Eternamente Amor! escrita por QueLopes


Capítulo 1
1 Capítulo único-Eternamente Amor!


Notas iniciais do capítulo

Como sabem, esta é a primeira one-shot que escrevo. Espero que gostem.
Boa leitura!



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Música da Fic- Salvami-Sonohra (N/A: A-M-O *-*essa música. Ouçam, é muito linda, de verdade.):

http://www.youtube.com/watch?v=3RSa7V05YTg


Estava no quarto, sentada na cama, com vários livros em cima, procurando um assunto que o chato do professor de psicologia pediu para um trabalho. Foi quando Edward entrou no quarto e ficou parado na porta, com os braços cruzados e me olhando com uma expressão séria.

-O que foi? – perguntei confusa.

-Não acha que tá na hora de contar pro seus pais que estamos namorando? – ele questionou ainda sério.

-Ah não, de novo com esse assunto, Edward? – reclamei. Que droga, já estava cansada de falar disso.

-Qual é Bella, por quanto tempo você quer esconder isso? – ele disse com uma expressão irritadiça.

-Edward, você sabe como meus pais são, eles não vão aceitar. – falei já tentando encerrar o assunto, mas parecia que estava longe disso...

-Pra mim você está é prolongando isso, e está com medo de contar a verdade. – ele disse já alterado.

-Está me chamando de covarde agora? – agora eu é que estava ficando irritada. Ele respirou fundo e colocou a mão no rosto.

-Não foi isso que quis dizer. Só estou dizendo que não vejo motivo algum pra ainda esconder isso deles. Fala sério Bella, todo mundo já está desconfiando. – ele me olhou quase incrédulo.

-Quando chegar a hora certa eles vão saber. – falei calma voltando à atenção para os livros.

-E quando essa hora vai chegar? Quando estivermos casados? – ele disse zombeteiro. Suspirei.

-Edward, se contarmos agora, as pessoas vão ficar falando... – tentei justificar, mas ele me interrompeu.

-Então se trata disso? – olhei pra ele que estava com os braços cruzados. – Do que as pessoas vão ficar falando? Do que elas pensam? – ele questionou zangado.

-Não vou mais discutir isso. – tentei encerrar o assunto.

-Sabe, é isso que me irrita. – ele disse com desdém. – Sempre que estamos tendo uma conversa séria, você sempre arruma um jeito de desviar o assunto. –

-Não estou desviando do assunto, só quero evitar uma futura discussão. – isso já estava me dando dor de cabeça.

-JÁ ESTAMOS TENDO UMA DISCUSSÃO BELLA! – ele esbravejou. Olhei assustada pra ele. – Você só pensa em si mesma, só se importa no que as pessoas vão pensar de você.

-QUER DIZER QUE AGORA EU SOU A EGOÍSTA? É isso? – gritei.

-É isso que você demonstra. – ele disse rude. –Uma garota mimada, egoísta e completamente infantil. –

-Ótimo, agora eu sou a infantil. – disse rindo sem humor. – E você acha que é o quê? O senhor perfeito? – disse sarcástica agitando as mãos pra cima.

-Não falei que sou perfeito. –

-Então eu é que tenho problema. – Edward me olhou furioso.

-Só falei a verdade. – ele disse numa falsa calma.

-Por que me pediu em namoro então? – me levantei da cama e o encarei. Ele me fitou por um tempo e depois baixou a cabeça.

-Sinceramente não sei... – ele disse em voz baixa. – Acho que me apaixonei por você. Mas talvez esse tenha sido meu maior erro. – ele me encarou com um semblante irritado, mas ao mesmo tempo triste.

-Se é o que acha. – falei fria e rude. Ele me fitou e suspirou, depois pegou as chaves do Volvo que estavam no criado-mudo próximo à porta e saiu batendo a mesma.

-Perfeito Bella. – sussurrei pra mim mesma quando ouvi o barulho da porta da frente se fechar fortemente.

Já sentia as lágrimas caírem incontrolavelmente sobre minha face, minhas pernas enfraqueceram, e eu me sentei no chão, encostada na cama, abracei minhas pernas e me desfaleci mais ainda em lágrimas. Parabéns Bella, pensei comigo mesma, você conseguiu estragar tudo.

-Idiota. – sibilei irritada pra mim mesma enquanto colocava as mãos sobre o rosto.

Sei que tenho culpa nisso, e que o que ele falou é verdade, mas não totalmente. Eu não me vejo como uma pessoa egoísta e muito menos me importo com o que as pessoas vão falar sobre estarmos namorando... Tudo bem, talvez um pouco. Mas o caso, é que, eu conheço bem meus pais, principalmente meu pai, ele nunca permitiria o meu namoro com Edward. Nunca entendi porque, mas ele tem uma profunda raiva dos Cullens, talvez seja porque Carlisle, o pai de Edward, tenha se casado com a ex-mulher do meu pai, Esme. Não sei, mas de qualquer jeito, se for esse o motivo, ele não tem o mínino direito de interferir na minha vida amorosa, só porque a dele não deu certo. Apesar disso, eu tenho medo de contar a verdade a meus pais, porque eu tenho quase certeza absoluta de que eles vão querer me separar de Edward, e eles podem fazer isso, e isso é a última coisa que eu quero. Mas Edward não entende isso, tantas vezes que já tentei explicar isso a ele, mas acha que ele me escuta? Claro que não.
Só o que espero é que ele me perdoe, não suporto ficar longe dele, não sei o que faria se ele me deixasse. Apaixonei-me por Edward desde a primeira vez que o vi, e não é simplesmente um amor adolescente, é um amor verdadeiro, forte, passamos por muitas coisas juntos, mas sempre superamos, só espero que consigamos superar agora. Ainda lembro-me do dia em que eu me mudei pra Forks, e o vi pela primeira vez...

