Behind Bars escrita por hnw fanfictions


Capítulo 1
Primeira impressão




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Não devemos acreditar apenas em palavras, em posição ou ideologia. É a personalidade da pessoa e suas ações o que importam. - Daisaku Ikeda

Capítulo um: Primeira impressão.


- Sakura-chan... Você tem certeza? Poxa, ele não é qualquer pessoa. Ele é um psicopata! E como se isso não bastasse ele assassinou mais de 80 pessoas! Incluindo a própria família. É muito perigoso...
- Naruto, pela enésima vez, vão ter uns quinhentos seguranças lá, por favor. Será mais que seguro.

Vamos aos fatos. Meu nome é Sakura Haruno, 25 anos. Estudo antropologia e faço cursos de sociologia em Cambridge. Meu professor, Hatake Kakashi, passou um trabalho sobre comportamento humano. Pra variar o pessoal escolheu coisas como grupos sociais. Eu não queria nada disso. Eu queria saber mesmo. O que motiva uma pessoa a roubar? Matar? Então, eu pesquisei. Sasuke Uchiha, era o meu alvo. Aos 32 anos, matou e torturou 87 pessoas, sendo três delas seu pai, sua mãe e seu irmão mais velho. Ou seja, tirarei dez nesse trabalho.
Eu e Naruto paramos em frente à prisão de segurança máxima, Konoha. Eu estava ansiosa, assustada e mais um monte de coisas que eu não sei descrever. Era excitante e medonho ao mesmo tempo. Mas enfim.

- Não quer que eu vá com você?
- Naruto, não. Eles aceitaram um visitante.
- Ok... Qualquer coisa me ligue, Sakura-chan. Cuide-se.

Observei Naruto virar as costas. Naruto era o amigo que todos queriam, carinhoso, divertido, persistente e tudo mais. Era também extremamente protetor e fraternal, um anjo. Era óbvio que eu o queria ali, pra segurar minha mão. Mas não seria possível, eu tinha que encará-lo sozinha. Encarar aquele cara que matou pessoas, inclusive a própria mãe. Encarar um monstro... Eu tava perdida, fato.

- Nome? – um segurança me perguntou de dentro da cabine de recepção.
- Sakura Haruno.
- Pode entrar. Siga até o fim desse corredor e vire a esquerda. Um guarda te aguardará.
- Certo. – É, lá vamos nós. Mamãezinha que ta no céu, promete me proteger? Bom.

Como o guarda me indicou, andei pelo extenso corredor. Cada passo era uma batida apertada do meu coração. Minha sanidade me gritava pra sair dali, mas minha persistência dizia pra eu continuar. Quando cheguei ao final do corredor, virei a esquerda. Realmente tinha um guarda me esperando em frente a uma porta. O olhei menos firme do que eu esperava.

- Se está com tanto medo, por que veio?
- Acreditaria se eu dissesse que não estou com medo? – Ele riu.
- Não, eu não acreditaria. Bem, relaxe. Chamo-me Deidara e estou aqui pra assegurar sua segurança. Está cansada?
- Não? – arqueei uma sobrancelha – Deveria?
- Não, e isso é bom. Enfim, passando por esta porta, terá outro corredor igualmente extenso ao anterior. Depois desceremos algumas escadas e finalmente chegaremos, ok?
- Ok. Hã... Eu vou ter que ficar numa sala com ele?
- Ora essa – ele deu uma risada debochada – Quem você acha que somos? Não somos idiotas. Ele ficará na cela dele, e você sentará em frente a ela.
- Ah...

Prosseguimos pelo corredor conversando. Descobri que Deidara era uma pessoa amável. Era gay e casado. O mais legal de tudo é que tinham um filho, adotado é claro, que aceitava muito bem. Tinha 37 anos e adorava Literatura. Mas teve que desistir do ensino médio quando tava no segundo colegial. Problemas financeiros. Eu certamente já o respeitava. Chegamos às escadas. Era tudo muito sombrio. Era tudo escuro, com velas iluminando partes da escada. Eu tive a sensação de estar em uma masmorra prestes a encontrar o drácula.

- Sakura, chegamos.
- Meu Deus...
- Não fique nervosa – ele dizia enquanto abria a porta uma porta de ferro – Eu estarei aqui.
- Você estará com um sossega leão também?

