Missão: 6 Esquadrão escrita por kulilinehfoda


Capítulo 3
Capítulo 3 – Força Bruta, O Poderoso Baku - Parte II




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            Z e Baku caminham numa mata. Z observa Baku decepcionado; apesar de aparentar ser forte, ele é muito desajeitado e não parece saber lutar.

            -Escute grandão, falta muito para chegarmos até Tarba? –perguntou Z.

            -Não muito, ele tem uma casa enorme perto da mina. Da casa dele ele pode ver todas as pessoas que trabalham lá. –disse Baku.

            -Me diga uma coisa: você já lutou alguma vez? –perguntou Z.

            -Lutar? Bem, na escola, uma vez, um garoto me chamou de bobo, aí eu... –dizia Baku.

            “Isso é mal... Se os homens de Tarba forem todos iguais a aqueles dois, são guerreiros treinados. Baku pode sair gravemente ferido, ele não tem experiência nenhuma.” Pensou Z.

            - ...então eu chutei o traseiro dele! –terminou Baku.

            -Isso é... interessante... –diz Z com uma gota enorme.

            Caminhando mais um pouco, os dois chegam a uma clareira, e se abaixam em uns arbustos. À uns 100 metros, pode-se ver uma mansão enorme, cercada por muros altos, numa região mais alta do solo.

            -Lá é a casa de Tarba. Lá embaixo é a nossa mina que ele roubou. Ele fica olhando para que não paremos de trabalhar e nem roubemos nada da mina. –diz Baku.

            Z observa o local, obviamente pensando num meio de invadir a mansão, que mais parecia uma fortaleza.

            -Então Z, vamos entrar lá? –perguntou Baku.

            -Eu vou, você vai voltar daqui. –disse Z.

            -O que disse? –perguntou Baku surpreso.

            -Não posso deixar que você se arrisque lá. Há guerreiros fortes lá dentro, e você não tem experiência em combates. Se entrar pode morrer. –disse Z.

            -Mas... você disse que nós da vila tínhamos que lutar pelo que é nosso! –disse Baku.

            -Sim, mas achei que dizendo aquilo mais pessoas viriam conosco... mas só nós dois pode ser perigoso... e não quero ser responsável pela sua morte, garoto. Você já mostrou sua coragem, mas prosseguir é inútil. Volte para a vila. –disse Z.

            Baku baixa a cabeça e fecha os punhos com força. Z vira as costas e corre em direção à mansão. Ao chegar à muralha, escala por uma árvore e salta sobre o muro para dentro da mansão.

            -Ora, ora... achei que eu tinha explodido você! –disse um homem vestido todo de preto.

            -Sempre me chamaram de cabeça dura, acho que isso ajudou... –disse Z.

            -O que pensa que está fazendo, invadindo propriedade privada? Sabe que temos o direito de lhe matar, não sabe? Isso é legítima defesa. –diz o sujeito.

            -O invasor aqui é Tarba... –disse Z.

            -Z, o Treinador. O guerreiro da Amalgan que escolheu se manter no 6° esquadrão para ajudar os membros mais fracos... Ou será que no fundo tem medo? –diz o sujeito.

            -É uma honra que saiba quem sou, mas você não disse seu nome ainda. –diz Z.

            -Sou conhecido por Boom, especialista em explosivos e armas de fogo. –diz o sujeito.

            “Boom? Cada maluco que me aparece...” pensa Z.

            -Boom... Eu “adoraria” continuar a conversa, mas tenho assuntos para resolver. –diz Z caminhando para dentro da mansão.

            Boom estica uma arma parecida com uma sniper na frente de Z, o impedindo de continuar.

            -Desculpe, mas também tenho que trabalhar. E impedir você de entrar. –diz Boom.

            -Não tenho nada contra você, mas se tentar me impedir vamos ter que lutar. –diz Z tirando a Gunblade do relógio em seu pulso.

            -Pois que assim seja...

            Boom salta para trás. Ele e Z empunham suas armas e se encaram.

            -Talvez seja até divertido, faz tempo que não luto contra alguém com armas de fogo. –diz Z.

            Boom dá alguns disparos em Z, que desvia e atira de volta. Boom desvia com mais dificuldade. Nessa troca de tiros, eles acabam indo para um quintal mais aberto.

            -Então Z, vai ficar gastando suas balas dessa maneira? –diz Boom parado num ponto.

            “Ele me trouxe pra cá... Ele disse ser especialista em bombas, provavelmente ele implantou minas no solo. Mas eu não caio nessa, vou pisar exatamente no mesmo local dele, assim não há perigo.” pensou Z.

            -Gunblade Evolution! –diz Z evoluindo sua arma.

            Z salta para cima de Boom, com a Gunblade evoluída, tentando um ataque direto. Boom salta para trás, e solta um pequeno sorriso. Quando Z toca o solo, exatamente onde Boom estava, uma explosão acontece. Z é lançado longe.

