O Preço do Amor escrita por Milla


Capítulo 8
Um Maldito Controlador 2.0




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Tantas sensações, quantos sentimentos confusos e intensos eram liberados lentamente pelo seu corpo enquanto Caroline entregava-se ao beijo dele. Corações acelerados, mãos tremulas e um desejo descomunal transbordavam de seus corpos preenchendo a sala silenciosa e escura.

Caroline estava a beira de um precipício e algo lhe puxava para baixo com força e rapidez. Sua mente gritava a todo instante que aquilo tinha que acabar, ela precisava parar. Porém, em alguns momentos o coração controla e mente e os sentimentos confundem tudo dentro dela.

As mãos de Klaus passeando pela lateral do seu corpo não ajudavam com sua decisão também. E ela se viu em um impasse terrível, ou jogava-se de vez em um precipício sem fim e volta ou parava naquele instante e recuperaria sua sanidade.

E então como um aviso inteligente de sua consciência ela pode ouvir a voz de Elena dentro de sua cabeça. "Deus, Care você esta fazendo isso simplesmente pra poder se aproximar dele sem se sentir mal com isso. Você achou a desculpa perfeita." e, então tudo ruiu rapidamente, ela rompeu o beijo alarmada enquanto puxava o ar com força, afastou-se dele antes que ele tivesse tempo de se aproximar.

O olhar de Klaus intenso e hipinótico fazia com que seu corpo se arrepiasse rapidamente pequenas ondulações de confusão e desejo se espalhasse lentamente.

– O que você acha que está fazendo? - Ela perguntou dando lugar a raiva que estivera sentindo todo esse tempo e, suspirou angustiada. - Acha que pode me deixar aqui, plantada praticamente a noite inteira e depois aparecer na minha porta com a cara mais deslavada do mundo e me levar pra cama?

A voz de Caroline havia aumentando alguns tons e Klaus bufou irritado, enquanto batia a porta atrás de si e olhava fixamente em seus olhos perdidos.

Quantos sentimentos um olhar pode revelar? Era o que ele perguntava-se internamente quando direcionou-se ao sofá tranquilamente e fez um sinal para que a mesma sentasse a poltrona em sua frente. Por um tempo a mulher bateu o pé irritadamente e bufou enquanto entrava em uma duvida frustrante em expulsa-lo ou ouvi-lo.

– Eu quero que saia da minha casa agora, Klaus. - Disse por fim, respirando fundo e dando de ombros. - Volte amanhã, ou sei lá, nunca mais. Estou cansada o suficiente por hoje.

Klaus rolou os olhos com um sorriso malicioso nos lábios e estalou os dedos tranquilamente.

– Eu quero que você sente Caroline, agora. - Sua voz baixa e com um calma avassaladora pegou a loira de surpresa. Ela pensou por alguns instantes e suspirou sentindo o medo aflorar rapidamente. Deu alguns passos em direção a poltrona e parou em frente a mesma fitando fixamente os olhos assombrosos dele. Tanta maldade estava impregna naquele olhar que ela tremeu instantaneamente. Sentou-se em frente a ele, controlando sua respiração. Desviou os olhos do dele e fitou um ponto fixo da parede branca do pequeno corredor que levava ao seu quarto.

– Boa garota. - Ele disse sorrindo, enquanto recostava-se confortavelmente no sofá. - Você é uma garota muito esperta, sweet. Sinceramente, você é boa demais no que faz.

A mulher remexeu-se desconfortável a poltrona e prendeu o ar rapidamente, ele havia descoberto tudo. Ela empalideceu e suspirou enquanto tentava dissipar o gosto amargo que surgiu em sua boca. Rolou os olhos em busca de algo que pudesse ajuda-la a se defender e viu Klaus abrir um sorriso irônico nos lábios.

– Se eu fosse você ficaria bem quietinha ai. Não faça nada inadequado amor. - Klaus sussurrou tranquilamente enquanto sua mão busca sua arma em seu coldre em suas costas. Os olhos de Caroline saltaram para fora e ela lhe xingou mentalmente por não ter reparado naquilo. Klaus deu de ombros relaxado, enquanto balançava sua pistola de um lado para o outro. - Uma coisa eu tenho que admitir, você é inteligente demais para trabalhar na Policia. Daria uma ótima mafiosa se quisesse...

A loira fechou os olhos regulando sua respiração descompassada e esfregou suas mãos em seu vestido tentando acalmar seus nervos. Preparava-se mentalmente para o que viria a seguir, ela sabia como Klaus costumava tratar aqueles que se aproximavam dele para conseguir informações.