::: FLASHBACK ON :::

-EMMETT! ANDA LOGO! VAMOS NOS ATRASAR! – gritei pela milésima vez. Hoje é meu primeiro dia de aula em Forks, estou muito animada... Mas o estúpido do meu irmão não colabora.
Eu me mudei há uma semana pra Forks, meu pai, Charlie, é chefe de polícia, e recebeu uma proposta pra trabalhar aqui, minha mãe, Renné, trabalha com decoração, e agora faz parceria junto com uma mulher chamada Esme, que por uma incrível coincidência é a ex-mulher de meu pai. Mas minha mãe não ficou incomodada... Acho. Eu tenho dois irmãos; Emmett, que é dois anos mais velho que eu, que tenho 17 anos, e o Jasper, que é um ano mais velho.

-VAMBORA EMMETT! – Jasper gritou. Finalmente Emmett saiu de casa, ele veio correndo até o carro de Jasper – que é uma Mercedes preta -, entrou afobado ainda com uma torrada na boca.

-Até que enfim. – reclamei. Ele bufou e me deu a língua.

-Não sei por que tanta pressa, até parece que vai encontrar o amor da sua vida lá na escola. – ele zombou. Jasper riu enquanto tirava o carro da garagem e seguia até a escola.

-Quem sabe, Emm. – murmurei encostando minha cabeça na janela do carro. Chegamos rapidamente a escola, Jasper dirigi feito louco.

-FORKS HIGH SCHOOL! AÍ VOU EU! – Emmett gritou ao sair do carro. Todos, isso mesmo... TODOS se viraram em nossa direção e nos olharam como se fôssemos loucos.

-Demais, primeiro dia de aula e já chamamos atenção. – Jasper murmurou emburrado.

Alguns rapazes que eram amigos de Jasper e Emmett se aproximaram e se iniciou uma conversa entre eles. Eu fiquei alheia a eles e só fiquei observando a escola, as pessoas, tudo a minha volta... E foi quando eu o vi. Ele estava encostado num carro prata, um Volvo. Seus cabelos cor de bronze e seus olhos incrivelmente verdes chamavam atenção, mesmo de longe, eu poderia enxergar esses mínimos detalhes. Quase não percebi quando uma garota loira, alta, extremamente esbelta, o abraçou e ele retribuiu. Ele virou-se de repente, e nossos olhares se encontraram, eu devia ter desviado o rosto, mas não consegui, estava presa em seu lindo olhar cor de esmeralda. Ele também continuava a me encarar, e se eu não tivesse tão embasbacada com sua bela face, podia até jurar que ele me observava da mesma maneira que eu o fazia.
Fui tirada do meu transe quando ouvi meu irmão me chamando.

-Bella. – Jasper me chamou. Virei-me em sua direção.
-O quê? – ainda estava praticamente entorpecida.

-Até que enfim, te chamei quatro vezes. – ele reclamou. Eu sorri amarelo. – Vamos, temos que pegar nossos horários. – Jasper foi até a secretaria e eu o segui, mas antes dei uma última olhada em direção ao Volvo, ele ainda estava lá, mas agora não me encarava, o que me permitiu observar o restante do que eu acredito que seja sua família. Havia uma garota loira, incrivelmente bonita, mas não era nada parecida com a garota que eu vi anteriormente, que estava abraçada a ele. E tinha também uma garota baixinha, de cabelos escuros curtos e espetados, sua fisionomia pequena, se comparava até a uma criança, ela parecia uma fada. Mais uma vez, me permiti dar uma olhada em direção ao garoto de cabelo cor de bronze. Não sei por que, mas o que vi me fez sentir um estranho aperto no peito. Ele agora estava beijando a outra garota, a loira esbelta. Virei rapidamente meu rosto, era ridículo que eu me sentisse dessa maneira, se eu nem conhecia ele. Ridículo, repeti pra mim mesma mentalmente.

Andei mais rápido para seguir Jasper, que já havia pegado os horários, estávamos indo agora para a aula de espanhol, ele também teria essa aula comigo.

-Cadê Emmett? – perguntei enquanto entrávamos na sala. Sentamos numa das últimas mesas ao fundo da sala.

-Foi ver se conseguia se inscrever pro time de futebol. – Jasper disse dando de ombros.

-Ah. – respondi apenas. Fiquei observando enquanto os alunos entravam, e foi quando eu vi a menina fada, ou melhor, a garota de cabelos espetados. Ela entrou na sala sorrindo e quase saltitante, seus olhos vagaram pela sala, e pareceram se fixar ao lugar onde eu e Jasper estávamos sentados. Mas ela não parecia que observava o lugar, ou muito menos eu, virei meu rosto e vi que Jasper também a encarava. Os dois pareciam presos nos olhares. Mas ele foi quebrado quando a professora de espanhol chegou e ordenou que a garota de cabelos espetados se sentasse, ela ainda estava em pé próxima a porta.

A professora pediu que fizéssemos duplas, mas não com quem estava sentado ao nosso lado, isso me fez suspirar.
Senti uma presença ao meu lado, levantei o rosto e vi que era a menina fada.

-Olá. – ela disse sorrindo. Sorri de volta. – Sou Alice. – ela se apresentou e estendeu a pequenina mão.

-Oi, sou Bella. – segurei em sua mão num cumprimento.

-Prazer Bella, gostaria de fazer dupla comigo? – ela perguntou pra mim, mas percebi que lançava olhares para Jasper.

-Claro. – respondi. Ela sorriu e foi pra seu lugar. Peguei meu material e me levantei, Jasper segurou meu braço para que eu me abaixasse um pouco.

