Convocados escrita por PandaRadioativo


Capítulo 4
A Nova Lílian


Notas iniciais do capítulo

Booom, voltei!!
Acho que já dá pra ter uma noção do capítulo pelo título do mesmo, não?
Sei que demorei e que talvez este tenha ficado curtinho mas...
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615952/chapter/4

POV Tiago Potter

Eu queria muito achar a Lílian, poder explicar à ela o que aconteceu no refeitório e me perguntava qual era o problema daquela ruiva punk. Ela era atrevida, audaciosa, ficava mau-humorada com qualquer coisa e... Aliás, acho que até foi por isso que seus pais a mandaram para cá.
Mas já se haviam passado duas horas, os corredores ficavam apinhados de gente, e só o que eu queria ver era um sinal de Lilian Evans. Sirius parecia ter uma ponta de preocupação no olhar também. Acho que ele, assim como eu, esperava ver Lílian pelos corredores, sentada e solitária.
Mas ela não estava em lugar nenhum.
– Olha... - ele disse, passando as mãos pelo rosto. - Cara, se quiser continuar procurando ela, vai lá.
– Só se passaram duas horas, Sirius. Temos mais uma hora e... - uma ideia maluca passou pela minha cabeça.
"Componho músicas e canto... Nada de mais..." disse a voz interior de Lílian em minha cabeça. "Componho músicas...Nada de mais..." a voz de Lílian ecoou mais uma vez.
– O que foi? - perguntou Sirius.
– É isso. - respondi. - Ela está na sala de Phynt.
– Você acha? - ele parou de andar e me encarou. - Quer dizer... Tem certeza disso?
– É claro! - respondi. - Ela disse que compunha músicas nas horas vagas. É claro que ela está na sala de música e...
– Está planejando uma vingança cruel contra você? - ele disse, e embora ele estivesse zombando da situação, eu quis dar um soco na cara dele.
– Não seu desmiolado! Compondo. Ela está compondo!
– É o que tá esperando para ir até lá?
– Pensei que fosse ir comigo.
Então encarei Sirius. Sério que ele ia me deixar sozinho com uma ruiva punk e de um provável mau-humor irreversível?
– Não... Vou procurar o Remo. Tem prova da McGonnagal amanhã e ele disse que me ajudaria.
– Tá, tá... Tá legal. Vou procurar Lílian.
Saí correndo pelo corredor, e não tinha chegado a dar dois passos, atropelei duas novatas. Elas caíram no chão, e consequentemente, eu também.
– Ei! - gritou a loira. Eu me levantei. - Quer esmagar meus marshmallows?
Procurei inutilmente os marshmallows da garota. Era óbvio que talvez ela estivesse zoando com a minha cara nesse exato segundo.
– Ahn... Me desculpem.
E então a morena se levantou, com uma cara ameaçadora.
– Não adianta ser desculpar. Cruze o caminho de Dorcas Meadowes e Marlene McKinnon de novo e...
– Lene, para! - sussurrou à outra garota, agora denominada Dorcas.
– Sério meninas, me desculpem... - disse, tentando sair do caminho das duas loucas. - Se virem uma ruiva punk com inclinação à jogar suco na cara de alguém, digam que o Potter está procurando ela!
Elas se encararam, enquanto eu me distanciava da aglomeração de alunos. Mas só que adiantaria pedir para que elas falassem com Lílian? O problema dela era comigo. E espero que ela não esteja de mau-humor quando eu achá-la.
Continuei caminhando, até sair do prédio principal de Hogwarts. Caminhei pelas estufas da professora Sprout. Quase pulei de susto ao ver um enorme (e eu realmente digo enorme) cacto plantado em um vaso de argila, com tantos espinhos quanto o normal. E eles pareciam formar um rosto. Um rosto que me encarava.
– Se chama Mandrágora. - me virei para ver quem falara comigo. Franco Longbotton. Sorri aliviado, pensei que fosse Dumbledore, espiando sorrateiramente.- Professora Sprout que criou.
– É... Um ótimo trabalho, Franco.
Ele sorriu, orgulhoso.
– Obrigado Potter.
– Ahn... Franco... Você vai ter que me desculpar porquê eu realmente tenho que ir.
– Ah. - ele pareceu decepcionado. - Tudo bem.
Voltei ao meu caminho para encontrar Lílian.
Encontrei as duas garotas de novo, só que dessa vez, Dorcas estava com pacote de marshmallows, assando-os na chama de um fósforo.
– Pare, sua desmiolada! - disse Marlene. - Marshmallows não ficam bons assim.
Parei de prestar atenção na conversa delas.

