Rubro escrita por Annakiwi


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem dessa estória curtinha e rápida. Também gostaria que não me matassem (vão entender o porquê), essas ideias surgem e eu tenho de aproveitar. Perdoem-me caso encontrem algum erro de português, conferi bastante, mas sempre escapa algo. Com a leitura do texto vão notar que poderia ter prolongado a fanfic, mas perco o foco quando desenvolvo demais. Enfim, aproveitem.



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As luzes vacilantes e psicodélicas misturavam-se à batida grunge daquela música rock n' roll ultrapassada; o ambiente esfumaçado pelo gelo seco saído de uma velha máquina posicionada atrás do palco e dominado pelo cheiro de perfumes caros e cannabis completavam o estereótipo do pub que ela mais frequentara e que dançara até a última cadeira ser colocada sobre a última mesa recém limpa depois de todas aquelas doses de absinto derramadas ali.

Um dia ela estivera aqui, em minha frente, insinuando-se com seu corpo magro e bonito combinado com uma roupa provocante e apertada que nada condizia com sua personalidade. E sempre quando questionava-a o porquê daquilo - do lugar e vestimentas -, dizia: "Explorar o desconhecido pode ser muito excitante, não concorda, querido?", e sorria com seus dentes perfeitos mostrando aquela brancura que tantas vezes gladiou-se com a minha na intimidade de nossas bocas.

Não, sua irritante, nunca concordei em esse seu "explorar o desconhecido", mas se aquele passatempo tirava-te do inferno que era sua vida, eu o aceitaria até que você, exausta, pela madrugada, pedia-me que a levasse para minha casa, deitasse-a em minha cama, mas não antes de ouvir aquele seu murmúrio manhoso e desesperado: "Faça-me sua, querido.", e mais uma fez eu cometia o pecado de máculá-la, tocando-lhe a pele leitosa e sedosa, retirando suas peças de roupa até tê-la nua sob mim.

Tomava-a com gentileza, preocupando-me sempre em fazê-la feliz, gritando meu nome e chorando ao chegar ao seu ápice. E naqueles minutos depois de fazermos amor e antes de entregar-se à exaustão, ela olhava-me com seus olhos verdes e dizia, com voz embargada: "Leve-me para longe daqui, só nós dois.", e pegava minha mão, levando-a até seu seio esquerdo completava: "É todo seu esse meu coração.", abraçando-me, dormia como o anjo que era, com seus cabelos rosa, pintados em sinal de rebeldia ao pai, espalhados pelos meus travesseiros de linho branco.

Quando já quase ameaçava virar tarde, ela acordava, abria seus olhos com uma expressão amargurada e virava-se para meu lado, adquirindo um brilho sobrenatural ao fitar-me, já desperto, encarando-a. Sorrindo, dizia: "Não dorme, não? Está acordado todas as vezes que eu olho para você, olhando-me com esses seus olhos negros. As vezes acho que quer prender-me à sua cama.", gargalhava com o que falara, levantava ainda nua e caminhava pelo quarto de meu flat.

O corpo esguio, iluminado pela luz forte, parecia andrógino com seus traços suaves e joviais, sua imagem surreal quando vestia uma de minhas camisas de trabalho, que ia até quase nos joelhos, flutuava como uma ninfa enquanto dizia: "Que tal Vegas? Podemos nos casar lá e dar no pé. Temos dinheiro para sumirmos e criar uma família.", olhava-me com um semblante mimoso, tentando convencer-me, recebendo sempre a mesma desculpa na qual seu pai acharia-nos e tiraria-a de mim para sempre, antes fosse assim e você continuar por "aqui", não é?

E lá estava você outra vez, com o olhar decepcionado pela minha desculpa, desculpa essa que na época parecia tão certa, agora me dava crise de risos por sua insignificância. Sentimento semelhante aquele em que você, refletindo sobre a infância, vê o quão ingênuo foi ao ter medo de dar o primeiro beijo, ou declarar-se à menina que gostara. Essa sensação consumia-me, queria poder tê-la uma vez mais. Uma noite a mais. Para sempre.

