas pessoas nem queriam dançar, apenas observavam a festa sentados ou de pé. Alguns até conversavam.

Finalmente eu e Catherine realizamos o dia que mais queríamos e esperávamos em toda nossa vida, e claro, de todos os convidados presentes também. Todos diziam que nosso amor era perfeito e raro de se encontrar, e nós concordávamos. Estávamos bastante feliz com aquele dia.

Catherine e eu nos conhecemos na adolescência, assim que ela se mudou para minha escola na época. Desde então, nos tornamos amigas e começamos um relacionamento amoroso aos 15 anos, e esse amor deu nesse dia tão maravilhoso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Just married" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.