-Se ela perguntar alguma coisa, não fale nada comprometedor. – ele disse entre dentes.

-Pode deixar maninho. – falei rindo. Fui até onde Alice estava e sentei ao seu lado, ela sorriu pra mim e eu retribuí.

-Seu namorado parecia irritado. – ela comentou de repente.

-Ele não é meu namorado, é meu irmão. – ela me encarou boquiaberta.

-I-irmão? – ela gaguejou. Assenti sorrindo. Ela sorriu levemente e abriu seu caderno. – Ele é muito bonito. – ela disse. Sorri.

-É sim. – respondi. Não fale nada comprometedor, lembrei a mim mesma. Meu irmão é tão bobinho às vezes.

-Ele tem namorada? – ela perguntou como quem não quer nada.

-Não. – respondi. – Acabamos de nos mudar. – completei. Ela me encarou.

-Sério? Vieram de onde? – ela se interessou.

-Phoenix. –

-Uau. Da cidade ensolarada para a cidade da chuva. – ela disse. Eu ri.

-Verdade. Mas foi melhor, pra mim pelo menos, não gosto do sol. – falei. Alice balançou a cabeça positivamente.
Tivemos uma agradável conversa, Alice era muito legal. Ela me contou que também se mudou a um mês, seu pai, Carlisle, era médico, e sua mãe decoradora. Ficamos surpresas ao descobrir que a mãe dela, Esme, é que trabalharia com minha mãe.

-Perfeito. Já que elas trabalharão juntas, a gente vai se ver freqüentemente. – Alice disse sorrindo. O sinal já havia batido, pegamos nossos materiais e saímos da sala. Ficamos esperando por Jasper. Ele logo saiu e ficou ao meu lado.

-Alice, esse é meu irmão Jasper. Jasper, essa é Alice. – apresentei.

-É um prazer conhecê-la. – Jasper disse dando um beijo na mão dela. A coitada ficou vermelha.

-O prazer é meu. – ela disse sorrindo.

-Err... Eu vou pra aula, te vejo depois Bells. – Jasper disse. Ele me deu um beijo no rosto e acenou para Alice que retribuiu.
Eu e Alice fomos pra aula, que seria de trigonometria. Alice me contou mais da sua família, ela tinha uma irmã chamada Rosalie, e um irmão chamado Edward.

-Era aquele garoto de cabelo cor de bronze? –perguntei sem querer. Minha curiosidade vai me matar ainda.

-É sim. – ela respondeu. Entramos na sala, e sentamo-nos à mesa da frente.

-Eu vi mais uma garota loira lá. É sua irmã também? – perguntei. O rosto de Alice se enrijeceu de repente, ela ficou com uma expressão sombria.

-Não. – respondeu ela quase rude. – O nome dela é Tânia, ela é namorada de Edward. – ela completou. Não perguntei mais nada, temia que qualquer coisa que eu falasse poderia irritar Alice de alguma maneira. Ela parecia não ir muito com a cara de Tânia. Nem eu... Cala a boca Bella! Ordenei a mim mesma.
A aula logo terminou e em menos de segundos já estávamos seguindo para o refeitório, quando adentramos o local estava quase vazio, Alice me chamou para ir sentar com ela e sua família, olhei pro lugar que ela estava apontando e vi que Edward e a tal Tânia estavam lá. Tentei arrumar uma maneira de escapar, e avistei meus irmãos do outro lado.

-Desculpa Alice, mas é que eu combinei de ficar com meus irmãos. Não se importa né? – perguntei meio preocupada que ela ficasse magoada.

-Claro que não... Mas você disse irmãos. Não é só Jasper que você tem de irmão? – ela questionou tombando a cabeça um pouco de lado.

-Ah, não. Esqueci de falar. Tenho dois irmãos, o Jazz e o Emmett. – apontei para Emmett que tentava inultimente pegar uma ervilha no ar. Alice riu e eu fiz careta.

-Tudo bem, a gente se vê depois. – ela deu um beijo em meu rosto e foi saltitando – literalmente – para sua mesa. Fui até onde meus irmãos estavam e sentei ao lado de Emmett. Fiquei alheia ao que eles estavam fazendo, e só fiquei pensando no garoto de cabelo cor de bronze...


::: FLASHBACK OFF :::

Era completamente insano da minha parte que eu ficasse totalmente “hipnotizada” por Edward, se eu nem ao menos conhecia ele.
Abracei-me mais ao travesseiro que eu estava segurando, e sorri, ao lembrar o momento em que Edward falou comigo pela primeira vez, foi breve, mas significou muito pra mim...

::: FLASHBACK ON :::

Depois do horário do almoço fui pra minha próxima aula, que era de biologia, nem Alice nem Jasper tinham essa aula comigo, então, eu fui sozinha.

Cheguei à sala e procurei um lugar vazio, sentei-me e logo retirei meu caderno e livro e coloquei sobre a mesa. Fiquei tamborilando os dedos sobre o caderno, enquanto esperava que o professor chegasse. Senti a cadeira ao lado sendo afastada e que alguém sentou ali, mas não me virei pra ver quem era.

-Olá. – ouvi uma voz melodiosa. Virei-me por reflexo e quase caí pra traz. Era o irmão de Alice... Edward.

-O-Oi. – mas que droga, eu tinha que gaguejar? Ele lançou um lindo sorriso torto.

-Sou Edward Cullen, você é Isabella, não é? – perguntou ainda sorrindo.

-Só Bella. – corrigi sorrindo também.

-Vi você com minha irmã hoje, ela me falou de você. – ele comentou.

