O Preço do Amor escrita por Milla


Capítulo 10
Bom Dia Querida


Notas iniciais do capítulo

Nossa estou tentando escrever esse capitulo desde as onze horas da noite passada... Da pra acreditar? Minha bebe simplesmente decidiu que não iria dormi essa noite e somente as sete da manhã que ela finalmente parou de lutar e se entregou ao cansaço e eu, ao invés de finalmente ir descasar, não consegui simplesmente não podia dormi com as ideias para esse capitulo fervilhando na cabeça, rs.
Espero que gostem e gente comentem , por favor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



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“Deve estar confuso ao te comparar a um copo vazio, não é? Te explico, você se diz frágil como o vidro, mas não passa de um copo de vidro de bar, daqueles que aparentam ser super frágeis, mas cai diversas vezes e não quebra, apenas deixa o líquido escapar (quando tem algum), por isso a ideia do copo vazio, não tem nada em você que possa ser derramado, você não tem nada por ninguém, você não tem nada, você não é nada, você nunca foi nada. Um brinde.”

Autor Desconhecido

A tensão e o mau humor tomaram conta de Caroline no dia seguinte. Ela acordará com a sensação de que toda aquela loucura havia sido apenas um sonho ruim; entretanto assim que seus olhos focaram-se no corpo viril que ressonava tranquilamente ao seu lado, suspirou pesadamente e arrastou-se pela cama sem fazer muito barulho. Tudo que ela não queria naquele momento era que Klaus despertasse e ela fosse obrigada a lhe dirigir a palavra ou simplesmente ter que suportar ouvir sua voz.

Assim que seus pés acalçaram o chão ela levantou-se rapidamente e caminhou em direção ao banheiro. Olhou-se no espelho e bufou ao ver sua imagem refletida nele. Definitivamente estava horrível, passou as mãos pelos fios desgrenhados loiros a fim de arruma-los de forma agradável. Lavou o rosto com água gelada para despertar mais rápido e tratou de escovar os dente.

Ainda com os olhos fixos no espelho percebeu uma lagrima rolar lentamente pelo seu rosto. Ela suspirou pesadamente deixando que outras viessem rapidamente, oprimiu um soluço e tentou controlar suas emoções. Ela ainda perguntava-se como foi que um dia ela chegou a pensar em Klaus como um homem atraente e bom?

Afinal fora essa a impressão que ela teve dele em seu primeiro dia na cidade. Ele parecia ser alguém ligado a historia, inteligente, sedutor e agradável; porem a realidade era assustadoramente diferente.

Ela havia visto ódio nos olhos de Klaus quando ele lhe fazia ameaças terríveis. Enquanto ele brincava com sua pistola um sorriso diabólico e extremamente divertido surgia ao perceber o pavor e o medo dela. E, Caroline sentia-se desnorteada e assustada com o circo que havia sido montando em sua vida. O que mais a deixava irritada era que ela mesma havia montado o crico. Não havia quem culpar além dela. Caroline sabia que poderia dizer que a culpa era dele, poderia simplesmente se obrigar a odiá-lo pelo resto de sua vida; no entanto ela simplesmente não conseguia. De alguma forma assustadora Caroline conseguia enxergar algo de bom naquele homem e, ela xingava-se mentalmente por isso.

Como poderia achar que dentro dele havia alguma coisa que não fosse assombrosa? Ele estava obrigando-a há se casar com ele para simplesmente infernizar sua vida, por simplesmente ter ousado achar que poderia engana-lo.

Ela havia condenado sua vida para sempre. Caroline sabia que Klaus não a deixaria em paz e, se um dia ele enjoasse dela ele iria simplesmente livrar-se de forma mais fácil. O que ela ainda insistia em perguntar-se era porque ele simplesmente não havia feito? Porque ele não a matara de uma vez por todas? Não seria simplesmente mais fácil se ele o fizesse? Não teria que se preocupar e nem ter tanto trabalho com ela.

E por mais que ela insistisse que estava enlouquecendo por conta disto ela se apegava a uma pequena faísca de esperança, tentando convencesse que ainda havia uma chance.

Depois de alguns minutos discutindo consigo mesma internamente e convencendo-se que ela teria que ser fria e calculista de agora em diante para sua própria proteção, ela saiu do quarto e encontrou Klaus sentando na ponta da cama, com seu peitoral exposto exibindo seu corpo e usando apenas uma calça de moletom cinza. Ele fitava o chão enquanto piscava os olhos diversas vezes, como se estivesse se acostumando com a claridade que entrava pela enorme janela.

Quando ele finalmente notou a mulher para lhe fitando em frente a porta do banheiro, deixou um sorriso malicioso surgir em seus lábios e a fitou com intensidade.

Caroline estava com os olhos extremamente vermelhos e a ponta de seu nariz também estava avermelhada. Klaus suspirou constatando que ela provavelmente havia chorado e deu de ombros desistindo de provoca-la.

Levantou-se rapidamente, passou ao seu lado sem lhe dirigir a palavra e adentrou no banheiro fechando a porta.

