21 Motivos para te odiar escrita por Pudim de Menta


Capítulo 1
Livros - Único


Notas iniciais do capítulo

isso faz menção a filmes e livros ,mas acho que irão compreender.



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―por favor, me empresta! ―Jack implorava e a garota na sua frente sorria divertida.

―ok. ― ela suspirou derrotada tirando um exemplar gasto de Harry Potter e ordem da fênix da mochila e entregando ao garoto.

―a melhor coisa que já fez por mim foi apresentar os livros. ―os olhos dele brilhavam encarando a capa azulada da publicação.

―tá, tá. ―ela agitou a mão dispensando qualquer comentário e foi embora, no meio do caminho da escola para casa ela recordou-se de algo, o pedaço de papel no meio dos livros, mas logo se acalmou, Jack não era um bisbilhoteiro e ia deixar o envelopinho caseiro de lado.

••

Jack voltou correndo para casa assim que entrou em seu quarto jogou- se na cama com o exemplar em mãos, ele teria continuado sua leitura, até um envelopinho caseiro ter caído do meio das paginas.

Estava aberto e tinha um papel bem dobrado ali, séria mais um dos textos de Prisca? Que ela nunca deixava Jack ler? Como cidadão bem educado que ele era, devia ignorar, mas ali estava à oportunidade de ler um texto de Prisca, ele pode ter um vislumbre de sua escrita quando estudaram no sétimo ano juntos e ela fez um conto para aula de língua portuguesa, obviamente Jack ficou encantado e agora, como devia estar sua escrita em pleno terceiro ano do ensino médio.

Ele abriu o envelope com muito cuidado e começou a ler.

Vinte e um motivos para odiar Jack Stoel

Um: Jack é memorável com esse nome americano e um sobrenome muito mais americano, ninguém se esquece dele, enquanto eu tenho esse nome de Prisca, que estranho, não gosto que ele tenha familiares que tem um gosto para nome melhor que os meus, que injustiça, ele tem esse nome lindo!

Dois: Ele faz amizade facilmente, um dia ele acha uma amiga melhor que eu, vire melhor amigo dele, me largue depois namore ela e apareça na maior cara de pau pedindo para eu ser madrinha do casamento dele.

Três: Ele é uma manteiga derretida, sério, ele se emociona em sempre ao seu lado e não esconde isso, é fofo, e me sinto um monstro por que eu não choro nesse filme, em Titanic, em Marley e eu e nem na morte do dobby eu chorei.

Quatro: Fofo e quase perfeito, eu tenho meus ataques e ele me atura com toda paciência do mundo.

Cinco: Educação, claro que todas nos meninas sabemos que um garoto sendo cavalheiro é alguma coisa, mas Jack é tão e educado que é por mera educação ele carregar minha mochila e meus livros.

Seis: Jack é meio sem iniciativa, eu tenho que lançar as indiretas eu tenho que andar perto dele e tudo mais.

Sete: Ele pode não ter iniciativa, mas me faz sentir uma medrosa, eu lembro no dia das bruxas que decidiram fazer no bairro e seguir alguma tradição americana. Poderíamos dar a volta pela rua o atravessar a praça mal iluminada, eu sugerir dar a volta ele simplesmente segurou a minha mão e marchou pela praça.

Oito: Por que ele é desligado, inúmeras garotas o paqueram e ele nem percebe, somente as ignora e continua a falar comigo.

Nove: Ele faz mais que necessário, nossa amizade começou quando eu tinha nove anos, eu fui até a sorveteria do bairro e comprei aquele lindo sorvete de pistache com morango e adivinha, caiu no chão!E La estava um garotinho que disse que tinha dinheiro para mais um sorvete e me pagou outro, recusei, mas ele insistiu e me fez engolir todinho e não quis nem um pouquinho. Quando quase fiquei de recuperação na escola ele sacrificou seus finais de semana e feriados para me ajudar nos deveres de casa,quando meus pais se divorciaram e ele ia viajar sozinho até a casa do primo, ele cancelou a viagem e ficou aquele período todinho ao meu lado.

