Convocados escrita por PandaRadioativo


Capítulo 2
Tudo começa assim...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Os links de músicas serão colocados nas notas finais do capítulo, assim, talvez não estrague a surpresa que é a música antes de lerem o capítulo.
As narrações em Terceira Pessoa serão marcadas por "//" no começo e fim da parte.


^...^

BOM CAPÍTULO!



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//Mais um dia frio no internato de Hogwarts.
O silêncio reinava antes do sinal soar, agudo e irritante. Só estão poderiam sair do quarto. Era sábado, então, adeus uniformes cinzentos e monótonos, olá vestidos, calças, jaquetas...
Era um dia particularmente comum.//

POVs Lílian Evans

Mais um dia em que a ruiva punk pode ser ela mesma. Sim, sou uma ruiva punk. E daí? Algo contra?
Mas, enfim. Passei lápis e rímel nos olhos, deixei meu cabelo longo, ruivo e colorido, solto.
Coloquei um vestido preto com alguns spikes na cintura, no lugar de um cinto. Uma luva rendada, preta e simples. Coloquei uma bota preta e voltei a encarar meu reflexo no espelho.
– Mais um dia... Que droga! Será que vou ter que virar uma princesinha certinha e que usa rosa pra sair daqui?
Bom, não adianta reclamar. Eu 'era' uma princesinha que usava rosa antes de conhecer Severo Snape. Ele era da minha rua e era totalmente punk. Isso me fez querer ser punk, não sei porquê, mas... Me deu vontade de quebrar regras. Então, fui inclusa na turminha punk, fiquei "problemática" e vim para cá. Lílian Evans, a ruiva punk e excluída do internato de Hogwarts. Que bela vida, Lily!

POVs Remo Lupin.

Assim que ouvi aquele típico sinal, fui direto à biblioteca. A prova de cálculo seria na segunda-feira e eu ainda não havia tocado nos livros.
McGonagall não faria uma prova fácil. Disso eu sei muito bem. Me ferrei na última prova de McGonagall por errar um algarismo. Um único mísero algarismo. Chegando na biblioteca, me sentei em uma mesa e abri o livro de cálculo.
No capítulo 7 do livro, mais ou menos, comecei a ficar sem paciência. Então, quando virei a página para o capítulo 8, lá estava um envelope branco.

POVs Lílian Evans

Quando fechei a porta do meu quarto, encarei o pequeno envelope branco preso com fita adesiva na minha porta. Arranquei o envelope da porta e abri, prendendo a respiração.
Mas logo eu sorri, caminhando pelo corredor principal.

POVs Sirius Black

Não! Mais um dia não!
Esse lugar cinza precisa de animação!
Estou tentando tomar coragem para levantar da cama, logo às 06h da manhã. Que droga! É sábado!
Me virei para o lado e vi um envelope sob a porta. Afundei o rosto no travesseiro e praticamente me arrastei até o envelope.

POVs Tiago Potter

Enquanto eu quebrava a regra do internato de "não sair do quarto antes do sinal soar" e invadia a cozinha, eu pensava no porquê de eu estar aqui.
1) Eu era popular.
2) Eu sou popular.
3) Eu sou um pouco louco.
4) Eu, até hoje, não sei o porquê de estar aqui.
5) Eu sou Tiago Potter.
6) Já falei que sou louco?
Enquanto voltava para o quarto, tentando não encontrar com o diretor Dumbledore, passei por meu armário. Queria ver se aquela ruivinha punk tinha tido um pingo de consciência e deixado, pelo menos, um insulto lá.
Ao abrir o armário, vi um pequeno envelope branco.

"Corredor N-9, sala 17.
Às 13h, seja pontual."

Caramba. O Corredor Proibido de Hogwarts. Ninguém pode ir lá. Mas... De quem é a carta?
Olhei o envelope por todos os ângulos. Nada. Se for da ruivinha, ela sabe não deixar rastros.
Ouço o sinal e suspiro aliviado. Sem possíveis detenções.
Me viro para ver quem estava vindo. Ah não. O esquisito Pettigrew, os cabelos castanhos claros bagunçados e uma barra de chocolate na mão direita. E adivinhe. Ele tinha um envelope igual ao meu, na mão esquerda!
– Olá Potter. Também ganhou um desses?
Ele disse, erguendo o envelope.
– Sim. - respondi.
– Pronto para quebrar as regras do Corredor Proibido?
Sorri.
– Talvez sim, talvez não.
– Ah, se quiser falar com a Evans, vi ela indo para o Salão Principal a alguns minutos.
– Ah, obrigado, esquisitão!
Ele fez uma cara feia, mas acenou, em um gesto de despedida.
Espere um momento. Eu realmente falei com o Pettigrew? Pelo menos o corredor estava vazio...

