Living again escrita por sayohito


Capítulo 1
Alexander.


Notas iniciais do capítulo

00.Ao ler está fanfic desconsidere o incidente de Magnus Bane na França. (Para saber mais leia A Rainha Fugitiva das Crônicas de Bane- Cassandra Clare).
01.Essa seria uma segunda viagem de Alec e Magnus, um ano depois do ocorrido no último livro da Saga Os Instrumentos Mortais.



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França, 2008.

Se me oferecessem novamente o ano passado,
E a escolha entre o bem e o mal me fosse apresentada,
Será que eu aceitaria o prazer com a dor
Ou ousaria desejar jamais termos nos conhecido?
— Augusta, Lady Gregory,
“If the Past Year Were Offered Me Again”

 

Todos os Lightwood me parecem iguais.” O feiticeiro sorrira ao se lembrar dessa pequena recordação de anos atrás. Vivera muitos anos e embora acreditasse que poderia se lembrar de tudo e quando quisesse, alguns fragmentos de sua vida voltavam para si, assim, sem esforço e sem iniciativa. Naturalmente. "Todos os Lightwood me parecem iguais..." Repetira em um sussurro enquanto levava a mão direita aos fios negros do caçador a sua cama, acariciando-os cuidadosamente como se fosse seu casaco de pelo mais precioso, e talvez seja isso mesmo, não um casaco, mas sim, precioso. Alexander Lightwood. Alec. Sem dúvidas, essa era a pessoa mais valiosa para o feiticeiro depois de décadas. Acreditava que estava tão morto, dentro de si, quanto todos os seus outros amores mortais. Como se cada pessoa que amou e se permitiu amar, tivesse levado sua alma e seu coração junto, em seus leitos de morte, com toda a sua capacidade de sentir algo. Mantivera o sorriso em seu rosto enquanto refletia sobre as memórias daquele tempo até perceber pequenos feixes de luzes azuis sobre fios escuros o encarando. Era Alec. Os olhos sonolentos do amado. Seu sorriso aumentara mais ainda de forma que julgava impossível visto que há tanto tempo não sorrira tão verdadeiramente por algo tão simples e banal. Não sabia que ainda possuía tal qualidade. Sim, qualidade. Depois de viver por tantos anos, sentindo tanta felicidade e consequentemente tanta tristeza, não tinha certeza se poderia voltar a sorrir dessa forma por algo tão singelo como o despertar de seu amante.
"Magnus? O que está fazendo?"
"Bonjour Mon Amor. Como dormiu?"
Alec arqueou uma das sobrancelhas, levando as mãos ao rosto logo em seguida e coçando os olhos a fim de despertar-se. Ergueu-se na cama e sentou-se de costas para o companheiro. Magnus observava cada detalhe e cada movimento do amado como se uma única perda pudesse feri-lo permanentemente e nada, e nenhuma magia poderia curá-lo.
"Que horas são?"
"Le temps de nous aimer."
"Q-que? Está bêbado?"
"Só se for de amor por você."
"Pelo Anjo! Está delirando como Jace quando mordera irresponsavelmente um vampiro."
"Devo presumir que não teria delirado se houvesse mordido responsavelmente?" Disse o feiticeiro ainda fitando o amante que agora estava de frente para si após escutar tal resposta. Seus olhos inofensivos até então eram como navalhas sendo arremessada em um alvo com uma velocidade espantosa e esse alvo era Magnus. – "Ah, ah. Não seja assim, Alec. Estamos na França, o País dos amantes, vamos nos divertir! Não sei por quanto tempo ainda o terei antes de bolarem um plano para salvar o mundo e correrem risco de vida novamente. "– Fechou os olhos e levou as mãos ao rosto, massageando suas têmporas ao se lembrar de tudo que ocorrera há algumas semanas; como teve que chamar e implorar pela ajuda de seu pai, Asmodeus, um demônio maior, para tirarem todos do Mundo dos demônios e o estresse que tudo isso encadeara. – "É muito estressante, querido. Esgotam-me tanto fisicamente quanto mentalmente."
"Eu sei, Magnus. Agradeço por toda a ajuda que nos deu e continuarei agradecendo."
"Não quero sua gratidão eterna e nem pensar nesses assuntos agora e nunca mais, e muito menos aqui, na França."
"O que quer então?" – Respondera arrogantemente, uma qualidade adorável dos Lightwoods, Magnus percebera. E sem abrir os olhos, respondeu:
"Você. Eu quero você, Alexander." Não soube dizer como aconteceu ou qual era a expressão do garoto de fios negros, mas soube o que sentiu ao ter os lábios macios e rosados do amante nos seus. Mais uma sensação que havia esquecido, mais uma que achara, outrora, nunca mais sentir. Seres imortais vão perdendo sentimentos ao longo da vida infinita e acreditava que teria o mesmo fim monótono e sem vida de outros que conhecera, mas surgiu algo que esses outros seres imortais não possuía. Surgiu Alec - Alexander Lightwood - e tudo mudou. Magnus pode sentir tudo o que outrora imaginara nunca mais sentir. Sentir tudo o que queria sentir novamente e tudo de uma forma nova, tão mágica quanto sua magia era, e embora tão clichê quanto possa parecer, a gafe que ele evitada com todas as forças, ele o amava com todo o seu ser e cada pó brilhoso que poderia sair de seus dedos.

Alexander Lightwood era para si, sua mais bela e mais poderosa magia.


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Notas finais do capítulo

00.Citação do início retirado do livro As peças Infernais - Cassandra Clare.
01.Memória do Bane sobre os Lightwood serem parecidos, foi retirado do terceiro livro das Peças Infernais.
02.Jace não mordeu nenhum vampiro em nenhum dos livros, quem fez isso foi William Herondale nas Peças Infernais.



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