Piscando repetidamente para afastar as lágrimas, dou-me conta que aquela memória do flat foi embora e mais uma vez estou naquele pub bebendo sua cerveja favorita e encarando o chão, mas por algum motivo, talvez uma percepção sensorial, olho para frente vendo a fonte de seu sofrimento, minha pequena, procurar com olhos ágeis algo ou alguém, até achar-me vestindo-se em um semblante de puro ódio e fúria, foi então que dei por mim que ele soubera, vira a mesma cena que eu tinha fotografado, para sempre, em minha memória desde às cinco da tarde daquele mesmo dia.

Vendo seus passos furiosos ao meu encontro, seu smoking amassado e sua gravata desalinhada tive a noção da extensão de seus sentimentos para com a filha. "Sua mercadoria de troca", ela dizia para designar-se como valor na vida do pai, mas olhando-o agora, sem seu exército de capangas, não sei se aquilo continuava; vendo-o pegar meu colarinho e tentando erguer-me do chão, tive certeza que nas profundezas de sua mente corrupta e calculista ele amara-a tanto quanto ela disse ser impossível para seu progenitor sentir.

Cuspindo em meu rosto e gritando por cima da música ele disse:

— Seu assassino de merda! Infiltrou-se na minha casa e ganhou minha confiança, seduziu minha filha e ainda a matou? — ofegou pelo esforço de proferir blasfêmias, retomando em seguida. — Você deveria morrer, um homem da lei a mais ou a menos... não seria a primeira nem a ultima vez que a máfia mataria um policial, Uchiha.

Franzi o cenho, por me perguntar como ele soubera minha identidade. Fazendo nascer um sorriso sarcástico, respondi sucintamente:

— Mate-me. — o mafioso à minha frente arregalou os olhos. — Não resistirei.

Recebi um soco no rosto antes que ele vomitasse mais uma vez uma enxurrada de palavras:

— Perdeu o amor à vida, seu moleque? Eu amava minha filha, cuidei sempre dela, foi exatamente por isso que o contratei doze anos atrás, não para que dormisse com ela! — puxava-me para a saída mais próxima, enquanto um mar de olhos viam a cena, mas, para manterem-se seguros, não se intrometiam.

— Se amava tanto, porque nunca o disse? — continuei com uma calma sobrenatural naquela situação que deveria ser de pânico: estava em estado de torpor.

Ele estacou repentinamente.

— Um líder tão odiado como eu, garoto, nunca pode demonstrar seu amor por nada. Ela me contou, com palavras as quais me deixou, que entendera isso no fim. Compreendeu o porquê de eu não estar sempre presente ou a falta de sentimentos... — parara de puxar-me e lágrimas escorriam por seu rosto. — Porque nunca me entregou para a polícia em todo esse tempo? — olhou em meus olhos e em suas feições eu a vi.

— Eu amava sua filha, não consegui traí-la e acabar com o lar dela.— confessei em um fio de voz.

— Porque então ela... — perdera a voz e olhou para a parede estampada de pôsteres de bandas dos anos 80. — Eu deveria saber, podia ter impedido ela de... — seu olhar derrotado transmitia-me pena.

— Ela estava quebrada, não poderíamos fazer muita coisa. — respirando fundo, consegui que me encarasse outra vez. — A máfia, ela não aguentava mais, queria ir embora, fugir, eu não a ouvi. — calei-me depois disso.