-Hum. – murmurei apenas. Graças a Deus o professor chegou e deu início a aula. Tentava ao máximo não pensar no garoto de cabelo cor de bronze que estava sentado ao meu lado, mas confesso que estava difícil. Como alguém, ou melhor, como um garoto que eu mal conheço pode me deixar tão balançada desse jeito? Essa era a pergunta que eu não parava de fazer a mim mesma.

::: FLASHBACK OFF :::

Era incrível que em pouco tempo nos tornamos amigos, era sempre agradável ficar na companhia de Edward.
Joguei o travesseiro pro lado, levantei-me do chão e andei até onde estava o criado-mudo, lá estavam vários porta-retratos que mantinham inúmeras fotos minhas com Alice, nos tornamos melhores amigas em pouco tempo, quase toda semana eu ia para sua casa, fosse para fazer um trabalho, ou simplesmente ficar conversando. Uma foto me chamou atenção, era uma onde estávamos eu e Alice, rindo a beça, e eu segurava um vaso nas mãos. Ri ao lembrar isso, foi Edward quem tirou essa foto...

::: FLASHBACK ON :::

-Alice, tem certeza que é desse jeito? – perguntei pela quinta vez. Estava na casa de Alice tentando montar uma maldita maquete que o professor de ciências pediu.

-Sei lá, Bellinha, acho que é... – ela disse tentando encaixar um dos planetas de isopor num bendito palito.

-Vou perguntar de novo... Querem ajuda? – perguntou Edward que nos observava do sofá.

-Não. Temos que fazer isso sozinha. – retrucou Alice. Suspirei jogando o papel que tinha o desenho da maquete. Peguei a cola de isopor e tentei ajudar Alice.

-Vocês são tão teimosas. – Edward disse rindo.

-Fica na tua Edward. – falou Alice que tentava se livrar do planeta Vênus que ficou grudado em seu dedo. – Mas que droga, não sai. – ela reclamou chacoalhando o dedo.

-Espera, deixa eu... – nem terminei de falar porque o planeta saiu do dedo dela, mas o troço voou – literalmente – e foi direto pro vaso chinês da mãe de Alice. O vaso balançou de um lado e pro outro. Eu e Alice nos entreolhamos e corremos pra tentar salvar o vaso. Me joguei, literalmente no chão, quando o vaso caiu, Alice berrava feito louca. Mas graças aos céus, consegui pegar o vaso a tempo de ele se espatifar no chão.
Alice correu pro meu lado, ela estava ofegante e com a mão no peito. Ficamos nos encarando, e depois caímos na gargalhada. Ouvi um barulho de flash, olhei pro lado e vi Edward que estava rindo, segurando uma máquina fotográfica e apontando em nossa direção.

-Ah, mas isso vai ficar registrado na história. O incrível salvamento do vaso chinês de Esme Cullen. – ele disse rindo.

-EDWARD! – Alice e eu gritamos.

::: FLASHBACK OFF :::

Alice correu a casa inteira atrás de Edward para pegar a bendita câmera, mas claro que ela não conseguiu.
Direcionei-me a cama novamente, sentei-me e fiquei fitando o celular em minhas mãos. O relógio marcava 22h35min, já se passava uma hora desde que Edward saiu. Suspirei e abri o celular, disquei o tão conhecido número, chamou uma, duas, e mais três vezes, até que caiu na caixa postal. Ele não queria falar comigo, talvez nunca mais... Suspirei novamente, e mais uma vez caí aos brandos. Não podia acabar desse jeito, eu e Edward estávamos juntos há tanto tempo, e nós mal discutíamos, essa foi a primeira briga que tivemos, e no entanto parecia que seria a última, já que provavelmente ele nem quer me ver mais. O telefone tocou, sobressaltei-me e uma pontada de esperança surgiu em mim, mas ela logo desapareceu quando vi quem estava me ligando.

-Oi Alice. – atendi com a voz meio embargada.

-Bella, o que houve? – ela perguntou preocupada.

-Nada Alice, eu tô bem. –

-Bella, não minta. Edward veio aqui agora a pouco, ele me contou o que houve. –

-E o que importa Alice? Se ele provavelmente nem quer mais olhar na minha cara.

-Não diga uma bobagem dessas, ele te ama Bella, ele me disse isso. –

-Então porque ele não volta? –

-Ele está confuso Bella, entenda o lado dele. Ele queria tanto poder contar a seus pais a verdade. – suspirei.

-Eu também quero contar a verdade Alice, mas... –

-Mas? –

-Meus pais não vão aceitar. Eu sei disso. –

-Tente Bella. Você já é maior de idade, eles vão entender. –

-Pode até ser Alice, mas do que isso importa se Edward nem está aqui agora?
– Alice ficou em silêncio, e eu sabia que ela não poderia responder isso. Suspirei e desliguei o celular, não queria mais falar com ninguém.

Coloquei as mãos no rosto e mais lágrimas rolaram por meu rosto. Levantei-me e fui até o banheiro para lavar o rosto, fitei o espelho a minha frente e percebi a pequena corrente no meu pescoço, na verdade um colar, que ele me dera, me lembro como se fosse ontem, o dia mais feliz de toda minha vida...

::: FLASHBACK ON :::

-CHUTA EMMETT! – Jasper gritou. Estávamos na escola, assistindo a um jogo de futebol do meu irmão, Emmett. As pessoas zoaram quando um jogador passou a bola por debaixo das pernas de Emmett que ficou com cara de tacho. Jasper suspirou.

-Se perguntarem, ele não é meu irmão. – ele murmurou pra mim, eu ri.