Dez: Ele faz física parecer incrivelmente fácil, enquanto para mim e macumba em mandarim.

Onze: Ele nem é exibido, é inteligente, bonito e muitas outras coisas e faz isso parecer nada.

Doze: Eu queria um motivo para ter que ficar pelo menos brava com ele, mas com toda a paciência não da pra ficar brava com ele.

Treze: Ele cozinha tão bem e eu mal sei fazer arroz, sei lá, ele não pode esfregar na minha cara que seus bolinhos, seus doces, suas pizzas na qual ele faz é melhor que meu arroz queimado.

Quatorze: Ele aprendeu tocar guitarra, sozinho e foram anos para eu tocar violão.

Quinze: Todos os dias ele me defende, quando eu tinha doze anos no final do sétimo ano e não fazia educação física, ficava na arquibancada uns moleques de outra turma que utilizava a quadra vieram me atazanar, eram do nono ano, adivinha o que Jack fez ele saiu em plena partida de futebol e pegou a mochila dele e brandiu em direção aos idiotas e ficou todo o tempo possível do meu lado, as vezes ele nem jogava futebol e ficava lá comigo.

Dezesseis: se expõe ao perigo, uma vez estávamos voltando para casa juntos, olha o que o Mané fez quando um ladrão tentou furtar-nos e começou a mexer comigo, entrou na minha frente e disse “nela você não encosta.”

Dezessete: Não sou a garota dele, na mesma situação do assalto, lembro bem do bandido dizendo “protegendo sua garota” “ ela não é minha garota, mas mesmo assim, cai fora e se encostar nela ou ameaça-la, até xinga-la, pode me esfaquear, me dar um tiro, mas eu te perseguirei no céu no e no inferno” Mas apesar de tudo um dia ele vai achar uma garota e não vou ser a moça defendida.Vou ser só a tia do nome esquisito dos filhos dele.

Dezoito: Nunca poderei deixa-lo de ver, vamos seguir a mesma carreira, fazer as mesmas coisas e sei que nunca vou poder ficar longe dele.

Dezenove, por que ele tem esses olhos cinza extremamente apaixonantes.

Vinte: Não digo nada e se ele nunca corresponder, vamos estragar a amizade e nunca mais o verei como eu disse no item dezoito, nunca vou poder ficar longe dele.

Vinte e um: Por que ele é o gênio mais burro que eu conheço, sério, Jack! È desde o oitavo ano Jack, e você nunca percebeu, você é genialmente burro.

Jack fechou o envelope, permitiu-se um sorriso muito aberto e começou a escrever algo para Prisca, mas foi interrompido.

―Jack jantar, largue esse livro. ― a mãe gritou, ele dobrou o papel e escondeu debaixo do travesseiro e saiu em disparada à sala de jantar.

Quando chegou seu irmãozinho, sua mãe e seu pai o aguardavam, sentados nas cadeiras que rodeavam a mesa.

―por que o sorriso bobo? ― o pai lhe dirigiu a palavra.

―nada! ― ele respondeu e a mãe colocou-se a rir.

―apaixonado, um palpite, Prisca! ― a mãe olhou com um sorriso de esguelha para ele.

―por que Prisca gostaria dele? ― o irmão dele brincava com a colher.

―ora, cale a boca. ―ordenou Jack.

―sinceramente meu filho, eu já esperava a tempos que ela fosse apresentada a família como sua namorada. ― a mãe declarou.

―vamos comer. ― Jack falou e logo em seguida encheu a boca de comida para não precisar falar mais nada, quando terminou sua refeição partiu para o quarto trabalhando em seu projeto, o livro não existia mais.

Quando terminou mandou uma mensagem a Prisca, já que amanhã era sábado, melhor para se encontrar. Mandou uma mensagem pedindo para se encontrar com ela, na sorveteria do bairro, as dezessete, esperasse lá.

••

Dezesseis horas, dezesseis e um e dezesseis e dois e ainda Prisca continuava verificar o relógio, ela estava sentada numa mesa redonda da sorveteria.

