Um mês de desespero escrita por Leon Yorunaki


Capítulo 34
XXXIII: Hold Back


Notas iniciais do capítulo

Pense em uma coisa chamada correria.
Passei essas três semanas lutando contra o bloqueio criativo para entregar algo decente. E não sei se consegui.
Terminei isso aqui ontem (na verdade hoje, as 02:11 da manhã) e, como sempre escrevo no caderno, mais uma vez lutei contra o tempo para digitar o mais rápido possível. Este é o motivo para o capítulo ter saído tão tarde.

Mas nada tema, com Kurono não há problema!

Okay, espero que gostem. E podem puxar minha orelha pelos erros se encontrarem algum: a situação (que eu criei para mim mesmo) os explica, mas não os justifica...



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Mauville se encontrava já a curta distância, após as longas horas de caminhada; Himiko jamais pensaria que a visão daquele local lhe traria alívio e não revolta. Ainda se recordava das mortes que ali aconteceram, que persistiam em lhe machucar; não que pensasse que poderia ser diferente. Ver a cidade se aproximando antes do anoitecer, contudo, lhe sinalizava alimentação e descanso, duas coisas que lhe faziam falta nos últimos dias.

Naquele contexto, a visão do Centro Pokémon lhe parecia o paraíso, afinal não somente ela precisava daqueles cuidados, como também seus companheiros de equipe, abatidos depois da confusão daquela manhã.

Não havia muito com o que se preocupar. Afinal, aquela pausa em sua viagem já estava programada. Sua partida com destino à Fortree prevista para o amanhecer lhe daria tempo o suficiente para descansar, agora que já relaxava, tendo conseguido chegar sem que a escuridão da noite se fizesse completa, o alívio pela ausência de novos imprevistos transparecendo em seu rosto abatido.

Ignorando o olhar surpreso da recepcionista à qual entregou suas pokébolas, ela rumou para o refeitório, pretendendo embarcar de cabeça no primeiro dos dois prazeres a que teria direito. Uma refeição decente, depois de uma viagem como aquela, era mais do que poderia desejar.

A visão que teve quando chegou à fila, contudo, foi o suficiente para lhe estragar o humor antes mesmo que pudesse relaxar.

Como poderia se esquecer daquela jovem de cabelos coloridos que se punha algumas posições a sua frente na fila? Como evitar a dor das lembranças ao ser imediatamente remetida aos motivos pelos quais odiava aquela cidade?

Himiko respirou fundo, controlando-se para não tornar a situação pior. Afinal, a jovem com quem batalhara no ginásio não tinha culpa no acontecido, sendo tão vítima das circunstâncias quanto ela. Merecia ela, inclusive, um pedido de desculpas por conta da despedida nada educada entre elas, quando discutiram por conta de uma meia-verdade que não precisava ser dita, a coordenadora ofendendo-se com uma declaração excessivamente ácida da treinadora no calor da emoção.

Tentou passar despercebida, não querendo chamar a atenção da outra a sua frente. Cada uma iria para um lado, e qualquer conversa entre elas não precisaria ocorrer, levando essa situação param o túmulo dos pensamentos de onde jamais deveria ter saído.

Era um pensamento otimista demais da parte dela, claro. Consciente de sua falta de sorte, nem mesmo se surpreendeu ao ver que Rhavili se sentou ao seu lado na mesa, antes mesmo de colocar o primeiro pedaço de comida em sua boca.

— Com licença… Himiko, é você?

Não havia como ignorá-la agora, a jovem encarando-a com sua face arredondada emoldurando um grande sorriso, os olhos negros da coordenadora arregalados e fixados nela, um misto de espanto e alegria claramente estampados.

— Rhavili?

— Você está… eu pensei que você…

— Hã, o que houve? — perguntou Himiko, curiosa, mesmo com a boca cheia.

— O jornal… falaram que você tinha morrido!

— Como é? — ela não pôde evitar de se engasgar com a comida.

— No ginásio de Petalburg, ontem à noite. Você não estava lá?

Perplexa, ela não conseguiu responder, por mais óbvio que lhe fosse. Seus pensamentos fluíam de forma devagar com o susto, o espanto logo dando lugar à curiosidade. Queria saber o que tanto fora dito a seu respeito, bem como ao que ocorrera na noite anterior após ter sido presa.

