POV Shun

Ok, eu ia matar o Seiya.

Estávamos sobrevoando o oceano, com o Pegasus pilotando um helicóptero e nós com certo desespero, já que ele não sabia pilotar! Encarei nossa atual situação e uma coisa não parava de me incomodar na cabeça, será que ele sabia pousar o veículo aéreo? Afinal, se isso subiu, tem que descer.

Seiya "pilotava" e Shiryu ia de "co-piloto", eu e Hyoga estávamos atrás deles, eu abraçava o loiro com medo daquilo. Por fim, Ikki e Jabu estavam atrás de nós, acho que por dentro eles estavam gritando de medo, mas não demonstravam nada em momento algum. O helicóptero balançava muito e também rodopiamos umas duas vezes no ar.

Hyoga: Você é um péssimo piloto…

Seiya: Quer pilotar você Pato?

Ikki: Calem a boca, se chegarmos vivos será um milagre!

Jabu: Por Atena, a Grécia está tão longe?

Shiryu: Pelo visto não…

Shun: Fiquem quietos, vamos todos morrer, não percebem?!

Eles se calaram e continuei a olhar para o chão e avistamos uma pequena ilha muito próxima, mas muito próxima mesmo! Droga, estávamos realmente caindo. Encarei a todos e começamos a ser tomados pelo desespero.

Bem, não demorou nem dois minutos para batermos na ilha e cairmos. Eu, Jabu, Hyoga e Seiya caímos longe do helicóptero, enquanto Ikki e Shiryu estavam um pouco mais perto do nosso transporte. Fomos até eles e os puxamos pra fora. Todos fitamos o Pegasus furiosamente e o mesmo começou a comemorar.

Shiryu: Seiya, sabemos que você tem demência, mas não é pra tanto.

Seiya: Pelo menos atravessamos o oceano! E chegamos na Grécia, vamos!?

Shun: Você é um idiota...

Depois disso, andamos até uma pequena vila que mais parecia uma daquelas vilinhas italianas históricas do que alguma vila grega. Uma menina de uns 13 anos apareceu, ela me lembrava muito minha pupila. A garota chegou e nos encarou curiosa.

Seiya: Com licença, onde fica o santuário?

Garota: Santuário? Mas que santuário?

Seiya: Ora, o santuário da Grécia.

Garota: Moço, desculpe, mas aqui é a Itália…

Ele nos encarou e nós o fitamos severamente. Andamos até alguma locadora de carros e fomos obrigados a alugar um Corsa. Desta vez, Jabu foi pilotar, enquanto Seiya ia de co-piloto. Atrás, eu, Hyoga, Ikki e Shiryu fomos espremidos uns pelos outros.

POV Luna

Acordei amarrada com os braços nas costas e amarrada também nos tornozelos. Pude fitar que os outros estavam dopados e começavam a acordar. Lexy estava do meu lado, notei que estava preocupada assim como eu. Ela de longe fitava seu ex-namorado com preocupação, apesar da situação sei que ela ainda o amava e no fundo não acreditava naquilo. E pelo visto já não estávamos mais no caminhão, e sim, num jatinho.

Anna: Onde estamos?

Hiro: Acho que voando…

Luke: Bom, isso é óbvio.

Não tardou muito para chegar uma figura alta que vestia um manto branco, usava uma espécie de capacete vermelho e uma máscara preta. Ele andou até nós e soltou uma risada maligna. Conhecia aquela pessoa muito bem, era o Grande Mestre do Santuário.

Grande Mestre: Como se sentem suas pragas?

Luna: Não somos pragas! Por que não nos deixa usar as armaduras?! Nós protegemos Atena! As armaduras apareceram pra nós!

Grande Mestre: Calada sua verme!

Após isso ele me deu um tapa.

Luna: Não tenho medo de você… Nem de seus soldadinhos...

Fitei-o com raiva e ele saiu, deixando a todos nós preocupados com nosso destino. É estranho dizer isso, afinal, sempre sou salva pelo destino: Tudo começou no bombardeio da cidade onde eu morava, meu pai, minha mãe e minha irmãzinha, que ainda estava para nascer, faleceram. E eu, fiquei nos escombros. Dai, fui morar com Lexy e meus tios. Agora, 3 meses atrás, me torno cavaleira. Realmente, o destino é uma caixa de surpresas.

Todos me encararam como se eu tivesse cometido um crime. Apenas fiz uma expressão de: “O que foi?“ Eu não os entendia, não fiz nada de errado para me olharem desta forma.

Lexy: O que você tem na cabeça?! Fica desafiando o Grande Mestre desta forma!

Yamada: A Alê está certa! Ele podia te matar se quisesse!

Lexy: Não me chama de Alê seu imbecil…

Anna: Não é hora de DR! E você Luna, vê se não desafia ele de novo!

Olhei para qualquer outro canto, quando me davam bronca eu tentava não encarar o rosto de ninguém. Foi então que senti uma cabeça se deitar em meu ombro. O Elsa estava exausto e apenas queria que aquilo parasse. Eu também.

POV Yamada

Não demorou muito para começarmos a pousar, não consegui identificar o lugar, mas também não tardou para descermos e consegui nitidamente notar que estávamos na Grécia. Fitei todos tentando manter a calma como Hiro.

Seis homens, provavelmente guardas, vieram nos buscar. Eles pegaram cada um de nós pelo braço e começaram a nos levar para algum local não identificado. Eles apertavam nossos braços fortemente, se não ficassem marcados seria um milagre. Logo, nos jogaram numa sala escura na área do Santuário.

Grande Mestre: Fiquem aí! Só vou soltá-los quando seus “mestres” já estiverem mortos.

