Em uma nova era escrita por Thamiyyi12


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

HELLOOOOOOOOOOOOOOO.
Oiee, leitores lindos.
Caraaaa, foi mal mesmo. Eu não queria demorar. Mas acontece que estou no final da minha outra fanfic hijack, e lógico que estou mais animada pra lá. Por isso que não apareci por aqui. Também não garanto que vou continuar a aparecer tão rápido...
Mas aqui estou eu, provando que não esqueci de vocês. Eu não esqueci de vocês, ta ?!
Então, nada a falar sobre o capítulo.
Não revisado, sorry.
Espero que gostem !!



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“Pode ser que eu tenha melhorado ao colocar tudo para fora, ou talvez, só o fato de estar com você, me ajuda a me sentir melhor em tudo.”

Olhava para meus pés, sem muito interesse com as ruas, ou o céu, ou até o garoto ao meu lado. Só o que me interessava, era a pedra grande que eu chutava.
Minha mente estava uma confusão; uma completa bagunça. O que me fazia querer arrancar os cabelos e gritar mais alto do que realmente posso.
A noite estava fria, e me atrevo a dizer, desanimada. Ou, só talvez eu que a estou deixando dessa forma.
Não conseguia ter animação nem mesmo para levantar da cama, uma vez que me joguei nela. Realmente não sei como o garoto me convenceu a estar ali. Porém, eu não queria estar ali.
Eu estava bem em casa. No meu quarto, enquanto encarava a janela.
Tudo bem que ainda não tinha ido falar com minha mãe, depois que aquele homem foi embora, e falando sério, eu não fazia planos de falar tão cedo.
Talvez seja por isso que Jack disse que era melhor nós sairmos dali. Quem sabe era para eu não ter que encarar a mulher...?
Rodeei meu corpo, não porque estava com frio, apesar que é esse o clima que nos consome agora, mas sim, porque a vontade de chorar estava lá, querendo voltar.
Mas ainda não achava essa situação digna de minhas lágrimas. E não era mesmo.
Aquilo era mentira. Eu não tenho um pai. Não tenho.
Mas... Eu quero parar de pensar sobre isso. Quero mesmo. Eu quero muito. Se não, sinto que posso pirar.
Então minha mente simplesmente vai para outro assunto. Quer dizer, outro problema que seria o segundo depois do que minha mãe disse, que ficaria impregnado em minha mente.
Eu e Jack.
Sim. Não tinha como não pensar sobre isso, sendo que o garoto está bem ali, do meu lado. Olho para a direção, onde Jack se encontra, observando o modo que o mesmo anda.
Seus passos são despreocupados, lentos. Suas mãos estão juntas, em frente ao corpo, enquanto ele encara o chão. Também parece tão pensativo, quanto eu estava há segundos.
Penso no que fizemos mais cedo, o que me faz querer me bater. Eu realmente não deveria tê-lo beijado. Quê que eu queria provar com isso? Que não gosto de garotos? Eu não gosto de garotos!! Não mesmo!! Tinha nem que ter dúvidas disso.
Mas tenho certeza que eu não estava pensando. Não estava pensando quando fiz esse plano ridículo de me provar. Não estava pensando quando liguei para o celular do moreno. Não estava pensando quando o chamei para jantar conosco. Não estava pensando quando me aproximei para beijá-lo. Não estava pensando quando o beijei. E com toda a certeza, não estava pensando quando quis repetir, e logo depois, o fiz sem nem pestanejar.
Fico imaginando, ele retribuiu quando juntei nossos lábios... Então, será que ele gosta de garotos? Ou será que ele só continuou, pra não ser rude?
Não importa o motivo pelo qual Jack me beijou de volta, o que eu fiz foi pura idiotice. Se as coisas entre nós esfriarem por causa dessa minha burrice, eu jamais vou me perdoar.
É por isso que eu preciso tocar no assunto. É por isso que não me seguro, e logo vejo as palavras saindo de minha boca.