Ele riu de mim e abriu a porta. No fim do corredor, uma porta de vidro. Com uma cadeira na frente. Dei passos largos e ansiosos para chegar na cadeira. Ainda não tive coragem de olhar diretamente para o homem que me encarava. Sentei-me vagarosamente e finalmente, o encarei. Eu estava surpresa, e não fiz força para esconder isso. Se eu não tivesse visto uma foto dele, eu diria que eu estava no lugar errado. Nem de longe ele poderia ser apontado como um criminoso. Nas fotos, ele parecia um maníaco, mas aqui, agora, ele parecia um homem comum.

- Está me avaliando? – A voz áspera e grossa me despertou. Provavelmente eu dei um pulo na cadeira, pois ele deu um sorriso debochado.
- Pode se dizer que sim. Eu só... Estou surpresa. Você não parece um psicopata.
- Obrigado, eu acho. Disseram-me que você viria, mas não disseram o seu nome e nem o motivo de sua vinda.
- Sakura Haruno. Meu nome. An... Eu estou fazendo um trabalho sobre o comportamento humano.
- Ah, então foi obrigada a vir aqui? Sinto muito.
- Não! – ele me olhou surpreso, obviamente pelo meu quase grito – Eu escolhi vir aqui. Muitos dos meus colegas escolheram fazer um trabalho sobre grupos sociais, mas eu... Eu quis fazer algo mais profundo.
- Ora... Você é diferente então. – Ele me olhou com luxúria, pela primeira vez. Pude perceber então o quão negro eram seus olhos. Era possível se perder ali num piscar de olhos.
- Hã, escuta... Senhor Uchiha.
- Sasuke. Chame-me de Sasuke.
- Sasuke. Podemos nos conhecer melhor?
- Claro que podemos, por que não começa? Tenho certeza de que já sabe algumas coisas sobre mim.

Tenho certeza de que quando ele falou “coisas” ele se referiu aos assassinatos. É claro que eu sabia disso, quem não sabia? Eu só sei que eu comecei a falar sobre mim pra ele. Disse onde moro, contei sobre Naruto, contei sobre a minha escola. Ele participava entusiasmado da conversa, diferentemente do que eu esperava. Até agora, pelo que pude avaliar, ele não é um psicopata. É atencioso e entusiasmado. Como alguém assim pode ser um psicopata?
Fiquei sem assunto por um tempo, mas aí me ocorreu uma pergunta. Eu estava com medo de fazê-la por que não sabia como ele iria reagir. Ele podia, sei lá, querer me matar. E se ele fugisse dessa joça? Meu deus eu disse pra ele onde eu morava! Idiota! Idiota! Idiota! Mas que merda, sou uma irresponsável! Devia ter deixado Naruto vir comigo, ele não me deixaria dizer uma coisa dessas pra um assassino! Argh! Deidara atire em mim...

- O que ta te afligindo, Sakura? – Sua voz rouca soou em meus ouvidos, ele parecia estar mais perto do que antes. Obviamente, eu fiquei arrepiada.
- O que? – o olhei assustada por causa da aproximação. Ele estava quase grudado na porta de vidro.
- Tem algo te angustiando, você está fazendo caretas. Gostaria que me dissesse qual a causa disso.
- Ah, não é nada. Absolutamente nada. Obrigada por hm, se preocupar.
- Não confia em mim?
- Ainda não.
- Há, você é sincera. Isso é bom. Bem, Sakura, aparentemente seu tempo acabou. – Sasuke disse isso quando viu Deidara se aproximando. - Mas eu espero que possa vir me visitar novamente. Gostei muito da sua companhia.

Eu não sabia o que dizer. Eu estava sendo encarado pelos olhos mais sedutores do mundo, e eles ainda me diziam as coisas mais bonitas do mundo. Só tinha um probleminha, essas coisas e esses olhos pertenciam a um psicopata. Ou melhor, Sasuke... Aliás, eu fiquei chamando ele de “psicopata” o tempo inteiro. Eu sou preconceituosa? Sakura foque! Você tem que dizer alguma coisa, não pode ficar com essa cara de tchonga monga. Ta. Eu pensei, pensei, pensei e pensei, mas só consegui responder uma coisa:

- Eu virei.

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Notas finais do capítulo

Bem, aí está o primeiro capítulo. Espero que gostem, e deixem reviews please, críticas sempre serão muito bem vindas!