            -Droga, essa eu não esperava... –diz Z caído, um pouco machucado.

            -Z-san, como você é baka! Você acertou em desconfiar que há minas aqui, mas não pensou que essas são minas especiais. Esses sensores nos meus tornozelos impedem as minas de explodirem quando eu piso. –diz Boom.

            -Isso dificulta um pouco... -diz Z se levantando.

            “Droga... Ele sabe onde estão as minas, e pode pisar sobre elas... Não há como eu prever onde elas estão sem que elas explodam. Pelo menos nessa parte que caí não há nenhuma mina, pois senão elas teriam acabado comigo.” pensou Z.

            -Agora eu vou acabar com você! –diz Boom.

            Boom começa a correr em torno de Z, dando disparos de sua arma. Z se desvia, e defende alguns dos tiros com a Gunblade.

            “Não posso ficar nisso para sempre... Tenho que pensar em algo!” pensou Z.

            Nisso parte da muralha cai num som forte de pancada. Baku aparece do outro lado.

            -BAKU, CUIDADO! ESSE LUGAR ESTÁ CHEIO DE MINAS! –grita Z.

            -Minas? O que é is... –diz Baku, pisando em uma e causando uma explosão.

            -Seu amigo é um estúpido! –diz Boom.

            -Ah, entendi... –diz Baku se levantando, um pouco machucado mas nada grave.

            Z salta para perto de Baku, ficando sobre parte do muro que caiu.

            -Esse cara pode pisar nas minas sem explodi-las... não temos como saber onde pisar com segurança. –diz Z.

            -Eu já sei o que vou fazer! –diz Baku.

            Baku fecha os pulsos com força, e seus músculos inflam um pouco.

            -O que vai fazer, grandão? –diz Boom.

            Baku salta para o meio da área minada.

            -NÃO BAKU! –grita Z.

            -Idiota! –diz Boom.

            Baku ergue sua marreta no ar e golpeia o solo com muita força. Uma ondulação se forma no solo, quase como se forma ao jogar uma pedra na água. Todas as minas explodem, porém a força do impacto de Baku repelem as explosões, não o atingindo.

            “Incrível! Baku concentrou seu joyriki diretamente nos músculos, conseguindo assim um golpe com força sobre-humana... Um guerreiro com essa habilidade seria muito útil na Amalgan.” pensou Z.

            -Seu baka! Saia dessa agora! –diz Boom.

            Boom lança uma granada na direção de Baku, mas ela é interceptada por um disparo de Z, explodindo no ar.

            -Esqueceu Boom, sua luta é comigo! –disse Z.

            Dentro da mansão, três homens conversam.

            -Eles já causaram muitos problemas, vamos interferir. – diz um dos homens.

            -Certo. –diz outro.

            -Não, vocês não vão! –diz o homem que estava sentado. –Não quero confusão com a Amalgan, isso irá atrapalhar meus negócios. Vamos sair dessa vila. Os lucros não estavam tão grandes mesmo.

            -Mas, Tarba-sama... –diz um dos homens.

            -Isso não quer dizer que vou deixar barato. Iremos nos vingar desse tal de Z em momento oportuno. Agora, chamem Boom e vamos sair daqui. –diz Tarba.

            Um dos homens pega um microfone.

            -Boom, deixe esses dois aí. Os negócios aqui acabaram. –diz o homem.

            Boom ouve a ordem por um alto-falante próximo ao local da luta.

            -Vocês venceram essa batalha. Mas nos encontraremos de novo, Z. E isso vale para o seu amigo baka também. –diz Boom.

            -Meu nome é Baku! –diz Baku.

            Baku ameaça perseguir Boom que fugia, mas é impedido por Z.

            -Deixe ele ir Baku. Já vencemos essa batalha. –diz Z.

            Mais tarde, Z e Baku estão de volta no vilarejo, conversando com alguns homens da vila.

            -...revistamos a mansão, mas Tarba fugiu. E tenho certeza que não irá voltar. Vou comunicar a Amalgan para manter alguém por perto, já que vocês são fornecedores de adamântio para nós também. –diz Z.

            Os moradores agradecem. Z chama Baku num canto.

            -Tenho uma proposta para lhe fazer. Quer se tornar um guerreiro da Amalgan? –pergunta Z.

            -Eu? Mas eu não sei lutar... –diz Baku.

            -Não se preocupe. Eu mesmo vou treinar você, assim poderá melhorar essa habilidade sua de concentrar seu joyriki nos músculos e se tornar ainda mais forte. –diz Z.

            -Joy... o quê? –perguntou Baku.

            -Depois eu lhe explico... Também, se você entrar na Amalgan, sua vila será mais respeitada, e pessoas como Tarba não voltarão a causar problemas. –diz Z.

            -Se é assim, eu aceito. –diz Baku.


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