Convocados escrita por PandaRadioativo


Capítulo 13
Broken Friendship - Capítulo Bônus


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Mais um bônus pra vocês!



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Lílian ria sem parar, e Severo não sabia o que fazer. A garota estava ficando vermelha, e ele temia que a amiga perdesse o fôlego. Mas Lílian logo parou de rir, enxugando algumas lágrimas rebeldes. Ela fingiu tocar uma guitarra, no ritmo da música que tocava na TV, se levantando e pulando. Snape tinha medo que os pais de Lílian chegassem e os vissem nessa bagunça. Mas a ruiva não se importava muito.

– O que foi? – ele perguntou finalmente.

– Eu... Eu não sei, Sev. – ela disse, dando de ombros e se sentando. – Só tive vontade de rir.

– Porquê?

– Não posso mais me sentir feliz? – ela inclinou a cabeça para o lado, encarando o amigo.

– Pode, é claro mas...

– LÍLIAN EVANS! O QUE SIGNIFICA ISSO? - gritou sua mãe, entrando na sala e vendo a bagunça dos dois. Havia pizza de quatro queijos no sofá, papéis rabiscados pelo chão, a TV exibia um show de rock em alto volume, e a garota tinha tatuagens de caneta preta e azul pelos braços, até os cotovelos.

– Mãe...

– NÃO FALE NADA! SAIA DAQUI, SNAPE.

– Sra. Evans, eu...

– SAIA!

– Ok, ok. Tchau Lil’s.

A garota acenou em despedida. A mãe da ruiva a puxou pelo braço.

– O que estava pensando, trazendo ele para cá?

– Mãe, Sev é meu amigo. – Lílian disse, encarando a mãe com a mesma intensidade que era encarada.

– Seu pai não gosta dele.

– E só por que papai não gosta dele quer dizer que não posso ser amiga dele?

– Sim.

– Há, há, há, faça-me rir.

– Você nunca foi assim, Lílian.

– Eu mudei, mãe! Acontece de vez em quando, sabia? – ela disse, sentindo o sangue ferver. Nunca tinha brigado com a mãe, e não estava se sentindo nada bem com isso. Ela levantou a cabeça e puxou o braço, soltando-se do aperto da mãe.

– Onde você vai?

– Preciso ficar sozinha!

Ela subiu as escadas, ainda sem chorar. Trancou a porta do quarto. Pensou em ligar o som em um volume alto, em um daqueles rocks que sua mãe odiava, só para irritá-la.

Não se sentia bem por ter brigado com sua mãe. Mas agora eles decidiam suas amizades por ela? Era incrível como seu temperamento era instável. Menos de cinco minutos atrás ela estava rindo, se divertindo. Agora estava com raiva e triste. Ela se jogou na cama, pensando seriamente em fugir. Não fugir para somente invadir o quarto de Severo e ficar conversando por horas, mas... Fugir de verdade. Ficou contando os prós e contras da situação. Mas teve uma ideia melhor. Escreveria uma música para presentear Severo. E assim fez. Escreveu a letra em uma folha de caderno. Colocou em uma pasta, junto com outras letras que fizera com Severo, Bellatrix e os outros. Estava na hora de dar à eles suas letras. Não eram poucas. Daria um CD inteiro, talvez dois. Ela não ia deixar que sua mãe encontrasse aquelas letras.

Naquela noite, quando seu pai chegou em casa, Lílian ouviu seus pais brigando. E era por causa dela. E, de uma hora para a outra, a gritaria cessou. Lílian saiu do quarto, para ver se haviam parado de brigar. Aparentemente sim. Sua mãe raivosa apareceu na ponta da escada, fuzilando-a com o olhar.

– O jantar está pronto.

– Vou descer. – respondeu.

Voltou ao quarto, deixou a pasta sob a cama, e desceu.

O clima na casa estava tenso. Nunca esteve tão tenso assim.

– Oi pai. – ela disse, timidamente. Ele não sorriu. Não respondeu. Apenas continuou comendo.

Sua mãe jogou nervosamente o pano de prato na mesa e se sentou. Lílian se sentou também, servindo-se. A casa estava silenciosa.

– Queremos conversar com você. – disse seu pai.

– Eu sei. – ela disse. – Por causa de hoje?

– De hoje, ontem, e dos últimos dias que tem agido como...

– Como eu mesma? – disse, largando os talheres. – O que querem conversar comigo?

Seu pai pigarreou, e também largou os talheres.

– Eu e sua mãe, nós... Nós decidimos que...

– Que...?

– Vamos mandar você para Hogwarts.

– Hogwarts? – debochou.

– Sim. O colégio interno.

O ar debochado da ruiva se tornou surpreso.

– Mas...

– O ano letivo começa amanhã. – disse sua mãe.

Ela abaixou a cabeça, pegou os talheres e voltou a comer.

– Está bem.

Naquela madrugada, ela acordou. Sua mala estava ao lado da cama, pronta. Ela se levantou, abaixando-se para pegar a pasta. Colocou um casaco, destrancou a janela e saiu. Seu destino era o quarto do melhor amigo. Ela iria se despedir.

Depois de vários minutos, Severo abriu a janela.

– Lil’s? O que faz aqui?

– Eu... Vim me despedir.

– Se despedir? Como assim?

– Meus pais... Vou para um colégio interno.

– Entra.

Agora, ela estava contando tudo ao amigo.

– Trouxe para você. – ela lhe entregou a pasta. – São todas as minhas letras. Essa eu fiz para você. – entregou-lhe a mais nova folha.

Severo se levantou, pegando a guitarra e tocando. Lílian adorou o ritmo, e cantarolou o refrão a música, sorrindo.

– Pode termina-la para mim?

– Claro.

Lílian passou as pernas pela janela do amigo, acenando em despedida novamente.

E aqui estava ela, sentada, chorando. Sua amizade com Severo estava quebrada. Sem conserto. Ele havia terminado sua música, mas deixou que outra a cantasse. Lílian nunca teve ciúmes relacionado às suas músicas, mas aquela era especial. Sempre fora. A maçaneta de seu quarto foi forçada.

– Vai embora! – gritou.

– Lil’s, me deixa entrar. – disse a voz calma de Tiago.

– Não!

– Lil’s, por favor.

Ela se deu por vencida, e caminhou até a porta, destrancando-a. Logo, foi puxada por um abraço forte de Tiago.

– Sinto muito pela música. – ele sussurrou.

– Me ajude. – ela disse.

– Ajudar em quê?

Ela limpou as lágrimas, encarando-o.

–Me ajude à vencê-lo nessa batalha.


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Notas finais do capítulo

Espero mesmo que tenham gostado!



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