Entre beijos e paixões - Season 2 escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 24
Bélgica: Conflitos, armações... E a decisão de Pata...


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Como estão? Espero que bem!
Bom aí vai mais um capítulo, garanto que está bem interessante...
Então, aguardo a opinião de vocês nos comentários!!!
Boa leitura!



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Bruxelas, Bélgica…

— Calma Mosca! – Pedia Mili, alterada.

— Calma é o caralho! – Gritou o namorado. – Pata, ou você vem embora com a gente agora mesmo, ou fica aí com esse otário e o babaca do irmão dele pro resto da sua vida! – Esbravejou, voltando-se para a irmã. – Você quem decide. – Finalizou.

— Pata, por favor, não vai… – Pediu Duda, com uma voz calma, porém podia se notar o desespero em seus olhos.

— Eu… – Pata não sabia o que dizer, estava totalmente confusa. Porém tinha que fazer uma escolha o mais rápido possível, antes que fosse tarde demais. – Eu escolho (…)

***

Horas antes…

Após uma boa dormida no quarto de hóspedes, Mili acordou. Ao fazer isso, a mesma olhou em volta e lembrou-se de que estava na Bélgica.

— Essa cama é quase tão boa quanto a minha. – Afirmou, passando as mãos por entre as cobertas.

— Bom dia, dorminhoca! – Disse Pata, saindo do banheiro da suíte.

— Bom dia! – Exclamou Mili, espreguiçando-se. – Que horas são? – Perguntou virando para Pata. – E por que você tá de biquíni? – Perguntou, notando que Pata usava um biquíni amarelo florido.

— Bom, são oito da manhã. – Respondeu Pata, olhando no celular. – E o motivo de eu estar de biquíni é que a gente vai descer pra piscina do prédio, lá tem um bar e hidromassagem, e os garotos já estão lá tomando café.

— Caramba! E porque você não me acordou? – Perguntou Mili, pulando da cama.

— Foi mal, é que o Mosca contou sobre o seu desmaio, ontem no avião. – Disse Pata. – Aí achei melhor te deixar descansar, ia até colocar um bilhete no criado-mudo. – Explicou.

— Aff, nem era pra tanto, eu to ótima! – Disse Mili. – O Mosca que é exagerado. – Afirmou.

— É, eu sei bem disso. – Disse Pata. – Mas então, já que você já acordou, vamos descer? – Chamou.

— Tá, mas eu não vou de camisola, né? Vou me trocar. – Disse Mili.

— Ok, vai lá. – Disse Pata, sentando-se na cama a espera da garota.

Enquanto isso, na piscina do prédio…

Os garotos aproveitavam a hidromassagem, enquanto tomavam drinques.

— Cara, isso é muito bom! – Dizia Mosca, relaxando.

— Se refere ao drinque, ou a hidromassagem? – Perguntou Duda.

— Aos dois. – Disse Mosca.

— E isso é porque você ainda não viu as gostosas que costumam vir aqui! – Comentou Raul, com aquele sotaque irritante (segundo Mosca). Assim que o mesmo fechou a boca, uma garota de biquíni rosa passou, indo para a piscina, enquanto caminhava a mesma fitou Mosca com um olhar malicioso. – Falando nelas, olha lá a Margot… – Acrescentou Raul.

— Acho que ela gostou de você, Mosca. – Disse Duda, rindo.

— Só lamento por ela. – Disse Mosca. – Não faz meu tipo, muito magrinha. – Afirmou, dando um gole em seu drinque.

— Mesmo que fizesse, você não teria coragem de trrair a Mili, né? – Perguntou Raul.

— Não, não teria… – Disse Mosca.

— O Mosca não é do tipo que comete o mesmo erro duas vezes. – Disse Duda, falando demais.

— O quê?! – Exclamou Raul. – Quer dizer que já trraiu ela? – Perguntou, curioso. Nessa hora Mosca fuzilou o cunhado com o olhar, o que fez este perceber que havia falado demais.

— Ops… – Disse Duda, sem jeito. Mosca suspirou.

— Eu não me orgulho disso… – Afirmou o moreno. – Foi no início quando a gente começou a se envolver, eu fiz besteira e quase não consegui me sair. – Contou. – Mas eu estava fora de mim mesmo na época, e tive sorte por ela ter me perdoado. – Concluiu.

— Foda cara, ainda bem que se resolveram. – Disse Raul.

— Mas olha pelo lado bom, se você não tivesse traído a Mili, você era virgem até hoje! – Soltou Duda novamente aos risos. Mosca o encarou com mais raiva ainda.

