Só pra acompanhar heuahe

– 98… 99… 100! – Exclamou o garoto, após o centésimo abdominal.

Todas as garotas e garotos da academia o observavam. Sim, as garotas o desejavam, e os garotos desejavam ser como ele, mas nem sempre foi assim, e aquilo, com certeza, seria um exemplo de vida… – E por hoje é só. – Afirmou, concluindo a série de exercícios.

– Já era tempo, hein? – Afirmou Débora, que o esperava numa das bicicletas ergométricas. – Tive que fazer quase meia hora de bicicleta pra poder te esperar. – Reclamou.

– Já terminou seus exercícios de hoje? Nem notei. – Disse o garoto.

– Pois é. – Bufou Débora irritada.

– Tá reclamando de quê? Eu não pedi pra você me esperar! – Disse o garoto, sem se importar com a mesma.

– Mas a gente ficou de sair hoje, se é que você lembra. – Disse Débora.

– Tinha me esquecido. – Falou Rafa, dando um gole no seu shake de proteínas. Débora revirou os olhos. – Tem que parar de agir como se estivéssemos namorando Débora, porque não é o caso. – Lançou Rafa.

– Ah é? Pois ótimo! – Gritou Débora. – Se não é o caso, procura outra trouxa pra te satisfazer, e me esquece! – Esbravejou.

– Como se isso fosse a coisa mais difícil do mundo. – Retrucou Rafa, calando Débora.

– Pode não ser a coisa mais difícil pra você Rafael… – Falou Débora calmamente. – Até tirarem a suas calças, e verem esse bicho microscópico que você chama de pênis! – Gritou, chamando a atenção do local inteiro. Se retirando em seguida.

– É mentira dela! – Esclareceu Rafa a todos que o encaravam, agora, com um olhar de reprovação. – Ela é ninfomaníaca. – Completou, saindo envergonhado do local.

Rafa caminhava rapidamente de volta para o orfanato, estava absolutamente constrangido com o que havia acontecido, e bastante irritado com Débora.

– Aquela puta me paga! – Afirmava, falando sozinho. – Como ela teve coragem de me desafiar daquele jeito? Com que cara eu vou entrar naquela academia de novo? – Perguntava-se, preocupado com sua nova reputação. – Ah, mas isso não vai ficar assim, não vai mesmo! – Concluiu, seguro.

Depois…

Assim que chegou ao orfanato, o garoto tomou uma boa ducha para esfriar a cabeça, e em seguida, saiu novamente.

– Pra onde você vai Rafa? – Perguntou Neco.

– Não te interessa. – Respondeu Rafa.

– Nossa pra quê essa grosseria? – Perguntou Neco. – Já sei, vai sair com a Murta que geme! – Deduziu, irritando Rafa. – Porque é que vocês chamam ela assim mesmo? – Perguntou, boiando.

– Cala a boca, Neco! – Gritou Rafa. – Tchau pra você! – Despediu-se rudemente, batendo a porta de entrada.

Rafa pegou um ônibus para outro bairro, descendo na frente de um pequeno prédio, onde entrou. Dentro do prédio subiu algumas escadas (o prédio não possuía elevadores.), que acabaram no início de um corredor com algumas portas, logo foi até a última a porta, no fim do corredor, de onde emanava uma música alta. Rafa tocou a campainha.

– Uou! – Exclamou Mosca, abrindo a porta, surpreso. – Nossa cara, que surpresa! – Exclamou. Rafa riu.

– Surpresa, é você tá em casa. – Afirmou.

– Tenho que concordar. – Riu Mosca. – É que hoje a patroa foi se matricular num curso aí. – Explicou. – Mas entra! – Convidou.

– Cadê tua tia? – Perguntou Rafa.

– Na Mili, ué. – Respondeu Mosca.

– Ah, verdade. – Lembrou Rafa.

– Pois, é, mas, o que você manda? – Perguntou Mosca. Rafa sentou-se no sofá e suspirou.

– Briguei com ela. – Respondeu.

– A Murta… Digo, Débora? – Perguntou Mosca.

– Pois é. – Assentiu Rafa, normalmente.

– E aí? – Perguntou Mosca.

