The Gray War escrita por Maxtrome


Capítulo 10
Capítulo 10 - O Acidente


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, postei mais um capítulo! Espero que gostem, boa leitura!



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“Froze?” Yosafire gritou, quando viu a amiga anjo saindo do acampamento.

“O que? Yosafire?” Froze disse, confusa. Pensou que Yosafire estava dormindo. “Não posso deixa-la saber!” a anjo pensou.

Então, a única maneira foi começar a voar para a direção que Yosafire tinha vindo, onde ficava o lago. Yosafire, sem pensar duas vezes, começou a bater as asas de couro e voar também. As asas batiam com velocidade, porém, Froze voava mais rápido que Yosafire, por prática.

Dentro de alguns segundos, voavam a praticamente 30 metros de altura. O chão começava a ficar pequeno lá em baixo. Viam-se leões, macacos, cangurus e outros animais no chão. Mas apenas pareciam animais, pois quando se revelavam, eram os piores monstros que se poderia imaginar.

A floresta onde estavam acampando começou a sumir de visão. O lago, onde Yosafire fora beber água, estava exatamente abaixo delas.

Froze não gostava de voar. Suas asas se cansavam rápido. Por isso ela sempre andava, e voava quando realmente era necessário. Isso era com todo anjo ou demônio que conhecia.

Olhando para trás, viu que a demônio ainda estava seguindo-a. “Como explicarei para ela?” Pensou. Desde que Greif e Lowrie saíram sozinhos, Froze não conseguiu ficar totalmente calma.

Voaram por cem... duzentos... dois mil metros. Não se via mais acampamento nem lago. Apenas planícies, com grama e mais grama. Yosafire, por um momento, perdeu Froze de vista. Mas conseguiu reencontrá-la, pois ela continuou seguindo reto.

“Aqui! Foi aqui que nos separamos!” Froze comemorou em sua mente, vendo o caminho se separando em três lados: um levava para o acampamento de Greif e Lowrie, um levava para onde estava a caveira, no mapa, e um ia em direção à floresta onde estavam.

Sem que ela visse, um dos monstros da noite, um tipo de pássaro, passou muito perto de Yosafire.

Ela deu um grito e desequilibrou um pouco. Isso chamou a atenção de Froze, que olhou para trás, preparando-se para segurar seu martelo.

Um rápido olhar fez com que percebesse que Yosafire estava caindo.

“Não posso deixar!” Froze pensou. Agora, não estava mais séria, como sempre. Estava preocupada. Começou a voar rapidamente para baixo. Então, o mesmo pássaro que atacara Yosafire, atacou-a.

A anjo resmungou algo, bem baixo. Não conseguia ver direito, porque estava à noite e o pássaro tinha suas penas azuis escuras e brancas, que se confundiam com o céu noturno.

Com seu martelo, Froze acertou o olho do inimigo, que deu um grito e se afastou. Ainda preocupada, a amiga de Yosafire olhou para baixo, e viu o corpo da demônio tocar o chão.

“Não! Por que fui deixar isso acontecer?” Froze gritou. Mas ninguém pode ouvir. Ela voou rapidamente até chegar a cinco metros do chão. Lá, planou calmamente, abrindo suas asas lentamente e tocando os pequenos pés na grama.

“Yosafire, você está bem? Yosafire?” ela perguntou, agora muito preocupada, porque a amiga estava desmaiada. Começou a fazer o que já tinha visto milhares de vezes no hospital dos anjos. Os médicos verificavam se os pacientes conseguiam respirar. Depois, olhavam os ferimentos, para verificar se havia sangramento ou ferimentos graves. Então, usavam curativos para tampar os machucados, evitando infecções e doenças.

“Seria uma pena se eu NÃO tivesse curativos...” Froze resmungou, em sua mente. Observou o corpo de Yosafire e percebeu que ela ainda respirava, calmamente. Ela ficou aliviada quando descobriu isso. Depois, verificou se tinha sangramentos ou machucados, como era certo de se fazer.

Nenhum sangramento, apenas arranhões no corpo. “Certo, até agora tudo bem...” a anjo pensou. “Nada vai acontecer, Yosafire. Nada!”

Ela segurou nas pernas e no pescoço de Yosafire, e a levantou. A amiga ainda estava desacordada. Seus olhos e boca estavam fechados. Quando ia começar a carrega-la de volta para o acampamento, notou algo vermelho no chão. Na verdade, um pedaço de alguma coisa.

