Laranja vs Lilás escrita por Line


Capítulo 14
Bônus! - part III


Notas iniciais do capítulo

Bom espero que gostem!
Boa Leitura!! #NosVemosLáEmbaixo!



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Era uma criança diferente de todas do vilarejo, não tinha pai nem mãe, não tinha uma história ou tinha mas não sabia qual era, não tinha amigos era solitário, amargo, tinha apenas nove anos mas já era frio, não sentia afeto nem carinho por ninguém, não tinha um laço a qual pudesse gritar que protegeria com sua próprio vida.

Odiava a tudo e a todos e era odiado por todos, vivia de furtos que fazia para saciar a fome insana que sentia, morava em uma casinha no meio da floresta, apanhava dos moradores quando era pego roubando algo e aquilo estava o cansando precisava de algo para dar motivo a sua inútil existência necessitava de algo que desse valor a sua vida estúpida. Queria saber sua origem, saber por que fora abandonado cruelmente por aqueles que deviam o amar.

– Por que eu ainda estou vivo... - murmurou para si mesmo com os olhos marejados, desejava a morte, desejava ter tido amor, mas não sabia o tamanho do sentimento que desejava.

– Hey Menma.. - disse um homem, o garoto levantou o olhar e contemplou a imagem da única pessoa que o enxergava como um ser humano e não como um lixo, era o dono de uma barraca.

– Ohayo Moshi-san. - disse mostrando um lindo sorriso para o homem que lhe entregou um tigela com yakisoba, o que o moreno adorava.

– Menma... vai mesmo embora do vilarejo? - perguntou o homem preocupado, tinha carinho pelo garoto solitário, sabia a dor que o garoto sentia e tentava o ajudar discretamente pois o garoto era orgulhoso e teimoso demais.

– Hai Moshi-san.. eu preciso ir embora daqui.. aqui todos me odeiam. - disse tristemente o moreno de olhos azuis safiras.

– Eu..er... - tentou dizer algo, mas o que diria todos no vilarejo o odiavam era essa a dura e cruel verdade.

– Não se preocupe Moshi-san eu vou ficar bem... - disse o garoto sorrindo para ele, Moshi era a única pessoa que fazia o moreno sorrir com alegria, Menma sentia que o homem tinha carinho por ele e isso o fazia feliz pois alguém se importava com ele.

– Menma leve isso com você.. - disse e lhe entregou uma sacola com alguns alimentos. - Para a viagem...

– Arigato.. - agradeceu o garoto e recebeu um abraço de Moshi.

Naquela noite Menma descobriu uma pequena parte da sua história, Moshi contou a ele o que sabia da vida do garoto. Menma havia sido abandonado pela mãe, era uma prostituta que tivera um caso com um ninja e ficará grávida, um filho indesejado pela mulher e que o pai nunca soube da existência, naquela noite Menma chorou como nunca havia chorado, sentia uma dor insuportável no peito como uma mãe poderia abandonar um filho recém nascido naquele vilarejo, descobriu também que uma mulher cuidava dele uma que ele vagamente se lembrava pois era muito novo e a mulher era muito velha e morreu quando ele ainda tinha apenas quatro anos e fora Moshi que cuidava dele discretamente. Sem que ninguém no vilarejo percebesse nem mesmo o garoto.

Depois de dissolver toda aquela história, precisava a todo custo encontrar a mãe e procuraria até no fim do mundo onde a mulher estava. Na manhã seguinte pegou os alimentos que Moshi lhe deu colocou na mochila e saiu, ele vestia uma calça preta, uma blusa preta de mangas longas e um sobretudo preto que fora presente de Moshi com pelos brancos em volta do pescoço, a peça ficava grande ainda nele mas o protegia do frio que estava naquela época do ano calçava um sapato fechado também preto.

Caminhou para fora do vilarejo, sabia que ninguém iria sentir sua falta ali além de Moshi e ele também sentiria mas não dava para existir naquele lugar ele precisava encontrar um motivo pra viver era o que tinha em mente. O dia já estava no fim, o crepúsculo já enfeitava o céu e ele chegou aonde pretendia no prostíbulo onde provável viveria a mulher que o colocou naquele maldito mundo onde vivia.

– Hey garoto o que está fazendo aqui? Aqui não é lugar para uma criança! - disse uma mulher se colocando a frente dele, ela trajava um vestido sensual vermelho mostrando parte de seus seios fartos e marcando a cintura fina e mostrando as pernas torneadas, o cabelo loiro preso em um rabo no alto da cabeça.

