Doces Palavras escrita por black rose


Capítulo 1
Minha mãe


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo com mais um especial!!!!! o/!!!!! Feliz dia das mães!!!!!! ^---^ Queria ter postado mais cedo mas estive ocupada o dia todo e só pude escrever agora...u.u... mas o que importa é que está aqui!!!!o/!!!! Ficou curtinho mas fiz com carinho, ok?! >.o Espero que gostem!!!!



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– “Minha mãe.” – começou o garoto de oito anos recém-completos segurando com firmeza a folha de papel com as duas mãos e pigarreando antes de voltar a ler:

“Minha mãe não é como as outras.

Não usa vestidos. Não usa saias.

Não usa sapatos de salto-alto e nem sandálias.

Não usa colares e nem brincos, apenas um anel. Dourado. Na mão esquerda.

Minha mãe também não usa maquiagem, por que se usasse seria estranho, afinal, minha mãe não é ela, é ele.

.

Às vezes, minha mãe é exatamente como as outras.

Não me deixa dormir tarde por que tenho que acordar

cedo pra ir para a escola no dia seguinte.

Me põe de castigo quando faço algo errado.

Me obriga a comer todos os legumes do meu prato.

Cuida de mim quando fico doente, e sempre me leva

pra tomar sorvete quando o dia está quente.

.

Minha mãe não é doce e gentil como as outras.

Ele é sarcástico e às vezes maldoso com as outras pessoas.

Mas não comigo. Nem com o meu pai.

Com o meu pai ele é ciumento e possessivo, mesmo que não admita.

E comigo, bom, eu sei que ele me ama.

Ele não diz isso com palavras, mas diz com os olhos

quando me olha preocupado quando me machuco ou fico doente;

Diz com seus sorrisos quase imperceptíveis quando

sou elogiado na escola;

Diz com suas mãos quando acaricia meus cabelos

até eu pegar no sono;

E diz também com os beijos que deposita na minha

testa quando vem me cobrir no meio da noite.

.

Não são muitas as pessoas que gostam da minha mãe.

Na verdade, acho que só eu e meu pai.

Mas mesmo que todo o resto do mundo o odeie,

com toda a certeza uma pessoa sempre amar:

Eu.”

O garoto terminou de ler e olhou expectante para a “mãe”, sequer piscando enquanto aguardava por qualquer que fosse sua reação.

Mãe...

Ele nunca pensou que algum dia alguém o chamaria de mãe, ou que deixaria que alguém o chamasse de mãe, mas fora simplesmente impossível fazer com que aquele garoto, na época com dois anos e meio, entendesse que o fato de ele se casar com seu pai não o tornava, de forma alguma, sua mãe; o garoto era teimoso e simplesmente o vencera pelo cansaço, então, se não pode vencê-los...

Aquelas palavras, doces palavras, haviam-no surpreendido, nunca fora muito bom com demonstrações de afeto e saber que seu filho de apenas oito anos havia sido perceptivo o suficiente para entender o significado de cada simples gesto, o deixava bastante orgulhoso, e um pouco constrangido também, afinal, fora decifrado por uma criança. Uma criança que simplesmente entrara na sua vida sem pedir licença e sem qualquer dificuldade se apossara de uma grande parte de seu coração. Uma criança tão teimosa e cabeça-dura quanto o pai e que havia aprendido a amar da mesma forma, talvez até mais. Uma criança que amaria para sempre.

O homem sorriu. Um sorriso contido, porém verdadeiro, que chegava inclusive até os olhos, deixando-os brilhantes com lágrimas de emoção não-derramadas. O garoto sorriu também, só que de forma bem menos contida que o adulto, deixando suas adoráveis covinhas em evidência e praticamente se jogando nos braços da “mãe” quando ele os abriu em convite. O mais velho o abraçou forte, deslizando carinhosamente os dedos pelos cabelos escuros da criança, tão parecidos com os seus, e beijando-lhe demoradamente a testa antes de dizer-lhe baixinho, quase em tom de confidência:

– Pode ter certeza que eu também vou te amar pra sempre, filho.

FIM.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram??? *u* Bom, acho que ficou bem óbvio quem era a "mãe" ali da fic, né? Mas pra quem não captou as sutilezas... era o Izaya!!!!*3*... Bom, espero comentários e... curtam a minha página, ok! >.ohttps://www.facebook.com/ShizayafanficsAté meu próximo surto!!! o/