— Cara, você tá me avacalhando demais! – Alterou-se.

— Foi mal, é esse drinque, ele me embebeda muito rápido. – Disse Duda, desculpando-se.

— Não se prreocupe Mosca, essa conversa não vai sair daqui. – Disse Raul, tomando seu drinque, “desprreocupado” (e.e).

— Acho bom mesmo. – Disse Mosca.

Minutos depois, as garotas chegaram a piscina.

— Chegamos! – Anunciou Pata.

— Já era hora, Pata. – Disse Duda.

— Eu tava esperando a dorminhoca se arrumar. – Disse Pata. Mili estava com uma saída de banho azul por cima do biquíni.

— Eu não demorei nem 10 minutos. – Disse Mili.

— Eu jurava que você ia continuar dormindo, Mi. – Disse Mosca.

— Jurou errado. – Disse Mili.

— Bom, eu vou dar um mergulho na piscina, quem vem? – Disse Duda, chamando alguém.

— Eu vou! – Disse Pata. – Depois que tomar café. – Acrescentou, rindo.

— Para quê cafêe? – Perguntou Raul. – Tem vodka! – Exclamou.

— Não sou alcoólatra que nem você, Raul. – Disse Pata.

— Ui, calma cunhadinha! – Pediu Raul.

— Bom eu vou lá tomar café, vem comigo Mili? – Chamou Pata.

— Depois eu vou, não tô com fome agora. – Disse Mili.

— Ok, então. – Concluiu Pata, indo ao bar.

— E então Mili, não vai entrrar na Jacuzzi? – Perguntou Raul, encarando a garota. Nessa hora Mosca o encarou.

— Não sei… – Disse Mili, olhando para Mosca.

— Já saquei… – Disse Raul. – Bem, acho que vou dar um mergulho ali com o Duda. – Disse, levantando-se da jacuzzi, e indo em direção a piscina, onde Duda estava, enquanto andava este cumprimentou a garota de biquíni rosa, que tomava sol numa das espreguiçadeiras. – Bonjour, Margot!

— Bonjour, Raul! – Respondeu a mesma. Raul continuava andando quando Margot o chamou novamente. Então passaram a conversar, em francês. (Sim, na Bélgica eles falam francês) Foi uma breve conversa que por sinal era sobre Mosca, pois a garota falou, Raul direcionou o olhar para Mosca, e depois voltou o olhar para Margot, sorrindo, logo sussurrou algo, então a garota olhou para Mosca e soltou um risinho faceiro. Isso não ia prestar…

Mosca e Mili que não perceberam o fato, se encaravam de minuto em minuto, em silêncio, na hidromassagem.

— É… Mili, eu…

— Mosca eu queria…

Ambos falam ao mesmo tempo, dando uma pausa para que um pudesse continuar.

— Fala você primeiro. –Disse Mili, voltando atras. Esta pretendia finalmente perguntar algo sobre Débora, mas, viu aquilo como um sinal, quem sabe ele não comentaria sobre isto?

— Tá… Bom, é que eu acho que estamos precisando conversar… –Afirmou o garoto.

— É? –Perguntou Mili. – E sobre o que seria?– Acrescentou. Mosca respirou fundo.

— Ok… Lá vai… –Disse receoso. – Mili, eu sei que você diz que ainda não está pronta pra mim… – Iniciou. Nesse momento a garota o encarou interessada no que ele tinha a dizer, então o mesmo olhou no fundo de seus olhos e prosseguiu. –Mas… Será que esse é realmente o motivo por você não querer ter um contato mais aprofundado comigo? Ou tem outra coisa que você não me contou? – Perguntou, deixando Mili surpresa… E confusa.

— C-Como assim? –Perguntou a garota. –O que você tá querendo dizer? –Perguntou.

— Tá achando que eu tô te escondendo algo? –Perguntou novamente antes que o garoto respondesse a pergunta anterior.

— Não sei… Você tá? –Perguntou Mosca, indeciso.

— E você? Será que está me escondendo algo? –Perguntou Mili.

— Ah, então é você que acha que eu tô escondendo! –Concluiu Mosca. Houve um silêncio momentâneo. – Olha, Mili… Se você tá se guardando porque não confia em mim, eu…

— Não é por isso! –Disse Mili. – Mas também não sei se posso confiar inteiramente em você se quer saber! –Lançou de imediato. Mosca estava cada vez mais confuso.

