'Till the end of the Line escrita por Maya Rogers


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Claridade. Bendita claridade.

Começo a abrir meus olhos devagar, adaptando-os a luz do sol que se esparramou pelo quarto. Quando finalmente consigo abrir os olhos, faço um rápido reconhecimento óptico do local porém não me lembro de ter estado no mesmo antes.

[...]

Apoiei minhas mãos sobre a cama, erguendo meu corpo para a frente, e deslizando o mesmo um pouco para trás para que pudesse escorar-me na cabeceira da cama. Não lembrar o motivo que me levou a estar ali, realmente começava a me perturbar. Decido então levantar-me, primeiramente afasto os lençóis que encobriam metade do meu corpo, e assim que meus pés tocam o chão, sinto um devaneio, e um desorganizado jogo de lembranças vieram a tona em minha mente.

Lembranças turvas, dolorosas, queria arrancá-las da minha cabeça juntamente com a dor que estava sentindo. Com lágrimas nos olhos, decaio lentamente ao lado da cama, levando minhas mãos a cabeça pedindo para que as imagens que estava a comtemplar simplesmente sumissem. De repente alguém entrou no quarto e veio em minha direção ajudando-me retornar para a cama.

– Maya, não devia ter tentado se levantar. – Disse ele – Maya, está tudo bem, está segura agora – Disse ele, tentando me levar de volta a cama. – Por favor, me escute! – Falou. Senti suas mãos tocarem levemente meu rosto e direcioná-lo para si, percebo que ele me olhava com um olhar doce, terno, mas pude ver que também era um olhar pesaroso, de culpa. Confesso que seu toque causou uma reação inesperada em mim, foi como se estivesse a espera disso por muito tempo. Logo toda a destruição e dor que por diversos minutos taparam meus olhos desapareceram, quando finalmente consegui manter a calma reconheci de imediato aquele que me ajudara, não consegui evitar que lágrimas escorressem pelo meu rosto.

– Steve... – Disse, abraçando-o fortemente.

– Está tudo bem agora. – Disse ele, retribuindo meu abraço.

– Não quero voltar a ter aquelas visões, Steve. – Falei. – Eu não...

– Por favor, não fale mais. – Disse ele me envolvendo ainda mais em seus braços, apoio minha mão direita em seu peito porém logo me afasto e ao olhar diretamente para Steve vejo mais uma vez um sentimento de culpa em seu olhar. Não tinha o porquê estar assim, o que quer que tenha me acontecido tenho certeza que o mesmo não tinha culpa.

– Você... – dei uma pausa antes de completar meu raciocínio. – Você poderia me dizer o que houve? – pergunto. – Eu não me lembro de nada. – Falei. – Nada além de um sórdido e bagunçado jogo de lembranças.

– Creio que é melhor conversarmos uma outra hora. – Falou Steve. – Precisa descansar.

– Não! – recusei de uma forma um tanto rebelde. – Eu preciso saber o que houve comigo, e por favor não minta para mim, você não. – Implorei.

– Maya...

– Steve, não minta para mim. – Pedi mais uma vez porém ainda percebo que o mesmo relutava em me contar foi quando olhei para a tv e uma cena que passava no noticiário me chamou atenção, rapidamente fui até a cômoda e peguei o controle remoto que estava nela para aumentar o volume.

"Em um curto período de tempo os cidadãos de Nova Iorque infelizmente vem tendo que lhe dar com diversas ameaças. Alienígenas, super-humanos, aprimorados, seja lá como os chamam, estão aparecendo frequentemente entre nós, e com eles um verdadeiro rastro de destruição. Recentemente câmeras capturaram imagens de uma garota, se é que podemos chama-la assim, causando um verdadeiro caos no centro da cidade. E ao aprofundarmos nossas pesquisas descobrimos um verdadeiro rastro de destruição que a mesma deixou não só em Nova Iorque. Não se sabe o que ou quem ela é, mas..."

Steve tomou o controle de minhas mãos e desligou a tv. Eu definitivamente não estava em mim, aquela não podia ser eu, aquelas imagens não podem ser reais.

– Não foi sua culpa. – Disse ele.

– E de quem foi a culpa então? – Virei-me para encará-lo. – Steve, eu destruí a cidade! – Falei em um tom mais elevado. – E não faço a menor ideia de como eu possa ter feito isso. – Completei.

– A culpa não é sua, Maya. – repetiu. – Estava sendo controlada pela H.Y.D.R.A – Acrescentou.

– Como? – Perguntei.

– Não lembra de nada? – Steve se aproxima. – De nada mesmo?

– Não me lembro, eu não me lembro de nada Steve. – Reafirmei.

O mesmo se afasta mais uma vez, dando as costas para mim.

– Você foi raptada pela H.Y.D.R.A – Ele finalmente falou. – Fizeram uma armadilha e todos nós caímos nela.

– Espera, – falei. – Está me dizendo que tudo o que me aconteceu é culpa da H.Y.D.R.A ?

– Eles a levaram para um esconderijo que por semanas tentamos rastrear, mas estávamos sendo bloqueados por algo, ou alguma coisa. – Falou Steve olhando diretamente para mim. – Eles... – Steve engole em seco. – Eles a usaram como ponte para a idealização de um projeto.

– Está me dizendo que fizeram algo em mim? – Pergunto. – Que me transformaram em uma espécie de cobaia para algum tipo de projeto maluco? Eu não posso acreditar. – Levo minhas mãos ao rosto na tentativa de conter as lágrimas que insistiam em cair.

– Ei, ei. – Steve tocou meu rosto novamente. – Não sabe o quanto me culpo por isso, não deveria ter deixado-a ir naquela missão sozinha.

– Por favor não se culpe. – Pedi, deslizando uma de minhas mãos pelo seu rosto. – Não me faça sentir pior do que já estou. – Acrescentei. – Eu sou um monstro.

– Não, você não é, Maya! – Steve rebateu minhas palavras.

– Como me encontraram? – Perguntei. – Como me fizeram voltar? Por favor não me esconda nada, eu preciso saber o que exatamente fizeram comigo e no que me transformaram.

[...]

Assim que me retirei do banho pude avistar Steve próximo a uma janela, seu olhar estava distante, pensativo. Parecia estar maquinando as palavras certas para me dizer, talvez nem soubesse por onde começar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham Gostado!



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