– Não estamos mais ficando… – Respondeu Rafa. – É uma pena, pois ela era insaciável. – Lamentou. Mosca riu. – E não é fácil achar garotas tão loucas por sexo, e de graça. – Completou. – Achou que esse vai ser o meu período de seca. – Concluiu.

– Ai ai… – Suspirou Mosca.

– Mas e você e a Mili, como estão? – Perguntou Rafa.

– Não fizemos sexo ainda, se é isso que você quer saber. – Respondeu Mosca.

– Nunca? – Perguntou Rafa.

– Nunca. – Respondeu Mosca.

– Nossa Mosca, que cabeça a minha, eu aqui reclamando da minha possível futura vida sexual inativa, quando você tá numa situação pior do que eu. – Disse, deixando Mosca com cara de tacho.

– Fazer o quê, né? – Perguntou Mosca. – Eu amo a Mili, tenho que esperar o tempo dela. – Completou.

– Pois se fosse eu no seu lugar, já tinha pulado a cerca. – Afirmou Rafa.

– Tá louco? Já pisei na boa com ela uma vez, não vou repetir o mesmo erro. – Afirmou Mosca.

– Mas até quando vai ser essa espera, meu caro Mosca? Até o casamento? – Perguntou, deixando o garoto pensativo.

– Eu não tô preocupado com isso… – Disse Mosca. – Tô bem do jeito que tô. – Acrescentou.

– Você vai me desculpar Mosca, mas eu duvido muito. – Afirmou Rafa.

– Não quero discutir com você, Rafa. – Cortou Mosca.

– Ok. – Rafa se calou. – Enfim… Eu tava afim de sair e…

– Então sai ué. – Interrompeu Mosca, deixando Rafa com cara de tacho.

– Eu tava afim de sair, mas não sozinho, o que você acha da gente chamar os garotos pra um programa só de homens? – Perguntou Rafa.

– Que tipo te programa? – Perguntou Mosca.

– Nada envolvendo mulher, hoje eu quero distância de mulheres! – Afirmou.

– Que milagre. – Disse Mosca.

– A gente podia comprar umas cervejas e ir lá pra pista de skate. – Sugeriu Rafa.

– Lá só anda conhecidos. – Lembrou Mosca. – A Mili ia ficar com raiva porque eu não levei ela. – Afirmou. Rafa revirou os olhos. – É um programa só de homens! – Lembrou.

– Mas lá também anda mulheres, incluindo a Vivi e a Janu. – Disse Mosca. – E além disso aqueles manés da Ramsay, e você sabe que eu odeio aquele Caio! – Completou.

– E só por isso você vai deixar de andar nos lugares que a gente conhece? – Perguntou Rafa. – Tá é de papo furado! – Acusou. – Se você não quer ir é só falar. – Afirmou.

– Tá bom, eu NÃO quero ir. – Disse Mosca, calando Rafa.

– Aff! Qual é Mosca? Você não se importa mais com seus amigos? Só vive pra Mili agora? Porque se fosse ela que tivesse implorando pra você ir pra pista de skate aposto que você iria, assim como contratou os Ramsay pra tocar na festa dela! – Lançou Rafa. Mosca bufou sem paciência.

– Tá legal cara! Eu vou! – Cedeu. Rafa comemorou. Mosca revirou os olhos.

E então…

Faziam mais ou menos 20 minutos que Rafa e Mosca aguardavam os garotos na pista de skate, quando Thiago chegou.

– Amém! – Exclamou Mosca.

– Pelo menos um já chegou. – Disse Rafa.

– Foi mau galera, houve um imprevisto, por isso me atrasei. – Afirmou Thiago, sonso. (O “imprevisto se chamava Cris”)

– Hum… – Murmurou Rafa.

– E o Binho? – Perguntou Thiago.

– Ta na Bia, vem daqui a pouco. – Respondeu Mosca.

– Pra variar. – Completou Rafa. Assim que Rafa fechou a boca, Binho apareceu.

– E aí, cuzões! – Exclamou, chegando.

– Fala, belly white! – Cumprimentou Rafa.

– Beli o quê? – Perguntou Binho.

– Sério, isso é mó mancada Rafa. – Afirmou Mosca, Rafa apenas riu.