Tortura. Morte lenta e deploravelmente dolorosa. Aquele era seu fim. Suspirou ressentida consigo mesma e deu de ombros enquanto dissipava seu nervosismo. Se ela fosse morrer ao menos morreria com dignidade.

– Eu nunca serviria para isso, Klaus...Eu tenho um coração e não uma pedra no lugar dele. - Falou confiantemente, enquanto olhava dentro do seus olhos. Um lampejo de emoções surgiram no olhar intenso e surpreso dele. Uma risada alta e rouca espalhou-se lentamente pelo ambiente causando um arrepio no corpo dela.

– Você acabou de quebrar o meu coração, querida. - Ele deu de ombros, enquanto passou a arma para sua mão esquerda em um movimento rápido. - Sabe Caroline, eu entrei no seu jogo eu queria ver até onde você iria nessa coisa toda. Eu devo admitir que você e mais fraca do que presumir.

A mulher encolheu os ombros rapidamente enquanto sentia a raiva misturar-se com o medo dentro de si lhe deixando tonta.

– Age com seu coração e esquece de usar a logica. Eu sei quem você era e o que fazia antes mesmo de você ter me conhecido naquele maldito Bar, sweet. Eu sei tudo. Quem entra e quem sai o que faz e deixa de fazer. Essa cidade é minha Caroline e, eu não posso simplesmente permitir que alguém como você venha bagunçar tudo. - Klaus sorriu animadamente enquanto conseguia enxergar o medo dentro do seus olhos. - Então como eu sou uma pessoa piedosa...Vou te conceder sua liberdade de escolha.

A loira arqueou levemente as sobrancelhas e o fitou curiosamente o impulsionando a continuar, Caroline estava preparada para o pior.

– Matar você seria muito fácil...Fácil demais eu diria. Torturar então seria uma completa perca de tempo. Encontrei uma forma de fazê-la sofrer o suficiente... Andei pesquisando sua vida, sabe Mistic Falls parece ser uma cidade adorável! Achei mais adorável ainda o fato de você continuar tão ligada a suas melhores amigas do colégio... Adorável, normalmente essas amizades perdem-se com o tempo e, sabe, eu adoro crianças, Ian parece ser um garoto muito interessante, você não acha?

As lagrimas romperam rapidamente antes que Caroline pudesse reprimi-las. O mundo ruiu lentamente ao seu redor e, por mais que sua mente tentasse mante-la sensata ela não matinha-se mais em seu estado de normalidade. Caroline havia colocado todas as pessoas que eram importantes em sua vida em perigo e a dor da culpa era tão alucinante que ela respirava com muita dificuldade agora. Ela soluçava silenciosamente enquanto sua mente lhe acusava a todo instante. Ela traiu a si mesma quando deixou-se envolver nessa loucura.

– Claro que sempre existe a segunda opção... Você quer saber qual seria, Caroline? - Klaus perguntou tranquilamente, enquanto observava com um sorriso no rosto o desespero e a dor no rosto dela.

– Eu faço qualquer coisa... O que você quiser só não os machuque, por favor. - A implorou com a voz embargada pelo choro.

– Ótimo. Então acho que temos um acordo. - Klaus sorriu maliciosamente fazendo com que um calafrio percorresse o corpo da loira.

– O que você quer de mim Klaus? - Ela perguntou baixo, enquanto secava as lagrimas que insistiam em cair.

– Oras, eu disse mais cedo... Você.

Ela engoliu em seco enquanto fitava os olhos cruéis de Klaus.

– Você quer sexo?

Klaus gargalhou alto enquanto balançava a cabeça lentamente.

– Não Caroline, eu quero muito mais. Eu quero você como minha esposa.

O choque e o pavor tomou seu corpo rapidamente e ela fechou os olhos esforçando-se para não surtar.

– Eu não entendo. - Sussurrou lentamente. - Porque?

– Eu já disse eu gosto de você...E embora eu seja respeitado e temido por todos ainda falta algo! Na Máfia casamento significa poder, lealdade e força. Se você aceitar será fiel a mim durante toda a sua vida, Caroline. Fara parte da Máfia como pretendia e será uma de nós...Querendo ou não.

Caroline soltou o ar lentamente enquanto sentia seu coração bater num ritmo maluco dentro do seu peito.

– E a Policia? Uma hora eles vão vir me procurar...

– Não se preocupe com isso...Eu sei o que faço. - Ele respondeu rudemente, enquanto fitava o relógio em seu pulso. - Não tenho a noite inteira, Caroline. Qual é a sua escolha?

Klaus fitou-a curiosamente, enquanto observava a mesma desviar seus olhos do dele. Ela estava assustada. O pavor e o medo podiam ser notados a quilômetros de distancia.

– Tudo bem Klaus. Eu aceito me casar com você.


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