— Deixa eu comer primeiro, aí a gente conversa com calma!

— Oh, claro, me desculpe…

Himiko mastigava sem muita pressa, ruminando o que lhe fora relatado. Havia sido um engano do jornal, ou mera tentativa de fazer sensacionalismo sobre o ocorrido. Talvez tivessem dado pela ausência dela enquanto desafiante e assumido que o pior ocorrera. Ou poderia realmente ter alguma morte envolvida?

Logo a curiosidade começou a falar mais alto, lhe incomodando tanto quanto já o fazia à Rhavili. Esta logo se levantou, após mal engolir a comida, dirigindo-se de volta ao saguão central, visivelmente impaciente.

E se ambas tinham a certeza de que um bombardeio de perguntas se aproximava, bem, Himiko gostaria de ser a primeira a questionar.

— Me conta essa história direito! — ela se fez anunciar, sentando-se no sofá ao lado da coordenadora assim que terminou de comer.

— Tipo… passou na televisão mais cedo sobre o que aconteceu lá em Petalburg. Uma funcionária do ginásio foi presa pelo homicídio de uma desafiante, no caso você…

— Eu não estou entendendo mais nada…

— Por quê já?

— Bem, eu estive lá, e pra ser sincera eu não duvido que ela quisesse me matar, mas não foi bem assim…

— Tá, e como foi então?

Himiko começou a narrar o acontecido, desde o momento em que chegou ao ginásio, encontrando Ravena no salão privativo do líder, pegando-a de surpresa, mas deixando-se enganar logo em seguida, até o momento em que o ginásio foi invadido pela polícia que chegou em um momento tão oportuno.

— Oh, claro! Eu sabia que tinha coisa da polícia aí…

— Hã?

— Eu recebi um comunicado da Elite hoje pela manhã, assinado a mão pelo Drake. A instrução foi para fechar todos os ginásios até segunda ordem.

— Faz sentido, eu acho. Quer dizer, depois de tudo o que já aconteceu…

— Nem me fale, eu tenho arrepios só de lembrar…

O silêncio que se formou podia não ser longo, mas era intenso. Em especial para Himiko, que tinha pelo menos duas lembranças ruins daquele dia para se culpar. As mortes que ocorreram no ginásio de Mauville eram as mais doloridas, não apenas pelo carinho que tinha para com Nuri e com Monk, mas pelo peso extra que o incidente carregava, tendo as mortes ocorrido por pura imprudência dela; por um momento pensou que fosse April a pessoa que despencara pelo teto, não um criminoso qualquer que tentava invadir o local. Então desconexa pelo acontecido, cometeu em seguida uma sucessão de erros.

E ela não teria oportunidade como aquela para consertar ao menos um deles.

— Olha… me desculpe por aquele dia, — Himiko baixou a cabeça, envergonhada. — Eu não estava bem, falei umas coisas que não devia…

— Não vou dizer que não me chateei, mas esquece isso, tá? — Rhavili a interrompeu, colocando o dedo indicador sobre os lábios da treinadora. — Estamos bem agora e é isso o que importa.

— É, estamos sim…

— A propósito… O que você veio fazer em Mauville? — perguntou Rhavili, logo tratando de mudar de assunto.

— Oh, não, estou só de passagem. — respondeu ela, mais aliviada. — Estou indo para Fortree amanhã.

— Hm, você ouviu o que eu falei sobre os ginásios, não foi?

— Ouvi sim, mas não é por causa da liga. Tenho alguns assuntos pessoais a resolver por lá.

— Ah, sim, me desculpe então.

— Tudo bem. Digo, depois de tudo o que eu já passei não quero mais saber de batalhas tão cedo…

Com os ânimos mais calmos entre elas, logo começaram a conversar sobre assuntos mais amenos; Himiko logo percebeu que havia julgado mal a colega, que certamente não estava em seus melhores dias naquela ocasião. Sem toda a tensão que carregavam, contudo, o diálogo se mostrava bem mais agradável.

— Eu sei como se sente. — dizia a garota de cabelos coloridos. — Não faz muito tempo que eu cheguei em Mauville, umas três ou quatro semanas. Normalmente estou viajando também, mas não pensava que teria tantos problemas para resolver por aqui, estou dormindo aqui no centro todo esse tempo…

— Eu achava que você morava aqui!