A loira bufou irritada dissipando todas as esperanças que sua ingenuidade havia loucamente criado dentro de si, ela e Klaus nunca iriam ter um boa convivência. Sua vida estava fadada ao inferno ao daquele homem.

Klaus era frio e calculista. Não havia sentimentos em seus olhos. Não havia um sorriso sincero em seus lábios. Não havia nada de bom nele. Nada que valesse apena.

Caminhou em direção a cama e pegou seu celular em cima do criado mudo. Neste momento ela precisava se preocupar com coisas mais importantes. Discou o numero de Elena rapidamente e esperou alguns minutos até que a morena finalmente atendeu.

– Bom dia, Care. - A voz tranquila e baixa dela soou pelo alto falante do telefone e, a loira sentiu seu coração se acalmar um pouco ao ouvir uma voz conhecida e reconfortante.

– Bom dia, Lena. Tenho algo importante para te contar. Só que você tem que prometer que não vai pirar e, antes de qualquer coisa quero que saiba que eu estou bem. - Caroline falava rapidamente enquanto sua coragem ainda existia. Ela sabia que não havia nenhuma forma de conseguir mentir para Elena.

A morena era inteligente e a conhecia perfeitamente bem para não cair em uma mentira tão facilmente. Então ontem enquanto o sono não a dominava, ela havia decidido que o melhor a fazer era dizer a verdade ao menos para Elena. Ao menos assim ela poderia desabafar quando precisasse.

– Oh, Deus... O que aconteceu? Você se machucou? Ele descobriu não foi? - Elena sentiu o medo crescer dentro dela. Suas mãos tremiam e ela temia que Caroline estivesse com problemas sério.

– Sim! Ele descobriu, Elena. - Caroline respondeu lentamente enquanto suspirava. - Agora escute com atenção Elena e tente não pirar ok? Eu estou bem com tudo isso... Klaus apareceu ontem na minha casa e me ameaçou. Ele havia descoberto tudo! Não me pergunte como nem o porque mais ele sabia quem eu era desde o primeiro dia! Ele só achou interessante brincar um pouco com a minha cara... - Caroline pausou tomando folego, enquanto ouvia Elena suspirar assustada do outro lado da linha. - E então ele me fez uma proposta para poupar a minha vida. - Ela pausou novamente, enquanto deixava sua amiga processa a informação. A loira iria omitir o fato do homem ter ameaçado especialmente o pequeno Ian. Ela sabia que se contasse isso a Elena, além de deixa-la preocupada a faria se sentir de alguma forma culpada e responsável por tudo. Sua amiga tinha tendencia a querer se sacrificar pelas pessoas que amava.

– Que tipo de proposta? - Ela perguntou algum tempo depois.

– Elena prepare suas malas porque eu vou me casar. - A loira deu de ombros falando rapidamente.

Houve um silencio longo e torturante e logo em seguida um suspiro pesado e um grito de repreensão.

– Me diz que você não aceitou essa loucura. Por favor, diz que eu entendi errado, Caroline. - A voz de Elena estava tremula e falha. Suas mãos nesse momento tremiam involuntariamente.

– Eu não tive muita opção, Lena. Ou era isso ou morrer e, eu acho que sou muito nova para morrer amiga. - Ela deu de ombros conformada com a situação.

– Meu Deus. Que loucura... Deus do céu o que diabos esse homem quer com isso?

– Acredite estou me fazendo essa pergunta desde ontem e ainda não encontrei uma resposta aceitável. O casamento será nesse sábado. E preciso que vocês venham!

– Como você pode simplesmente se conformar com isso Caroline? Você já contatou a Policia? Você pode fugir e...

– Elena, pará. - Caroline a cortou rapidamente. - Não tem como! Acredite em mim se houvesse alguma forma eu já teria feito, entretanto, não dá. Ele sabia quem eu era antes mesmo de me conhecer Elena! Ele tem a cidade inteira na suas mãos... Seria perca de tempo, além de provocar o demônio em pessoa. Ainda preso a minha vida.

Deu de ombros enquanto suspirava pesadamente.

– O que quer que eu faça então? - Elena perguntou a contragosto.

– Quero que arrume suas malas. Avise todos, deixe Ian com Bonnie por uns dias e venha me ajudar a organizar meu casamento. Se eu vou casar, ao menos que seja a festa do ano! Mesmo sendo uma loucura será meu único casamento já que estou condenada o resto da minha vida, então quero viver esse momento e preciso da minha melhor amiga ao meu lado. - Caroline suspirou pesadamente tentando segurar as lagrimas que haviam se acumulado em suas retinas. Puxou o ar com força e forçou um sorriso. Precisava se conformar com a vida que teria.

– Ok, vou avisar a todos. Estarei embarcando hoje mesmo para Nova Orleans e Damon e todos os outros irão na sexta-feira! Não os quero perto desse tipo de gente!

Caroline afirmou positivamente concordando com ela. Sorriu aliviada ao saber que ela iria estar ao seu lado em algumas horas e despediram-se alguns minutos depois.