Ao longe avistei Edward que conversava com a loira aguada vulgo Tânia, conversava não, ele discutia com ela. Ele parecia está irritado e agitava as mãos freneticamente, enquanto Tânia permanecia parada com uma mão na cintura. A discussão pareceu terminar e cada um foi pra um lado, Tânia ficou perto de suas seguidoras, Kate e Irina, elas eram conhecidas como as poderosas da escola, até parece.
Fiquei preocupada com Edward, disse a Jasper que ia falar com ele e já voltava. Ele assentiu e eu corri pra fora da quadra. Do lado de fora, no pátio, vi Edward sentado em um murinho, ele olhava para baixo com a testa franzida, aproximei-me dele, ele levantou o rosto e sorriu a me ver.
-Oi. – cumprimentei sorrindo também, sentando ao seu lado.

-Oi... Não vai ver o jogo? – ele perguntou.

-Não, já sei que meu irmão vai botar o time a perder, então é melhor nem ver. – falei olhando para meus pés. Edward riu.

-Tem razão. –

-Você está bem? – perguntei olhando pra ele.

-Estou... Por quê? –

-Vi você discutindo com a Tânia. – ele franziu a testa e olhou pro outro lado.

-Eu terminei com ela. – ele disse quase em voz baixa.

-Ah. – foi a única coisa que pude responder.

-Mas foi melhor assim, na verdade me sinto bem mais aliviado. – ele falou sorrindo. Sorri assentindo. Não queria admitir, mas fiquei feliz por isso... Meu Deus! Acho que estou louca. Não posso me apaixonar por Edward, ele é só meu amigo, nada mais que isso.

-Sabe... – ele falou fazendo com que eu saísse de meus pensamentos. – Minha mãe me deu essa corrente... – ele me mostrou uma pequena corrente prata, que tinha um pingente em formato quase de coração. Era linda. – Ela disse que eu deveria dar a alguém que eu goste... – ele afastou meu cabelo do meu pescoço com a mão. – E essa pessoa... É você. –ele sorriu e eu fiquei embasbacada ao perceber que a corrente estava em meu pescoço. O encarei surpresa.

-O-o quê... Mas... – não conseguia nem falar direito. Edward sorriu e afagou meu rosto com as costas da mão. Ele colocou a mão no meu pescoço e aproximando mais seu rosto do meu, beijou-me levemente nos lábios. Fechei os olhos por impulso. Não foi um beijo profundo, ele apenas tocou seus lábios nos meus, mas a sensação que eu senti foi indescritível.
Ele se afastou de mim e me deu um beijo na bochecha e depois pulou do murinho e saiu seguindo pro estacionamento sem falar nada.
Eu fiquei petrificada. Meu Deus! O que foi isso?! Eu mal conseguia respirar.

::: FLASHBACK OFF :::

Abri os olhos e sorri. Coloquei a mão no pescoço e segurei a corrente com força. Suspirei e segui de volta ao quarto. Não queria mais ficar ali, me afundando em lágrimas. Eu tinha que fazer alguma coisa. Não poderia permitir que tudo acabasse desse jeito, eu amava Edward demais, para permitir que isso acontecesse.
Andei até o armário e peguei meu casaco, sem nem me importar se combinava ou não com a roupa que eu usava. Saí do quarto e fui para a sala do apartamento. Sem querer, acabei me afundando nas lembranças e ri ao lembrar a confusão que foi feita só para comprar esse apartamento. Edward insistia que iria pagar, mas eu não permiti. Entramos em um acordo então, ele pagou metade e eu outra. O pobre do corretor ficou completamente perdido.

Peguei a chave do meu carro e saí do apartamento batendo a porta, esperei pelo elevador impacientemente, quando finalmente chegou tive que esperar um casal de idosos passarem primeiro. Suspirei. Tenho um grande respeito pelas pessoas mais velhas... MAS PELO AMOR DE DEUS! Minha vontade era de empurrar eles, me segurei e entrei rapidamente no elevador quando eles finalmente saíram. Apertei o botão do térreo, quando o elevador chegou corri para o estacionamento do prédio. E foi então que subitamente eu parei. Eu não tinha a mínina idéia de onde Edward estaria. Suspirei e tirei meu celular do bolso e procurei o número de meu irmão.

-Alô? – ele atendeu com uma voz sonolenta.

-Err... Emmett... Desculpa te acordar agora...

-Não, tudo bem Bella. O que houve? – ele parecia mais atento agora.

-Eu só queria saber se você esteve com Edward hoje.

-Humm... Não, não vi ele o dia todo. – suspirei.

-Eu já imaginava.

-Aconteceu alguma coisa? – perguntou preocupado.

-Mais ou menos, é que eu queria falar com ele.

-Liga pro Jazz, talvez ele saiba onde ele está.

-Tá bom. Brigada Emm. Boa noite.

-Boa noite, beijos.

-Beijos.


Rapidamente procurei o número de Jazz e liguei, mas ele disse a mesma coisa. Liguei pra Rose, até pra Alice que esteve com ele a poucas horas, eu liguei, mas nem ela sabia onde ele estava.
Entrei em meu carro e o liguei, mas nem sai do lugar, fiquei pensando em tudo que passamos, e me lembrei do dia que eu nunca vou esquecer... O dia em que ele me pediu em namoro...

::: FLASHBACK ON :::

Passou-se uma semana desde o dia em que Edward me beijou. Eu via ele na escola, e a gente sempre se falava, mas ele nunca tocou no assunto, era como se nada tivesse acontecido.
Por um lado eu estava aliviada, porque eu provavelmente enfartaria se ele falasse comigo sobre isso. Qual É! Ele foi o único garoto, em toda minha vida que me beijou. Sim, eu nunca namorei e muito menos beijei algum garoto. Mas por outro lado, eu estava confusa, o que aquele beijo significava? Que ele gosta de mim?

