Dalva escrita por Stella Campiolli


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

A história se ambienta na 1ª guerra contra Lord Voldemort.
Espero que gostem.
Boa leitura.



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Sirius mexia a panela de brigadeiro efusivamente, ele nunca pensou que um dia lá estaria ele fazendo brigadeiro para uma mulher grávida resmungona. Bom, era sua mulher grávida resmungona, mas mesmo assim....

Tudo naquele mês tinha sido diferente, Bellatrix estava entrando no 5º mês de gravidez e as coisas estavam saindo fora de rota, choros estrondosos, fome exagerada, as brigas feias, além do sexo. Sim, o sexo. Algo tinha acendido em Bellatrix Black naquele mês e sexo animal eram as palavras da vez, exigidas a qualquer hora ou lugar. Pelas cuecas de Melin, ele estava exausto.

- Six, está pronto? – A boca mimosa, os olhos expressivos, a pose de autoridade... Porra! Mesmo grávida a mulher lhe dava um tesão do cacete. É, talvez ele soubesse agora o porquê de estar fazendo aquela meleca marrom.

- Não, não está.

- E você acha que vai demorar muito? Talvez até lá o bebê já esteja apto para provar o brigadeiro, querido - Deu um sorriso de lado e Sirius Black se viu novamente contando até 10, fingindo que era um pontinho de luz no mar sem fim - Você está meditando? - Agora veio a gargalhada

- É melhor não rir, Bella. - Sorriu maldoso - Seu brigadeiro está em minhas poses, não se esqueça disso, amorrrr. - Bella perdeu o sorriso, Sirius alargou o seu.

- Você não se atreveria. - Estreitou os olhos escuros de forma quase felina.

- Tente, então. – Ergueu a panela acobreada acima dos cabelos castanhos.

- Black. - Levantou um dos dedos - Não vou me importar muito se essa criança nascer sem pai, ponha o brigadeiro de volta e se afaste lentamente. - Ele só ergueu mais ainda

- Quem está no comando agora, baby? - E deu uma colherada no brigadeiro meio mole, Sirius só se esqueceu que estava quente. - Merda! - Jogou a panela na bancada e pôs a língua para fora, fazendo a ex-comensal dar um leve gemido

- Merda! - E ela correu para socorrer, surpreendentemente, o brigadeiro - Olha só o que você fez. – Disse enquanto tentava recuperar a parte que escoria pela pia de mármore.

- Eu tô bem, obrigado. - A língua ardida para fora, os olhos azuis lacrimejando. A sonserina lhe lançou uma olhadela mais preocupada, mas depois deu de ombros.

- Ah! Deixa de ser chorão, só foi uma queimadinha. - Voltando-se para o brigadeiro perdido - Mas olha só, meu brigadeiro. Talvez dê para lamber a panela. – Passou o dedo indicador pela borda da panela e levou aos lábios rosados, Sirius gemeu. – Até que não estava tão ruim.

- Ora, sua... – Mas a língua doía demais para se formular um palavrão, deixaria a vingança para mais tarde.

- Enfim. – Suspirou, enquanto encarava solenemente o brigadeiro escorrido, mantendo um silêncio borbulhante – Temos que dar um nome. – Falou simplesmente do nada.

- Hã? – Ele não admitiria por nada no mundo, mas estava encarando a bunda arrebitada da esposa.

- O bebê, Black. – Lançou um olhar compenetrado – O seu filho, ou filha, precisa de um nome, não acha?

- Estava pensando em chamar de número 1, fica mais fácil de lembrar e é unissex. – Sorriu.

- Podemos chama-lo de órfão de pai, o que acha?

- Não muito boa. – Ela suspirou.

Sirius e Bella quase caíram da cadeira quando souberam que ela estava grávida, os primos depois de uma, realmente, árdua batalha deixaram o romance assumir a posição e se juntarem do mesmo lado da batalha, o que não apeteceu em muito Lorde Voldemort, depois das cabeças dos Potter, Bellatrix era uma das mais caçadas. Ambos decidiram por bem se esconder, Sirius não a deixaria sozinha numa cabana, no meio de lugar nenhum, principalmente depois de saber que ela carregava um pequeno, ou pequena, serzinho dentro dela. Foi estranho, mas Bellatrix Black, aquela que era tão imponente, que matou muitos e torturou alguns outros, permitiu que ele se juntasse a ela sem nenhum protesto.

- Talvez fosse melhor saber o sexo do bebê primeiro. – Não foi com arrogância que Sirius falou isso, mas a Sonserina negou.

- Não, melhor não. – Fez carinho na barriga – Não quero pensar, se acontecer alguma coisa, o que ele, ou ela, poderia ter sido. – O Grifinório ficou estático, então tinha sido por isso que ela se negou a ouvir o sexo do bebê.

- Não vai acontecer nada com ele, Bells.- Segurou o braço da esposa de leve.

- Você não sabe. – Pretos encararam os azuis.

- Não, não sei. – Segurou- a mais perto por um instante – Acho que preciso de um cigarro. – Se voltou para a jaqueta de couro pendurada na maçaneta da porta de trás, arrancando de lá um maço meio velho de Marlboro. – Então, vamos aos nomes. – Acendeu um.