— Eu não deixaria que vocês fugissem, mas se eu soubesse, antes, que isso a salvaria... — colocando a mão no bolso, retirou de lá, o que eu inferi ser, uma carta, entregando-me. — É para você, encontrei debaixo da cama. Ela deixou uma para mim também, explicando-me tudo e pedindo-me para que não o ferisse. Mas como eu gostaria de fazê-lo! — estalou a língua no céu da boca. Seus olhos, iguais os da minha querida, crispavam-se em desafio. — Contudo não irei matá-lo, em respeito a ela e, também, porque seria uma vingança melhor deixá-lo remoer assim como eu. — olhando-me significantemente, deu as costas e começou a sair: — Obrigado por não me entregar, mas, agora há pouco, a polícia já descobriu todo meu esquema. Foi assim que soube sobre você. Será uma questão de tempo até que me encontrem. — assumi um ar de entendimento enquanto ele silenciou-se para logo continuar, quase inaudível. — Ela agradeceria por finalmente acabar, mesmo que não esteja aqui para comemorar e, finalmente, tirar aquele rosa horrível dos cabelos. — saiu singelamente e cabisbaixo, envolvendo-se na fumaça expirada por uma adolescente loira.

Ele errara, soubera disso então. Pena ser tão tarde.

Fitei a carta em minhas mãos, inviolada ainda com um adesivo reluzente a lacrá-la. Como se soubesse que seu conteúdo mudaria minha vida, abria-a lentamente enquanto relembrava as memórias mais vívidas com dela. Como a primeira vez em que a vi. Com seus dez anos de idade no enterro de sua querida mãe, na ocasião já pintara seu delicado cabelo de rosa e usava-o para tampar seu rostinho tomado pelas lágrimas.

Eu, em meus vinte e um anos, era espião, fui designado para ser segurança particular da filha do suspeito, devendo me infiltrar em sua casa, conquistar sua confiança e reunir provas que o incriminassem. Perigoso e entediante, o trabalho não parecia me estimular muito. Mas aquele dia, quando ela despedia-se pela última vez de sua mãe e agarrava-se com desespero em meu pescoço, meu coração já batia de forma diferente por aquela garotinha.

Nos primeiros anos ela era para mim uma irmã pequena, uma lufada de inocência e alegria nos meus dias enfadonhos e longe de meus conhecidos.

Quando completara quinze anos, em sua festa, foi a mim que ela se dirigira para pedir a primeira dança, e esticando-se nas pontas dos pés, sussurrou em meu ouvido: "Nunca vi um cabelo tão negro quando o seu, Sasuke.", acariciou uma mecha do meu cabelo com seus delicados dedos, sorrindo travessa e pintando o rosto com um vermelho escarlate, continuou a me causar arrepios com seu hálito mentolado ao acrescentar: "E nem recebi seu presente ainda.", fingiu uma cara de ressentida e tocou a ruga que formou-se entre minhas sobrancelhas, antes de fazer aquilo que mudaria minha vida para sempre: "Não se importaria se eu escolhesse um então, não?", com isso, aquela pequena feiticeira, uma flor desabrochando, roubara-me um beijo, fugindo logo em seguida para um canto qualquer do salão debutante.

Aos poucos, após seus quinze anos, eu cedia meu coração à ela e ela o seu. Era proibido, mas não nos importávamos, conseguíamos driblar as desconfianças, ainda mais eu, como seu segurança pessoal, não atraia desconfianças com nossos encontros frequentes.

Com dezoito ela já era tão bela como uma obra de arte vitoriana deveria ser, a pele, branca como marfim, corava, adoravelmente, pelos meus toques, os cabelos longos balançavam pelo andar ritmado e fluido, conquistado pelas exaustivas horas de balé e aulas de etiqueta. "Tempo mal gasto esse, não? Queria ter mais horas para meus trabalhos voluntários, papai não gosta que eu os faça", bufava, reclamando do que ela chamava de camada de requinte desnecessário da sociedade.

Cada vez mais eu me apaixonava, pelos olhares, manias, integridade de seus atos. Segurar-me, como homem, também aumentara em seu grau de dificuldade. Chegando a níveis extremos diversas vezes. E então, naquela noite de tempestade, ela olhou-me com seu olhar sedutor e eu soube que poderia tomá-la para mim, seria eu seu primeiro amante e o ultimo até que nossos corações parassem de bater.

Vieram então as noites de choros incontroláveis, a verdade incontestável de que estava fadada a um meio de existência que ia contra seus ideais mais sinceros, atingira-a de maneira lacerante.