— Mas quando… Eu vim pra cá, a princípio, organizar um contest. Normalmente eles acontecem sempre em Lilycove, mas este ano o conselho decidiu que seria bom realizar algumas etapas em outras cidades, mostrar para os treinadores locais um pouco do que são os concursos. Eu me voluntariei para vir pra cá, mas foi tudo dando errado, primeiro para conseguir um local adequado, e quando finalmente parecia que daria certo teve essa confusão com os ginásios e fomos obrigados a cancelar a etapa…

— Caramba… eu nunca pensei que fosse difícil assim…

— Acho que já te falei, quem vê de fora pensa que é tudo muito bonito, e é bom que seja assim, porque se soubesse o que acontece nos bastidores…

— Eu só posso imaginar…

— Escuta… com o ginásio fechado eu não tenho mais porque ficar em Mauville… se importa se eu for com você amanhã?

— Como disse?

— Vou voltar pra casa, em Lilycove, podemos seguir juntas até uma altura da viagem, o que diz?

— Eu meio que me acostumei a viajar sozinha, mas não vou reclamar de ter companhia…

— Que bom! — comentou Rhavili. — O que acha de sairmos daqui as nove?

— Por mim parece bom.

— Então ficamos combinadas! Aí podemos conversar mais amanhã, já que está ficando tarde e eu quero descansar um pouco… odeio viajar com sono!

— Tem razão, eu também estou indo daqui a pouco… boa noite!

Himiko despediu-se da colega, esperando ela se distanciar para ficar raciocinando a respeito do que ouvira. Não duvidava de que forjar sua morte tivesse sido uma ideia de Looker, mas… a troco de quê?

Pensando com calma a respeito, chegou à conclusão de que sua morte provavelmente não passava de um pretexto para que os ginásios fossem fechados. Depois da conversa que teve com ele antes de sair de Petalburg, teve a certeza de que todos os incidentes que presenciou estavam relacionados entre si, por mais que não o parecessem. E se o detetive não confirmou nem desmentiu esses pensamentos foi pelo fato de que ela não perguntou a respeito. Não valeria a pena tê-lo feito, na verdade.

Seria exagero pensar que a morte de Roxanne e o incidente em Petalburg fossem obras de um mesmo grupo de pessoas? Será que o acidente com Brawly era mesmo apenas um acidente?

Ela tratou de não pensar nisso, contudo. Não era um assunto que lhe dizia respeito, muito menos agora, quando juntar insígnias não lhe fazia qualquer sentido.

Mas ao deixar essas preocupações de lado, logo outras as substituíram. Com sua morte noticiada pelo jornal, como estariam as pessoas mais próximas a ela? Professor Birch. Brendan. Wally. Norman.

April.

Quem deles poderia ter visto as notícias?

E será que voltar para casa não seria uma opção viável depois desse fato?

E quanto ao Sr. Stone e sua ausência naquela manhã? Teria sido esse o motivo para que ele não aparecesse no local combinado?

Eram tantas as preocupações que a jovem não sabia nem mesmo o que deveria pensar a respeito. Afinal, com mais essa situação, até mesmo sua viagem para Fortree talvez não fosse a melhor das ideias.

Talvez a melhor opção fosse ir deixar para pensar melhor sobre tudo isso na manhã seguinte, após uma boa noite de sono.

Mesmo que ela soubesse que não conseguiria tê-la.

— — —

Não foi surpresa nem mesmo para Himiko que seu despertar fosse quase simultâneo ao nascer do sol, um descanso insuficiente para recuperar suas energias. O excesso de preocupações lhe roubou a tranquilidade do sono, por mais que não tivesse tido algum pesadelo como aqueles que teimavam em lhe torturar.

O que, considerando seu histórico, já era lucro.

Logo levantou-se, incapaz de ficar na cama, aproveitando para tomar banho e se alimentar. Era cedo demais para pensar em partir, independentemente de seu destino, já que não o faria sem dar ao menos dar uma satisfação para Rhavili caso esta decisão acabasse por ser voltar para Littleroot.