- Okay. – Deu um leve sorriso e puxou um banquinho para se sentar. – Sabe, eu estava pensando em algo mais sóbrio para o bebê, algo que desse caráter. – Sirius levantou uma sobrancelha, mas concordou – Que tal Severus? – Sirius Black engasgou com a fumaça do Marlboro.

- Não. – A encarou – Não vai dar o nome para meu filho que significa ranhoso.

- O que é que tem? – Cruzou as pernas longas de forma elegante – E não é só seu filho. Gosto de Severus e ele sempre foi um excelente amigo, além de brilhante. – Six estreitou os olhos.

- Você tem uma queda por ele. – Acusou

- Claro que não. – Sorriu de for maléfica – Só um bom amigo.

- Bella... – Começou, mas achou melhor parar por aí. – Então, por que não James?

- Você está querendo dizer que meu filo vai ser ignóbil, celerado e totalmente saído do ridículo? – Pôs a mão no queixo – Acho que não.

- Ele não é só seu filho. – Imitou a voz da Sonserina – James tem tudo que um bom Grifinório precisa.

- Por isso mesmo. – Notou que as unhas pintadas de carmim estavam descascadas, precisava refaze-las.

- Ele pode ir para a Grifinória. – Passou as mãos grandes pelo cabelo e sorriu maroto.

- Ah, Sirius. – Revirou os olhos – Não vou estourar sua bolha de ilusões, por enquanto.

- Bom – Tragou o Marlboro – Eu pensei em nomes de meninas.

- É claro que sim.

- Que tal Katherine? – Bellatrix enrugou o nariz. – Por que não? – Sirius até apagou o cigarro. – É bonito, charmoso e mostra inteligência. – E numerou – O garoto de James não vai resistir. – Sorriu.

- Porque esse era o nome daquela Corvinalzinha que você namorou, Black. – Deu uma cutucada em seu peito.

- Se formos dispensar todos os nomes femininos por quem eu já passei é melhor torcemos para nascer um menino. – Levou um soco bem forte no braço. – Ai! Sua doida.

- Aprenda a se comportar, quando tiver uma grávida no recinto.

- Era brincadeira.

- Sei. – Estreitou os olhos

- É até bonitinho te ver com ciúmes. – Deu um beijo estalado no ombro dela.

- Não estou com ciúmes.

- Claro que não. – Meneou a cabeça, enquanto a via andar pelo aposento.

- Que tal Valquíria? – Parou com as mãos na cintura, foi a vez de Sirius enrugar o nariz. – Por que não? As Valquírias de Odin, fortes, destemidas, bra...

- Nome da vilã das sete. – Interrompeu-a – Não, vão critica-la muito na escola.

- Tenho certeza que ela não ligará.

- Ela vai ser só uma criança, Bells. – Acendeu outro cigarro – Claro que vai ligar.

- Então, tenho que dar um nome doce e cor de rosa? É isso? – Fez careta

- Não, mas precisamos de algo mais normal. – Soprou a fumaça.

- Por exemplo? Levantou uma sobrancelha.

- Lola.

- Nome de puta.

- Rosa?

- Sério mesmo?

- Então, tá. Podemos dar o nome dá sua mãe e torcer para ela se sair melhor. – Sirius se irritou.

- Black! Seu babacão.

- Eu o babacão? – Posou o cigarro no tampo da pia – Você queria dar o nome de Severus para o bebê? – O dedo em riste.

Quando Bellatrix Black abriu a boca para retrucar fez uma careta e parou, os olhos arregalados, a cara branca.

- O que foi? – Sirius se aproximou aturdido – Está doendo?

- Mexeu. – Sussurrou tão baixo que Almofadinhas quase não ouviu. – O bebê mexeu. – Falou pausadamente.

Pegou a mão de Sirius e posou sobre a sua e aguardaram. Até que de repente, tum. Não era bem uma mexida, estava mais para um bom chute. Sirius se aproximou mais, até ambos dividirem a respiração. Tum, tum, tum, um atrás do outro sem parar. Bellatrix Black, a mulher que era sem coração, abriu o sorriso mais lindo que Sirius já viu e declarou:

- É uma menina, Six. – Olhou-o nos olhos – Nossa menininha. – E ele sabia que ela estava certa.

- Dalva.

- O que?

- O nome dela vai ser Dalva. – Sirius Black se descobriu dizendo isso com o tom solene.

- Acho que vai ficar bom, sim. – A Sonserina se descobriu dando seu recém descoberto sorriso de mãe – A estrela mais brilhante com a mais bonita. – Sirius se aproximou mais e a beijou, a pequena Dalva deu sua aprovação com um leve chutinho.

Dalva não era bem uma estrela, na verdade, era o planeta Vênus que tinha sido confundido com uma estrela, por ser muito brilhante, mas nesse instante Sirius e Bellatrix não precisavam saber disso.


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Notas finais do capítulo

Comentrios sinceros sempre me interessam.
Muito obrigada.



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