“Mas o que...”

A barriga de Froze gelou quando pegou o objeto. Era vermelho e tinha um formato triangular. Então, olhou a cabeça de Yosafire.

“Não, não!”

A anjo estava mais preocupada do que antes. Pegou aquilo e guardou em um dos bolsos de sua roupa.

Então, o pássaro azul, voltou para atacar. Estava com uma velocidade surpreendente, e o que mais assustou Froze foi algo assustador, que estava diferente. Ele tinha vários olhos pelo corpo todo. Cada um de uma cor ou formato diferente. Cada um mais assustador que o outro.

“Certo, não adianta lutar. Tenho que despistá-lo e voar para o acampamento.” Ela disse, calmamente, respirando fudo.

Pegou Yosafire novamente e começou a voar alguns centímetros acima do chão, de volta ao acampamento. Precisava chegar o mais rápido o possível.

***

“Acordem! Por favor, acordem!” Froze gritava, acordando Rawberry e Macarona. Com o som de alerta, as duas se levantaram e pegaram as armas. Como estavam sonolentas, demoraram um pouco para saber o que estava acontecendo.

“Yosafire?” Rawberry gritou quando viu que a melhor amiga estava desmaiada. Seus instintos fizeram com que largasse a espada e voasse para ver como estava a amiga. Colocou a mão na testa.

“O que aconteceu com ela?” Rawberry perguntou. Estava muito preocupada. Colocou a mão na testa da amiga, porque foi a primeira coisa que pensou.

Froze começou a explicar:

“Ela estava voando e um daqueles... monstros... atingiu ela. Um voador, azul escuro como a noite. Ele tinha um bico grande, deve ter mordido ela. Mas mesmo assim, eu não encontrei nenhum sangramento. O único problema foi... isso.” Ela mostrou o objeto triangular.

“Oh, meu Kcalb! O chifre dela... está partido ao meio! Mas o quê?” Rawberry disse, com um tom baixo de voz, mas desesperado. Seus olhos estavam arregalados olhando o objeto. Quando olhou a cabeça de Yosafire, viu o que restou do chifre. A ponta não estava mais lá. “Precisamos fazer algo!” Rawberry gritou.

Enquanto isso, Macarona tinha se aproximado e estava do lado, observando, ajoelhada. Suas mãos estavam posicionadas acima das pernas.

“Ela vai ficar bem?” a anjo perguntou. Também estava preocupada e o medo estava tomando conta dela.

“Creio que sim. Ela é forte, sobreviveu a muitas coisas, e não são muitos ferimentos. Eu espero” Rawberry respondeu enquanto examinava melhor os ferimentos.

“Já sei! Deve ter algo no acampamento da Greif e do Lowrie!” Macarona sugeriu, levantando a mão.

“Boa, Macarona!” Rawberry disse, sorrindo para ela.

“Mas... Os monstros, está lotado de monstros por aí!” Froze alertou.

As três olharam para fora do acampamento. Viram vários monstros, rodeando. Eles eram de todas as cores e tipos, de todas as espécies, de todos os jeitos.

Em um lado, havia um tipo de vaca malhada: branca com manchas pretas. Seus chifres eram marrons, e parecia totalmente normal. Até verem seus dentes. Todos afiados, com um líquido verde saindo das pontas.

E também, tipos de minotauros: touros, mas andam em duas patas. Além de serem muito mais agressivos e poderem usar armas. Um grupo tinha três deles, e um usava um machado enorme.

“Eles não... estão entrando no acampamento. Mas por quê? Isso não faz sentido!” Macarona resmungou quando reparou que nenhum chegou perto do acampamento. Pareciam nem ter notado que elas estavam lá.

“É isso mesmo! Deve ter sido por isso que nos mandaram para cá! Esse lugar é protegido! Lowrie comentou sobre isso, mas eu achei que ele estivesse falando que eles não entrariam apenas de dia” Rawberry opinou. As duas concordaram em um gesto com a cabeça.

“Então devemos esperar amanhecer?” Froze perguntou.

“Sim. Eu acho que é o melhor” Rawberry respondeu, tomando uma decisão. “Por hora, acho melhor nos concentrarmos em dormir. Acordo vocês de manhã, certo?” ela completou.

