Os Contos Escarlates-1-Vida escrita por Beijo Sangrento
Notas iniciais do capítulo
Acho que esqueci de dizer no ultimo que Jason ainda tá na Floresta.
Ignorando o por do sol no horizonte, Jason ainda estava no meio da floresta. Várias vezes pensou que a hora de voltar já tinha chegado, até do aviso do sol ele tinha percebido mas, algo ainda lhe prendia naquela floresta. Não era só a beleza, nem as sensações boas que a floresta lhe passava. Quando a visitava.
Tinha algo diferente. Os cheiros, o vento, as árvores. Tudo estava mudado. Ontem, quando mais uma vez Jason estava na floresta, ela cheirava a pelo molhado, rosas azuis, folhas secas e mel. Hoje ela tem cheiro de: pelo molhado, rosas azuis, folhas secas, mel e algo mais. Jason estava com um pouco de dificuldade para definir esse novo cheiro.
Ao sentir a primeira vez, o cheiro lhe lembrava um cheiro de suor, não de quem passou o dia cortando lenha, como estava acostumado, mas como alguém que passou a tarde sentindo a brisa sob um sol de fim de tarde. Esse cheiro se misturava ao já conhecido aroma das rosas azuis e terminava com um novo aroma de maçãs.
Pela segunda vez, ao recordar de todas as lembranças que o novo cheiro lhe trazia. A primeira palavra que Jason imaginou, com essa mistura toda de aromas foi: Vida. Depois de quase libertar-se dessa transe, o menino percebeu que na arvore grande , que nunca mostrou nenhum fruto em seus ramos, hoje ostentava uma grande e vermelha maçã.
Sem pensar duas vezes, Jason subiu na árvore afim de colher a nova maçã. Lá em cima ele viu que o sol ainda não tinha se escondido por enteniro, o que significava que ainda tinha tempo para comer o fruto dentro da floresta. Jason adiantou sobre um galho tendo de ficar totalmente em pé e se equilibrando, para alcançar a maçã.
Quando alcançou o fruto e este arrancou, o galho que estava usando como apoio partiu-se, levando ele e a parte do galho quebrada ao chão. Não era muito alto então o baque e as dores sumiram bem rápido. Assim permitindo o garoto notar que no lugar do galho partido, nascia agora um novo galho, porem menor do que aquele que agora encontrava-se ao seu lado. Perto da fissura, do toco que ficou na árvore, brotaram folhas mais verdes que a grama que antecipa a floresta, e uma rosa azul que em poucos segundos, tornou ao tamanho de uma rosa já adulta.
Assustado, Jason não conseguiu segurar um gemido de espanto. Mas o que mais lhe assustou foi o fato que em seguida, ouviu-se um som de uma gargalhada vinda de suas costas.
— Oi? — Perguntou o menino virando-se, para a direção que ouviu a gargalhada.
— Oi, você... Tá tudo bem com você? — Respondeu um menino que não era mais que 4 anos mais velho que Jason, Loiro, muito alto pra sua provável idade e tinha um tom de curioso na sua cara desconhecida.
— Por eu ter caído da árvore? sim estou ótimo. Mas por você rir do meu tombo, não muito.
Outra gargalhada saiu da boca do desconhecido.
— Eu não ri do seu tombo, eu ri do seu espanto com o nascimento da rosa azul.
— Você não vai me dizer o seu nome? — perguntou, Jason.
— Você ainda não me disse o seu.
— Jason, e não minta pra mim que não se assustou também.
— Eric. Com a Rosa? Não.
— Rosas não brotam já adultas.
— Ela não brotou adulta. — Falou Eric com deboche. — Ela nasceu e cresceu como todas as outras, mas foi um pouco mais rápido do que se espera.
— Do jeito que fala parece até que foi obra sua. — Jason quase intrigado, responde.
— Como tem certeza que não foi? Anda me dê logo sua mão.
Como um reflexo, Jason olhou suas mãos e ainda não tinha notado que estava sangrando. "Foi a queda, a outra só está intacta por que eu estava segurando a maçã."
— E por que eu daria?
— Por isso — Eric falou enquanto tomava a mão esquerda de Jason e esta foi tornando-se rosada e rígida sem nenhum arranhão à mostra.
Assustado, Jason entendeu que a rosa foi sim obra de Eric, assim como a sua mão sarada com um toque dele.
— É... De certo modo obrigado, mas tenho que ir — "E espero que nunca mais veja algo tão estranho."
— Tem mesmo, é o primeiro garoto que vejo andando nessa floresta por essas horas. — Falou Eric com tom de superior.
— Olha quem fala — Desafiou Jason.
— O que? Eu moro aqui, senhor Jason Stackhouse.
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Queria escrever beem melhor. D: