Abra Cadáver escrita por Lúpulo Lupin


Capítulo 10
Dois à sós


Notas iniciais do capítulo

Escrito à base de Skol



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Torre de astronomia, duas da manhã.

— Boa noite, Adryan. Me concede a intimidade de chama-lo pelo prenome? – perguntou  professor Dumbledore ainda de costas para o menino, contemplando o céu.

— Como se eu tivesse escolha, né – respondeu desaforado, fitando Alvo Dumbledore, o garoto acabara de chegar na torre, ainda esbaforido.

Alguns segundos de silêncio sucederam até o professor se virar pro garoto.

— Aí que você se engana, meu jovem. Na verdade, a posição de barganha é sua. Estamos os dois fora da cama, quando há muito deveríamos estar dormindo. Imagine que situação se nos encontrassem aqui. Um falatório, sem sombra de dúvidas.

O garoto continuou sério. Percebendo a apreensão do aluno, o mestre prosseguiu.

— Mas fique tranquilo, tomei as precauções que não nos encontrem.

— Tudo bem, vamos direto ao assunto então – falou sem rodeios.

— Como quiser. Bom, não é meu costume, ou de qualquer professor desta casa, marcar encontros na calada da noite com alunos. No entanto, algo me tira o sono.

— Partidas de quadribol? Me poupe, professor. Por acaso alguém se lembra da partida entre Sonserina e Grifinória de cinquenta anos atrás? Na minha opinião estão fazendo um belo estardalhaço por algumas bolas na trave – começou sem rodeios, e com a sua pitada de arrogância.

Um sorriso veio aos lábios do professor.

— Engraçado você mencionar, por acaso o capitão daquele time, de cinquenta anos atrás, é meu amigo. Mas isso não importa. Minha questão não é o quadribol. Mas aquele seu amigo, que ganhou aquela poção, o senhor está por dentro do assunto, suponho.

O jovem loiro suspirou impaciente.

— Se importa se eu ascender um fuminho?

— À vontade.

Colocou de qualquer jeito um fumo no cachimbo, tragou duas vezes e voltou a conversa.

— Olha, o garoto ganhou a poção numa mesa de xadrez bruxo lá em Hogsmead, Três Vassouras mais precisamente, durante as férias de Natal, só sei isso. O fedelho é discreto e na dele, não sei mais que isso.

— Para o seu primeiro relatório, até que não está tão mal. Esclareceu alguns pontos. Estava receoso que Prof. Slughorn tivesse tido um acesso de generosidade e desse a poção para os alunos.

— Beleza, então o senhor está satisfeito. Se o senhor está satisfeito, eu estou satisfeito. Uma mão lava a outra, e duas mãos lavam o rosto, não é mesmo? São quase três. Estamos conversados?

— Por hoje, sim.

— Ótimo, então passe bem professor, até a aula de terça feira. E, pra não perder a oportunidade, os croassaints de chocolate do café da manhã tem vindo pra mesa frios. Desce a lenha naqueles elfos domésticos, faz favor.

E desceu a escada da torre.


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Notas finais do capítulo

Só fiel tá lendo.



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