//As horas passaram lentamente. Tiago tentou falar com Lílian, mas esta por sua vez, jogou na cara do garoto um copo de suco de laranja. O Salão Principal estava quase vazio, e os poucos adolescentes que viram a cena soltaram boas gargalhadas.
– Porquê fez isso? - o garoto balbuciou.
– Ah, sei lá. - respondeu a garota. - Talvez porque a rebeldia seja o meu forte?
A garota saiu do Salão, deixando Tiago sem palavras.
Remo estava inquieto com aquele envelope e ficou cerca de uma hora e meia decidindo se iria ou não para o corredor N-9. Era o Corredor Proibido do "pavilhão" 1. Pavilhões eram os conjuntos de salas de Hogwarts. Cada corredor tinha uma numeração e uma localização exata. Os alunos tinham que decorar a localização. Se perder no internato não era desculpa.
O N-9 era o nono corredor do Pavilhão Norte (também chamado de Pavilhão 1). Sirius não sabia que tipo de brincadeira era aquela, mas iria ao N-9. Pedro roubava chocolates da cozinha, como sempre.//

POVs Lílian Evans
Sério, aquele Potter se acha. Está aqui há seis meses e se acha o dono de Hogwarts.
Eu estou aqui a quase dois anos. Ser mandada para um internato com catorze anos é algo difícil de superar. Mas, eu consegui.
Então encaro o papel, dobrado dentro do envelope.
13h... Olhei de relance para o grande relógio do Corredor Principal. Ah, droga! 12h50.
Estou super atrasada. E claro que a regra número 3 de Hogwarts é não correr nos corredores... Regras... Sempre as regras!
– Lílian!
Me virei para conseguir identificar, naquela densa massa de alunos, o energúmeno que me chamava como se estivéssemos em uma feira. Não pode ser. Alguém tem uma arma para eu me matar? Era Tiago Potter.
– O que foi agora, Potter?
– Eu... Bem... - ele passou a mão pelos cabelos pretos e bagunçados.
– Ah fala logo!
– Vi que recebeu um envelope também... Queria saber se, posso te acompanhar até a sala.
Olhei para Tiago, que estava ofegante.
– É... Pode ser...
Dei de ombros, já andando em direção ao corredor N-9, sem esperar.
– Ei! - ele disse, indignado.
– Estamos atrasados seu energúmeno. Não espere que eu fique simplesmente parada te esperando.
Andamos por vários corredores. Saímos do prédio pelo corredor principal, dando de cara com um dia que, apesar de ensolarado, tinha tudo para parecer um dia de inverno. Eu olhei para Tiago, impaciente, ele era lerdo!
Passamos pelo pequeno lago e segui para o primeiro pavilhão, localizado atrás do prédio.
E, por milagre (grande milagre), conseguimos chegar a tempo.
Segurei a maçaneta fria e abri a porta. Estava escuro, mas vi outros pares de olhos me encarando.
– Entra logo! - disse Tiago, olhando para o corredor como se McGonagall estivesse virando o corredor.
Revirei os olhos e entrei. Atrás de mim, Tiago fechou a porta, silenciosamente.
– Gente, o que é isso? Economia de luz? Meu Deus! A que ponto chegamos!
Eu disse, procurando desesperadamente um interruptor de luz. Assim que meus dedos tocaram um, o gesto foi automático. A sala foi preenchida de luz. Em um canto, haviam vários instrumentos e um microfone com tripé.
– Por Deus, o que é isso?
Disse Tiago.
– Uma sala, talvez? - respondi.
Um garoto que estava sentado no chão, levantou a cabeça e disse:
– Olá!
– Olá!? - respondi.
Havia uma cadeira de rodinhas vazia. Encarei Tiago. Era como se tivéssemos cinco anos de novo. Saímos correndo e nos empurrando. E no fim, cheguei primeiro! Ele fechou a cara e eu fiz uma carinha de cachorro que foi esquecido na mudança.
– Apresentações?- Tiago se sentou sobre uma mesa. - Ok, eu começo. Eu sou Lílian Evans, dezesseis anos e estou aqui a quase dois anos.
– Tiago Potter, dezesseis anos também, e seis meses aqui.
– Sirius Black, quase dezessete anos e estou nesse mundo cinza há uns seis meses também.
– Pedro Pettigrew, quinze anos, cerca de um ano aqui.
Encarei o rosto "redondo" de Pettigrew. Que ele era estranho, era.
E por fim...
– Remo Lupin, dezesseis anos e estou aqui a uns dois anos.
O silêncio caiu sobre a sala.

