Logo quando saímos da casa, um helicóptero prontamente veio até nós, do mesmo saíram dois homens seriamente trajados, trajes estes bastante característicos, eu diria. Os dois homens nada falaram, apenas guiaram a mim e Steve para que embarcássemos rapidamente, o que foi feito. E em um piscar de olhos já estávamos sobrevoando Nova Iorque.

(...)

A viagem seguia calma, Steve seguiu calado na maior parte do caminho. As vezes quando não estava olhando, sentia que o mesmo me observava, e se fechasse os olhos podia sentir a sua respiração e o doce som das batidas de seu coração.

– Você está bem? – Ele me perguntou, fazendo-me despertar daquele tranze repentino.

– Sim, eu estou. – respondi.

– Não falou nada desde que embarcamos. – Falou ele.

– Estava esperando que você falasse algo. – Sorri para ele, fazendo com que o mesmo abaixasse a cabeça um tanto envergonhado.

– Você fica fofo quando fica envergonhado. – Falei, porém creio que alto demais.

– O que você disse? – Steve perguntou, mas suspeitava de que o mesmo já estivesse ouvido exatamente o que eu disse.

– Er... – Pensava. – Nada. – Disse rapidamente. – Eu não falei nada. – repeti, e voltei meus olhos para a paisagem fora do helicóptero. Me penitenciava apenas em imaginar o enorme papel de boba que acabara de fazer.

– Capitão, – um dos homens que nos receberam inicialmente, chamou. – Iremos pousar agora. – Completou.

Não compreendo. Pousar? Onde? Sobre as nuvens? Foi quando a figura de um incrível porta-aviões surge em meio delas.

– Chegamos. – Falou Steve. Ele pôs sua mão sobre a minha, em um ato de me passar segurança, quando nossos dedos entraram em sincronia assim que sentiram a presença uns dos outros, confesso que adorei a sensação, tanto que mais uma vez não consegui evitar ficar corada.

Afasto minha mão sorrateiramente e abro as portas do helicóptero, praticamente já tínhamos pousado sobre o porta aviões. Somos recebidos por uma figura ímpar, a medida que chegava mais perto deste, minha mente recebia uma enxurrada de lembranças do mesmo, do quanto era uma figura importante para todos aqueles que estavam ali.

– Agente Grant! – saudou. – É bom vê-la novamente. – Disse ele.

– Digo o mesmo, senhor. – respondi.

– Fury. – Capitão o cumprimentou.

– Vamos entrar, – disse Fury. – Temos muito trabalho pela frente.

(...)

Em sua parte interna, o porta aviões era ainda mais grandioso, com diversas pessoas cuidando de determinados afazeres e aqueles que temporariamente estavam livres em designados para algo por seus superiores. A minha presença ao lado de Steve e Fury,chamou a atenção logo somos recepcionados por uma mulher de figura bastante imponente, de cabelos negros um pouco acima dos ombros, ela abre um leve sorriso ao se aproximar.

– Maya, – Disse ela. – É bom ver que está bem.

– Obrigada. – Agradeci. Assim como aconteceu com Fury minha proximidade a ela fez me recordar algumas situações, porém ainda eram imagens muito comprometidas, destorcidas, porém um nome me veio a mente. – Agente Hill. – completei.

De repente meus ouvidos foram tomados por sons de batimentos cardíacos acelerados. Olho de um lado para o outro a fim de localizar de onde vinham esses sons, os mesmos só faziam ficar mais intensos na minha cabeça, minha mente e meus ouvidos pareciam ter se expandido a outros níveis. Foi quando notei a figura de um homem em particular há certa distância, cheguei até mesmo a pensar que minha desconfiança estava sendo demais, afinal não havia nada que o diferenciasse dos outros que estavam ali. Mas então aí percebo que ele não tirava uma de suas mãos do bolso, mirava a cada cinco segundos os arredores, e o suor tomava conta de todo o seu corpo. Instantaneamente nossos olhares se encontraram, e então o mesmo sacou uma arma.

– Se abaixem, é um ataque! – Gritei.

Tiros eram disparados para todos os lados. De onde estava percebo a presença de mais dois inimigos. Fury e a Agente Hill atiravam contra eles, mas estes eram rápidos e se desviavam, e aproveitavam para ferir um dos nossos. Subitamente fui tomada por vários sentimentos, porém aquele que prevalecia era a raiva, foi quando senti uma energia tomar conta de meu corpo, a começar por meus punhos que estavam cerrados sobre o chão. Levantei-me imediatamente e tratei de chamar a atenção.

– Ei! – Chamei-os. – Estão procurando por mim?

De minhas mãos transbordam uma energia telecinética perceptível a todos ali presentes, e assim que os algozes começam a disparar contra a mim, crio um campo de força que me protege, canalizo o máximo de energia possível em minhas mãos, e disparo contra eles o que os faz cair sobre os destroços. Ajo rapidamente indo até eles.

– Maya. – Steve me chama, porém finjo não escutar.

Ao me aproximar daqueles que nos atacaram, materializo correntes para dois deles que haviam desmaiado com o impacto, e volto minha atenção apenas para um, que não estava desacordado.

– Quem mandou vocês? – Pergunto.

– Você já sabe quem. – respondeu, cuspindo as palavras.

– Não, eu não sei. – Ergui o mesmo do chão para encará-lo face a face.

– Não deveria estar aqui, Alpha. – Falou. – Você é maior do que todos eles. – Acrescentou. – Não pode se esconder, Alpha...não pode. – Sussurrou, de suas narinas saíram sangue, e ele acabou desmaiando. Mas ao sentir seu pulso percebo que estava morto, não desmaiado.

– Estes também estão mortos. – Disse Hill, ao checar os outros dois homens.

– A H.Y.D.R.A não aceita falhas. – Falou Fury.

– Você está bem? – Steve veio até mim.

– Sim, eu estou. - respondi. - Quero tudo sobre o projeto Delta. – Falei em alto e bom som. - Se a H.Y.D.R.A procura por encrenca das grandes, ela acabou de achar.