Stand By Me - Pausada escrita por June Everden


Capítulo 1
Innocence


Notas iniciais do capítulo

Olá, nova historia saindo do forno, espero que gostem da nova ideia. Ela sera contada em fases, infância, adolescência (que fase que ira durar mais) e fase adulta que sera a parte final. O intuito é mostra as descobertas, confusões e dilemas da vida e não só focar no romance Swan Queen. Amizade entre as cinco meninas é ponto central. A historia é narrada pela Emma na maioria das vezes, a narrativa muda em alguns momentos conforme os capítulos se desenvolvem.Boa leitura!



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Janeiro de 2000

A infância é uma parte da vida ao qual as duvidas, são quais os desenhos iremos assistir e os medos são do bicho papão, e as certezas são de que chocolate tem o melhor gosto do mundo. Sempre fui uma criança bagunceira e minha mãe dizia que tinha energia para dar e vender, apesar de ser uma menina não fui à princesinha que minha mãe queria. Eu amava a liga da justiça e odiava Penélope charmosa. Por mais que minha mãe cismasse em querer me vestir de rosa, eu preferia cores neutras, vestido com babados e cheio de frescuras me deixam louca e sempre havia uma guerra com relação as minhas roupas.

— Mamãe eu não quero usar esse vestido horrível, meus amigos vão zombar de mim. - Eu tentava argumentar nos meus meros oito anos de vida.

— Emma você é uma princesa, e princesas devem se vestir de forma elegante. — A cara que fiz não agradou muito a ela, mas no fim da discussão eu sempre ganhava fazendo cara de choro.

— Princesas são chatas, prefiro ser uma guerreira que luta e protege a todos.

— Tudo bem Emma. Você venceu baixinha, pode usar a roupa que quiser hoje.

Apesar de algumas vezes ceder para minha mãe, e usar vestidos eu sempre saia ganhando. Vestidos atrapalhavam as brincadeiras, eu queria correr pelo parquinho, brincar de pique escode com meus amigos e não ficar parada como as outras meninas. E no fim minha mãe sabia que era que me fazia feliz, assim como meu pai. Meu pai era cara mais legal do mundo e meu herói. E eu me sentia feliz por ter os pais que tinha. Mas a melhor lembrança da minha infância era meus amigos, eles eram com toda certeza os melhores que uma menina poderia ter.

— Emma você veio. — Ruby me gritou assim que cheguei à festa.

— Claro que eu vim, acha que perderia bolo de chocolate e brigadeiro?

Ruby era minha melhor amiga, ela tinha a melhor avó do mundo. Minha mãe tinha crescido comendo os doces de Granny e segui a tradição. Ruby era um ano, mais velha que eu. Me defendia de todos, e sempre dizia que éramos feitos irmãs

— Anda vem Belle também veio. Mas claro temos que falar com aniversariante antes.

Belle era a inteligente da nossa turma, era do tipo que vivia estudando e lendo, ela foi precoce em tudo, aprendeu a ler aos cinco anos e com sete já tinha lido todos os livros da Disney. Além é claro de se gabar de saber escrever melhor que todos.

— Oi Emma, você demorou. Pensamos que ia ficar em casa porque sua mãe ia te obrigar a usar um vestido.

— Nem em sonho Belle, já basta no natal.

— Parem de falar sobre vestidos, e vamos ver o show de mágica.

Ruby estava empolgada com ideia de ver um coelho saindo da cartola. No fundo eu queria mesmo saber onde estava a aniversariante. Depois de corremos e brincarmos no jardim ela apareceu no seu vestido de festa vermelho e sapatos que pareciam de adulto. Quando ela veio se juntar a brincadeira sempre chegava com aquela pose de majestade.

— Regina. — Eu gritei correndo ate ela.

— Emma não corra minha mãe disse que somos senhoritas e devemos nós comportar.

— Qual é Regina é seu aniversário. Além do mais somos crianças e não senhoritas deixe essa parte chata para adultos.

Tia Cora era uma mulher legal, mas as tantas regras que impunha a Regina às vezes davam nos nervos, ela sempre dizia a minha mãe que eu devia ter modos e minha mãe rebatia que éramos crianças e que deveríamos apenas brincar.

— Eu sei Emma, mas não quero ficar correndo e ficar toda suada depois.

— Tudo bem, eu entendo essa parte. Mas se não corremos não poderei te dar seu presente.

Ela me olhou com maior carinha curiosa, e eu sabia que ela não iria resistir para descobrir o que era. Lembro-me do ano passado no aniversario dela de nove anos eu escolhi lhe dar algo que quando estivesse longe ela pudesse olhar e lembrar-se de mim. Fizemos uma festa do pijama. E enquanto todos não dormiram não disse o que daria a ela de aniversario. No meio da noite a acordei olhei para céu e disse que aquela estrela ao norte perto da lua chamava agora Regina e a tinha escolhido para ela. Ela me abraçou dizendo que era coisa mais linda que já tinha ganhado. Aquele foi primeiro momento da minha vida que soube que minha amizade com Regina seria para sempre.

— Se a gente sumir minha a mãe vai ficar brava Emma. —Peguei sua mão e sai a puxando.

— Anda então vamos logo.

