Indo de encontro à Morte escrita por Grace Black


Capítulo 1
Indo de encontro à Morte


Notas iniciais do capítulo

Pós LIvro 5 ,romance, Jaime e Brienne, Spoiler livro 5 Presente de Amigo secreto (2013) para a SWANNNN!!!
JAIME/BRIENNE



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615375/chapter/1

Indo de encontro à Morte

Brienne ainda não acreditava que ele simplesmente havia consentido em acompanha-la sem nenhum outro guarda. Fora relativamente fácil localiza-lo nas terras dos vassalos de Correrrio, afinal alguém de poder tinha que colocar ordem nos vassalos completamente perdidos, agora que o herdeiro dos Tully estava preso como refém em algum lugar. Seriam dois dias de viagem até reencontrarem o grupo dos fora da lei de Senhora Coração de Pedra. Passaram aquele dia cavalgando em silencio, um do lado do outro. Ela havia apenas explicado a ele que encontrara Sansa Stark, mas ele tinha que seguir com ela sozinho para obter a garota, e ele simplesmente seguiu. E o coração dela se apertava cada vez que imaginava a confiança cega que adquirira daquele homem. Ele simplesmente estava-a seguindo como se fosse a coisa mais segura a se fazer.

Quando escureceu, encontraram um nicho de pedra e montaram um pequeno acampamento com uma fogueira. Ela preparou uma refeição para os dois e quando estava quase virando as costas ao Lannister e tentando dormir ele puxou o assunto que ela queria evitar.

_Então, como encontrou a jovem Sansa?

_Ela estava em uma vila afastada e escondida, protegida por um grupo de Septões. Por isso eles só vão lhe entregar ela se for pessoalmente e sem um grupo armado que os possa atacar e saquear.

Jaime assentiu. Já ouvira falar de vilas daquele tipo antes. Encostou-se nas pedras e tentou se aquecer de alguma forma com o calor da pequena fogueira. Coçou a barba que agora estava grande, quase lhe lembrava da espessa barba de Robert Baratheon. Ele riu com aquele pensamento e acabou por ser vencido pelo cansaço e adormeceu.

Acordou como sempre, antes do dia raiar por completo e começou a se mexer. Sor Ilyn Payne não estava com ele ali, mas ele tinha que continuar com seu treinamento. Pegou a espada e passou a fazer os típicos movimentos de treino com a mão esquerda. Ele tinha que aprender a lutar com aquele braço ou estaria miseravelmente perdido. Brienne acordou com os movimentos do Lannister e se levantou.

_ O que está fazendo?

_Passei a treinar com a mão esquerda. Não vou deixar minha espada se enferrujar na bainha enquanto possa estar sendo morto por um inimigo. Sor Ilyn treina comigo. Na verdade acho que ele se diverte em me dar uma surra todos os dias.

Brinne então puxou sua própria espada e passou a atacar Jaime de um modo bem mais lento e com menos força do que faria. E aquilo o irritou profundamente.

_Pra onde foi a sua pericia com a espada mulher? Você já fez melhor que isso. Agora pare de ter pena de mim e dance comigo direito como já fizemos uma vez antes.

E assim então ela fez. Bateu e avançou, recuou, voltou à posição inicial, derrubou a espada da mão dele, acuou-o e voltou. Ela gostava de dançar com ele daquele modo. Depois de tanto tempo se sentia viva, e se sentia feliz em ver que ele não desistira apenas porque perdera a sua mão da espada. Não. Ele ainda tinha uma outra mão, e transformaria ela em seu trunfo.

Exaustos depois do tempo de treino, ambos se sentaram e compartilharam um odre de vinho. Jaime estava feliz por ter tido a oportunidade de dançar novamente com a donzela de Tarth, mas ela parecia cada vez mais triste. Ele coçou novamente a barba e olhou para ela intrigado.

_Porque deixou que ela crescesse tanto? – Brienne perguntou se referindo a espessa barba loira de Jaime. Ele riu antes de responder.

_Queria mudar o visual, e há algumas semanas eu estava em Correrrio quando a primeira neve caiu. Se a neve chegou nas terras dos senhores dos rios, o inverno definitivamente está chegando. Uma boa barba aquece o rosto Brienne de Tarth.
Sem ver o que estava fazendo, ela levou a mão até a espessa barba e a afagou. Jaime ficou quase hipnotizado com tal gesto. Brienne tão perto dele e tocando com algo que não fosse uma espada era algo novo.

_Você deveria ao menos deixar ela mais rente ao seu rosto. Assim fica feio. – ela disse de modo baixo e sem olha-lo nos olhos. Jaime sorriu, gostava a cada dia mais daquela donzela guerreira.

_Faça-o para mim então. Peque o punhal, não trouxe nenhuma navalha comigo.