“Sim, eu acho...” Froze respondeu. Macarona também assentiu.

***

Era de manhã. As meninas pegaram as cestas que tinham levado para o piquenique. Os monstros, antes em todos os lugares, agora iam se esconder em algum lugar que elas não sabiam. Com certeza, em algum lugar escuro.

“Aqueles monstros horríveis estão indo embora. Acordei vocês bem a tempo!” Rawberry disse.

“Sim, obrigada. O que faremos agora? Digo... para onde cada uma de nós irá?” Macarona perguntou. Ela ainda estava sonolenta, e bocejou.

“Macarona, você pode ficar aqui na floresta, protegendo Yosafire?” Froze pediu. “Enquanto isso, eu e Rawberry iremos ao acampamento de Greif e Lowrie. Combinado?” ela continuou.

“Certo. Faremos isso. Confiamos em você, Macarona.” Rawberry falou, sorrindo. “Está na hora!” ela disse.

“Vigiarei ela, sim. Podem contar comigo!” Macarona falou, alegre. “Vou pegar um pouco de água quando vocês saírem” ela explicou. As duas amigas concordaram.

Rawberry e Froze se despediram, e começaram a voar. Não queriam demorar. Quando saíram, pararam no lago próximo da floresta. Lá, as duas beberam água e lavaram os rostos. A água era limpa e fresca.

Depois, voltaram a voar. Primeiro, abriam as asas. Tomavam fôlego e começavam a movimentá-las. Depois, davam um impulso com o corpo e subiam.

Não levou muito tempo até chegarem ao acampamento com as cinco barracas. Elas foram à barraca onde ficavam as ervas, curativos e pomadas. Não tinha muita coisa lá, mas foi difícil procurar. Em um vidro, estava um líquido azul. Não tinha nada escrito dizendo o que fazia.

Elas resolveram deixar no lugar. A barraca realmente era pequena. Dentro dela estavam caixas de madeira, e em cima delas ficavam vidros com líquidos e cremes.

Alguns tinham rótulos, escrito seu nome e o que faziam. Outros não. Os rótulos eram feitos de papel.

Froze, pegando um por um, escolheu um vidro com um creme branco.

”Usado em feridas.” Ela leu em voz alta.

“Encontrou?” Rawberry disse, correndo para ver, entusiasmada. Elas observaram e decidiram que levariam aquele. Além disso, pegaram alguns curativos e um pano, por precaução. Estavam prontas.

Guardaram as coisas e começaram a voar. Mesmo cansadas, precisariam chegar o mais rápido o possível. As asas batiam com velocidade, ventilando o ar. Ainda com esperanças, as duas olhavam ao longe para ver se encontravam onde ficavam os castelos. Mas parecia que cada vez estavam mais longe. O céu imenso apenas revelava nuvens brancas. Realmente, o mundo era muito mais colorido longe da guerra.

“Ei Froze” Rawberry chamou, com calma, enquanto voavam lado a lado.

A anjo olhou para a amiga. Olhou para o longo cabelo rosa, caindo em suas costas. As roupas de guerra, pretas, como as de todas os demônios.

“Por que tivemos que ser inimigas?” A anjo pensou. Não entendia o motivo de tudo aquilo. Apenas... Era.

“Sim?” Froze finalmente respondeu.

“Como você se sente ao pensar que está longe do castelo, da guerra? Será que nós ficaríamos felizes em voltar?” Rawberry perguntou, com uma voz amigável.

Froze ficou séria, pensando. Não respondeu nada. Passaram-se cinco minutos, em silêncio. Apenas o som do vento, que vinha em direção oposta, parecia fazer barulho.

 

“Eu gostaria de voltar” Rawberry contou, agora olhando para frente, e não para a direita, onde a anjo continuava voando. Froze virou-se, e ficou observando. “Não, não para a guerra. Mas, para a minha família. Minha irmã ainda está lá. E meus pais... Talvez tenham mandado alguma notícia para eles sobre o meu desaparecimento. Eles não lutam na guerra, porque eles moram na Vila dos Demônios. Ah, e você não imagina o vazio que senti quando Yosafire me contou sobre...” ela se interrompeu quando percebeu que quase contara um assunto que Yosafire disse para ela em particular.

Froze continuou quieta, mesmo depois de perceber que Rawberry escondia alguma coisa.