–Jack?- digo baixo, por um momento, olhando o caminho à frente, logo encarando o moreno de novo. Ele me olha, suas sobrancelhas levemente arqueadas, enquanto parece sair de seus pensamentos, que sabia que havia um monte em sua mente por causa de sua expressão. Ele não me responde, apenas me encara de volta.- Está com frio?
Ahn? Cara, eu sou uma pessoa muito idiota.
Passo a mão pela minha nuca, sentindo os fios curtos que ali contém.
O moreno sorri de lado, e balança a cabeça timidamente, enquanto desvia seu olhar do meu. Sua atitude me faz sorrir, e realmente não sei o porquê, mas logo estou chegando mais perto dele, subindo a calçada, já que andava no asfalto, caminhando ao seu lado agora.
Sem perceber, apanho a mochila em um de meus ombros, agarrando um agasalho, tornando a fechar o zíper. Ainda não ofereço a peça ao garoto, apenas a mantenho em minha mão direita.
–Está mentindo.- digo, olhando o garoto ao meu lado.
Outra vez tenho o seu levantar de sobrancelhas, o que me fez soltar um risinho.
Estendo a blusa de frio em sua direção, que olha para a mesma, parecendo pensar em aceitar ou não.
–Pega logo.- digo, aproximando a roupa mais dele.
Jack suspira, e não demora mais para estar vestindo o agasalho. Me agradece baixinho, esfregando as mãos uma na outra. Sorrio, desviando o olhar.
Minha atenção vai para o caminho, e limpo a garganta, pensando em como vou tocar no assunto do beijo. Nós temos que conversar sobre isso, e mesmo que não for agora, será em outro momento. Porém, quero acabar com isso logo.
Olho para o outro de relance, demorando um pouco para desviar. Assim que o faço, limpo novamente a garganta, abrindo a boca, numa tentativa falha que as palavras saiam, mas elas não o fazem.
–Fala, Hiccop.- Jack diz, depois de um tempo.
Oh, ele sabia que eu estava tentando falar algo?
O olho novamente de relance, vendo o seu sorriso de lado, enquanto me observa. Está esperando que eu diga algo, já que está claro que é isso que eu quero fazer.
Coço a nuca, encarando o chão.
–Jack, eu...- minha voz morre aí. Organizo meus pensamento na cabeça, tentando começar novamente.- Sobre o beijo, eu... Não sei o q-
–Hiccop, tudo bem. Eu sei que não era para ter acontecido. Nossa amizade não irá acabar.- eu o olho, vendo o seu sorriso, enquanto ele também me olha.- Só não entendo o porque você teve que fazer aquilo.
Porque é isso que eu faço. Estrago as coisas. Que merda...
–Também não sei porque. Quando eu vi, já estava te... te beijando.- elevei as sobrancelhas, desviando agora, toda a minha atenção ao moreno.- Mas e você? Por que continuou?
Ele parece surpreso com a pergunta, enquanto também parece pensar.
–Bom, eu não sei. Quando vi, já estava continuando.- sua voz saiu irônica, o que me fez sorrir de lado, olhando para o chão.- Então, mas vamos esquecer disso.- se aproxima, colocando seu braço ao redor de meus ombros, falando rente ao meu ouvido.- Vamos ver isso como um momento mais íntimo de uma amizade. Todas as amizades têm momentos mais íntimos, não?
Momento íntimo esse, que foi muito bom... Droga, eu só penso besteira.
Mas quanto à esses momentos em uma amizade, acho que ele está certo. Em parte.
–Tem razão.- sorrio, olhando seu rosto próximo ao meu.- Foi só um momento mais... Íntimo. Podemos ter mais esses momentos, só que não dessa forma.
Ele sorri largo, assentindo.
–Certo. Agora, por favor, vamos mudar de assunto?- ele fala, tirando seu braço ao redor de mim.
Solto um risinho, olhando para o chão.
Mesmo ele afastando seu braço de mim, nós ainda estávamos bastante próximos. Eu podia sentir a quentura de seu corpo, e realmente não queria me distanciar. Afinal, também estava com um pouco de frio. É por esse motivo, que me aproximo ainda mais.
–Sobre o que quer falar?- pergunto vago, e o observando.
