Higure Kaminari escrita por Lailla


Capítulo 13
Pequenas loucuras




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Já fazia um mês que voltamos da visita à Konoha. Depois daquele episódio dos raios, decidi começar a treinar arduamente para controlar aquilo. Aquele poder se mostrou bem útil e forte.

Yomi-sensei me ajudava a controlá-lo, e eu já conseguia fazer com que os raios corressem pelos meus braços, desde as mãos até os ombros. Além de dar choques eu conseguia deixá-los sólidos, físicos. Ainda aperfeiçoava isso, mas podia fazer uma barreira resistente com eles quando alguém me atacasse com kunais ou até jutsus. Também fiz um jutsu próprio para mim, conseguia emitir raios das minhas mãos na direção que eu quisesse, porém era necessária certa distância. Isso eu também estava aperfeiçoando.

Estava no campo de treinamento tentando aperfeiçoar a barreira.

– Oe, Yuki-chan?

Me virei.

– Oe, Tsuki! – Sorri.

– Treinando de novo?

– Hai!

– Mitsuri me disse que você fez um jutsu ne?

– É sim. Com o raiton.

– Que legal. – Ela sorriu – Ne, você vai ser inscrever para o exame chuunin?

– Hã?! Já começaram as inscrições? – Perguntei preparada para correr.

– Não, não! – Ela balançou as mãos – Estão falando que começarão no próximo mês.

– Ah... Então? Está se preparando?

Ela pensou e abaixou a cabeça.

– Ano... Sabe, eu tenho medo.

– De que? – Perguntei, sem entender.

– Do exame! – Ela disse como se fosse óbvio.

– É só um exame. – Eu ri.

– Não, não é minha amiga inocente. É um exame insano para se tornar um chuunin.

– Acho que “se tornar shinobi” resumiria isso. – Ri – Por que você quer ser shinobi então?

– Eu queria proteger a vila como todo mundo. E também porque... Não sei fazer mais nada. – Ela disse com as mãos para trás, arrastando o pé no chão.

– Ah...

– Mas...! Ano... Vamos mudar de assunto. – Ela riu – Hum... – Ela corou.

– O que foi? – Reparei.

– Hum... Como é... O Gamira-san?

– QUE? – Disse quase engasgando com minha própria saliva.

Ela corou mais.

– Ano... – Pensava – Ele é bem inteligente, bom em estratégias.

– E...?

– “E...” por que quer saber? – Perguntei dando um risinho.

– Ah... – Ela ficou totalmente vermelha – É que... Hum... Eu acho ele... Bonitinho.

Arregalei os olhos. A meu ver ele era “esquisitinho”.

– Sei... E...?

– Eu queria saber algumas coisas dele, conhecê-lo. E você é do mesmo time dele, então... – Ela dizia mexendo nos dedos.

– Gomen. – Sorri – Mas a gente não conversa muito. Na verdade só nos vemos nas missões e nos treinos.

– Ah...

Eu realmente era doida! Ao ver Tsuki decepcionada por eu não conseguir ajudá-la, decidi usar outra abordagem. Pus o dedo no queixo, pensando. Dei um sorriso maroto para ela.

– O que foi?

– Tenho uma ideia! – Eu disse pegando em sua mão e saindo correndo.

Meu plano era chamar Gamira para sair conosco. E para melhorar, e camuflar nossas intenções, chamamos Mitsuri para ir junto também. Gamira não sairia conosco se alguém conhecido não estivesse junto. Garoto estranho.

Pulávamos pelos telhados em direção à casa de Gamira.

– Ok... – Mitsuri dizia enquanto pulávamos – De novo: Por que eu estou aqui?

– Para sair conosco. – Eu disse.

– Por quê?

– Porque sim. Não reclama!

Ele fez bico.

Chegamos na casa de Gamira. Batemos na porta e a mãe dele atendeu. Uma moça bonita com cabelo escuro.

– Oi, mãe do Gamira! – Exclamei sorrindo.

Mitsuri arregalou os olhos e Tsuki estava um pouco corada, com os braços para frente e mexendo nos dedos de novo.

– Queremos saber se Gamira pode sair conosco.

– Ah, bem... Pode sim.

