Cap.1-Pov Autora

O inverno em Nova Iorque ficava cada vez mais rigoroso para Clair isso era comum, ela já estava totalmente acostumada com o frio, que os visitantes dizem ser de “doer até os ossos”, mas eles não sabem como é realmente sentir dor, afina, nunca experimentaram lutar contra Hydras, raveners ou nem mesmo Drevak’s. Olhando pela janela da biblioteca tudo parecia calmo, era como se nada tivesse mudado,como se ela não fosse partir. A neve do lado de fora era branca fofa e a faz lembrar de quando era criança e saia pulando nos montes acumulados que seu fazia para brincarem.

–Está tudo bem? – disse uma voz doce a qual reconheceria em qualquer lugar.

–Sim, mãe – respondeu para mulher de cabelos ruivos ao seu lado.

–Tem certeza?Espero que não esteja chateada com nossa decisão.

–Você sabe que estou, sabe que não quero ir para aquela escola idiota – indagou alterando a voz.

–Clair, eu e seu pai só queremos o melhor para você, queremos que fique protegida, aqui é perigoso de mais. Estou cansada de ver você sair do Instituto e temer que não volte mais.

–Mas eu nasci para isso, a senhora mesma disse que eu nasci praticamente lutando, papai já me ensinava a lutar antes mesmo de eu aprender a falar, e eu adoro isso, quero ficar aqui e ajudar a caçar demônios com papai, você, Tia Izzy, Tio Alec e meus primos...

–Por favor, não torne as coisas mais difíceis. Acha que não dói em mim ter que mandar minha filha para longe? – Clair não responde, apenas vira o rosto e controla a raiva – seus primos vão estar lá, muitas famílias de Idrís mandam seus filhos para a THL há décadas, e será bom para poder conhecer novas pessoas, e lá você terá treinamento... Por favor,me perdoe,é por você...tudo o que eu faço é por você.

Ela se vira e vê lagrimas escorrendo pelo rosto da mãe, seus olhos vermelhos e a face molhada pelas lagrimas a fazem sentir mais raiva por lembra das palavras ditas mais cedo por ela no escritório quando foi avisada da decisão a qual sua vontade não fora incluída.

–Por favor, prometa que irá, por mim ou pelo seu pai, seja lá por quem for, mas prometa.

–Mãe... – ela a olha mais uma vez como se implorando-porque eu tenho que ir?

–As coisas estão complicadas, querida – diz chegando mais perto e afagando os cabelos da filha – uma hora você saberá, mas agora não é a hora.

Elas passaram alguns segundos se abraçando o que foi suficiente para repensar sua decisão, ela iria, não havia outra opção, á levariam nem que fosse a força, isso era apenas para que seus pais não ficassem com peso na consciência por ter sido contra sua vontade.

***

Os corredores do palácio estavam totalmente vazios e silenciosos, no terceiro andar não havia um empregado sequer, apenas o som se seus sapatos ecoando no piso de mármore eram ouvidos, Ethan para em frente à porta do escritório de seu pai e bate na porta recebendo um “Entre” como resposta.

–O senhor queria me ver?

–Sim, sente-se, precisamos conversar – ele adentra a sala percebe sua mãe no sofá que fica ao lado da mesa do rei.

–Olá querido.

–Oi mãe – a cumprimentou com um beijo na testa e logo se sentou de frente para o pai e América logo tomou o assento ao lado dele – Sobre o que querem me falar?

–Ethan – começou Maxon –sabe que temos tidos ataques mais constantemente nesses últimos meses.

–Sim, mas se o senhor queria falar sobre proteção do castelo porque a mamãe está aqui? Deveríamos ter nos reunido com o Soldado Leger.

–Já nos reunimos com ele querido.

–Mas sem mim?! – disse surpreso, raramente seu pai tomava decisões e não lhe avisava.

–Sim, o assunto não tem exatamente a ver com o castelo ou com sua mãe, na verdade o assunto é você – disse se inclinando para frente e juntando as mãos.

–Eu!Mas por quê?Juro que não fiz nada, eu prometi parar com as pegadinhas e se a senhora Donsworth esta reclamando que alguém roubou sua peruca novamente eu tenho provas de que não tenho absolutamente nada a ver com isso!Pai você sabe como ela é paranoica em relação a mim, lembra-se de quando ela me acusou de ter pegado o pudim chocolate que ela tinha feito para sobremesa na janta para a família real inglesa? – a essa altura seus pais não aguentavam mais sentiam dor de tanto rir.

–Porque você realmente pegou e depois passou mal por comer tanto doce – esclareceu a rainha.

–Sim, mas dessa vez o assunto é mais serio que a senhora Donsworth e suas perucas, pegue isto – disse lhe entregando um panfleto.

–THL?A não!Por favor, me diga que isso não é para mim, me diga que estou aqui apenas para que o senhor peça minha opinião.

–Sinto muito, mas você precisa ir, não posso arriscas perder mais alguém, muito menos você, não só por ser meu herdeiro, mas também porque é meu filho, lá você recebera os mesmos ensinos que recebeu a vida inteira só que valerá nota e terão... alguns adicionais...

–Uma escola a essa altura?É serio?!E ainda é interna!Acho que vocês querem me matar.

–Nunca!Estamos te mandando para lá para que continue vivo. Vai ser legal,terá passeios e não precisará interagir com os príncipes e princesas esnobes que você tanto reclama.Só,por favor,sem muitas pegadinhas e nada que seja pesado.

–Mãe, lá é que eu não vou poder pegadinhas mesmo!E se alguém me transformar em um picolé em tamanho humano ou em um sapo?O que eu faço?

–Ethan, ninguém vai te transformar em nada, não podem usar poderes fora de sala ale do que...

–Pai!

–O quê?

–A Dyene estuda lá!

–E isso é ruim?

–Muito!Ela me manda uma carta com um pedido de noivado todos os dias e quando vamos visitar a Rainha Nicoletta ela não me larga, é grudenta como chiclete no sapato que você anda e fica incomodado! – diz retesando na cadeira e lembrando-se da ultima vez fora visitar a Itália, Dyene é filha de Orabella e mora no palácio, todos os dias quando acordava ela estava ao lado se sua cama.

–Você tem que ir - foi tudo o que disseram e Ethan encerra a conversa bufando e indo em direção ao seu quarto para pensar em como será sua vida depois de sair de Illéa.