Foi apenas com a ducha de água fria em sua cabeça que ela conseguiu ordenar seus pensamentos com a calma que eles mereciam. Haveria tempo o bastante para ligar para algumas pessoas, em especial para o Professor Birch; dentre as que ela tinha um mínimo de contato, era provavelmente a que estaria mais preocupada com uma notícia como aquela. Mais importante, no entanto, era evitar que ele tomasse ações que pudessem lhe prejudicar pensando que o pior tivesse acontecido de fato, como por exemplo a revogação da licença.

Além do mais, o contato com o professor seria o suficiente para despreocupar ao menos duas outras pessoas relevantes em Littleroot: Brendan e Natsumi. Não desejava falar diretamente com eles, sabendo que receberia súplicas do primeiro e queixas da segunda. Ao mesmo tempo, não desejava vê-los angustiados pela notícia, principalmente por não haver motivo para tal.

— Bom dia, Birch falando. — ele logo respondeu a chamada ao videofone, com um tom neutro, porém animado. — Olá, Himiko, tudo bem?

— Bom dia, professor. Como vão as coisas aí?

— Sempre as mesmas, nenhuma novidade importante. E com você?

Ela estranhou um pouco a ausência de surpresa da parte dele, porém continuou:

— Tudo bem também. Liguei só para avisar que estou bem. Digo, você viu as notícias recentes, imagino.

— Sim, já fiquei sabendo. Parece que fecharam os ginásios. Quais são seus planos agora?

Ele não sabe… Será que eu devo me preocupar?

— Eu estava me perguntando a mesma coisa.

— Bem, tirando uns resultados estranhos nas minhas pesquisas, tudo está bem por aqui. Você poderia voltar para casa, adoraria examinar aquele Pokémon com calma, Brendan me disse que ele evoluiu.

— Oh, verdade… Futa já se tornou um Gardevoir.

— Magnífico! Estou curioso para ver como ele se desenvolveu.

— Enfim, tenho que desligar agora. — cortou ela, sem estar mentindo. Ao contrário do PokéNav, as ligações realizadas pelos videofones do centro Pokémon não eram gratuitas, sendo o único meio de conversar com o professor visto que ele não tinha um aparelho como aquele. — Prometo lhe manter informado de qualquer coisa.

— Tudo bem, Himiko, eu te entendo. Tenha um bom dia.

A conversa com o professor lhe dava mais perguntas do que respostas, suas informações contradizendo o que lhe fora dito ontem. Rhavili havia sido bem incisiva ao mencionar que o jornal anunciara que a treinadora estava morta; já Birch, apesar de bem-informado a respeito da confusão, desconhecia esse detalhe.

Apesar de que ele jamais mencionara ter visto o jornal, apenas que sabia sobre o que aconteceu. Talvez ele não tivesse assistido ao noticiário, sem jamais ficar sabendo da morte que nunca se sucedeu.

E bem, considerando que agora ele tinha certeza de que a treinadora estava viva e sem ferimentos, qualquer problema em relação a esse ponto estaria resolvido antes mesmo que pudesse surgir.

Com essa situação fora de seu caminho, Himiko decidiu por se adiantar nos preparativos para sua viagem. Podia não ter certeza se ir para Fortree era a opção que queria, mas sabia que qualquer fosse seu destino, precisaria pegar seus Pokémon de volta na enfermaria. E de fato o fez, recebendo três deles em perfeito estado dentro de suas respectivas pokébolas.

A exceção cabia à Rejane, que se recusava a ficar em seu enclausuramento, logo chamando a atenção da treinadora assim que a viu, puxando sua blusa.

— O que foi, Rejane?

— Acho que a Lari está por aqui! Eu sinto o cheiro dela!

— Tenha calma! — Himiko lentamente absorvia o que a Pokémon lhe dizia, ocupada com o relato da enfermeira sobre a situação de seus Pokémon.

— Podemos dar uma olhada no centro! Eu vou saber se a ver!

— Espera só um pouco, Rejane, já estou terminando aqui.

Era um procedimento normal, incluindo a assinatura de um documento que comprovava que ela recebera seus Pokémon de volta. Não levaria mais do que um minuto para concluir, tempo demais para a impaciente Lombre que não parava de puxar sua blusa.

— Anda logo, Miko! — importunava ela.

— Não custa esperar um pouco, Rejane?

— Tu dizes isso porque não é contigo! Te coloca no meu lugar!