— Então ta me dizendo, que não confia em mim, mas também tem mais motivos de não ter tido relação comigo ainda? –Perguntou o garoto. – Sabe Mili, eu tô começando a achar que você não me ama de verdade… – Abriu o jogo.

— Não é isso! Claro que amo você! –Disse Mili. –É que…

— É que…? – O garoto esperava uma resposta concreta dessa vez.

— Tá! Eu vou falar! –Decidiu Mili. – Naquele dia que você foi no mercado. Uma pessoa me falou que viu você lanchando com a Débora e vocês pareciam bem íntimos! – Contou. – E quanto a eu não ter feito sexo com você ainda é que… Eu realmente não me acho pronta pra isso, não sei o motivo, eu só não estou… Entende? – Revelou. Mosca apenas permaneceu calado a encarando, soltando um meio sorriso em seguida.

— Não acredito, depois desses anos todos… – Disse Mosca. – Depois de tudo o que passamos e das minhas promessas, você ainda não confia inteiramente em mim. – Completou. – Você acha mesmo que eu teria algo com a Débora? Ou com qualquer outra pessoa, estando com você? –Perguntou. – Acha que eu não aprendi daquela vez? Eu não sou do tipo que erra duas vezes! – Mili reparou quando uma lágrima passou a escorrer pelo rosto de Mosca. – Cara, eu já magoei as pessoas que amo o suficiente para uma vida inteira, acha que não me lembro de tudo que vocês passaram comigo naquele tempo? Das idiotices que fiz?! – Perguntou, entre lágrimas. Ao ver que o garoto realmente estava sendo sincero, Mili passou a chorar também.

— Mas aquele não era você, era o Brian, você sabe! –Lembrou Mili.

— Mas ele fez aquilo por que eu permiti! Ele sabia que eu era fraco! Ele só libertou o que havia de pior em mim! – Afirmou Mosca, chorando mais ainda. Nesse momento Mili o abraçou, mas o garoto meio que se esquivou.

— Não… Não me abraça! Talvez eu realmente não mereça. – Falou o garoto enxugando as lágrimas, e saindo da banheira de hidromassagem. Este pegou um roupão e passou a caminhar para dentro do prédio. Pata que percebeu tudo do bar, veio correndo em direção a Mili em busca de respostas.

— Mili, o que aconteceu? Por que meu irmão saiu daquele jeito? – Perguntou.

— Por que eu sou uma idiota Pata! – Afirmou Mili, aos prantos.

— O que aconteceu? – Perguntou Pata, confusa. – É por causa daquele assunto? – Perguntou, referindo-se sobre o celibato.

— É tudo! Eu fiz tudo errado! Desconfiei dele, e não sei como concertar… – Disse Mili.

— Mili… Você realmente o ama? – Perguntou Pata.

— Sim! Eu amo… – Disse Mili.

— Então não acha que está na hora de dar um voto de confiança ao meu irmão? – Perguntou Pata.– Porque sabe, se ele tá te esperando esse tempo todo, é porque ele sim te ama de verdade, na minha opinião isso é uma prova do amor dele por você. – Opinou.

— Eu… – Mili não soube o que dizer.

— Não acha que agora é a sua vez de dar uma prova de amor ao Mosca? – Perguntou Pata. Mili continuou em silêncio. – Pense nisso, Mili… – Concluiu Pata, saindo a caminho da piscina. Aquela pergunta ecoou na cabeça de Mili, por um bom tempo.

Os garotos se divertiam na piscina… Mili continuava lá, pensando…

Mosca chorava no quarto de hóspedes… Mili continuava lá, pensando…

Raul conspirava com Margot… Mili continuava lá, pensando…

E quando Mili finalmente tomou sua decisão, Raul aproximou-se para atrapalhar.

— O que faz aqui sozinha Mili? –Perguntou o garoto.

— Nada, eu já ia sair… –Disse Mili, olhando para o prédio.

— Oh! Você vai sair logo agora que vim fazer companhia a você? –Perguntou Raul. – Que desfeita… – Mili ficou sem jeito, então seu lado ingênuo decidiu ficar lá, na companhia de Raul, afinal, que mau teria?

Enquanto isso…

Mosca continuava no quarto de hóspedes, quando percebeu alguém entrar no apartamento. Este, pensando que se tratava de Mili, resolveu sair do quarto, pois, esperava realmente que a garota fosse lá fazer as pazes. (Chantagista e.e) Mas ao chegar na sala, se deparou com outra pessoa.

— Ah! Oi, eu pensava que era a minha namorada… – Disse Mosca.