– Vim atrás de minha mãe.. - disse friamente o menino o que fez a mulher arregalar os olhos.

– E quem seria sua mãe? Não me diga que sou eu? - ela disse debochada e soltando uma gargalhada, o menino franziu o cenho olhando o quão estúpida era a mulher a sua frente.

– Minha mãe se Hanashiro Uzumaki. - disse o garoto e a feição da mulher se tornou triste.

– Qual o seu nome garoto? - perguntou a loira a sua frente.

– Menma Uzumaki. - disse a única coisa que sua mãe havia feito por ele era ter lhe dado um nome e um sobrenome, senão seria um indigente no mundo.

– Venha comigo. - disse a mulher caminhando para dentro do local que jazia vazio, ela levou o garoto até uma porta no fim de um imenso corredor. - Entre... ela está aí.

Ele entrou quando a loira abriu a porta, e ele viu uma mulher sentada na beira da cama, uma mulher de cabelos vermelhos escuros curto na altura dos ombros, os olhos azuis safiras que estavam sem vida e a pela pálida a boca estava branca como se não houvesse sangue em seu corpo, a mulher lhe lançou um sorriso falso.

– Você deve ser o meu filho.. - disse a mulher olhando fixamente nos olhos do menino conhecera o filho pelos olhos azuis safiras, ela não demonstrava nenhuma emoção de estar diante do filho depois de nove anos longe dele. - O que quer aqui? O que quer comigo? - disse ela rude. Ele se sentou em uma poltrona e olhou a mulher com a mesma expressão, não estava feliz em conhece la, nem queria estar ali sentia se mal por estar diante da mulher que negou carinho e amor a ele e a única coisa que queria agora era entender o por que.

– Eu só quero entender.. ou melhor quero saber a história? - disse o menino friamente.

– Você quer saber por que te abandonei? - ela disse ironicamente, ele apenas assentiu. - Bom anos atrás um moreno misterioso esteve aqui, um ninja e como todos os homens vem aqui, veio buscar prazer... você não deve entender isso ainda, mas não importa e eu como uma boa prostituta fiz o meu melhor só que eu não contava que ficaria grávida de você. - a voz dela soou com nojo, Menma sentiu o peito arder ouvir aquilo da boca da mulher que dera á vida a ele era demais para uma criança, mas ele não demonstrou que aquilo o afetava.

– ... - ele permaneceu em silêncio para que ela continuasse.

– Seu pai eu nunca mais o vi, a única coisa que eu sei é que ele era um ninja de Konoha.

– Qual o nome dele? - disse.

– Saiko Uchiha. - disse a mulher e tossiu, ela bebeu um golo de água que estava na escrivaninha ao seu lado. - Você se parece com ele. Mas vou lhe avisar uma coisa o clã Uchiha foi devastado não adianta ir atrás dele... - ela disse e tossiu mais uma vez. - Ele deve estar morto... assim como eu estou morrendo... - ela murmurou o fim da frase mas Menma não deu atenção.

– Eu não iria trás dele.. não faz diferença para mim... eu só queria entender a minha existência.. - ele disse frio, e a mulher o olhou com pesar ela se sentiu culpada, o garoto a sua frente era apenas uma criança e já era tão frio e parecia mais morto do que ela que estava a beira da morte por conta da doença que a comsumia.

– Menma você não sente falta de amor? - perguntou lhe a mulher, ele arqueou uma sobrancelha e sorriu debochado o que intrigou a mulher.

– Puf.. Como posso sentir falta de algo que eu nem sei o que é? - ele disse e a mulher arregalou os olhos azuis safiras.

– Mas.. - ela tentou dizer algo, mas o moreno a interrompeu.

– Como posso sentir falta de amor se fui abandonado pela mulher que deveria me amar? Fui criado por uma mulher que mal me recordo dela, pois ela morreu quando eu ainda era muito novo vivi até hoje por roubos que cometi e com a ajuda de um homem do vilarejo onde você me abandonou.. Okaa-san. - disse e a pronúncia de mãe foi dita com nojo e sarcasmo. A mulher engoliu em seco. - Me perguntou uma coisa Hanashiro.. por que você não me tirou quando eu ainda estava dentro de você?

A pergunta pegou a mulher em cheio, era uma pergunta que ela buscava a resposta todos esses anos, ela não queria um filho e por que o colocou no mundo para abandona lo logo que nasceu. Ela tinha sido uma covarde por não ter colocado fim naquela gestação indesejada.

