Em uma nova era escrita por Thamiyyi12


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hello !!
Espero que gostem !!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/614661/chapter/2

Abri os olhos e levantei de supetão. Eu não havia tido um pesadelo, mas mesmo assim estava ofegante. Sonhei com um menino de cabelos brancos, e no sonho eu não conseguia ver seu rosto, pois o mesmo estava escuro. Eu já havia tido sonhos em que não conseguia enxergar os rostos das pessoas, e já ouvi falar que isso acontece porque quer dizer que você ainda não conheceu a pessoa que estava no sonho. Enfim, no sonho eu estava em um lugar da qual eu não me recordo, e falava para o menino que eu o amava, e logo depois o ouvia dizer o mesmo para mim. Ahn? Desde quando eu morro de amores por garotos??

Olhei para o relógio pendurado na parede, e ele marcava sete e vinte e oito da manhã. O trabalho da minha mãe só começa às nove, por isso deitei na cama de novo e tentei dormir, mas não conseguia parar de pensar no sonho. Mas que droga! Tirei o cobertor de cima do meu corpo, elevei minhas pernas e chutei o ar, dando impulso em meu tronco para assumir a posição de sentado. Eu tinha que fazer algo, como eu sabia que iria demorar para dar a hora de minha mãe levantar, decidi que iria tomar banho logo.

Fui em direção ao banheiro, sabendo que minha toalha já se encontrava no mesmo. Tirei minhas roupas e fechei a porta do do espaço. Caminhei até o chuveiro e o abri, recebendo a água que sempre é fria no começo, mas ao longo do tempo fica morna. Coloquei as mãos em meu cabelo ruivo, massageando as mechas curtas, e logo depois peguei o sabonete. Passei o objeto azul que estava em minhas mãos por todo o meu corpo e fui para debaixo da água para que a espuma saísse de mim. Enrolei mais um pouco e, não demorei mais para desligar o chuveiro, para logo depois pegar a toalha pendurada na parede. Sequei boa parte de meu corpo, cobri a cintura, e então peguei uma toalha menor, afim de secar meu cabelo também. Massageei minha cabeça indo em direção ao espelho, olhando para o reflexo por um tempo, que me pareceu longo, mas sabia que havia sido só segundos demorados.

—Pelos deuses, eu sou muito lindo...- falei e ri da brincadeira logo depois.

Eu falei pelos deuses? Parece que eu estou pegando as "gírias" da minha mãe. Ela sempre fala isso quando está impressionada, e nunca me contou de quem pegou o costume de se comportar assim.

Terminei de massagear minha cabeça e saí do banheiro, afim de me trocar. Abri a gaveta do guarda roupa e peguei uma calça cinza escuro. A joguei em cima da cama, para depois pegar em outra gaveta uma camisa verde escuro, minha camisa favorita. Vesti minha boxe preta e depois me direcionei até a minha cama para colocar minha calça e minha camisa. Fui para frente do espelho e passei perfume; dei uma mexida no meu cabelo com as mãos para bagunçá-lo um pouco. Antes eu o usava com uma franja tampando meus olhos, e ainda tem uma franja, só que agora ela está maior e mais para o lado, o que me deixava bastante diferente, até levando algumas pessoas a falarem que eu estava mais bonito.

Corri os olhos pelo quarto e finalmente vi meus tênis brancos em baixo do guarda roupa. Os peguei e sentei na cama para colocá-los. Calcei as meias e depois fiz o mesmo com os tênis. Procurei pelo meu celular e lembrei que eu o tinha deixado no andar de baixo. Desci as escadas e fui em direção à cozinha para poder tomar café da manhã. Decidi que iria preparar também o café, para quando minha mãe acordar, já tomar logo.

Quando o café estava quase pronto, escutei passos na escada, e virei meu olhar para confirmar que era mamãe. Ela me olhou e sorriu, logo abaixando a atenção por meu corpo.

—Nossa, está bonitão.- falou vindo em minha direção.

—É lógico.- me gabei, mas era brincadeira.

—Está aqui desde quando?- perguntou me empurrando meio que me impedindo de continuar a fazer o café.

—Eu acordei muito cedo e não consegui voltar a dormir, então comecei a me arrumar.- expliquei indo em direção à geladeira, para pegar manteiga.

—Teve um pesadelo foi?- perguntou sorrindo brincalhona; mal sabia ela que eu realmente havia sonhado com algo, e esse era o motivo pelo qual eu não consegui dormir.

—Errr, mais ou menos.- falei desviando o olhar para meu pão que estava em minhas mãos.

—Ta. Depois você me conta com o que você sonhou, tudo bem?- perguntou.

—Tudo bem.- falei, mas acho que eu só contaria num futuro bem distante.

A vi colocar café em um copo e depois fazer o mesmo para mim, adicionando leite no copo. Eu não gosto muito de café com leite, mas ainda sim tomo vez ou outra.

Comemos em silêncio. Minha mãe acabou primeiro que eu, e então não demorou em subir para se arrumar. Terminei de comer e fui escovar meus dentes. Logo depois, fui para a sala, assistir algo para passar o tempo.

Ouvi finalmente os passos de minha mãe na escada, e olhei para a mesma.