– Barriga branca. – Falou uma voz de mulher surpreendendo os garotos por trás de onde estavam. – Ele te chamou de barriga branca. – Completou, se tratava Vivi.

– Ninguém pediu sua opinião, ô Caipora! – Retrucou Rafa, insultando a garota pelo fato de fumar. Vivi em resposta expeliu a fumaça do cigarro em direção ao mesmo que tossiu.

– Isso é verdade Rafa? – Perguntou Binho, irritado. – Me chamou disso mesmo?

– Chamou, sim. – Insistiu Vivi. – Só que em inglês.

– Para de se intrometer, caralho! – Gritou Rafa.

– Olha como fala comigo, bicho microscópico! – Provocou Vivi, constrangendo o garoto.

– Q-Quem te contou isso? – Perguntou Rafa. Vivi soltou uma risada.

– O quê, o novo assunto das redes sociais? – Perguntou Vivi.

– O quê?! – Exclamou Rafa.

– Do que eles tão falando? – Perguntou Thiago à Mosca.

– Sei lá! – Respondeu Mosca.

– Relaxa, ex-gordinho, to te zoando. – Disse Vivi. – Acontece que a Janu tava na academia com a Julieta, e viu a sua discussãozinha com a “Murta que geme”. – Explicou.

– Menos mau… – Disse Rafa. – Não, pera? Até isso você sabe?! – Perguntou, chocado.

– Caham! – Interrompeu Binho. – Será que os dois podem deixar de lero-lero aí? – Pediu. – E pra sua informação Rafa, não sou barriga branca, e não quero saber de você falando isso novamente de mim, se não quiser perder minha amizade! – Alertou. – Ficou claro? – Perguntou, berrando.

– Como cristal! – Respondeu Rafa.

– Ótimo! – Concluiu Binho. Houve silêncio.

– E então Binho, porque demorou se tava tão perto? – Perguntou Mosca.

– A Bia tava meio paranoica hoje, por causa daquele lance do telefonema. – Explicou Binho.

– E eu aqui pensando que ele podia tá transando. – Falou Rafa, decepcionado.

– A vida não é só sexo, Rafa. – Disse Binho, irritado.

– Mas sem o sexo não existiria a vida! – Rebateu Rafa causando um bug no cérebro de Binho.

– Filósofo! – Exclamaram Thiago e Mosca. Todos riram, mas, até que fez sentido. Binho ficou com cara de tacho.

– Ainda não descobriram quem passou o trote, Binho? – Perguntou Vivi.

– Ainda não. A Bia tentou de todo jeito, fez de tudo pra descobrir de onde veio a chamada, pra você ter ideia, ela entrou em contato até com o Samuca, mas nada adiantou. – Afirmou Binho.

– Foda… – Lamentou Vivi. – O jeito vai ser esperar mesmo, né? – Perguntou. Binho assentiu.

– Até que os sete dias se completem, ou seja, depois de amanhã. – Disse Binho.

– Caham! – Pigarrearam os garotos, que estavam boiando.

– Sem querer ser chato e interromper o papo de vocês, mas já interrompendo. – Iniciou Mosca. – Binho, a gente tava só esperando você pra poder irmos comprar as bebidas. – Completou.

– Ah legal, vocês vão beber? – Perguntou Vivi.

– Sim. – Respondeu Rafa. – Mas você não foi convidada, é um programa entre machos. – Afirmou Rafa, desprezando a garota.

– Pau no cu. – Chingou Vivi. Rafa mandou um beijo.

– Ah, para com isso Rafão. – Disse Mosca. – A Vivi é nossa amiga do orfanato, sempre foi. – Lembrou.

– Foi, não é mais. – Disse Rafa.

– Deixa gente, esse monstro aí não reconheço mais. – Afirmou Vivi.

– São três contra um. – Disse Thiago. – Vivi você é bem-vinda pra beber com a gente. – Afirmou Thiago.

– Agradeço pessoal, mas, eu não tava querendo beber, só tinha perguntado mesmo, na verdade tô só de passagem, vi vocês e decidi dar um oi, só isso. – Explicou Vivi. – Tô só esperando a Janu chegar aqui com a Juli pra gente ir pro shopping. – Acrescentou.