Dei pulinhos.

– Pode chamá-lo. – A mãe de Gamira disse.

Corri para dentro da casa dele, praticamente invadindo e o chamando.

A mãe dele olhou para Tsuki.

– Ela é bem animada ne? – Ela sorriu.

– Hai... – Tsuki respondeu um pouco corada.

Voltei puxando Gamira pelo braço. Ele reclamava.

– Oe, pare de me puxar. Não quero sair.

– Pare você com isso. A gente vai sair e ponto!

Ele bufou. Estávamos saindo e sua mãe se despedindo, sorrindo.

– Oe, Okaasan. Não deixe mais ela entrar em casa.

Ela riu.

Já sentados e comendo, fiz Gamira sentar ao lado de Tsuki. Ele era um pouco antissocial. Sentei ao lado dele para desenrolar a conversa. Mitsuri estava sentado do meu lado, achando tudo aquilo estranho.

– Ne, ne Gamira. Você vai se inscrever para o exame chuunin?

– Claro. A equipe toda tem que se inscrever.

Bola fora! Dei uma risadinha.

– Ne, já está treinando?

– Claro. – Ele disse enquanto comia.

Fiz cara de tédio. Ô garoto de curtas respostas. Joguei um hashi em Tsuki, ela só comia encolhida! Mitsuri revirou os olhos, ele entendeu tudo naquela hora.

– Ano... Ne, Gamira-san.

Ele olhou para ela. Tsuki corou.

– Hum... Yuki disse que você é inteligente, ne. Bom em estratégias.

– Isso porque ela é muito ruim.

– Oe! – Eu disse, indignada.

Tsuki deu um risinho e Gamira olhou para ela, curioso. O sorriso dela era bonito. Mitsuri terminou de comer agradecendo e levantando.

– Vamos. – Ele disse para mim.

– Hum?

– Anda. – Ele me puxou para fora – Temos que falar com a Yomi-sensei. Depois falamos com você.

– Ok. – Gamira disse.

Ele se voltou para Tsuki e os dois começaram a conversar. Ela ficava um pouco corada, mas no decorrer da conversa ficou tudo bem.

Mitsuri me puxou por umas duas ruas.

– Por que fez isso? – Perguntei.

– Porque seu plano já estava funcionando. Não precisávamos mais ficar lá.

– Hã?!

– Me poupe Yuki. – Ele disse parando e me soltando.

Olhei para ele, pondo uma mexa de cabelo para trás da orelha.

– Você queria que Gamira saísse conosco para Tsuki conhecê-lo.

Cruzei os braços, abaixando o olhar.

– E ainda me usou! Podia ter me avisado.

– E você faria de bom grado?

– Claro que não! – Ele disse.

Revirei os olhos pondo a mão na testa.

– Não se fosse por causa deles.

Olhei para ele, confusa.

– Como assim?

– Hum... – Ele esfregava o pescoço – Eu ajudaria de bom grato se você tivesse me pedido.

– Mas eu que ia pedir mesmo, era meu plano.

– Não é isso baka. – Ele resmungou.

– Você é baka! – Retruquei.

Ele arregalou os olhos, surpreso. Me viu vermelha de raiva e aos poucos sorriu, pondo a mão na minha bochecha.

– Você é lerda.

Não entendi. Arregalei os olhos, surpresa vendo-o sorrir daquele jeito. Abaixei o olhar, receosa.

– Onegai, não faça isso.

Ele abaixou a mão.

– Gomen.

Olhei para lado, fiquei com vergonha.

– Mas... Ne. – Ele sorriu de novo – Não tem problema.

Olhei para ele.

– Não precisa gostar de mim. Já me contento de você só saber. Melhor do que nada ne?

Olhei para ele, surpresa de novo. Ele pôs as mãos dos bolsos e foi embora me dando tchau de costas com a mão.

Olhava para ele, até sumir de vista. Nunca imaginei que ele gostasse de mim. Olhei para baixo, receosa. Não sabia que sentimento era aquele. Não era exatamente vergonha. Parecia ser o que eu senti quando Gaara me beijou. Algo bem confuso!


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Notas finais do capítulo

Se preparem. O Exame Chuunin vai começar! o/



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