Entrei no corredor N-9, em direção à sala 17.

Forcei a maçaneta.

– Lílian?

Ouvi alguém prender a respiração lá dentro.

– O... O que faz aqui, Potter? - ela perguntou, timidamente.

– Vim te procurar, Lil's!

– Quem te deu o direito de me chamar asssim?! - ela vociferou, abrindo a porta com um estrondo. Pronto. Se ela não estava de mau-humor acabou de ficar. - Pode ir procurar a sua amiguinha, Delacour.

– Fleur não é minha amiga! - exclamei, entrando na sala. - E porque saiu de lá daquele jeito?

– Não te interessa, Potter. - ela me lançou um olhar severo, mas ao mesmo tempo triste.

– Eu sei que estava compondo.

– Isso também não te interessa Potter.

– Ei, você já parou de pensar o como seria se você simplesmente... Deixasse as pessoas te ajudarem? - eu disse.

– Já, já pensei Potter. E da última vez que fiz isso, meus pais me mandaram para cá.

– Mas...

– Acho que o necessário é mudar. Não para agradar os padrões da sociedade. Mas sim para agradar àqueles que realmente se importam com você. Consegue entender, ou seu cérebro também é inútil para isso, Potter?

– E porquê está descontando tudo em mim? - perguntei.

– M-me desculpe, eu... Eu me descontrolo assim às vezes.

Ela se sentou no chão, abrindo um caderno e fechando os olhos.

– Me desculpe. - repetiu.

– Tudo bem. Só fiquei... Preocupado. - ela riu, debochadamente.

– E quem se preocupa com uma ruiva punk que não sabe se controlar? - encarei seus olhos verdes.

– Eu. - respondi.

Por algum tempo ela pareceu desnorteada, abrindo a boca algumas vezes para falar, mas se esquecia das palavras.

– É, eu estava compondo.

– Posso ver?

– Claro...

Ela pegou o violão, e começou a marcar o ritmo, lento e delicado, como uma canção de ninar:

I remember tears streaming down your face
When I said, "I'll never let you go"


When all those shadows almost killed your light
I remember you said, "Don't leave me here alone"
But all that's dead and gone and passed tonight

Just close your eyes
The sun is going down
You'll be alright
No one can hurt you now
Come morning light
You and I'll be safe and sound

Don't you dare look out your window
Darling, everything's on fire
The war outside our door keeps raging on
Hold on to this lullaby
Even when the musics gone, gone

Just close your eyes
The sun is going down
You'll be alright
No one can hurt you now
Come morning light
You and I'll be safe and sound

Just close your eyes
You'll be alright
Come morning light
You and I'll be safe and sound

– Meio triste, não acha? - perguntei, sentando-me ao seu lado.

– É...

– Você coloca tudo que sente nas músicas?

– A música é minha saída. A luz para a escuridão. O branco para o preto...

– Meio clichê, não acha?

Ela pareceu refletir.

– Quando eu tiver minha caixinha de opniões, Tiago, vou me lembrar de perguntar a você. - e então ela riu, e sua risada preencheu a sala. Mas espera. Ela não me chamou de Potter. O.k, o.k, não entremos em pânico. Afinal, foi ela quem disse que queria mudar.

– Estou com fome.

– É... Pena que não temos McDonnalds aqui, não é?

– Você é uma ruiva diabólica, me fazendo lebrar de hambúrguer.

Ela sorriu, maquiavélicamente.

– Mas ser uma ruiva punk têm suas vantagens, sabia?

– O que você...?

– Vem logo, Potter.

Saímos da sala, indo em direão ao seu quarto. Ela me puxava pelo braço.

– Lílian...

– Quieto! - ela parecia se divertir. Ela abriu a porta, e depois, um pequeno ármario.

McDonnalds. - ela se virou para mim e sorriu. Então, se afastou e revelou alguns hamúrgueres. - Podem não estar quentes mas...

Ela deu de ombros.

– Continuam sendo hambúrgueres! - respondi.

Enquanto isso, o sol se punha, além da floresta dos terrenos de Hogwarts.

– Não vai desistir da banda, vai? - perguntei, enqanto mordia o hambúrguer.

– Claro que não. -- ela respondeu, mordiscando a batata frita. - Se eu deixar vocês sozinhos, as músicas serão terríveis! Temho até medo de imaginar...

Continuamos conversando, até o toque de recolher soar, e eu dar adeus aos hambúrgueres e à Lílian.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Link da música. Ao contrário das outras, essa não é do YouTube e sim um link com vídeo e letra:

http://letras.mus.br/taylor-swift/2002185/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Convocados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.