-ARGH! – exclamei irritada me levantando abruptamente da cama. Até parece que Edward poderia gostar de mim, ele só me vê como amiga, e eu nem me comparo aos tipos de garota que ele sai. Não que ele seja galinha, mas com a beleza que ele tem...

-Bella. – minha mãe me chamou já entrando no quarto. – Tem alguém aí que quer falar com você. – ela disse sorrindo. Franzi a testa.

-Quem é? –

-Vá ver você mesma. – ela sorriu e saiu do quarto. Bufei e saí do quarto, desci as escadas a passos pesados. Quem em sã consciência viria me ver... ÀS OITO DA NOITE?! Deve ser Alice. Abri a porta e não vi ninguém... Ótimo. Fui pro lado de fora e estaquei.

-Boa noite. – Edward disse sorrindo torto encostado em seu carro. Graças aos céus eu estava vestida descentemente.

-O-o que... O que você tá fazendo aqui? – mas será que eu não posso falar uma frase sem que eu gagueje? É PEDIR DEMAIS?!

-Queria te mostrar um lugar, que eu gosto de ir... – ele disse se aproximando de mim e tocando o pingente da corrente que ele havia me dado.

-Que lugar? – cala a boca Bella, a curiosidade matou o gato. Edward sorriu.

-Entre no carro e vai descobrir. – ele sussurrou no meu ouvido, fazendo com que eu me arrepiasse involuntariamente. Sorri timidamente e o segui até o volvo. Ele abriu a porta do carona pra mim e eu entrei. Ele correu pro lado do motorista e logo já estávamos na estrada. Eu já falei que ele dirigi rápido demais? Não? Então TÔ FALANDO AGORA!

-Meu Deus, vai mais devagar, quer matar a gente? – falei em pânico enquanto observava as árvores passarem por nós rapidamente.

-Eu não vou bater Bella, confie em mim. – ele disse se divertindo com meu pânico.

-Ah, claro. – ele riu e balançou a cabeça ainda olhando a estrada.

Edward parou o carro e saiu. Saí do carro e observei o lugar que estávamos, fiquei boquiaberta. Era um lugar lindo, era como um jardim, com a grama verdinha bem aparada, havia árvores e arbustos em volta, no centro tinha um lago, que refletia completamente todo o céu estrelado daquela noite, e mais pra trás embaixo de uma enorme árvore, havia um banco em forma de balanço.
Senti uma leve pressão na mão, olhei pro lado e vi que era Edward, que segurava minha mão e me observava com seu lindo sorriso torto.

-É lindo não é? – ele disse voltando o olhar para o jardim.

-Muito... Como descobriu esse lugar? – perguntei. Ele me puxou para o banco de balanço e nos sentamos lá.

-Eu tinha saído de casa, só pra esfriar a cabeça, aí acabei encontrando sem querer, eu sempre venho aqui, quando quero pensar um pouco, ficar sozinho. – ele sorriu e eu retribuí. Ficamos em silêncio por um tempo...

-Sabe por que terminei meu namoro com Tânia? – ele perguntou de repente.

-Humm... Não. – respondi. Ele sorriu e se inclinou um pouco pra frente apoiando os cotovelos nos joelhos e o queixo nas mãos.

-Por que eu... – ele parou e encarou o chão. – Acho que estou apaixonado por outra garota. – ele disse. Então era isso. Ele estava apaixonado por outra. Quis bater em mim mesma só de pensar que ele poderia gostar de mim.

-E ela sabe disso? – perguntei tentando reprimir a mágoa que eu sentia.

-Não... Mas acho que, talvez ela goste de mim também. – ele disse sorrindo. Ele quer me matar, é? POR QUE NÃO ENFIAM LOGO UMA ESTACA EM MIM?! Oh, vida cruel.

-E... Eu posso saber quem é? – pra eu poder logo acabar com a vida dela... QUE É ISSO ISABELLA?!

-Sim, você a conhece muito bem. – ele sorriu e eu o encarei confusa.

-E quem é? – acabe logo com minha vida, eu imploro. Ele aproximou seu rosto do meu e colocou uma mexa do meu cabelo atrás de minha orelha.

-Você. – sussurrou no meu ouvido. Virei o rosto e olhei pra ele surpresa.

-Co-como? – ótimo. Lá vou eu gaguejar de novo.

-Eu sou apaixonado por você desde o primeiro dia que te vi, Bella. Me encantei com seu jeito doce, tímido, e meigo... Eu te amo Bella. – ele acariciou meu rosto com a ponta dos dedos. Eu podia jurar que nem respirando eu estava.

-Eu também amo você. – falei quase num sussurro. Ele sorriu e eu retribui. Ele aproximou seu rosto e selou nossos lábios num beijo doce e apaixonado. Entrelacei meus dedos em seu cabelo aprofundando mais o beijo, seus braços me abraçaram pela cintura me puxando para mais perto dele. Com sua mão direita, ele fez o caminho por toda a minha coluna, fazendo com que eu sentisse um arrepio.
Era incrível a sensação que eu estava sentindo, eu me sentia tão... Completa! Como se uma parte de meu coração estivesse sempre vazia e agora finalmente se preenchesse. Parecia o certo, eu me sentia feliz, e nada poderia estragar esse momento.

Interrompemos o beijo para buscarmos ar, estávamos ofegantes, Edward encostou sua testa na minha e sorriu, sorri também. Ele segurou minha mão esquerda e enlaçou nossos dedos.

De repente, fogos de artifícios iluminaram o céu, Edward e eu olhamos pra cima, e no mesmo instante eu paralisei. Havia uma frase no céu, na verdade um pedido...

“Quer namorar comigo?”

