Você voltou escrita por Bookworm


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Tudo bem? Era pra essa one ser um especial de dia das mães, mas atrasei um pouquinho na postagem e_e. O que vale é a intenção.Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615672/chapter/1

Assim que os romanos deixaram o acampamento Percy foi à Casa Grande pedir permissão ao Sr. D e a Quíron para ir visitar Sally. A última vez que ele a vira foi no fim da guerra contra Cronos, quase um ano atrás.

Por sorte os dois estavam na varanda jogando pinochle como de costume. Assim que Quíron o viu abriu um largo sorriso e pediu que ele se aproximasse.

— Peter Johnson – cumprimentou Sr. D com um esboço de sorriso.

— Olá Sr. D – respondeu, sem se preocupar em corrigi-lo.

— Quer jogar uma partida? – Quíron perguntou apontando para as cartas.

— Não. Não quero atrapalhar vocês, mas agradeço o convite – respondeu com um sorriso de desculpas. — Vim pedir permissão para visitar minha mãe – explicou-se.

— Sinto muito Peter. Argos foi levar Annabel para visitar o pai em São Francisco – respondeu Dioniso com falso tom de pesar.

— Acabei de me despedir dela. Mas posso chegar lá de outros modos, só peço que me deem permissão para sair – disse olhando-o fixamente.

— Certo. Mas você terá que voltar amanhã ao entardecer. Os deuses irão fazer um Conselho com os heróis – respondeu e o dispensou com a mão.

— Obrigado Sr. D – disse e saiu correndo rumo aos estábulos.

Blackjack rapidamente aceitou levar Percy até o apartamento de sua mãe. Pousaram em um beco deserto lá perto e como recompensa Percy lhe deu alguns cubos de açúcar.

— Volte para o acampamento amigão. Voltarei de outra forma amanhã – disse acariciando a crina do Pégaso.

— Certo chefe – respondeu e saiu voando.

Com a desculpa de fazer surpresa à Sally (o que não deixava de ser verdade), o porteiro permitiu que ele subisse sem tocar o interfone. No elevador ele fechou os olhos e tentou se acalmar. Como será que Frederick reagiu ao ver Annabeth?

Em passos lentos andou até a porta e respirou fundo antes de tocar a campainha. Após escutar alguns murmúrios de dentro da casa, Paul abriu a porta. Olhando-o como se fosse um fantasma (ele sabia por experiência própria) deixou-o entrar.

— É muito bom te ver Paul – disse quebrando o silêncio constrangedor.

— Oh Deus. É você mesmo – murmurou e o abraçou fortemente. — Ela está na cozinha – disse com um sorriso e ele assentiu.

Não fosse pelos escassos fios brancos e as rugas que ele conseguia ver em seu perfil acharia que ela não tinha mudado nada desde o último ano. Ela havia acabado de colocar uma fôrma no forno e estava lavando as mãos quando ele quebrou o silêncio.

— Espero que esteja cozinhando algo azul – disse e ela virou-se rapidamente, logo correndo para abraça-lo.

— Você voltou – disse e o apertou ainda mais, sentindo as lágrimas escorrerem por seu rosto. — Eu fiquei tão preocupada. Achei que nunca mais iria te ver – murmurou e ele a abraçou mais forte, dando-lhe um beijo no topo da cabeça.

— Agora eu estou bem, mãe. Passei por muitas coisas, mas agora estou bem. Estou aqui. Me desculpe por ter demorado – secou as lágrimas que escorriam e abriu um sorriso.

— Quanto tempo vai ficar? – perguntou, temendo a resposta.

— Preciso voltar amanhã de tarde, haverá um conselho com os deuses – respondeu.

— Entendo. Então vamos aproveitar o pouco tempo que temos – disse e pediu que ele contasse tudo o que havia passado nos meses que passara fora.

E foi o que ele fez. Contou-lhe sobre o namoro com Annabeth no dia de seu aniversário, a perda de memória, as górgonas e o acampamento romano. Quando os biscoitos ficaram prontos ele fez uma pequena pausa e escutou tudo o que ela tinha para contar. Havia se casado com Paul e estava escrevendo seu segundo livro.

Retomou a narrativa de onde havia parado e contou sobre a missão até o Alasca e depois a missão do Argo II. Descreveu seus novos amigos e prometeu que tentaria trazê-los em seu aniversário.

— Você passou por tanta coisa...

— Annie e meus amigos estavam sempre do meu lado, mãe. São minha segunda família – respondeu sorrindo.

— Então você e Annabeth estão juntos? Como foi que você disse mesmo? “Não é um encontro! É só a Annabeth, mãe...” – brincou, fazendo aspas no ar.

Percy sentiu-se corar e Sally beijou-lhe a bochecha.

— Não se preocupe, eu a aprovo. Mas se ela ficar grávida antes de vocês terminarem os estudos Perseu...

— A mãe dela não me deixaria vivo para a senhora me dar bronca – cortou-a, sorrindo. — A propósito, vamos morar juntos.

— Não escutou o que eu acabei de dizer Perseu Jackson? Não quero cuidar de netos tão cedo – ralhou e ele beijou-lhe a bochecha.

— Relaxa mãe. Pode não parecer, mas eu prezo pela minha vida. E pela dela também. É que o acampamento romano não pode colocar gregos em suas coortes, fui uma exceção, então vamos morar e estudar em Nova Roma. Sem filhos até casarmos – explicou-se e ela sorriu.

— Promete me visitar nos verões?

— Claro. Se os deuses permitirem, nunca mais ficarei muito tempo sem vê-la – respondeu e a abraçou novamente. — Agora, se não for incomodo, eu quero ir àquela loja de doces com você e com Paul e depois até o Central Park, como uma família normal – disse e ela sorriu, assentindo. — Ah, Paul, desculpe-me pelo carro – disse e ele, que observava os dois em silêncio até agora, deu de ombros.

— Está arrumado faz um tempo, pode quebra-lo de novo se quiser – respondeu e guiou Sally pela cintura até a porta.

— Chega de destruição por um tempo – disse e pegou a mão de sua mãe, rumo a uma tarde maravilhosa com uma mãe maravilhosa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*u*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você voltou" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.