“Certo, vamos mudar de assunto. O que vocês estavam fazendo ontem à noite, quando a Yosafire caiu?” Rawberry perguntou, ainda alegre.

Froze não sabia como explicar. Tentava encontrar as palavras certas, mas estava com medo de ofender. Ela abriu a boca para começar a falar, mas quando olhou para Rawberry, fechou novamente. Não tinha coragem.

Rawberry voltou a olhar para frente. Agora não estava mais sorrindo. Estava séria, como Froze.

“Certo, vou contar” Froze finalmente falou. “Eu... Não achei justo a Greif e o Lowrie irem sem mim...” ela disse, de olhos fechados. Então, se corrigiu. “Sem nós.”

Rawberry olhou para ela, surpresa, ouvindo atentamente.

“Então, eu resolvi ajuda-los. Resolvi sair do nosso acampamento à noite para seguir para o outro lado, onde eles tinham ido” a anjo continuou, enquanto olhava para cima. “Então, a Yosafire me achou. Eu pensava que ela estava dormindo, mas na verdade ela estava voltando para a floresta. Eu achei que fosse melhor voar o mais rápido o possível, para ela não correr perigo comigo. Mas no fim nós não corremos perigo. Ela correu.”

“Oh.”

“Ela foi atacada por um dos monstros voadores.” Froze contou, muito triste.

As duas então ficaram quietas. Alguns segundos depois, Froze finalmente disse:

“Eu tinha amigos lá no castelo. Vários anjos, como o Wodahs e a Grora. Queria saber se eles ainda estão bem.” Froze contou. “Mas também queria voltar para os meus pais, na Vila dos Anjos. Eles foram morar lá depois de quase morrerem, ficando muito feridos. A guerra não me permitiu ir junto, apenas leva-los. Então, tive que me despedir por um longo tempo.”

Rawberry ficou triste com a história. Não imaginava que os anjos também sofriam.

Quando olharam para frente, perceberam que a floresta estava logo ali. Agora, ajudariam Yosafire e tudo ficaria bem. Começaram a voar mais e mais baixo. Depois começaram a planar, até pousarem.

“Vocês chegaram! Ainda bem, ainda bem!” Macarona gritou, quando viu que as duas finalmente tinham chegado. “Eu estava com ela, quando percebi que seu cabelo estava vermelho. Fui verificar, e tinha um sangramento. Ele não apareceu antes porque o cabelo tinha bloqueado!” Macarona contou, com uma voz muito desesperada.

“O que? Rápido, Froze, a pomada!” Rawberry exclamou, espantada.

Froze pegou a pomada e os curativos e entregou para a demônio, que, após receber os objetos, ajoelhou-se. Ela pegou o curativo e colocou no lugar de onde saía o sangue. Ficou feliz quando percebeu que aquilo funcionara.

Então, abriu o vidro com a pomada e passou em todos os ferimentos que encontrou. “Espero que funcione.” Pensou.

Agora só restava aguardar.

***

“Hey, Chelan” Dialo chamou. Elas estavam na biblioteca, procurando sobre como era antes da guerra. Estavam curiosas com a história daquele mundo. Não estavam mais usando roupas de guerra, mas sim trajes normais.

Chelan usava um vestido azul com detalhes brancos. O vestido cobria até metade da perna, e suas mangas iam além de suas mãos. Ainda usava as botas azuis turquesa com asas, macias como algodão.

O cabelo loiro estava penteado para baixo, como sempre estava. Ela gostava de deixar assim. Desta vez, não usava um enfeite de pedra branca no cabelo, mas sim uma flor azul, que combinava com ela e o vestido. A auréola flutuava sobre alguns centímetros de sua cabeça. Os olhos verdes brilhavam como esmeraldas.

Dialo ainda usava a roupa preta e vermelha, um vermelho bem forte, com uma grande saia, que combinava com suas asas e com seu cabelo. Os detalhes nas mangas do vestido eram brancos. Ela também usava os sapatos marrons com asas de demônios, totalmente o contrário das botas de Chelan. No pescoço, usava um pequeno laço com uma caveira.

O cabelo vermelho não era muito bem penteado. As pontas iam para os lados opostos da cabeça. Seu cabelo era muito curto. Os chifres marrons eram curvados, e as asas, pequenas.

Quando Chelan ouviu Dialo chamando, levantou o olhar e acenou para a nova amiga. Ela estava feliz que Etihw tinha deixado ela ficar por lá.