O espírito livre e equalitário, saudoso e bondoso, morria aos poucos diante da realidade de que sua vida era sustentada a partir do sofrimento de outros.

De eufemismo ela se empanturrara até os últimos momentos e na falta deles, na falta de uma esperança, na vertical cortara e o rubro saltara.

A cena, senão excruciantemente terrível e triste, chegara a níveis poéticos. Escolhera a banheira branca favorita da mansão para ser o cenário de sua tragédia. E, inspirada em um seriado* por ela assistido, tingiu a translúcidez da água com o vermelho de seu sangue.

Com meu rosto encharcado pelas lágrimas, tentei começar, com dificuldades consideráveis, a leitura. Meus dedos trêmulos conduziam o papel em um ziguezague ritmado e desengonçado.

Como ela pôde fazer isso? Pergunto-me desde horas atrás. Como pôde deixar-me?

A carta em minhas mãos tinha a letra e o cheiro dela. Este adocicado e quase infantil.

Não poderia lê-la aqui. Fui até meu carro, liguei-o e acelerei rumo ao meu flat. Lembraria dela lá mais do que em qualquer lugar, mas era um sentimento bom de nostalgia da verdadeira ela. A que dançava e enfeitiçava-me com seu ar juvenil e risonho.

Deixei o carro estacionado de qualquer jeito na porta enquanto entrava na porta giratória da recepção. Com a adrenalina em meu sangue resolvi tomar as escadas até o sétimo andar.

Ofegante, guiei meus dedos até a chave em um de meus bolsos. Destrancando a porta, entrei e andei a passos falsos até nossa cama, seu travesseiro, sua essência.

Li. Não respirava. Re-li. Não acreditava. Li em voz alta, tinha de crer.

— "Eu escrevo e re-escrevo essa carta há muito tempo. Cada momento que eu acrescento na minha existência junto a você emendo aqui. Realmente não sei se é covardia ou maldade o que faço ao relembrá-lo de nossos momentos. Mas..." — um bolo veio à minha garganta, a cada palavra dava-me conta do peso da realidade, extenuante e opressora. — "... Mas acredite quando eu digo que minha intenção é de trazer-lhe bons momentos. Como quando você deu-me aquela presilha de cabelos em meu aniversário de dezesseis anos. Nunca antes eu soubera a felicidade de ser querida por uma pessoa senão minha mãe. Aquele ato seu, tão precioso, incitou no meu interior aquela resposta súbita. Você deveria ter visto sua expressão com meu beijo surpresa, mas o melhor foi sua vermelhidão, senti-me tão corrupta diante de seus olhos ingênuos." — sorri, em meio as lágrimas, com a memória, ela realmente parecia, em muitos momentos, muito mais ciente de nossa relação. — "... Ou semana passada quando eu, por um milagre, acordei antes que você, recebendo uma cabeçada sua que sobressaltou-se, assustado ao acordar de repente, pela minha visão a encará-lo, bem perto de seu rosto. Rimos tanto e depois tivemos de colocar gelo nos galos formados. Naquela manhã, senti-me verdadeiramente um casal, pertencente a alguém." — sorri melancolicamente. — "... Lembra-se de nossa primeira vez? Você estava tão preocupado e nervoso em fazer-me sentir confortável momentos antes, mas quando tudo começou... Foi o momento mais perfeito de toda minha existência, descobri o quão grande era a extensão de meus sentimentos por você. Por isso não se culpe. Não se blasfeme. Não é culpa de ninguém senão minha. Minha. Só minha. Tentei remediar o inevitável. Equilibrar dois pilares insustentáveis. Impedir você, o homem que eu amava, meu salvaguardador máximo, de entregar à lei aquele que à vida me trouxe. Nisso, eu ficara em uma corda bamba, deixando que muitos sofressem. Isso me matou, a escolha que tomei. Tentei ser imparcial com minha vida. Sempre quis ser alguém diferente e não sentir a dor dessa casca, agora, definitivamente, morta. Amo-o. Por toda eternidade: amo-o. Não espero que siga com sua vida da mesma maneira, não gostaria de ter sido uma passagem tão efêmera pois. Espero que supere e fortaleça-se. Desculpe-me pelo egoísmo. Mas eu já virava uma doença. Corroendo-o com minha tristeza e desistência na luta pela vida. Com o tempo eu o levaria para a mais profunda caverna, apagaria a luz da entrada e confinaria-o na mais complicada ranhura, na qual agora habito. Adeus. Batalhe no meu lugar, Sasuke. Obrigada por tudo que tentou fazer. Meu querido, não me odeie, não se odeie. Você fez tudo e muito mais..." — não aguentava mais ler, porém, forcei-me, tinha que terminar, as palavras dela tinham de chegar até mim de alguma forma. — "Você fez tudo. Muito mais do que eu jamais pude imaginar ganhar após pensar ter perdido, o que eu achara, ser meu mundo. Foi uma força que desacelerou minha descida e minha luz ao acompanhar-me pelo caminho mais seguro. Mas esse é o meu fim. Contudo, você continua. Viva!