– Gomen Menma... mas eu não tive coragem... - disse a mulher abaixando o olhar e fitando os próprios pés, o garoto suspirou pesadamente.

– Deveria ter colocado o fim nisso antes mesmo de começar... todos os dias desejo morrer, a morte me parece ser tão tranquila perto do inferno e do sofrimento que eu já vivi... - disse o garoto olhando a mulher o evitando com o olhar.

– Você não deve desejar isso... a vida é um dom maravilhoso Menma.. - disse ela.

– Para quem? Para mim não é... como pode ser maravilhosa uma vida onde todos que te cercam te odeiam e te desprezam, todos fingem que você não existe, que é apenas um lixo abandonado.. e eu sou... eu preferia que você tivesse tido coragem de por fim a minha vida do que me deixar crescer longe de você. - disse Menma e os olhos arderam tinha que contar a ela todo o sofrimento que teve por culpa da falta de coragem dela.

– Menma como eu iria criar você? Olha em volta? Olha o que eu sou, eu nunca poderia te dar uma vida feliz e uma família... eu sei que fui covarde em te abandonar mas eu não me arrependo, seu sofrimento aqui seria pior... - disse ela tentando convencer o menino que fez o melhor para ele.

– Ainda que eu sofresse mais aqui... pelo menos eu ia ter AMOR DE MÃE... - gritou o garoto não contendo as lágrimas que escorriam por seu rosto, a mulher ficou estática. Ela nunca imaginou que ele algum dia sentiria falta de amor e ela se perguntou "será que eu seria capaz de ama lo Menma?". Ela também chorou aquilo doía nela como jamais imaginou que iria doer, ela jamais imaginou que o filho abandonado iria atrás dela, atrás de sua história e ela nunca imaginou que seria afetada por isso, sempre esteve ciente do que fizera a ele e nunca se arrependeu até esse momento, onde ela se praquejou por não ter lutado pelo filho que precisou dela, ela por um momento imaginou com teria sido ver aquele menino diante de seus olhos crescer, mas ela já o tinha feito a escolha dela anos atrás e não iria mudar agora mesmo que arrependida.

– Gomen Menma mas eu não posso voltar atrás agora... - disse ela tentando segurar o choro, ele apenas suspirou e a olhou e se levantou.

– Não importa... já não faz diferença... eu não preciso de você, quando eu precisei você não esteve presente agora nem se você quisesse eu iria te aceitar como mãe, para mim você é apenas a mulher que me colocou nesse maldito mundo de dor e sofrimento... nada mais! - disse Menma secando os vestígio de lágrimas de seu rosto e olhou para a mulher que estava com os olhos marejados e com a boca semi aberta.

– Menma... gomen... - foi a única coisa que conseguiu dizer para o filho que a rejeitava agora, da mesma maneira que ela fizera anos atrás, e aquilo doeu nela como jamais imaginou que doeria.

– Não tem problema Hanashiro. - disse ele com um meio sorriso no rosto, um sorriso falso lá estava ele colocando a máscara outra vez. E ele foi embora daquele lugar, deixou a mulher que o colocou no mundo sem nem perguntar a ela o que estava a matando, mas a verdade era que não fazia diferença para ele, ele não sentia pena nem nada por ela, sentiu dor quando ela o desprezou mas a dor logo deu lugar a mágoa e a raiva que sentia dela, tinha a perdoado pois sabia que ela logo morreria mas nem o fato de que ela morresse o afetava, afinal cresceu achando que os país estavam mortos e continuariam em sua mente. Nunca mais voltou naquele lugar, nunca mais quis saber de notícias e com o tempo ela foi apagada de sua mente.

Foi embora, mas não tinha um lugar onde vivia, cada dia estava em um lugar, ficava em uma vila diferente, ainda vivia dos furtos para sobreviver, investigou sobre a família do pai e descobriu o quão poderoso era o clã, sabia agora que tinha sido um massacre feito Itachi Uchiha e que só deixara Sasuke Uchiha vivo.

Como um irmão poderia ser tão cruel a ponto de matar toda a família e deixar o irmão criando dentro de si um ódio e o desejo de vingança, sorriu. Deseja ser como Itachi, e era o que buscava, foi atrás do ninja de Konoha para que esse o treinasse e o fizesse forte, não tinha motivo só queria ser forte, queria dar alguma adrenalina na vida.