– Nossa, já ia dizer que era milagre vocês irem pra um lugar sem drogas e bebidas. – Disse Rafa. – Mas a presença da Julieta explica tudo. – Completou. Vivi mostrou o dedo do meio.

– Falando nelas. – Disse Mosca, ao notar que Julieta e Janu estavam a caminho da pista de skate.

– O que faz com eles? – Perguntou Janu.

– Eu tava esperando vocês, vi eles, e vim dar um oi. – Explicou Vivi.

– Hum. – Dissse Janu. – Pois vamo? – Chamou.

– Oi pra você também, Janu. – Disseram os garotos.

– Oi. – Disse Janu.

– Oi Julieta! – Cumprimentou Rafa, estes aproveitou-se da situação, levantando-se e indo na direção da garota, que ficou um tanto assustada.

– O-Oi… – Respondeu Julieta, antes de ser interrompida, por um beijo de Rafa (no rosto claro).

– Tudo bem com você, coração? – Perguntou Rafa.

– Tava até você chegar perto dela! – Defendeu Janu.

– Ninguém te perguntou nada. – Disse Rafa.

– Desinfeta, ò “bicho microscópico entre as pernas”! – Exclamou. – Ela não te quer. – Completou. Vivi e os garotos contiveram o riso.

– Puta que pariu! Eu mereço! – Exclamou Rafa, se lamentando. – Não fala o que você não sabe, loira aguada! – Rebateu.

– O que você tem contra as loiras? – Perguntou Vivi. Logo aquilo tudo gerou uma discussão, entre Rafa, Vivi e Janu, que deixaram Julieta e os outros garotos de lado, entediados, até que…

– Calem a boca! – Gritou Julieta, assustando todos, que a encararam surpresos com a atitude da mesma, logo esta ficou sem graça. – É… Então, a gente vai pro shopping ou vocês preferem ficar aqui discutindo com o menino? – Perguntou.

– Pergunto mesmo Rafa. – Disse Mosca. – A gente vai comprar logo as bebidas ou não? – Perguntou.

– Vocês vão beber? – Perguntou Janu, num tom de deboche.

– Sim. – Respondeu Mosca.

– Mas não é da sua conta. – Falou Rafa.

– Tem razão. – Disse Janu. – Também não é da minha conta, mas, quem é o de maior que vai comprar a bebida pra vocês? – Perguntou. Nessa hora, todos se entreolharam com uma cara de “fodeo”. Janu então passou a rir. – Então gente, vamo logo pro shopping? – Chamou, dirigindo-se a Vivi e Julieta, logo, estas concordaram, e as três saíram, deixando os garotos na pista de skate com o novo problema: Como conseguir comprar as bebidas.

***

Antes de irem para o shopping, as garotas decidiram passar na casa de Bia e chama-la para ir também, já que Binho se divertia com os amigos.

– É aqui que a Bia mora? – Perguntou Julieta, ao chegarem em frente a casa da garota.

– Sim. – Respondeu Vivi, terminando seu cigarro (dessa vez respeitaria a repulsa de Bia pelo seu precioso cigarro da marca free).

– Então quer dizer que o Carlos também mora aqui? – Perguntou a garota.

– Obviamente, priminha. – Respondeu Janu, sem paciência.

– Mas numa hora dessas ele deve tá no trabalho, ele quase nunca fica de folga. – Comentou Vivi.

– Ah… – Concluiu Julieta, decepcionada. Porém Vivi estava enganada, pois Paçoca havia ficado em casa exatamente naquele dia, devido a um resfriado.

Na casa de Bia…

Paçoca mexia em seu celular tranquilamente, quando Bia chegou por trás do sofá em que o mesmo se encontrava sentado. Esta logo notou que o garoto olhava a foto de uma garota conhecida, Julieta. (Foto Julieta)

– O que faz olhando o perfil da Julieta, maninho? – Perguntou Bia, assustando Paçoca.

– Pow Bia! – Exclamou. – Quer me matar de susto? – Perguntou. Bia riu.

– Você ainda não me respondeu Carlos. – Insistiu Bia. – Tá gamado na Julieta, é? – Zoou.

– Eu nem conheço a garota direito. – Afirmou Paçoca, com cara de tacho. De repente a campainha toca. – Não vai abrir? – Perguntou o garoto.