— Aonde vamos loirinha? — Ela me perguntava enquanto corríamos para os fundos da casa.

— Logo você vai ver.

Chegamos ao nosso lugar secreto, era para aonde nós e as outas meninas sempre fugíamos para brincar e fazer planos de quando crescemos. Ruby e Belle estavam lá nos esperando e rindo.

— Vocês demoraram. — Belle Reclamou.

— Sua nerd pare de reclamar. — Ruby a repreendia. Eu achava engraçado, elas viviam brigando mais nunca se largavam.

— Ei parem de brigar. Eu preciso dar um presente a alguém. Logo no meio da confusão nossa mascote apareceu.

— Vocês esquecerem-se de mim, só porque sou a menor. — Tinker chegou reclamando.

Tinker era a prima de Regina e a mais nova de nós. A maioria das vezes a deixamos de fora de nossas aventuras por ela ser a menor. Mas ela sempre dava um jeito de se juntar as nossas bagunças, no fim ela deixava tudo mais engraçado. Regina sorriu atrás de mim parecendo ainda mais curiosa.

— Emma! Quero saber logo o que é.

Corremos até a grande árvore que havia no meio do jardim. E mostrei a ela o que havia feito. Esculpido no tronco da arvore havia cinco nomes. E uma frase incompleta. Cada palavra feita por uma de nós.

— Nós décimos escrever uma frase que mostrasse o quanto você é importante, e que sempre estaremos juntas.

— Ate eu ajudei. — Tinker reclamou entre nós.

— Só falta você completar com uma palavra sua. — Regina parecia feliz e sem reação com nossa surpresa.

— Vocês são as melhores amigas do mundo, obrigado a você também baixinha. — Ela disse dando um tapinha na cabeça de Tinker.

Dei a ela o pequeno canivete que tinha sido presente de meu pai, para que ela pudesse completar a frase na arvore.

Regina, Emma, Ruby, Belle e Tinker amigas até depois do para sempre.”

— Acho que ficou bom. — Ela disse depois de terminar, com olhinhos cheios de lagrimas.

— Abraço em grupo. — Gritei e todas correram em direção a Regina a jogando no chão, e pulando uma por cima da outra. Gargalhamos despreocupadas e felizes por termos uma à outra.

— Minha mãe vai ter um ataque quando vir meu vestido assim. — A moreninha invocada reclamava depois de levantar ajeitando a roupa.

— Tenha calma Regina temos a desculpa de sermos crianças lembre-sempre disso. Logo as outras meninas saíram correndo para voltar à festa o show de magica ia começar.

— Vamos Emma, você também Regina o mágico vai começar. — Ruby gritava correndo e sumindo logo a nossa frente. Regina já ia correr mais eu a puxei pela mão.

— Espera Regina.

— O que foi Emma? — Ela me olhou confusa.

— Tem algo que quero lhe dar. Fecha os olhos. — Ela estava desconfiada, mas fez o que eu pedi, tirei do bolso o pequeno colar e segurei em minha mão.

— Pode abrir. — Ela olhou sorrindo quando o pegou.

— É lindo, Emma! — Ela exclamou.

Eu tinha ganhado aquele colar no jogo de garrafas no parque e sabia que era perfeito para ela. Era um cisne com pequena coroa na cabeça e sabia que significaria algo para Regina.

— Quando eu vi no parque tive que ganhar para você. — Ela me deu um abraço apertado e beijo na bochecha. Foi a primeira vez que senti um frio na barriga e o coração bater mais rápido.

— Obrigado, eu adorei. Pode colocar em mim. — Ela pediu e virou de costa e eu coloquei nela. E como eu tinha imaginado tinha ficado perfeito.

— Sabe Emma quando você quer sabe agir como uma princesa.

— Princesa não combina comigo, você sabe Regina. Prefiro ser uma guerreira.

— Mas meninas são princesas Emma.

— Eu posso ser uma princesa guerreira então.

— Não pode não. — Ela retrucava.

— Mas Xena é uma princesa e uma guerreira. E eu quero ser como ela quando crescer. Você pode ser a princesa Regina.

— Não Emma.

— Então vai ser o que Regina?

— Uma rainha oras, rainhas mandam mais. — Era engraçado como sempre escolhíamos coisas que nós faziam estar lado a lado uma da outra.

— Já sei então. Se você será igual à Xena. Uma princesa guerreira, serei uma rainha amazona como a Gabrielle.

— Mas por quê?

— Porque assim sempre estaremos juntas Emma. — Eu dei a ela meu sorriso mais bobo e inocente.

— Eu gosto disso. Então vamos voltar à festa minha rainha amazona. — Eu lhe ofereci  ela minha mão lhe fazendo reverencia.

— Sim minha princesa guerreira. — Ela pegou minha e caminhamos de mãos dadas de volta à festa sorrindo na inocência de nossa infância.

E tudo que posso dizer é que jamais tive amigas tão sinceras, como na época que tinha meus oito anos de idade.


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Notas finais do capítulo

Gostaria de opiniões se devo continuar ou não, como minha outra historia esta se aproximando do fim essa sera que a substituirá. Enfim gostaram? Querem ler mais? Devo continuar? Não deixem de comentar. ate breve!