Era uma manha agradável em Beach City, o vento passava pelas janelas refrescando a casa da praia, todos estavam se sentindo bem, Pearl planejava fazer uma torta de ameixas, Amethyst e Steven planejavam come-la e Garnet não planejava fazer nada de mais, resumindo, todos tinham coisas agradáveis para fazer nessa manha agradável em Beach City, mas nessa manha ninguém iria fazer as coisas que planejou, as coisas começaram a mudar quando Garnet saiu do templo com um fragmento dos mais antigos do templo, e diz

–Gems, chegou a hora, o fragmento do Gluon está brilhando, vamos leva-lo até o lago de lava dourada já!

–Ok Garnet, Steven vamos ter que ir numa missão, não deve demorar, volto a tempo pra torta ok? - Anuncia Pearl a Steven, ela vai andando em direção ao teleportador, mas é bloqueada por Garnet, que fala:

–Você fica, um grupo menor é mais rápido e você não tem resistência a lava, Amethyst vem comigo!
–Mas... ela também não tem resistência a lava!
– Amethyst consegue se transformar com mais facilidade, e no salão das mil formas vamos precisar dessa habilidade!

–UHUUUL! A AMETHYST TÀ DENTRO! OUVIU ESSA PEARL! eu sou a melhor! Vamos Garnet!

–Steven cuide da casa ok? Pearl, não fique brava comigo, é a melhor decisão. Teleportando!

O raio de luz sai do portal e leva as duas em um piscar de olhos.

–Por que eu nunca sou escolhida, minhas habilidades são suficientes! - Diz Pearl com raiva, e entra no templo, mas Steven mal tem tempo de pensar em começar a pegar os ingredientes para a torta, quando Pearl volta com um sorriso enorme na cara - Steven eu já sei! NÓS vamos numa missão! SOZINHOS! Vamos mostrar que nós conseguimos! Se arrume vou pegar as coisas!

Pearl entra de volta no templo de novo antes que Steven pudesse dar qualquer sinal ou opinião de aceitação ou refutação da ideia de Pearl, e antes que ele percebesse, voltou com uma bolha, e dentro da bolha um objeto muito familiar a Steven, e muito familiar aos olhos do leão que até o momento estava parado aproveitando sua manha agradável em um canto da casa, Steven exclama impressionado.

–Esse é... a almofada do... como era mesmo...

–Vidro do Deserto.

–Vidro do Deserto! Isso mesmo! O que você vai fazer com ele?

–Vamos concertá-lo, sabe Steven... Antigamente ele podia formar uma fortaleza enorme apenas tocando em areia, - Pearl começa a montar enquanto fala, um holograma mostrando uma enorme construção -, talvez a gente possa usa-lo para construir uma fortaleza com a areia da praia e proteger o templo em caso de ataque... E será necessário suas lagrimas... Quer dizer, cuspe para podermos concertá-lo, mas não é o suficiente sozinho! Também vamos precisar ir a um certo labirinto, e para isso minhas habilidades logicas serão necessárias! Venha!

Os dois sobem sobre o teleportador, Steven olha para a cara de Pearl extremante animada, ele se pergunta o porquê, quando de repente um raio de luz os busca, logo eles estão em um salão de pedras escuras azuladas, só se sabia sua coloração pela luz de cristais luminescentes que cresciam das paredes, o único sinal de vida era um sinal escrito na abertura para um túnel, que se dividia em três direções, Steven se lembra de algo.

–Pearl, não acha que devíamos esperar? Garnet falou que devemos vigiar o templo!

–não se preocupe, não vamos demorar nadinha aqui, é só um labirinto!

O irônico é que exatamente 5 horas depois, Pearl estava gritando.

–QUE LABIRINTO É ESSE, É A DECIMA QUINTA VEZ QUE PASSAMOS PELA PORTA DO SALÃO DE ENTRADA! ISSO NÂO FAZ SENTIDO ALGUM!

–Talvez seja um sinal, para irmos embora!

Se você quiser saber o que aconteceu nas ultimas 5 horas eu irei resumir, pensem em Steven e Pearl vagando por um corredor escuro de pedras azuis mal iluminado, guiados apenas pela luz de poucos cristais e pela luz emitida da gem na testa da Pearl, agora imagine isso por cinco horas seguidas, foi exatamente assim que se pareceu; a humidade era terrível para Steven, o ar ainda não estava abafado, pois Steven não precisa respirar como um humano qualquer, mas as pedras frias e desconfortáveis não agradavam, estava completamente diferente de Beach City, Pearl parecia que ia perder a cabeça a qualquer momento, ou melhor, se já não a perdeu.

