Rugido




Noticias cada vez mais preocupantes chegavam aos ouvidos de Jaime. O inicio do inverno logo após toda aquela loucura da guerra dos “cinco reis” deixara o Reino extremamente frágil, uma fruta madura para ser apanhada pelo mais esperto com certeza. Mercenários desembarcavam no sul e ele não sabia de onde Stannis, que estava no norte, havia conseguido ouro o suficiente para contratá-los. Os homens de ferro lutavam por si próprios, eles também não contratariam mercenários, seu orgulho não os permitiria tal ajuda paga. Então por quem aquelas Companhias Livres, que tivera noticia, lutariam?

A ultima ameaça Targaryen de que ele tomara nota, fora dos lábios irados de Robbert Baratheon, uma menina do outro lado do mar estreito servindo de esposa a um grande Khal qualquer. O Conselho deliberara sobre o assunto, mas ele próprio não prestara atenção aquilo, e logo depois o cometa vermelho veio seguido de sussurros sobre Dragões. Qual era mesmo o nome deles? Dos últimos Targaryens que fugiram enquanto ele se transformava no Regicida e Tywin Lannister saqueava Porto Real? Viserys e Daenerys.

Daenerys Targaryen, aquele era um nome forte dentro da família do dragão. E como um sussurro vindo com uma rajada de vento frio de inverno, Jaime se arrepiou ao lembrar do lema: Fire and Blood. Um lema de força e dominação que atravessou o mundo ate chegar em Westeros. E se ela estivesse refazendo o mesmo caminho de Aegon O Conquistador? Se ela estivesse voltando para dominar sobre sangue e fogo? Permitir os Targaryen novamente no poder não era uma opção que a casa Lannister poderia se dar ao luxo. Não existiria perdão para ele, para a sua casa, para a sua família. Jaime teria de apurar todas aquelas informações a fundo e entrar novamente em campo de batalha. O jogo dos tronos ao que parecia estava longe de terminar, mas com toda certeza ele faria aquela balança pender para o lado dos leões novamente, os únicos capazes de dominar todos aqueles rebanhos de ovelhas desgarradas. Jaime faria o lema da sua casa ser ouvido nos Sete Reinos, eles iriam “Ouvi-lo Rugir”.

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