Klaus surgiu no mesmo instante com uma toalha enrolada em sua cintura e os cabelos molhado. A loira evitou olha-lo e fitou fixamente o telefone em suas mãos.

– Mande Rebekah preparar uma quarto de hospedes para sua amiga. - Klaus ordenou enquanto abria a porta do closet. Caroline bufou irritada dando-se conta que nem mesmo privacidade ela teria de agora em diante. - E desça para tomar café. - Ele disse tranquilamente enquanto sumia pelo comodo.

A mansão sinuosa e bem iluminada estava assustadoramente silenciosa. Não havia visto nenhum membro da família Miakelson até o momento. Ela não sabia se ficava feliz ou deprimida com esse fato. Estar sozinha consigo mesma nesse momento tão atormentando de sua vida não era algo agradável.

O único barulho que era ouvido em toda casa era os passos de uma senhora baixinha de cabelos pretos presos em um coque simples que arrumava a enorme mesa de jantar. No entanto, a mesma não havia nem mesmo lhe olhado. Parecia evita-la. Caroline se perguntou se seus patrões eram tão crápulas que fizesse a senhora pensar que ela seria da mesma forma.

No entanto essa duvida foi sanada quando Klaus surgiu no local com um sorriso arrebatador nos lábios.

A senhora que até então nem havia esboçado reação abriu um sorriso estonteante.

– Bom dia, Eliza. - Klaus fitou-a atentamente enquanto ela enxia a xícara do homem com café.

– Bom dia meu querido. Como foi a noite? - Ela perguntou brevemente enquanto passou a servi Caroline que estava sentada em frente ao homem.

– Perfeitamente agradável. Eliza quero que conheça Caroline, minha noiva. - Klaus sorriu calmamente enquanto apontara para a mulher. A pequena senhora olhou o homem de forma acusatória enquanto balançava a cabeça negativamente. A loira sentiu-se estranhamente irritada com aquela mulher. Porque ela fizera essa cara quando Klaus lhe contara que ela era sua noiva? Sem nem mesmo sua família havia lhe tratado mau.

Deu de ombros e suspirou. Pouco tempo depois que Eliza se retirou da sala de jantar deixando o casal a sós, Klaus pigarreou chamando atenção da loira.

– Presumo que você ira buscar sua amiga no aeroporto. - Klaus olhava a mulher atentamente. Ela se limitou a apenas afirmar positivamente com a cabeça. O que fez Klaus bufar e revirar os olhos. - Responda, Caroline. São seja tão fria, sweet. Isso certamente não combina com você.

– Certamente, Klaus. - Caroline bufou, enquanto esfarelava um pequeno pedaço de pão em suas mãos de forma irritada.

– Irei deixar dois dos meus melhores seguranças com você... Não saia sem eles.

– Não preciso de babas, Klaus. Não se preocupe não irei fugir de você.

– Não são babas, amor. São seguranças... Não deixe que a oxigenada que usa em seus cabelos afetem seu entendimento. - Klaus sorriu ironicamente. - Certamente que não, pois sabe que iria encontra-la de qualquer forma. No entanto, a essa altura todos sabem que você e minha noiva! Além de atrais coisas boas para você também atrairá meus inimigos. Você precisa ser protegida.

– Em primeiro lugar não me chame de amor. Segundo lugar eu sou loira natural, idiota. Terceiro eu certamente saberei me proteger dos seus inimigos. Sou treinada para isso. Sei atirar melhor que metade dos seus seguranças e com certeza não perderia uma luta corpora para nenhum deles.

Klaus gargalhou enquanto fitava fixamente a mulher em sua frente emburrada. A loira respondeu irritadamente, largando seu café na mesa. Ate mesmo sua forme Klaus conseguia tirar. Jamais não bastava ter lhe arrancado sua liberdade?

– Você é muito prepotente, Caroline. Acredita mesmo que está a altura dos meus seguranças particulares? Não seja tola. - Klaus sorriu, enquanto via ela comprimir os olhos irritada. Ele sabia que de certo a mulher seria realmente capaz de fazer o que havia dito, entretanto, ela excepcionalmente agradável provoca-la. Ainda mais quando ela se deixava levar pelas suas provocações.

– Vá a merda, Klaus.

Uma gargalhada alta ondulou pelo ambiente e o corpo dela respondeu instantaneamente se arrepiando. Como era possível um homem tão cruel ter uma risada tão gostosa de ouvi?

– Você não sai de casa sem os seguranças, sweethearth. Não iremos discutir sobre isso. Agora se me de licença tenho coisas mais importante a fazer do que ficar em uma discussão infantil onde eu irei dar a palavra final, sempre! Bom dia querida.

Klaus saiu rapidamente da mesa sem dar oportunidade dela lhe afrontar. Ele sorria maliciosamente tendo noção de que Caroline seria uma mulher extremamente difícil de domar. E ate ousaria dizer que ele nunca chegaria a conseguir, embora adoraria passar a vida tentando.


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