– Deve ter alguma saída? Pearl o que você acha? já estamos vagando por muito tempo!

–Steven, eu sinceramente não entendo, esses corredores não parecem os mesmos, estou registrando por onde a gente passa só que não parece que a gente está mantendo um mesmo caminho, as coisas parecem... mudar o tempo todo!

–ok, mas vamos descansar um pouco por que eu estou com um pouco de fome...

–tudo bem...

Steven se encosta e começa a fantasiar sobre comida quentinha, ele indo ao big donut e pegando seu donut favorito, ouvir Lars contar uma piada ruim enquanto dá a primeira mordida, indo ao Stew Fish Pizza e pedisse o combo casa com refri, indo ao Beach Citywalk e pedir suas sobras de batatas fritas a Peedee, e tudo mais, até que percebeu que a própria parede atrás dele está mais quentinha que as demais, ele pensou que estaria imaginando, mas ele sabia qual era a temperatura daquelas pedras, ele passou 5 horas passando por elas, aquela estava definitivamente diferente, Pearl que estava sentada na parede oposta percebeu que Steven estava reparando em algo.

–Steven oque foi?

–Essa parede... Essa parede está morna!

–Deixe me ver! - Pearl encosta na parede e confirma, ela estava morna, mas ficando cada vez mais fria... - Steven eu acho que eu descobri!

–O que?

–Para traz!

Pearl então sacou sua lança e deu um tiro de energia na parede, que se partiu em pedacinhos, Steven fez uma bolha para se proteger, e então estava tudo revelado, diante deles um corredor estava se reconstruindo, lava escorria do teto e formava novas paredes, enquanto magicamente algumas paredes viravam lava e eram absorvidas pelo solo.

–por isso a parede estava morna! As paredes se reformam, essa devia estar ai a pouco tempo! Eu sabia! O labirinto estava literalmente mudando! vamos lá Steven!

Pearl saiu correndo explodindo todas as paredes que via, com Steven atrás dela em uma bolha, mesmo assim eles não chegavam em lugar algum, então ela sacou uma segunda lança, carregou uma esfera de madrepérola dupla e atirou, a bola luminosa atravessou o labirinto de um canto a outro, a luz da explosão no fim do túnel ofuscou os pequenos cristais luminescentes nas paredes, e a lava parou de fluir, as paredes pararam de se reconstruir, o que quer que seja que mantinha o sistema funcionando a Pearl detonou completamente, eles encontram em fim a saída do labirinto, onde veem outra sala grande, coberta de cristais azuis, um enorme geodo!

–Steven, fique aqui atrás, vou ver se descubro o que é isso!

Pearl fica analisando e analisando o cristal por muito tempo, apenas ao som do gotejar de uma estalactite, Steven entediado chuta uma pequena pedrinha dentro do geodo, assim que ela toca na face de um dos cristais, a parte encostada brilha e a pedrinha é arremessada com força para outro cristal, e assim por diante quicando cada vez mais rápido, se partindo em vários pedacinhos até virar pó, e desaparecer, Steven e Pearl ficam perplexos, não pela força, mas pela impossibilidade de passarem nos cristais.

–Entendi! os cristais fazem uma força contraria de 3 vezes a força que os tocou! Isso será IMPOSIVEL DE PASSAR!

–A gente consegue! Não se preocupe a gente consegue! Você sempre arruma um jeito Pearl!

–Steven, esse geodo é impossível de passar! a gente não pode cavar, pode acabar desmoronado! a gente não pode escalar, não podemos sequer tocar nos cristais! A gente nunca vai conseguir passar por esses cristais! - de repente silencio se forma e apenas um som se prevalece sobre os outros, uma pequena gota d'agua, então a Pearl diz angustiada - não temos nada para construir uma ponte! Se no mínimo eu pudesse fazer uma de areia a gente ia poder atravessar!

–Você pode fazer pontes de areia?

–Não não... eu posso CONTROLAR areia Steven, não se lembra de quando eu brincava com você quando você era menor?

–Ahhh... não!...

–Ok, mas não temos areia! não estamos na praia!

–é claro que temos! - Diz Steven abanando suas roupas como louco, quando uma poeira azulada das pedras do labirinto sai de sua roupa, então Pearl se lembra de ter esfarelado varias paredes até virar areia!