Himiko engoliu em seco. A Pokémon tinha certa razão; a treinadora largaria a tudo e todos se tivesse a menor pista de que April estivesse naquele centro Pokémon. Por que esperava que fosse diferente com a Lombre em relação a sua ex-treinadora?

Sentiu-se ligeiramente culpada, assinando de qualquer jeito os papeis, logo seguindo com Rejane em direção ao saguão, os treinadores surgindo aos poucos naquele início de manhã.

— Ela não está aqui! — logo exaltou a Pokémon, ligeiramente irritada. — Mas eu sinto o cheiro dela, a Lari está por aqui, eu tenho certeza!

Himiko somente podia imaginar o que Rejane pensava naquele momento. Por mais que a treinadora se identificasse com a situação, era injusto comparar com sua própria busca. Diferentemente de April, a antiga treinadora da Lombre a abandonou de modo consciente, sabendo exatamente o que fazia. Talvez a pokemon não pensasse desse modo, se recusando a acreditar que tivesse sido de fato deixada de lado como Ikazuchi relatara.

Por este motivo, não tinha como prever o que aconteceria caso as duas se reencontrassem. Iriam elas se redimir ou brigar? Seria Rejane capaz de deixar Himiko para trás se a outra a aceitasse de volta?

Logo a pergunta ganhou outra nuance: o que levaria um treinador a abandonar um de seus próprios Pokémon?

A jovem distraiu-se pensando em todas essas variáveis, porém sem descuidar de Rejane, a qual se mostrava disposta a bisbilhotar nos quartos. Seria um meio rude, porém eficaz de descobrir se a tal Larissa se encontrava no centro pokémon. Himiko, entretanto, se opunha a permitir que ela o fizesse, sabendo ser uma falta de educação com os treinadores que dormiam até um pouco mais tarde. Mal haviam dado sete e meia da manhã, afinal, e a treinadora respeitava o sono dos outros tanto quanto gostaria de ter o seu próprio respeitado na mesma ocasião.

Um ruído inesperado a trouxe de volta para a realidade. Seu PokéNav apitou, um único toque. Fosse Brendan ou o Sr. Stone, não importava; qualquer um dos dois teria motivos para ligar. E ela para conversar com eles.

Não havia sido nenhum dos dois a entrar em contato, contudo. Quem quer fosse o desconhecido que a chamou, desistiu após o primeiro toque. Possivelmente um engano.

Himiko, apesar disso, tinha a sensação de que não o era. Encarando a tela com o registro da ligação, pensou se algum outro conhecido não poderia tê-la realizado. Vários nomes lhe surgiam à mente, um mais improvável que o outro. Ninguém além de seus dois amigos tinha o seu contato, tampouco poderia consegui-lo facilmente.

Foi aí que a realidade lhe atingiu como um tijolo na face. Wally.

Não se recordava exatamente de quando teriam trocado informações, mas lembrava-se de tê-lo visto com um PokéNav idêntico ao dela no dia em que o encontrou na praça daquela mesma cidade.

Em um impulso, decidiu por apertar o botão que retornaria à ligação. E não foi necessário mais do que um toque para que a chamada fosse atendida.

— Himiko Meanders Senri. — dizia a firme voz masculina do outro lado da linha. Com certeza, não a de Wally. — Você está correndo sério perigo. Aja naturalmente.

— Oi? — respondeu ela, confusa. — Bom dia?

— Este centro pokémon não é mais seguro. Preciso que siga exatamente as minhas instruções se quiser se manter viva.


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Notas finais do capítulo

Oh boy oh man oh boy...
Eu avisei pra vocês que as coisas iriam se complicar, não avisei?
Não sei como eu concluo essas notas, se desejando "boa sorte" ou "meus pêsames"...
Mas tenham calma, ainda tem muita água pra rolar por baixo dessa ponte!

Notas do in-game: Nenhuma. Exceto o fato de que eu pulei um encontro importante para a plot do jogo... e que mesmo quem jogou a Emerald tradicional já deve imaginar do que se trata...

Status do time:

Pokémon: 4
Futakosei (Gardevoir) Lv. 49; Bold, Synchronize.
Ikazuchi (Manectric), Lv.48, Serious, Lightning Rod
Nagrev (Charizard), Lv.48, Naive, Blaze
Rejane (Lombre), Lv.49, Bold, Swift Swim

Mortes: 7 +0 = 7



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