Sakura."

Minhas lágrimas escorriam torrencialmente e meu peito, audivelmente, era assolado por soluços profundos de desespero.

Ela se fora! Nunca mais estaria em minha cozinha. Apenas com o avental ao fazer nosso almoço. Espalhando molho branco pelos lábios e beijando-me em seguida apenas para que eu aprovasse seus dotes culinários. Seu sorriso, então, tirava-me de órbita. Esquecíamos da comida e eu tomava-a ali, na bancada.

Não a veria mais colocar a cabeça para fora do carro em movimento e gritar juras de amor para mim. Seus olhos, logo após voltar para a segurança do carro, lançavam-me raios e fagulhas pelo puxão que eu lhe dera. "Você poderia ter caído!", eu dizia. Mas ela nunca quisera saber, seu amor por mim, segundo você, valia qualquer risco e qualquer oportunidade de demonstrá-lo deveria ser aproveitada.

Dormi naquela noite após a exaustão tomar todos meus sentidos e membros. A dor de cabeça testava minha resistência. Meu rosto era forçado contra o chão do minuto em que fechei os olhos até aquele em que abri.

Um novo dia. Meu primeiro dia, em doze longos anos, sem ela.

Olhei ao redor. As janelas compridas deixavam entrar a luz.

Luz. Era eu a luz dela? O que, então, era eu agora? Um agente desertor de meus deveres, provavelmente sem emprego e odiado por um grande, finalmente, ex-mafioso.

Mas além disso, um homem sem nada a perder. Saúde e força me sobravam.

Qual era o sonho dela? Felicidade!

Ela queria felicidade. Não apenas a sua própria, mas a alheia. Uma que todos tivessem acesso.

Você estava certa, Sakura, minha amada, eu continuava. Vivia. Batalharia. Poderia ser seu sonho, mas eu o tomaria. Perdi o meu: você. Nunca havia pensando sobre o que eu sempre lutei, mas agora sabia: alguém para amar e viver para.

Esse alguém fora você.

Atingi, até a manhã de ontem, meus mais profundos desejos, cumpri-os. O destino pode tê-los tomado. Porém não completamente. Sobrara a sua vontade. E eu a perpetuaria.

Ela viveria em meus atos. Aqui e até o findar de meus dias, através da bondade de cada ato meu, Sakura viveria em sua forma mais pura.

Eu sofreria e, provavelmente, nunca mais amaria da mesma forma. Contudo, alimentaria-me dos resquícios dela. Das migalhas de sua essência.

Minha jornada: não sei como a começaria. Poderia levar anos até o rumo firmar-se. Atos caridosos, trabalhos voluntários, usar minha habilidades como agente para ajudar famílias, refugiados a sobreviverem. Não importava. Eu ajudaria. Doaria-me. Por ela. Por mim.


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Notas finais do capítulo

*Série Dexter

Sim, eu matei ela. Mas acreditem, é minha favorita, apenas achei tão intenso quando me veio, não resisti *~*
Qualquer elogio ou crítica serão bem vindos. Até uma próxima :)



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