Já se passaram algumas semanas desde que Fabio deu seu primeiro passo.

A cada dia que passava era uma felicidade. Sempre que ele conseguia dar mais passos mais lagrimas desciam por nossos rostos.

Agora ele não precisava mais da cadeira de rodas e já podia andar com a ajuda de muletas.

Nós estávamos cada vez mais felizes.

Minha vida se resumia a escola, a patinação, ao orfanato e ao Fabio.

Na escola eu continuava com meus amigos de sempre, mas Mike e Amy eram os meus melhores amigos. Mike era como um irmão para mim.

Na patinação já me sobressaia, agora já patinava tão bem quanto antes (se não tivesse melhor), já conseguia dar spins, saltos com muita precisão.

No orfanato minha vida dava uma impulsão de alegria, Liz era muito fofa, eu a adorava, era como se fosse minha irmã caçula e ela me considerava sua irmã mais velha. Ela permitia que eu a chamasse de Lizzie e dizia que apenas eu poderia chamá-la assim.

Agora Fabio e eu estávamos cada vez mais felizes. Quando não tinha ninguém por perto eu podia beijá-lo e abraçá-lo, naqueles momentos éramos apenas um do outro e nada mais.

Hoje meu dia foi muito cansativo. Ashley não parava de me atormentar por ter voltado a patinar e estar cada vez melhor.

Luke me parava todos os dias dizendo que era um erro continuar assim, e que se eu não voltasse pra ele iria me arrepender.

É claro que não dizia isso ao Fabio, afinal ele tinha muito ciúme de mim, e se eu contasse que Luke estava me atormentando para voltarmos ele iria se enfurecer e só Deus sabe o que iria acontecer. Como ele estava ainda frágil eu devia fazer de tudo para não deixa-lo chateado, então decidi não contar sobre Luke.

Quando passei pela porta ele estava me esperando.

- Como foi seu dia minha flor? – ele perguntou com um sorriso no rosto.

- Pegando minha mania de chamar as pessoas de flor?

- É a convivência. Logo estarei louco também.

- Engraçadinho.

Ele riu.

- Você não sabe o quanto fica linda irritada.

- Então por isso você me irrita?

Ele me olhou de cima a baixo, deu um sorriso safado.

- É, com certeza.

- Bobo.

Fui ate ele e dei um beijo em sua face.

- Vou tomar banho. Estou muito suada. – disse a ele e subi para o meu quarto.

Tomei um banho bem relaxante. Quando estava saindo ouvi meu telefone tocar. Me enrolei na toalha e fui atender.

- Alô. – disse.

- Oi Gaby. – era Mike do outro lado.

- Oi Mike. Qual o motivo para me ligar?

- É que a Amy me ligou agora, e disse que s turma ta querendo ir pra balada, afinal hoje  é sábado e nos merecemos uma noite de farra.

Eu ri.

- Ah eu não sei.

- Vamos. Vai ser legal. – ele estava implorando.

- Mas e que...

- Traz o Fabio também. – ele me interrompeu.

- Espera aí, vou ver se ele quer ir.

- Ta bom.

Coloquei o telefone na mesa e desci as escadas ate onde Fabio estava.

- Fabi, a turma quer curtir a noite você ta afim de ir também? – perguntei assim que o vi.

Ele olhou para mim com uma cara de safado.

- Claro.

- Que bom.

- Mas coloca uma roupa se não vou ficar com muitos ciúmes.

Olhei para baixo e me dei conta que ainda estava de toalha. O sangue subiu para minha face me deixando corada.

- Você fica linda corada. – ele disse olhando intensamente para mim.

- Para com isso. O Mike ta me esperando no telefone, vou subir.

- Tudo bem.

Corri escadas a cima e fui para meu quarto ainda envergonhada e peguei o telefone.

- Oi, ele disse que vai.

- Que bom.

- Que horas?

- Vou passar para pegar vocês às nove. Tudo bem?

- Claro.

- Então agente se vê daqui a pouco.

- Vamos esperar.

Desliguei o telefone e fui para o meu closet escolher o que vestir.

Depois de ter me trocado desci as escadas e fiquei na sala esperando Fabio.

As nove e cinco Mike chegou. Ele nos levou ate um restaurante onde a turma estava nos esperando.