Aos onze anos encontrou o ninja que perseguia, Itachi estava sentado em uma pedra olhando para o nada perdido em pensamentos. Menma se aproximou dele.

– O que quer? - disse o Uchiha sem nem fitar o garoto.

– Quero que me treine. - disse Menma olhando para a capa preta com nuvens vermelhas, provavelmente o uniforme da Akatsuki.

– Me de um bom motivo para isso? - disse Itachi agora o olhando por cima dos ombros.

– Não tenho motivos, só quero que me treine. - disse.

– Não tem nenhum desejo de vingança? - disse o Uchiha agora de pé olhando nos olhos de Menma.

– Não.. Minha mãe era um prostituta que me abandonou e provavelmente já deve ter morrido, meu pai era um homem do clã Uchiha que você matou e que nem sabia da minha existência.. Não tenho por que me vingar os que eu mais odiava já estão mortos.. - disse Menma com toda a sinceridade.

– Entendo e por que quer ser treinado por mim? - perguntou o moreno curioso para saber o real interesse daquele garoto.

– Quero encontrar um motivo para a minha inútil existência. - disse fitando o Uchiha a sua frente.

Itachi o olhou por alguns segundo, não seria ruim ocuparia sua cabeça por algum tempo.

– Tudo bem, qual o seu nome garoto?

– Meu nome é Menma Uzumaki.

E assim Itachi treinou Menma durante algumas semanas, foi o suficiente para o garoto aprender grande parte do jutsu do clã e despertar o sharingan, Menma se sentia vivo pela primeira vez o poder que sentia correr em suas veias deixava sua mente embriagada com a sensação.

Itachi: - Hey Menma você tem potencial, se tornara muito forte se continuar treinando.. - disse o moreno olhando para Menma antes de partir.

– Arigato Itachi. - disse Menma. E eles foram em direções opostas, Menma não tinha um lugar para onde ir, vivia no meio do nada, em qualquer lugar, fazia algumas missões clandestinas, missões do mercado negro e ganhava o dinheiro para sobreviver.

Aos doze anos foi encontrado por Madara a beira da morte, fazia dias que não comia e nem bebia nada, estava mais magro e sentia o cheiro da morte o perseguindo.

– Hey garoto.. - disse Madara olhando para Menma caído no chão, quase que perdendo a consciência. Ele olhou para o homem com dificuldade.

– Hum... - foi o som que pronunciou não tinha força para dizer muito, Madara o ajudou a se sentar, o garoto tinha kekken genkai ativo e nem sabia por que estava ficando louco.

– É um Uchiha? - perguntou Madara se interessando pelo dom do garoto que seria útil a ele.

– N-nao.. Uzu-m-ma-ki.. - disse fraco. - Menma Uzumaki. - disse forçando a voz para sair sem gaguejar, Madara sorriu para ele.

– Venha vamos, vou ajudar você... - disse pegando o rapaz e o apoiando no ombro e sumindo com ele.

Naquele dia o homem misterioso que o ajudou, lhe deu de beber e comer, e quando Menma estava recuperado fez lhe a proposta que Menma não pensou em recusar, sabia que Madara cobraria a dívida, mas aquela era a chance de dar uma existência a sua inútil vida, que agora ele sentia correr nas veias a vontade de viver.

Aos treze anos conheceu Hyuki, a ruiva que lhe ajudou no treinamento, uma das aliadas de Madara. Se tornaram amigos, o moreno ajudou a ruiva na vingança que ela tinha planejado por anos, a garota era temperamental demais para o moreno, brigavam por tudo mas não se desgrudavam por nada, eram inseparáveis. Aos dezenove anos, Menma e Hyuki já haviam passado por várias coisas juntos assim como ele, ela passou a não pertencer a lugar nenhum ela era tudo que tinha, os anos passavam e Madara não cobrava a divida a nenhum deles, mas quando Hinata apareceu junto de Hyuki e as coisas mudariam, tiveram certeza que a divida estava preste a ser cobrada, não demoraria muito. Hinata era uma boneca de porcelana parecia frágil e quebrável, mas a mente da garota estava tomada por ódio, era um contraste sua mente com sua beleza, Menma criou um laço com Hinata sentia que tinha que protege lá assim como Hyuki, ele tinha as duas como irmãs que nunca tivera, ele podia afirmar agora que sabia o valor do amor, sentia que era amado e amava verdadeiramente as duas elas se tornaram a família dele.

...


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Mereço cometários?
Até o próximo!
Xoxo *u*



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