—Nossa, está bonitona.- disse o que ela me falou mais cedo e sorri. Ela realmente estava muito linda, seu cabelo grande estava solto e brilhante, seu rosto estava com uma maquiagem fraca, mas mesmo assim a valorizou muito. Sua roupa era toda preta, isto é a calça e a blusa.

—É lógico.- se gabou jogando o cabelo no ar, dando uma risada logo depois.- Vamos?

—Demorou.- me levantei pegando meu celular e desligando a televisão.- Mas a senhora não me disse ainda o porque de eu estar matando aula...

—É porque meu patrão falou que eu precisava ficar mais do que o normal hoje no trabalho, e eu não queria deixar meu bebê aqui em casa sozinho.- falou contendo o riso e abrindo a porta.

—Há há, muito engraçado.- respondi a seguindo. Fomos em direção à garagem em silêncio.- Esse tempo que ele falou, é muito?

—Não, é só uma reunião.- respondeu abrindo a porta do carro.

Entrei depois dela e a vi dar a partida, não antes de apertar o botão de fechar a garagem. Coloquei meu cinto de segurança.

—Então mãe, qual é a continuação da história de ontem?- perguntei sem olhar para a outra.

—Sem pressa; eu só vou te contar à noite.- falou sorrindo.

Bufei olhando para frente. Eu realmente estava muito ansioso para saber o resto, para saber o que aconteceu com o Jackson e sua irmã. Mas tenho certeza que quando minha mãe coloca algo na cabeça, a mulher sempre é firme na decisão.

Encostei minha cabeça no vidro e fechei meus olhos por um momento, já que estava com sono. Logo me veio em mente o sonho que eu tive e as palavra que eu falei para aquele menino... Fiquei muito intrigado, mas resolvi deixar pra lá, pois minha mãe sempre diz que é desgastante pensar em algo que não se entende.

Quando abri os olhos novamente, já estávamos no trabalho da mulher. Tirei meu cinto de segurança e saí do carro. Segui pelo caminho que minha mãe fazia, percebendo ela não fazer a mínima questão de me esperar. Passei pelo guarda que me recebeu com um sorriso, que eu devolvi.

Quando já estava dentro do prédio, corri meus olhos pelo ambiente procurando por mamãe, mas não a achei em lugar algum. Abri todas as portas do corredor para ver se ela se encontrava em alguma delas, mas nem um sinal da morena.

Finalmente a achei em uma sala muito grande, sentada em uma cadeira do lado de cá de uma mesa. Havia um homem do lado de lá da mesa, e eles estavam conversando.

—Bom, eu iria esperar até a reunião de hoje, que vai acontecer mais tarde, mas infelizmente eu não estarei aqui.- deu uma pausa como se para fazer suspense.- Você foi promovida, e com isso você não precisará ter que mudar mais. Não deve se preocupar com caminhões, porque já cuidamos disso para você. Te darei duas semanas para arrumar as suas coisas e você poderá vir aqui durante esse período para saber o local, que agora eu não me recordo muito bem. Duas semanas.- repetiu como se para fixar ou como se ela não tivesse entendido.- Já pode se retirar.

Minha mãe ficou parada por alguns segundos e se levantou lentamente. Ela parecia um tanto atordoada.

Abri a porta e fiquei esperando ela do lado de fora. Eu não estava entendendo nada ou simplesmente não estava querendo entender. Cruzei meus braços logo depois de coçar a cabeça, vendo minha mãe me olhar.

—Quê que está acontecendo?- perguntei impaciente.

—Vamos ter que mudar.- falou dissimulada.

Era aquilo que eu temia, e o que eu já sabia. Não era possível que teríamos que nos mudar de novo. Quando eu estava finalmente me acostumando com esse lugar, já vou ter que me acostumar com outro. Pensei que não iria acontecer novamente, pois esse foi o tempo mais longo em que ficamos em um lugar só, mas eu estava errado; óbvio.

—O lugar para aonde vamos, irá ser permanente.- falou

—Como assim?- perguntei.

—A gente irá morar lá pra sempre.- respondeu. Finalmente um ponto positivo... ou não.

—E qual é esse lugar?- perguntei.

—Meu chefe não soube dizer pra mim.- me respondeu.

—Uau! Que tipo de chefe te manda para um local que nem ele sabe qual é?!- perguntei ironicamente, já que eu estava um pouco irritado.

Irritado pelo fato do emprego de minha mãe ser do tipo que tem que viajar muitas vezes.

Ela era auditora, que é meio que checar o que as outras empresas fazem. Eu nunca entendi ao certo, mas acho que é isso mesmo.

Minha mãe me puxou para alguma sala e antes de fechar a porta, um homem veio ao nosso encontro.

—Licença, o chefe falou que não há necessidade de você trabalhar hoje e nem nessas duas semanas. Você pode ir para casa.- saiu logo depois.

Fui com passos largos até o estacionamento sendo seguido pela mulher. Mas agora, não me importava com nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo não revisado. Pretendo postar o outro se tiver pelo menos um comentário de alguém que esteja lendo, pois não sei ainda se vocês gostaram. Beijo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Em uma nova era" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.