	— Salut, Mosc. Ils ont dit qu'il attendait pour moi! – Disse a garota.	Mosca sem entender nada apenas sorriu e concordou com a cabeça. (Conselhos de Mili quando estivesse no exterior e.e)

A garota, entendendo aquilo como um sim, aproximou-se inesperadamente de Mosca e por fim, lhe tascou um belo beijo inapropriado. E exatamente nessa hora, Raul e Mili entraram no apartamento e presenciaram tudo. Mosca ao vê-la se afastou da garota Belga.

— Mili, não é nada disso… — Mas antes que pudesse se explicar, Mili apenas o encarou decepcionada, antes de sair correndo dalí.

— Nossa Mosca… Que decepção, achei que você disse que nunca mais ia traí-la. —Falou Raul, num tom de deboche.

— Isso foi armação, não foi?! —Perguntou Mosca.

— Talvez sim, talvez não… — Antes de terminar de falar Raul levou um belo soco na boca. Então, Mosca saiu atrás de Mili.

A garota estava pegando o elevador quando Mosca a alcançou.

— Mili! Espera! Por favor! —Pediu Mosca. A porta do elevador se fechou. — Droga! —Exclamou o garoto, contrariado. Logo, este decidiu pegar as escadas, e sair daquele local, para esfriar a mente e encontrar uma solução. O garoto caminhou por várias horas até finalmente encontrar uma solução em sua cabeça.

Enquanto isso, no prédio…

— Eu não acredito que você fez isso! — Gritava Duda, com seu irmão adotivo.

— Calma! Eu só queria ajudar! —Dizia Raul, segurando uma bolsa de gelo nos lábios.

— Isso foi ridículo Raul! E agora por culpa sua eles sumiram! — Disse Pata, preocupada.

— Eles devem ter voltado prro Brasil… —Falou Raul, pensativo.

— Um em cada avião, né? Só se for… —Disse Duda, com sarcasmo.

— Ai que vontade de te dar uma surra, garoto! — Disse Pata, cerrando os punhos para Raul.

— Sêrrio? Então querr dizerr que a Pata trroglodita ainda existe dentro de você? — Provocou Raul.

— Talvez! — Respondeu Pata.

— Gente vocês não vão brigar também, né? —Perguntou Duda. — Agora é melhor nos preocuparmos em ir atrás do Mosca e da Mili. — Afirmou.

***

Ao chegar no prédio, Mosca avistou Mili, sentada no jardim.

— Mili… — Chamou.

— Oi. — Atendeu a garota.

— Foi armação, eu juro. —Jurou o garoto. — Não faria sentido depois de toda aquela nossa conversa eu fazer isso. — Afirmou.

— Talvez fizesse. —Disse Mili. — Afinal, eu dei motivo pra isso, agindo daquela forma. — Completou.

— Não… — Disse Mosca. — Foi só um mau entendido, as duas coisas… — Afirmou.

— Mas e o fato de eu não estar pronta? —Perguntou Mili.

— Não importa! Eu já esperei esse tempo todo, não morrerei se esperar mais dez. —Disse Mosca, fazendo Mili rir.

— Eu acredito em você… — Disse Mili. — Eu vi o Raul conversando com aquela garota, e depois vindo falar comigo. E vi quando ela entrou no prédio. No início achei que era coincidência, aí ele começou tentar me xavecar.

— O quê?! Ele fez isso? —Perguntou Mosca.

— É, ele disse que eu não deveria sofrer por você já que você já tinha me traído uma vez. E que eu tinha mais era que dar o troco. — Contou.

— Que babaca, ele me paga! — Afirmou Mosca, irritado.

— Mas eu não dei ouvidos, eu estava disposta a te perdoar e subir para fazer as pazes… — Contou Mili. — Quando eu vim pro apartamento, ele veio atrás de mim, me convencendo a não ir, até que a gente chegou na porta, e ele mesmo fez questão de abrir. Aí você tava lá beijando aquela garota.

— Ela quem me beijou! Se eu entendesse belgicanês talvez tivesse impedido! — Exclamou Mosca.

— Eles falam francês aqui, Mosca… — Disse Mili rindo. — Mas, eu pensei nisso. Bom, quando eu vi fiquei com muita raiva, mas depois eu pensei bem e concluí que podia ser armação, ainda mais pelo sorriso vitorioso que o Raul colocou no rosto. — Concluiu Mili.

— Então está tudo bem? — Perguntou Mosca.

— Sim, está… — Disse Mili, sorrindo.

— Eu amo você. — Disse Mosca.