Suspirei, então esse era nosso fim? Apodrecer numa sala escura e só ser soltos depois do fim daqueles que nos ensinaram mais sobre a vida do que a escola? Fitei o chão, tentando esvaziar meus pensamentos. Até um plano vir em minha mente, falar com eu mestre.

POV Saori

Havia chegado a Grécia fazia 3 horas, comecei a caminhar na direção do santuário há umas horas, já que parei para almoçar algo. Muitos turistas estavam no local, alguns me olhavam com estranheza, outros surpresos e outros nem reparavam.

Entrei no Santuário, era um lugar repleto de ruínas e várias pessoas treinavam. Muitos pelo visto me conheciam e eu não era bem-vinda. Mas isto não faz sentido! Eu sou a reencarnação da deusa Atena, e os cavaleiros deveriam me proteger! O que será que este Grande Mestre queria?

???: Você é Saori Kido?

Saori: Sim, sou eu.

???: Pelas ordens do Grande Mestre, você deve morrer sua inútil! MORRA!

Após isto, senti uma flecha perfurar meu busto e uma dor imensa tomou conta de mim. Minha vista estava embaçando e só pude ouvir a voz de Seiya berrar meu nome. Então, eu iria realmente morrer? Não iria cumprir minha promessas de que salvaria este mundo e traria as crianças de volta?

POV Seiya

Demorou mas chegamos ao Santuário, mais ou menos 3 horas de viagem. O caminho foi silencioso e tediante, mas tudo deu certo. Quer dizer, quase tudo. Saori estava nos pés da escada do local e quase morrendo quando chegamos.

Todos: SAORI!

Saori: R-rapazes…

Shun: Droga, por que? Por que teve de ser teimosa e vir pra cá?!

Saori: Achei que… F-falando com ele… Tudo se… Resolveria…

Ikki: O que faremos agora?!

Jabu: Eu cuido dela, encontrem o Grande Mestre! Ele fica depois das 12 casas do zodíaco!

Hyoga: Certo, a primeira é Áries, vamos!

Uma breve corrida se iniciou, deveríamos ser rápidos. Mas, algo me dizia que nossos pupilos não estavam bem, até ouvir a voz de Yamada em minha cabeça.

Yamada: Seiya, não nos esperem, vamos sair daqui.

Seiya: Onde vocês estão?!

Yamada: Nos raptaram e agora estamos presos numa ala do santuário, mas a Luna e o Luke conseguiram nos soltar e estamos vendo uma forma de sair daqui.

Seiya: Certo, nos encontrem na entrada da casa de Áries!

Parei bruscamente e fitei meus companheiros, eles me encararam incrédulos, deveríamos ser rápidos e havíamos parado. Aparentemente, Hyoga era o mais indignado.

Hyoga: Seiya, por que parou?!

Seiya: Raptaram nossos pupilos, eles estão aqui e tentando sair de algum lugar onde foram presos.

Shun: Não era melhor irmos ajudá-los?

Shiryu: Por enquanto não Shun, tenho certeza de que irão sair.

POV Luke

Encarei a Pônei de Chifre e o Lagarto que tentavam arrombar a porta inutilmente. Revirei os olhos, puxando os dois para trás e tendo um plano: Um ataque em conjunto.

Lexy: Mas, as minhas correntes não estão aqui e…

Yamada: Escuta Lexy, pode até estar furiosa comigo, mas me ouça! Não sei por que, mas sinto que nossas armaduras podem se abrir para nós agora. Tente.

Ela assentiu, só eu que estava boiando na situação? Enfim, Almôndega lançou seu pingente para o alto e dele saiu sua armadura rosa. Sorrimos, lançando nossas armaduras também.

Nós nos encaramos por um momento, até pouco tempo atrás elas não saiam, mas agora as armaduras estavam lá, prontas para a batalha. Sorri de canto, nunca me senti tão vivo e preparado.

Luke: TROVÃO AURORA, ATAQUE!

Lexy: ONDA RELÂMPAGO!

Anna: GALOPE DO UNICÓRNIO!

Luna: AVE FÊNIX!

Yamada: COMETA DE PEGASUS!

Hiro: CÓLERA DO DRAGÃO!

Depois dessa coletânea maravilhosa de ataques, a porta se arrombou, nos dando a vista de dois seguranças do santuário. Não demorou muito para eu e o Cavalinho Alado chutarmos os dois e fugirmos.

Passamos por muitos turistas que nos fitavam com estranheza. Isso não foi estranho, o que foi estranho mesmo era sermos seguidos por guardinhas mixurucas como aqueles. Não tardou para chegarmos na entrada da casa de Áries e avistarmos nossos mestres lá.

Hyoga: Luke!

Luke: Oi mestre!

Após isso, abracei o loiro, nunca pensei que sentiria tanta falta de um puxão de orelha dele, mas fez falta sim. Encarei meus amigos, todos abraçavam e saudavam seus devidos mestres com alegria. Entretanto, não demorou para terem seu semblante sério novamente no rosto.

Shun: Adoramos o reencontro, mas temos que salvar a Saori.

Fitamos a senhorita, que estava no colo de Jabu com uma flecha no busto. Não sou mulher, mas olha, deve de doer muito.

Hiro: O que faremos?

Shiryu: Passaremos pelas 12 casas até chegar na do Grande Mestre, ele realmente é contra Atena.

Íamos começar a correr até que Anna parou.

Anna: Espere, mestre, você não vem?

Jabu: Sinto muito Anna, mas tenho de cuidar da Saori. Vá no meu lugar e faça uma coisa por mim, lute tudo que não lutei nesta vida. Sei que você é capaz.

Após isso, a ruiva ia deixar uma lágrima escapar, mas apenas sorriu e nos seguiu em direção à luta.