“Como é a sua relação com as outras pessoas? Como são as suas amizades?” Dialo continuou, perguntando.

Chelan pegou um pedaço de papel e a caneta em seu bolso, e escreveu:

“Na verdade, as pessoas não têm muita paciência comigo. Não aguentam me esperar escrever. Mas mesmo assim, não me julgam, pois sabem que sou muda de nascença.” Enquanto Dialo lia, ela fez uma expressão de felicidade com o rosto.

“Oh. Bom, pelo menos eu tenho paciência.” Dialo falou, sorrindo.

As duas voltaram a atenção para os livros. Elas estavam sentadas em cadeiras lado a lado, em uma mesa circular de madeira. Em volta, tinham várias estantes, feitas de madeira de pinheiro com livros de todas as cores e todos os títulos. Livros de história, ciências, português, e outras matérias.

E também, as ficções, que contavam sobre lendas que morreram pelo seu povo, e histórias de outros mundos.

Então, alguém chegou correndo até a mesa, o que fez as duas levantarem a cabeça.

“Grora?” Dialo exclamou.

“Vocês podem me ajudar?” Grora pediu, falando em voz baixa. “Precisamos salvar o Wodahs. Ele vai se tornar um demônio, e se isso acontecer, as chances de a paz reinar são mínimas. Ele está sob algum encanto.” Grora contou.

“E o que você pretende fazer?” Chelan perguntou, mostrando um papel.

“Amor verdadeiro, talvez?” Ela sugeriu, lembrando-se da conversa com Etihw na noite anterior.

A demônio olhou para uma prateleira onde ficariam os livros de contos de fada. Onde caberiam trinta livros, só estavam vinte e cinco.

“Andou lendo muitos contos de fada, não é?” Dialo perguntou.

“Talvez.” Grora respondeu, perdendo as esperanças.

“Simbologia de livros não funciona, você precisa um método seu, para provar a verdade. Tem alguma coisa que signifique algo para vocês?” Dialo disse.

“Na verdade, sim. Nós dizíamos que olhando nos nossos olhos, sempre nos reconheceríamos independente de onde estivéssemos. Mas já tentei isso. Os olhos dele estavam cobertos por uma névoa.” Grora contou.

Por alguns segundos, todas ficaram quietas.

“Os anjos estão saindo agora, acho que devemos ir ao campo de batalha com você. Assim poderemos te ajudar.” Chelan escreveu em outro papel.

As três se levantaram e se direcionaram a saída da biblioteca.

***

“Certo, o acordo está feito. Logo o exército chegará.” Alguém dizia, no castelo Black.

“Ainda bem. Vocês terão um belo pagamento. Se forem úteis. Mas, realmente acho que tudo funcionará.” Kcalb disse.

“Agiremos em uma semana?” A primeira pessoa perguntou.

“Sim, sim. Está tudo combinado com seu mestre.” O diabo respondeu.

“Obrigado. Tudo dará certo como planejamos.”

Depois de acabar a conversa, cada um saiu por uma porta. Kcalb andou por vários metros em seus corredores quase infinitos. Ele achava que o acordo era a única maneira de vencer a guerra. Também pensava na paz, mas duvidava que os anjos aceitariam.

Então, só restava uma saída. Navegando entre seus pensamentos, lembrou-se de uma coisa que tinha achado quando Lucy ainda estava lá. Correu para seu quarto e abriu a gaveta de uma cômoda de madeira. A pouca luz que o ajudou a enxergar vinha da janela aberta.

Olhou atentamente o objeto. Era feito de pedras brancas, e com certeza as de Etihw, não podiam ser outras. Aquilo era feito de mágica. Um colar mágico, que ele mesmo tinha um igual. Era feito para criar qualquer tipo de arma.

Observando aquilo, Kcalb pegou seu próprio colar e comparou os dois. Eram totalmente iguais, tirando o material. O de Etihw era feito de pedras brancas, e o de Kcalb, de pedras negras.

Não podia acreditar naquilo. A maior arma de Etihw não estava com ela. Agora, ele realmente acreditava que poderia vencer. Tudo estava do seu lado da guerra. Tudo parecia certo.

“Eu ainda conseguirei.” Ele pensou, afastando todos os sentimentos de medo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Vou tentar postar com mais frequência, estou com várias ideias.



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