Surpresa com a resolução que ele havia tomado, pegou o punhal que ele lhe oferecia e chegou o mais perto possível dele. Lentamente passou a lamina sobre os pêlos e os viu caindo. Ela não iria tirar toda a barba dele, ele ficava bonito de barba e cabelo curto, que já começava a crescer novamente. Ela só queria deixa-lo menos desgrenhado, menos como um selvagem e mais como o Lannister que era. Mas aquele pensamento a entristeceu ainda mais, ela queria deixa-lo bonito para a morte e aquilo era cruel. Quando terminou, não pôde olha-lo nos olhos mais uma vez, e quando ele percebeu que ela se desviava Jaime pegou seu queixo com a mão esquerda e a forçou a olha-lo.

Ela tinha lagrimas nos olhos. Então ele entendeu.

_Estou indo para uma armadilha donzela de Tarth?

Brienne não respondeu, não podia responder.

_O que seria mais forte do que a promessa que me fez para fazer com que você me traísse donzela de Tarth?

Mais uma vez ela não respondeu. Apenas sentiu o aperto na boca de seu estômago e os olhos se encherem ainda mais de lagrimas. Ela não sabia porque estava reagindo daquele modo. Ela nunca fora uma mulher de chorar e a vida a havia ensinado que lagrimas nunca lhe levariam a nada, então porque ali? Por que naquele momento ela deixava as lagrimas escorrerem por seu rosto enquanto fitava os verdes olhos daquele Lannister miserável que ela aprendera a apreciar?

Jaime suspirou. Sabia que não ia conseguir nenhuma resposta da boca dela. Mas ele seguiria em frente e enfrentaria o que tivesse de enfrentar. Tinha a impressão que fosse o que fosse, Brienne não o deixaria lutar sozinho. Mas ele ainda tinha um desejo a ver realizado antes de ter sua vida ceifada pela morte.

_Se vou mesmo enfrentar a morte não acha que mereço um pouco mais de apreço Brienne de Tarth?

_ O que você quer? - ela sussurrou de volta. Achava que não poderia nunca mais abrir aboca com medo de se trair e mandar que ele fosse embora e voltasse para seu imenso exército. Mas ela faria o que quer que ele quisesse.

_Posso desejar as safiras de Tarth? – Jaime perguntou enquanto se aproxima mais e depositava dois cálidos beijos nos olhos profundamente azuis e brilhantes de lagrimas dela.

_Posso desejar uma companhia agradável e um corpo para me aquecer? Lábios para dizerem o que sentem quando eu a toco no lugar em que mais nenhum homem tocou?

_Você está brincando comigo Jaime Lannister?

_Por que eu brincaria? Você pode ser o que é e pode se achar inferior a qualquer outra mulher e talvez você tenha todos os motivos do mundo para se achar assim. Mas isso não muda o fato de que eu aprendi a respeitar, a gostar e desejar você Brienne de Tarth.

E ele a beijou. Pousou os lábios levemente sobre os grossos lábios da mulher que não sabia o que fazer a sua frente. Com a mão segurou-a pela nuca e a prendeu no lugar enquanto dançava a boca sobre a dela e depois pedia passagem com a língua, que ela cedeu de boa vontade em meio a um suspiro. Jaime então inclinou-se sobre ela a prendendo no chão com o seu corpo. Ela podia ser maior que ele, mas naquele momento ela era apenas uma mulher entregue a um desejo, ou a algum sonho. Escorado no braço direito, Jaime beijou e beijou aqueles lábios enquanto retirava as peças de roupa que ela usava. Os seios tão pequenos divertiram Jaime ao ficarem intumescidos. E quando ele finalmente chegou onde queria estar desde há muito tempo, ela estava molhada. Ela era uma mulher afinal de contas, e tinha desejos a serem correspondidos, mesmo que ela tivesse passado anos os reprimindo.

Enquanto ele explorava aquele lugar que nenhum outro homem esteve, Brienne timidamente levou as mãos pelo corpo dele até seu membro e o sentiu duro e pronto. Ela não esboçou nenhuma palavra, mas foi capaz de gemer ao pé do ouvido de Jaime, o que o satisfez imensamente. A dor do primeiro momento logo se tornou suportável e Jaime tentou a satisfazer da melhor forma possível excitando-a, beijando-a, dizendo o quando estava adorando tê-la para si. Logo ela pôde relaxar e se abrir mais para aquele momento de prazer e Jaime pode investir cada vez mais rápido até um ultimo e longo gemido dele em seu ouvido. Jaime a beijou mais tantas outras vezes. E os dois permaneceram por mais um tempo deitados e quietos.

Quando ela se levantou e vestiu-se novamente Jaime não resistiu ao comentário.

_Se você se entregou para mim, definitivamente estamos indo encontrar a Morte.

Ela não o mirou quando respondeu, apenas pegou os seus pertences e foi em direção ao pequeno riacho que corria ali perto.

_Vamos encontrar a morte, mas se o fiz, o fiz porque gosto de você.

Ele ainda pôde ouvir ela dizendo ao longe. E sorriu com aquilo, porque ele também gostava dela. Gostava além do que poderia imaginar.


FIM


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Jaime e Brienne ... s2 Muito amor.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Indo de encontro à Morte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.