*Cara esse dia o Cascão ta sendo muito chato!!! Já to pra explodir com ele! Ele ta me tratando que nem um bebê, ta eu entrei num incêndio mas não morri!! Eu não posso me levantar da cama ou pegar uma água que ele vem de frescura...*

– Aqui o remédio- Cascão

– Cascão, eu já to bem e não preciso de remédio- Mônica

– Ta, mas vou deixar ele aqui- Cascão

– Mano, para de me tratar como um bebê! Eu vou pegar uma maçã- Mônica

– Eu pego- Cascão

– Chega! Isso já ta me irritando!- Mônica

– O que?- Cascão

– Você me paparicando! Isso foi bem legal ontem mas já esta ficando chato, eu quero levantar desta cama e sair de casa pra passear- Mônica

– Eu sei mas o médico pode ter te dado alta mas também disse que você precisa repousar pois pode ter algumas sequelas por causa do incêndio- Cascão

– Cascão meu querido irmão, você me conhece desde criança e sabe que eu sou forte e não preciso ficar aqui deitada na cama o dia inteiro e que não sofri nenhuma sequela!- Mônica

– Nossa, hoje a sua raiva esta a cem por hora e a teimosia também- Cascão

– É porque você ta me sufocando- Mônica

– Eu só...- Cascão

– Oi, posso entrar?-???

– Oi Magali, pode sim, venha fazer companhia a esta garota teimosa- Cascão

– Só vim dar uma passada rápida- Magali

– Mesmo assim fica- Cascão

– Ta- Magali

– Eu vou ficar na sala pra deixar as duas sozinhas- Cascão

*Cascão vai embora e Magali se senta na minha cama*

– Como esta?- Magali

– Tirando que o Cascão ta sendo muito chato não me deixando sair dessa cama pra sair, eu to muito bem- Digo num tom sarcástico

– Ele só esta preocupado contigo, quando você entrou naquele incêndio pensei que não fosse rever minha melhor amiga- Magali

– Sou sua melhor amiga?- Mônica

– Posso não te conhecer desde a infância mas sim, você é minha melhor amigo- Magali

– Você também é minha melhor amiga- Mônica

*Magali e eu damos um abraço e a mesma fala*

– Lembra da sua pulseira?- Magali

– Sim lembro, ela soltou e ficou lá na casa pegando fogo e nem consegui resgata-la, eu sou uma idiota- Digo me lamentando

– Ta falando desta aqui- Diz Magali segurando a minha pulseira

– Mentira!! Você pegou!!- Mônica

– Sim- Magali

– Mas como?- Mônica

– Quando os bombeiros chegaram e apagaram o incêndio entrei na casa e fui procurando em meio das cinzas e achei mas não ia entrega-la suja então lavei- Magali

– Você é a melhor maga!!- Mônica

*Dou um abraço forte em Magali e falo*

– Obrigada, obrigada, obrigada!- Mônica

– Mô...- Magali

– Que foi?- Mônica

– Ta me sufocando...- Magali

*Percebendo que maga podia desmaiar desfaço o abraço mais rápido possível*

– Foi mal, exagerei na força- Mônica

– Tudo bem mas agora tenho que ir, a gente se vê- Magali

– É, pode ir se divertir e eu fico aqui parada igual a um museu- Mônica

– Mô, o Cascão só esta assim porque se preocupa com você e ele tem razão, você precisa de repouso- Magali

– Ta, tchau maga a gente se vê amanhã- Mônica

– Tchau- Magali

*Magali vai embora então fico no meu quarto tentando ocupar meu tempo com várias coisas mas não consigo, até no meu caderninho já tentei escrever a minha música mas nada funciona!! Eu to muito entediada*

– Não da! Eu preciso sair desse quarto se não vou ficar maluca!- Mônica

– Ah não, já to agindo que nem uma! Estou falando comigo mesma- Mônica

– Preciso sair daqui- Mônica

*De repente olho pra minha cama e me vem uma ideia*

– E já sei como- Mônica

*Vou até os quartos da casa e pego os lençóis e depois volto pro meu quarto, então tranco a porta, amarro os lençóis, os jogo pela janela mas ouço alguém me chama*

– Mônica?-???

– Ah! Que susto Maria, o que você ta fazendo no quarto do seu irmão?- Mônica

– A cama do Cebola é mais confortável e como machuquei o tornozelo estou aqui de repouso mas eu é que devia fazer a pergunta- Maria

– To cansada de ficar em casa sem fazer nada, você eu entendo pois ta machucada mas eu não estou, olha pra mim e vê como eu to- Mônica

– Me parece bem- Maria

– E estou! Mas o Cascão acha que preciso descansar mais então resolvi e...- Mônica

– Vai fugir de casa!- Maria

– Não, só vou dar uma escapada pra dar uma saída depois eu volto- Mônica

– Ata, vai fundo- Maria

– Mas você não pode falar pra ninguém- Mônica

– Ta- Maria

*Saio pela janela de meu quarto e depois solto os lençóis e piso no chão*

– Conseguiu mô!- Maria

– É, agora vou indo e não se esqueça...nada de falar o que você viu pra ninguém- Mônica

– Minha boca é um túmulo- Maria

– Obrigada- Mônica

– Maria!!! Pode abrir a porta!-???