Verificou o reflexo na superfície prateada do porta-guardanapo, os cabelos cacheados e castanhos escuros os olhos cor de mel e grandes,ela ergueu o queixo e avistou uma figura de cabelos negros e olhos cinzentos que seriam vistos na mais completa escuridão, Jack, ele sentou-se na mesa dela, Prisca gelou e segurou-se para não gaguejar.

Ele colocou um envelope na mesa dela, ali Prisca reconheceu.

―droga! ― ela pensou. ― Será que ele leu?

Sentiu as bochechas corarem fortemente e o encarou.

―você leu? ― ela arqueou uma sobrancelha e ele meneou a cabeça positivamente. ―Perachel Shipper, Snamione Shipper, vai para Umbra, com escala em Azkaban e conexão no tártaro, nunca leia meus textos.

―só leia. ―Jack respondeu em respostas, Prisca quis abrir um buraco e se enterrar, ele saiu correndo.

―aonde vai?

―fugir da sua fúria e te dar espaço para ler.

Ela abriu o envelope e tirou outro papel dali ale do que ela havia escrito.

Vinte e um motivos para odiar Prisca

Um: Nos países de língua inglesa meu nome é bem comum, mas tropeçar em uma Prisca é bem complicado, queria que meus pais pensassem num nome mais único. Prisca, admita é um belo nome.

Dois: Prisca faz amizades tão fácil com garotos, vai me largar por qualquer um e depois vai se apaixonar por ele e vão se casar morar no Canadá, ter dois filhos e um cachorro.

Três: Ela mascara suas emoções tão bem, que nem parece senti-las, eu queria saber o que há por trás daqueles olhos castanhos.

Quatro: Ela acredita que eu sou paciente!Há.

Cinco: tá eu sou educado, mas eu realmente quero que ela me note quando eu carrego seus livros.

Seis: Eu às vezes também lanço as indiretas, mas ela nem parece perceber.

Sete: Ela não e nada medrosa, uma vez fomos fazer um passeio da escola até um prédio de escritórios com elevadores, e eu não gosto daquelas caixas de metal, ela me puxou até lá e fez parecer ficar suspenso vinte andares super normal.

Oito: Eu ignoro um monte de garotas e continuou a falar com ela,será que Prisca não percebe o quanto ela é importante para mim.

Nove: Ela é muito desligada, sacrifiquei férias, feriados e ela ainda não percebeu o que rola aqui?

Dez: Ela faz macumb... Perdão, Língua Portuguesa parecer incrivelmente fácil.

Onze: Nada exibida, sempre modesta, com o vocabulário esplendido, os olhos castanhos faiscantes a mis orgulho de todos.

Doze: ela nunca fica brava, espantoso!

Treze: Ela desenha bem para caramba, mal desenho bonecos de palito, ela podia esfregar o talento dela na minha cara.

Quatorze: eu posso ter aprendido guitarra sozinho, mas ela dedicou-se por anos ao violão, os meus sons na guitarra são péssimos, mas ela transforma as notas no violão em uma perfeita melodia.

Quinze: No sétimo ano a defendi, deixei de jogar futebol para ficar em sua companhia e ele nem me nota!

Dezesseis: defendi-a de um malandro e ainda sou somente o amigo dela.

Dezessete: Daquela vez que a defendi quis gritar sim que ela era a minha garota, mas ela nunca corresponderia.

Dezoito: Nunca vou conseguir me afastar, vou a ver fazendo tudo, casando, tendo filhos e serei somente o tio Jack.

Dezenove: Por que ela tem esses olhos apaixonantes, cor de mel que faria a guerra cessar e ate os piores ditadores desistirem de suas ideologias.

Vinte: Nunca poderei dizer, e se não der certo, não aguentarei ficar longe dela.

Vinte e um: Ela é tão lenta, nunca percebeu que desde que pus meus olhos nela, eu a amei, como uma criança pensa como é o amor, quando fiquei mais velho, como um adolescente pensa que é o amor, acho que isso vai seguir a trilha e ela nunca conseguiu perceber.


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Notas finais do capítulo

desculpe a quem é Perachel Shipper ou Snamione.
Beijos e espero que tenham gostado



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