//Os jovens estavam quietos. Não tinham assunto para conversar. Todos estavam distraídos. Sirius começou a bater um lápis na mesa próxima, ritmado. Era o único som da sala. Todos estavam distantes, em devaneios que não pretendiam compartilhar.
Ninguém tinha percebido, à um canto da sala, havia um pequeno telefone, que tocou, alto, agudo e assustou eles.
Lílian soltou um grito, Remo deixou o livro cair, Tiago caiu da mesa onde tinha se sentado, Pedro nem parecia ter notado (ele estava comendo balas de caramelo) e o lápis de Sirius voou pela sala.
– Mas o que foi isso?
– Um telefone, Sirius. - disse Remo, recolhendo o livro do chão.
O telefone tocou de novo.
– Quem atende?
Perguntou Remo. Lílian revirou os olhos.
– Eu vou lá.
Lílian caminhou até o telefone que ainda tocava.
Assim que colocou o telefone no ouvido uma voz lhe falou:
– Pode colocar no viva-voz, por favor?
Lílian apertou o pequeno botão do telefone e o deixou novamente sobre a mesa.
Ela voltou à sua cadeira de rodinhas.
– Sejam todos bem-vindos!
A voz disse. Era um pouco fria e falava devagar, com tranquilidade.
– Alguém pode me dizer o que estamos fazendo aqui mesmo?
– Ah, pelo amor de Deus! Você é tão burro assim? - disse Tiago. - É óbvio que fizemos algo de errado e McGonagall quer nos dar o castigo.
– Nossa, como vocês são ridículos. - disse Lílian.
– Então, porque estamos aqui, espertinha? - Sirius encarou-a com seus olhos azuis. A garota ficou vermelha como os cabelos.
– Bom...
– Não quero interromper, mas, o que tenho a falar pode interessar a todos. - Lílian suspirou aliviada. – Todos estão aqui por um único motivo. Talento.

– Não temos talento. – resmungou Sirius.

– Como disse?

– Não temos talento! – ele voltou a repetir, lentamente.

– Se não tivessem talento, Black, não estariam aqui. Espero que não haja mais interrupções, antes do necessário. Vamos falar sobre os talentos.

– Isso é besteira. Vou embora.

– Não! – Tiago desceu da mesa e caminhou até a garota, que o olhou, incrédula. – Não pode simplesmente ir embora!

– Obrigado, senhor Potter! – exclamou a voz. – Mas, primeiro, não quero que eu seja desconhecido para vocês. Podem me chamar de Phynt. Mas... Senhorita Evans, vamos começar por você. O que faz nas horas vagas? O que faz na bagunça da sala de aula?

– Componho músicas e canto... Nada de mais...

Ela abaixou a cabeça.

– Sirius, e você?

– Eu tocava um pouco de bateria... – o garoto pegou o lápis do chão e se sentou, começando a marcar um ritmo.

– Tiago?

– Guitara.

A voz parecia ficar animada a medida que eles expunham seus talentos.

– Pedro?

– Eu tocava um pouco de baixo... Nada de especial também...

– E por fim... Lupin?

– Bem... – o garoto parecia não querer compartilhar aquela informação em particular. – Eu tocava violão... Sei que perto dos outros isso pode ser insignificante, mas... Era isso ou tocar violino.

– Estão vendo? Vocês têm talento! Agora, escolham os instrumentos. Quero ver como tocam juntos.

– Espere um pouco, Phynt. – interrompeu Lílian. – Quer dizer que iremos contra todas as regras de Hogwarts e montaremos uma banda?