Olhei pra Edward boquiaberta, ele sorriu e pegou algo no bolso de sua calça, por algum milagre eu não caí pra trás quando vi a pequena caixinha preta de veludo.

-Espera! Vai me pedir em namoro ou em casamento? – falei brincalhona. Edward riu alto e me entregou a caixinha de veludo, que agora percebi que não era tão pequena assim. Abri a caixinha e meu queixo caiu. Lá tinha uma linda pulseira de ouro, com vários pingentes.

-Meu Deus, Edward, é linda. – falei quase chorando. Edward sorriu e pegou a pulseira a colocando em meu pulso direito o beijando em seguida.

-Então, aceita meu pedido de namoro? – ele perguntou em dúvida. O que ele achava? Que eu ia dizer não?

-Claro que aceito. – respondi sorrindo. Ele sorriu e me beijou amavelmente.

::: FLASHBACK OFF :::

Fitei a pulseira e mal percebi quando lágrimas caíram sobre meu rosto. Encostei minha cabeça no volante e suspirei. Tirei a chave da ignição e a larguei junto com o celular no banco do carro, saí e fechei a porta com uma força desnecessária.
Caminhei até a frente do prédio, e fiz sinal para um táxi, logo um parou e eu entrei pedindo ao motorista que me levasse ao centro da cidade.
Não sabia o que realmente encontrar lá, mas era minha última tentativa. O motorista parou e eu joguei duas notas de vinte no banco, saí do carro sem me importar em pegar o troco. Caminhei até o lugar da minha melhor lembrança... O lindo jardim. Observei o lugar, e estava do mesmo jeito de antes. Sentei-me no banco de balanço e fitei minhas mãos. Suspirei e coloquei as mãos no rosto, tentando reprimir as milhares de lágrimas que insistiam em cair por meu rosto.
Me sentia incompleta, sentia uma dor imensa no peito. Era a ausência dele que me fazia sentir assim. Com Edward eu sempre me senti bem, me sentia realmente amada. Ele sempre esteve do meu lado, me apoiando... E eu fui a idiota que brigou com ele por um motivo que eu poderia resolver logo. Mas eu não podia arriscar nosso namoro desse jeito, meus pais fariam de tudo para impedir que continuássemos juntos... Mas quem se importa? Nós poderíamos fugir e ficar rodando o mundo, apenas curtindo a vida e o nosso amor... Mas infelizmente é tarde pra isso.

Senti alguém sentar-se ao meu lado, senti um arrepio subindo a minha coluna. Levantei o rosto e me deparei com...

-Edward? – Sim. Ele estava mesmo ali. Ele sorriu pra mim e limpou uma lágrima do meu rosto com seus dedos. Não pensei em nada, apenas o abracei forte. Ele retribuiu o abraço e eu mais uma vez me mergulhei em lágrimas, mas dessa vez... Eram de alegria.

-Me perdoa. – ele disse com a voz embargada, ele também chorava. Ele se afastou minimamente para me olhar nos olhos. – Eu fui um idiota, não devia ter falado daquela maneira com você, tudo que eu disse era mentira... Eu... – o interrompi colocando o dedo indicador em sua boca.

-Eu é que tenho que me desculpar, você está certo eu sou uma covarde e... – ele não deixou que eu terminasse de falar, apenas me beijou como nunca fez antes. Ele me queria, assim como eu também o queria, infinitamente.
Seus lábios eram ferozes contra os meus, ele me segurou fortemente pela cintura e eu entrelacei meus dedos em seu cabelo o puxando para mais perto de mim, aprofundando mais o beijo.
O ar fez falta, e tivemos que parar o beijo. Ele me olhava sorrindo torto e eu não pude deixar de sorrir também. Ele afagou meu rosto com sua mão e me deu um beijo rápido em seguida me abraçou forte, e eu retribuí. Ele enterrou seu rosto em meu cabelo e beijo meu rosto depois.

-Eu te amo. – sussurrei no ouvido dele. Ele me encarou sorrindo.

-Também te amo... – ele sussurrou também. – Nunca mais vamos nos separar... – ele completou.

-Nunca. – repeti. Ele sorriu e me beijou demorada e amavelmente.

... Dias depois...

-Edward, pra onde está me levando? – tentei tirar a bendita venda de meus olhos, mas Edward me impediu.

-Calma... Você vai já descobrir. – ele disse, podia jurar que havia um sorriso enorme em seu rosto.

-Por que tanto suspense? – perguntei. Edward riu. De repente, tropecei em algo. – AI! ME GUIA DIREITO PELO MENOS! – esbravejei.

-Desculpa. – ele disse. Não sei por que, mas tinha a impressão de estar esquecendo alguma coisa... Todo mundo estava estranho comigo hoje. Alice não me disse nada, mesmo eu fazendo chantagem emocional. Todos pareciam guardar um segredo, e só eu estava sobrando.

-Prontinho. – Edward me fez parar. Suspirei aliviada.

-Até que enfim... Já posso tirar a venda? – perguntei louca pra ver o que estava acontecendo.

-Ainda não, espera só um segundo... – ouvi um barulho, parecia que ele estava abrindo uma porta, ele me empurrou um pouquinho pra frente, e eu senti estar dentro de algum lugar.

-Já to ficando impaciente. – resmunguei. Edward riu e me posicionou sabe-se lá onde.

-No três você tira... Um... – ele começou a contar. – Dois... E... TRÊS! – rapidamente tirei a venda e quando vi o ambiente quase tenho um pirepaque.