– To indo mãe...acho melhor você ir agora- Maria

– Tchau Maria- Mônica

*Saio correndo e fico passeando pelo bairro pensando no que fazer quando acabo esbarrando em uma pessoa estranha*

– Desculpa moço- Mônica

– Olha pra onde anda menina!-???

– Que isso, eu já me desculpei, grosso- Mônica

– Não to afim de papo-???

– Ui! Ta bem, eu vou embora- Mônica

*Finjo que vou embora mais me escondo e vejo outro cara chegar*

– Aqui outro telefone-???

– Ótimo-???

– Vamos logo ligar pra ela-???

– Aqui não seu idiota! Podem desconfiar!-???

– Ta bem, vamos entrar em algum beco-???

*Os homens vão embora então já como sou curiosa resolvo segui-los até ver que eles entraram em um beco e me escondo pra ouvir*

– Aqui esta bom-???

– Liga pra ela-???

– Ta chamando-???

– Ta-???

– Oi sou eu, to pouco me importando se você esta com pessoas! Temos que bater um papo agora!-???

– O que eles estão tramando?- Digo sussurrando pra mim

– Coloca no viva voz-???

– O que você quer? Já fizeram serviço-???

– Você sabe muito bem o que queremos!-???

– E o que querem mesmo?-???

– Nós queremos a grana que você prometeu!-???

– Eu já entreguei-???

– Você entregou uma miséria-???

– É isso que merecem por terem falhado-???

– A culpa não foi nossa se as meninas saíram do casarão ilesas-???

– Então foram eles, melhor foram pagos por alguém, mas quem será esse alguém?- Digo ainda sussurrando

– E dai! Não ligo!-???

– Escuta aqui Irene! Se você não mandar a grana a gente para de fazer o que você manda ouviu!-???

*Por essa não esperava, então foi a vagabunda da Irene que tentou matar a mim, a Magali e a Maria, amanhã aquela patricinha se vê comigo, saio do beco e continuo andando até ver uma área cheia de skatistas e vou até lá mas esbarro em outra pessoa*

– Ai-???

– Foi mal- Mônica

– De todos os lugares do mundo você tinha que vir pra cá-???

– Ah...Cebola- Mônica

– O que você ta fazendo aqui?- Cebola

– Vim ver os skatistas e também vi que o carrinho de sorvete esta aqui- Mônica

– Aqui tem uma sorveteria a uns 3 quarteirões daqui, porque não vai até lá- Cebola

– Porque eu não quero- Mônica

– Já não basta eu ter que te aturar na banda vou ter que aturar aqui- Cebola

– Sim, aqui é um lugar público, onde todos podem vir, agora com liçensa que eu vou pegar um sorvete- Mônica

*Passo por Cebola e vou até o carrinho de sorvete e vejo o mesmo lá também*

– Você quer me irritar né?- Mônica

– Isso é um bônus mas só quero um sorvete também- Cebola

– Qual sabor querem?-???

– Eu quero de chocolate- Mônica

– E eu de manga seu Juca- Cebola

– Aqui, um de chocolate e outro de manga pro casal- Juca

– Não somos um casal- Cebola

– Somos só conhecidos- Mônica

*Pegamos nossos sorvetes e Cebola diz*

– Já pegou o sorvete agora vai embora- Cebola

– Não, eu tenho o direito de ficar aqui- Mônica

– Não tem pois nem andar de skate você sabe- Cebola

– E você sabe?- Mônica

– Sim, olhe e babe- Cebola

*Cebola sobe em cima do skate e começa a fazer várias manobras mas o mesmo cai...ta foi engraçado mas me tenho que me conter só que o pior foi que o sorvete dele caiu na testa dele ai não deu então comecei a dar muita risada*

– Hahahaha! Q...que mané!- Digo caindo de rir

– Isso foi uma falha técnica- Cebola

– Pra mim foi uma falha por sorvete...hahahaha- Mônica

– Vai rindo, pois você vai ter seu troco- Cebola

– Duvido- Mônica

*Quando ia embora sinto Cebola segurar minha perna me fazendo cair e meu sorvete cair em minha cabeça e o mesmo começa a rir também*

– Hahahaha!! Q...quem é idiota agora- Cebola

– I...isso não vale, foi você que me fez cair- Mônica

*Depois disso não conseguimos mais falar e sim estávamos caindo na risada com a palhaçada que fizemos*

– Somos dois desastrados- Cebola

– Você que é, eu cai por sua causa- Mônica

– E quanto ao sorvete?- Cebola

– Ta, nós dois somos desastrados- Mônica

– Olha que estranho, estamos conversando e não discutindo- Cebola

– Acho que podemos ser legais um com o outro afinal de contas- Mônica

– Até que você não é tão chata quando achei que fosse- Cebola

– E você não é tão metido quando achei que fosse- Mônica

– Então estamos quites- Cebola

*Cebola se levanta, me estende sua mão e falo*

– Amigos?- Cebola

*Seguro a mão de Cebola que me ajuda a levantar e falo*

– Amigos...- Mônica