– Não. – Disse Bia. – Nem to esperando ninguém. – Afirmou. – Vai que é a Samara querendo me raptar. – Lembrou. Paçoca riu, balançando a cabeça negativamente, então levantou-se indo em direção a porta, atender quem quer que fosse, e este teve uma grande surpresa quando a abriu, dando de cara com Julieta, acompanhada das garotas. Paçoca não foi o único a ficar surpreso, pois, Julieta também não esperava vê-lo, já que Vivi havia afirmado que o garoto não estaria em casa.

– Nossa! Que milagre você por aqui! – Exclamou Vivi, ao ver que Paçoca havia faltado o trabalho.

– Pois é… – Disse Paçoca, sem tirar os olhos de Julieta. – Tô meio resfriado, por isso faltei. – Explicou, ainda encarando Julieta. Janu e Vivi perceberam o clima entre os dois.

– Quem é, Carlos? – Perguntou Bia, chegando na porta. – Nossa, que coincidência! – Exclamou ao ver as garotas com Julieta.

– Como assim coincidência? – Perguntou Vivi. Nessa hora Paçoca encarou Bia, seriamente.

– Ah! Nada não, é que eu tava pensando em ir na tua casa. – Mentiu Bia.

– Ah. – Concluiu Vivi.

– Entrem! – Convidou Bia.

– Não, na verdade a gente veio te chamar pra ver um filme no shopping. – Disse Vivi.

– Shopping? – Perguntou Bia.

– É, achamos que você ia gostar de sair um pouco, já que o Binho foi beber na pista de skate com os amigos. – Afirmou Janu.

– Quê?! Ele foi beber? – Perguntou Bia. Nessa hora Vivi deu um beliscão em Janu.

– Ai! – Exclamou Janu. – Por que me beliscou? – Perguntou.

– Não era pra falar! – Murmurou Vivi, cerrando os dentes.

– Foi mau. – Disse Janu. – Escapou. – Completou, rindo.

– Ah mais ele vai ver só! – Exclamou, irritada, saindo de casa.

– Pera, aonde você vai? – Perguntou Vivi.

– Dar uma lição nesse espertinho! – Exclamou Bia. – Vai aprender a nunca mais mentir! – Completou, descendo a rua.

– Eita, fodeu! – Exclamou Vivi. – Vem bora atrás dela! – Chamou, indo atrás de Bia. Logo Janu a acompanhou. Julieta ficou parada onde estava.

– Você entendeu alguma coisa? – Perguntou Julieta a Paçoca.

– Porra nenhuma… – Respondeu Paçoca. – Só sei que minha irmã vai fazer um escândalo, e o meu cunhado vai se ferrar. – Afirmou, rindo.

– E você acha engraçado? – Perguntou Julieta.

– Não, mas eu prefiro rir e relevar, do que ir até lá tomar as dores dela… – Afirmou o garoto.

– Então você mudou muito a forma de pensar, desde a última vez que nos falamos. – Reparou Julieta.

– Ela escolheu assim. – Afirmou Paçoca. Julieta nada disse apenas o encarou, Paçoca retribuiu o olhar.

– Julieta, o que faz parada aqui sua tonta? – Perguntou Janu, correndo de volta até lá, e puxando a garota pelo braço. – Tchau Paçoca! – Exclamou.

– Tchau… – Despediu-se Paçoca. – E é Carlos… – Corrigiu. Julieta riu da situação, despedindo-se do garoto com um aceno.

Enquanto isso, perto dalí…

– Nossa cara, realmente foi sorte encontrar vocês. – Dizia Thiago à Juca e Marcelo. Acontece que enquanto lutavam para conseguir comprar bebidas, sem sucesso, esbarraram com os dois, e por Juca ser de maior pediram para que o garoto fizesse esse favor, Juca concordou em ajuda-los, contanto que pudessem se juntar a eles, e assim foi. Logo, todos os garotos voltavam para a pista de skate, quando deram de cara novamente com Janu, Vivi, Julieta, e agora Bia, que por sinal estava furiosa, o que fez Binho estremecer.

– Eita cara… – Disse Mosca.

– Fodeu pra você meu amigo… – Afirmou Rafa, deixando Binho mais tenso ainda.

Continua…