-FELIZ ANIVERSÁRIO BELLAAAAA! – todos gritaram. Todos da família Cullen, meus pais, meus irmãos e até pessoas que eu nem fazia idéia de quem era, estavam reunidos na sala de estar da casa dos Cullens e... AI MEU DEUS! EU ME ESQUECI DO MEU PRÓPRIO ANIVERSÁRIO!
A casa estava toda decorada com panos, papéis, tudo em cor de rosa e roxo, havia muitas velas e flores por toda a casa, e uma mesa enorme, repleta de todos os tipos de guloseimas e salgados que se pode imaginar, e o bolo, é claro, que estava no meio da mesa.

Ainda estava petrificada quando senti alguém me abraçar, percebi que era Alice.

-HAPPY BIRTHDAY BELLS! – ela berrou soprando uma língua-de-sogra. Eu ri da animação da baixinha.

-Obrigada Alice. – agradeci. Ela sorriu e correu escada acima e logo voltou carregando um pequeno embrulho rosa.

-Toma. É meu presente. – ela disse sorrindo. Abri o embrulho e sorri ao ver o lindo vestido azul e sapato de salto.

-Obrigada Alice, não precisava. – falei.

-Ah, não foi nada. – ela sorriu e saiu correndo de novo. Olhei pra Edward com os olhos arregalados e ele riu.

-Como eu posso esquecer o meu próprio aniversário? – perguntei incrédula. Edward riu e me abraçou.
-Acho que você não liga muito pro calendário. – ele zombou. Eu bufei e dei um tapa no braço dele.
Logo, todos vieram me parabenizar, meus pais foram os últimos. Eu contei a eles sobre meu namoro com Edward, há uma semana, eles no começo não reagiram bem, mas eles logo viram o quão bom rapaz Edward era, e aceitaram o nosso namoro.

A festa estava bem animada, Edward não saia do meu lado por nada, Alice tentou me seqüestrar, mas ele não permitiu.
Na hora de cortar o bolo, fiquei em dúvida pra quem eu deveria dar o primeiro pedaço. Pensei, e ri de mim mesma, quando levei o bolo para o Mr. Fofulento, o cachorro da família Cullen, todos riram da minha atitude. Recebi muitos presentes. Mas o que eu mais amei, e que concerteza me emocionou, foi o presente de Edward. Ele me deu um lindo anel de diamantes, que era de sua mãe, Esme, quando Carlisle a pediu em casamento. Todos choraram quando Edward se ajoelhou a minha frente e me pediu em casamento, eu caí em brandos e aceitei o pedido, claro.

Agora, estava do lado de fora da mansão Cullen, sentada num banco e pensando em tudo que passei.
Agora tudo parecia correr bem, meus pais não proibiram meu namoro com Edward, e ao contrário do que pensei, eles ficaram muito felizes por ele ter me pedido em casamento, o que foi de grande alívio pra nós dois, e meu pai parecia ter superado seu súbito ódio pelos Cullens... Alice estava mais feliz do que nunca, pois Jasper finalmente criou coragem e a pediu em namoro, Emmett e Rose estavam se acertando, mas sempre rolava uma briguinha boba entre eles, nada que atrapalhasse o relacionamento... E eu, estava muito feliz ao lado de Edward, agora futuro marido. Edward era um amor comigo, sempre me fazendo me sentir bem, me fazendo rir quando eu estou triste... Mas é impossível isso, eu nunca estou triste ao lado dele. Porque com ele eu me sinto completa, e tudo ficará melhor, já que em breve nos casaremos.

Vi Edward andando em minha direção com seu lindo sorriso torto;
Ele sentou-se ao meu lado no banco, o abracei pela cintura, querendo mostrar neste simples gesto, o quanto eu o amava. Ele me envolveu com seus braços e escondeu seu rosto em meu cabelo.
Ficamos assim, abraçados, por um longo tempo, ele ergueu meu rosto pelo queixo e me beijou lento e carinhosamente.
Nunca me cansaria disso, seus abraços, seus beijos e carinhos... Tudo fazia meu coração inflar de tanta alegria.

-Eu te amo. – ele sussurrou contra meus lábios.

-Também te amo. – sussurrei também, me entregando novamente aquele beijo. Edward era o amor da minha vida, e eu jamais cansaria de repetir a ele “Eu te amo”, pode vir o que vier, mas eu nunca vou deixar de amá-lo, pois nosso amor é eterno e verdadeiro.

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Notas finais do capítulo

N/R_Cullen: Olá amores da minha vida... Ai gente, amei escrever essa one-shot, chorei um bocado. Eu dei tudo de mim pra escrevê-la, sei lá, eu me vi na personagem, acho que eu pus um pouco da minha personalidade nela. Eu nunca namorei, nem fiquei com algum menino (tenho 14 anos, abafa... Grandes coisas... hihi... tá parei!), mas acho que eu ficaria exatamente desse jeito, sou muito emotiva... Choro até quando algum patinho morre : ’(...
Mas eu sou assim mesmo. HAHA... Então, fazendo merchanzinho básico... Hehe... Se vocês gostarem da one-shot, e quem sabe, tipo assim *balançando o pezinho e mexendo no cabelo*, insistirem muito, talvez... Eu disse TALVEZ, eu faça outra one-shot. Vocês que mandam. Hihi.
Agora, perguntinha básica: QUEM CURTE SONOHRA?! o/o/ o/ HAHA... Adoro esses italianos, as músicas deles são... PERFEITAS! HAHA... Tá bom, parei. E só pra constar, pra quem tiver alguma dúvida, eu não fiz a one-shot baseada na letra da música deles, Salvami, ok? Eu tava pensando em colocar o título da one como “Salva-me”, mas eu pensei melhor, li toda a one-shot, e vi que esse título não tinha nada haver, então, achei que ficou melhor “Eternamente... *pausa dramática* AMOR!” kkk...Tá parei!
Então, aqui me despeço amores!

Bjinhos, amo vocês!