–é isso! Como eu pude ser tão cega! Vamos Steven! - Pearl e Steven regressam um pouco, Pearl para na frente de um monte de destroços de parede de labirinto de pedras azuis frias e desconfortáveis, e se prepara, ergue suas mãos e a areia começa a se mover, primeiro apenas poeira se levanta no ar, mas com o tempo uma grande quantidade de areia se forma, Pearl vai andando em direção ao túnel, com a areia azul a acompanhando, formando dunas que mais se pareciam ondas, sob a luz dos cristais se parecia literalmente com agua; então com o tempo, e tomando cuidado para não tocar nenhum grão nos cristais, Pearl forma um bloco de areia, ela pede para Steven subir no bloco de areia, que começa a se mover, atravessando o geodo, assim que eles chegam, Steven comemora, balançando Pearl, que derruba toda a areia dentro do geodo, a areia bate nos cristais e voa por todos os lados, causando uma confusão total, eles correm com os olhos fechados para impedir a areia de entrar nos olhos, e não percebem que as paredes de pedra bruta vão ganhando uma forma reta de acordo com que correm para sair da poeira, com o tempo ganham entalhes, e quando param para olhar estão num corredor decorado, com lamparinas de cristais brilhantes, e no final um grande salão

Não tão grande quanto o geodo, mas maior que a casa de Steven, esse era o salão final, com as paredes entalhadas e adornadas com gemas, no centro um pilar de cristal azul, com uma cavidade, lá Pearl coloca a bolha coma almofada, a bolha então se estoura imediatamente, e a almofada continua levitando dentro do cristal que se fecha, deixando a almofada na parte interna, dentro de uma bolha de ar.

–Olha Steven, agora é a sua vez, lamba aquele cristal gigante!!!

–lamber? o cristal? ah é mesmo! Poderes de cura! ok!

Steven lambe o cristal, uma onda rosa percorre o interior do pilar, e de repente ele começa a se desfazer em luz, que começa a fluir e se concentrar na almofada, que também brilha com a mesma tonalidade azulada do cristal. Logo a luz some e a almofadinha cai sobre o buraco hexagonal no chão, de onde saia o pilar que desapareceu por completo!

–FINALMENTE! CONSEGUIMOS, DEPOIS DE CINCO HORAS E MEIA PERCORRENDO ESSE LABIRINTO NÓS CONSEGUIMOS! - Grita Pearl, que abraça Steven, depois pega ele embaixo do braço, e no outro a almofada e sai correndo feliz pelo corredor, tinha cumprido sua missão!

Os cristais do geodo se inativaram, e Pearl passou tranquilamente por eles, o labirinto se tornou um único corredor grande, que levava ao teleportador diretamente.

–Agora Pearl, pode me descer! Vamos para casa logo! Aquelas comidas que eu estava imaginando estão voltando a minha mente!

–Mas nós ainda não vamos para casa! - Pearl se teleporta até um outro lugar, completamente diferente e com certeza mais seco que a casa em Beach City, o deserto!

–O deserto?

–não quero testar esse objeto na praia! pode causar uma confusão! Lembra da ultima vez que ele foi colocado lá sem o controle certo?

–é mesmo... eu quase morri...

Pearl coloca gentilmente o travesseiro sobre a areia, e fica o observando com os olhos cheios de esperança, o travesseiro então começa a flutuar no ar, e sua pedra começou a brilhar com uma luz verde intensa, e então como por magica ele desliga e despenca do nada no chão, e fica parado e inerte... a única coisa no deserto que permaneceu mais parada e inerte que o travesseiro foi a Pearl, que ficou com uma expressão de desgosto enorme, combinada com uma cara de surpresa, não a surpresa boa, a ruim, e essa expressão, depois de uns dez segundos e varias perguntas de Steven do tipo "Pearl, tudo bem?", começou a se transformar numa cara de raiva, que ficou pior e pior, e num grito furioso Pearl chuta a almofada a uma distancia incrivelmente longa, muito longa...

–ARG QUE RAIVAAAA! STEVEN VAMOS EMBORA AGORA! NÃO AGUENTO MAIS ISSO! EU ESTOU SUJA, ESTOU CANSADA E ESTOU IRRITADA! FALTA POUCO PARA EU EXPLODIR!

Pearl sai batendo os pés, e se teleporta, furiosa, Steven vai após ela gritando “Pearl me espere!”, bem ela tinha cumprido sua missão, só que não foi o resultado esperado, o resultado... digamos assim... certo, ou no mínimo era o que ela pensava, pois não ficou tempo o suficiente para que, no local onde a almofada caiu, um pequeno pilar de arei começou a lentamente a se elevar... e mais... e mais...