Os olhos da garota faiscavam com a expectativa.

– Sim.

– Ai meu Deus! Sempre quis uma banda!

Eles se juntaram no centro da sala, e Lílian puxou um papel dobrado de dentro da luva preta rendada.

– É só definir a melodia e pronta. Pode fazer isso Sirius? Mas nada voltado à Rock... Não curto rock.

– Falou a ruiva punk.

– Só por que sou punk não quer dizer que eu tenho que gostar de rock.

– Ruiva “1”, Black “0”. – disse Tiago, dando tapinhas no ombro de Sirius.

– Vamos lá.

Foram necessários apenas alguns minutos para Sirius ter a melodia pronta.

– Caramba... Nunca pensei que eu iria ter uma banda em um internato...

– Ninguém, nunca pensou, Remo.

Lílian ajustou a altura do tripé.

– Mas... – perguntou. – E a McGonagall?

– Acha que não pensei nisso? – disse Phynt. – A sala é a prova de som. Como uma sala profissional.

A ruiva sorriu, terminando de ajustar o tripé.

Sirius começou a marcar o tempo e menos de um minuto depois, eles já tocavam:

Hey, baby
Tell me your name
I gotta fever for you
I just can't explain
But there's just one problem
I'm a bit old school
When it comes to lovin'
I ain't chasing you
Been waiting
I'm on a roll
You've got to let yourself go

Whoa
You know that I've been waiting for you
Don't leave me standing all by myself
Cause I ain't looking at no one else

Hey
Get your back off the wall
Don't you get comfortable
Looking so hot
I think that I might fall
Feeling like it's my birthday
Like Christmas day came early
Just what I want
So when we move
You move

Hey
Get your back off the wall
Don't you get comfortable
Looking so hot
I think that I might fall
Feeling like it's my birthday
Like Christmas day came early
Just what I want
So when we move
You move

( Foi nessa parte que Lílian achou que iria explodir. Tiago errou a melodia, Sirius se atrapalhou e Pettigrew tinha parado de tocar. Lupin tentava acompanhar. Ela continuou, sem ligar para os “babacas”. Ela não iria parar de tocar sua música por causa deles. )

Oh, silly
Why you afraid?
Don't be a big baby
Quit playing games
And put your arms around me
You know what to do
And we can take it down low

Whoa
You know that I've been waiting for you
Don't leave me standing all by myself
Cause I ain't looking at no one else
Looking at no one else

Hey
Get your back off the wall
Don't you get comfortable
Looking so hot
I think that I might fall
Feeling like it's my birthday
Like Christmas day came early
Just what I want
So when we move
You move

Get your back off the wall
Don't you get comfortable
Looking so hot
I think that I might fall
Feeling like it's my birthday
Like Christmas day came early
Just what I want
So when we move
You move

I know that you wanna
But you can't, cause you gotta
Stay cool in the corner
When the truth is that you wanna move
So, move
I know that you wanna
But you can't, cause you gotta
Stay cool in the corner
When the truth is that you wanna move
So move

Move it baby, whoa
You know that I've been waiting for you
Don't leave me standing all by myself
Cause I ain't looking at no one else
Looking at no one else
Looking at no one else

Hey! Hey
I'm ready, hey
So come and get me
Don't be scared
Show me what you do
Don't you know a girl
Like a boy who move
Hey! Hey
I'm ready, hey
Boy, come and get me
Don't be scared
Show me what you do
Don't you know a girl
Like a boy who move

Get your back off the wall
Don't you get comfortable
Looking so hot
I think that I might fall
Feeling like it's my birthday
Like Christmas day came early
Just what I want
So when we move
You move

I'm ready, hey
Boy, come and get me
Don't be scared
Show me what you do
Don't you know a girl
Like a boy who move

– Bom... Só precisam se organizar melhor e... Lílian, que voz linda!

A garota corou.

– Obrigado.

– Agora... Nos vemos no próximo sábado, ou McGonagall vai fritar vocês.

Todos se despediram e Lílian colocou o telefone de volta no gancho.

Saindo da sala, Lílian voltou a encarar a sala.

– Adeus.

Sussurrou, apagando a luz.//


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Notas finais do capítulo

Move, Little Mix -

https://www.youtube.com/watch?v=RwD4eJGxPc4

—--
Espero que tenham gostado.



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