— Também amo você. — Respondeu Mili. Logo, ambos se abraçaram e uniram os lábios mais uma vez. Tudo estava bem entre eles. Ou melhor, quase tudo.

— Agora, já que tudo se resolveu, acho melhor eu dar uma lição naquele imbecil! — Exclamou Mosca, furioso, indo até o elevador.

— Mosca, espera! —Pediu Mili, o seguindo.

***

Assim que o elevador se abriu, Mosca e Mili deram de cara com Duda, Raul e Pata.

— Graças a Deus! — Exclamou Pata aliviada, mas Mosca a ignorou partindo pra cima de Raul.

— Você! Seu babaca, imbecíl! — Gritou, o empurrando.

— Mosca, para com isso, cara! — Pediu Duda o segurando.

— Me solta, Duda! — Gritou Mosca.

— Não! — Disse Duda.

— Eu vou matar esse gringo, filho da puta! — Gritava Mosca descontrolado, este mesmo sendo segurado por Duda, conseguiu agarrar o pé de Raul.

— Para com isso Mosca! — Pediu Pata. 

— Não vale a pena, cara! — Disse Duda.

— Segurrança! Segurrança! — Gritava Raul.

— Você fala isso pra defender seu irmão!  — Cuspiu Mosca, soltando-se de Duda. — Quer saber, a culpa foi sua! Você ficou falando sobre o meu passado na frente dele, eu confiei em você! — Afirmou o moreno. — Confiei nesse babaca! E ele tramou pra mim! E eu aposto que tem dedo seu aí no meio!

— Cara, porque eu tramaria contra você? — Perguntou Duda.

— Pega leve Mosca, o Duda não fez nada... — Disse Pata.

— Não defenda esse otário! Esse imbecil metido a rico! Olha o que ele fez com você! — Gritou Mosca, em direção da irmã.

— Calma Mosca! — Pedia Mili.

— Te transformou numa coisa que você sabe muito bem que no fundo não é! – Completou o garoto. Ao ouvir isso Pata mudou a expressão em seu rosto, ela sabia, que aquilo era no fundo verdade.

— Calma Mosca! – Pedia Mili, alterada.

— Calma é o caralho! – Gritou o namorado. – Pata, ou você vem embora com a gente agora mesmo, ou fica aí com esse otário e o babaca do irmão dele pro resto da sua vida! – Esbravejou, voltando-se para a irmã. – Você quem decide. – Finalizou.

— Pata, por favor, não vai… – Pediu Duda, com uma voz calma, porém podia se notar o desespero em seus olhos.

— Eu… – Pata não sabia o que dizer, estava totalmente confusa. Porém tinha que fazer uma escolha o mais rápido possível, antes que fosse tarde demais. – Eu escolho... 

— Não faz escolha precipitada, Pata… – Pediu Duda. – Mosca, você tá fora de si, não pode obrigar sua irmã a fazer uma escolha. – Afirmou.

— Eu não estou obrigando ninguém. – Disse Mosca. – Fala pra ele Mili, fala a verdade.

— Do que você tá falando? – Perguntou Duda. – Que verdade?

— Mili… Não… – Pediu Pata.

— Desculpa, Pata… – Pediu Mili. – Mas eu não ia deixar você ficar sofrendo aqui. – Afirmou.

— Sofrendo? Como assim? – Perguntou Duda.

— A Pata não tá gostando de ficar aqui com você e a sua família de ricos otários! – Disse Mosca. Duda encarou Pata sem entender. – Ela quer ir embora, não está feliz. – Completou.

— Isso não pode ser verdade, não é Pata? – Perguntou Duda, a encarando. Pata passou a chorar. – Pata... ?

— Me desculpa Duda... – Pediu Pata, chorando. – Eu aguentei todo esse tempo por amor a você, mas é verdade sim... – Confessou. – Sua família nunca me aceitou como eu era, tive que mudar para que me aceitassem. Tive que me submeter a coisas o qual eu nunca concordei, para agradar você... E mesmo assim você nunca questionou. – Desabafou.

— Eu... Achava que você tinha mudado por vontade própria... – Disse Duda, confuso.

— Os homens nunca percebem o que acontece a sua volta... – Disse Mili.

— Pois é… – Disse Pata. – E é por isso Duda, que eu escolho ir com eles. – Decidiu, deixando o garoto de cara no chão. – Partimos amanhã. – Finalizou a garota direcionando-se ao irmão e a Mili, que assentiram.

Continua…

Música... 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?? Comentem!!!
Beijos e até a proxima!