O moreno me olha nos olhos, depois desvia a atenção para algo em baixo.
–Sobre o jantar.- sussurra, voltando a encarar meus olhos.
A sensação de aperto no peito volta, só que em menos quantidade. Minha respiração também começa a ficar irregular, enquanto sinto meus olhos arderem levemente.
Olho para o chão, limpando a garganta, e afastando a vontade ridícula de chorar. Droga! Eu não quero chorar por causa disso!
Passo a mão pelo rosto, fazendo uma pose indiferente ao olhar para frente.
–Não há nada o que falar sobre esse jantar.- digo, minha voz saindo firme, mas não me sinto realmente assim.
Escuto o seu suspiro ao meu lado, e de novo, sinto seu braço rodear meus ombros, me trazendo para mais perto de seu corpo.
–Sabe, a única forma de esquecer algo, é falando sobre o assunto.- sussurra perto de meu ouvido. O ar gélido saindo de sua boca, me fazendo arrepiar no pescoço.- Só poderá se livrar desses pensamentos, quando dizer o que está em sua mente.
Odeio quando o moreno fala como se tivesse mil anos, porque ele sempre parece estar certo. Ele sempre está certo.
Rodo os olhos, bufando. Abaixo os ombros, olhando para o céu azul escuro, e encaro por alguns segundos as estrelas. Jack ainda parece esperar por uma resposta minha, e eu sei que está. De qualquer forma, decido acabar com isso de uma vez.
–Quê que você quer que eu fale sobre o jantar?- pergunto, olhando para seu rosto.
Ele me olha também, mas logo desvia para o céu.
–Não sei. Fale o que você achou sobre a informação.- diz, e no final, volta a me encarar.
Engulo em seco. Eu não havia parado para pensar sobre o que senti; o que estou sentindo. Só sei que o que quer que seja, me faz querer gritar.
Eu suspiro profundamente, fechando os olhos, ao sentir uma lágrima saindo de um de meus olhos, fazendo cócegas em minha bochecha.
–Sinto que... Eu quero chorar. Mas ao mesmo tempo, penso que a situação não é digna de minhas lágrimas. Esse homem não é digno de minhas lágrimas; não é digno de nada que estou sentindo.- meus olhos ainda estão fechados, enquanto elevo um pouco minha cabeça.- Eu odeio isso, Jack. Odeio esse aperto no meu peito. Odeio essa situação. Não era para estar acontecendo comigo. Qual é?! Por que logo comigo?!- grito, passando as mãos pelo cabelo.- Não cara, eu não tenho pai. É isso. Não tenho pai. Não tenho, e nunca vou ter.
Me surpreendo com tudo o que acabei de falar. Além de ser exatamente o que eu estava pensando e sentindo, eu apenas confiei o bastante em Jack para dizer todas aquelas coisas. Eu não confessaria nem para mim mesmo...
Minha respiração sai branda, e quanto a minha vontade de gritar, sinto que não preciso mais do mesmo. Não preciso por causa do que acabei de fazer. Não preciso porque o peso que pensei que sairia e me aliviaria com um grito, já foi superados com aquelas palavras.
As lágrimas saíam, mas não era mais incômodo. Parecia certo e, libertador.
Os braços de Jack ao redor de mim, me fazia me sentir protegido. O calor que ele me emanava era bom. Eu não queria sair dali.
Depois que limpei meu rosto molhado, acabei sorrindo. Sorrindo com a sensação de leveza me consumindo. E então, olhei para o moreno.
Ele também tinha um sorriso nos lábios, só que o seu estava mais largo. Jack se aproximou de mim. Estava bem próximo.
–Foi difícil?- perguntou num sussurro. Sua voz estava divertida e suave.
Sorrio de canto, inclinando um pouco a cabeça de lado.
–Nem tanto.- sussurro em resposta. Olho para o chão, puxando o ar, só criando tempo.- Obrigado, Jack.
Encaro seus olhos novamente, vendo o seu sorriso e sua cabeça assentir levemente.
Aquela conversa parece ter durado um século, mas sei que durou o bastante para já estarmos perto da casa. O resto do caminho nós permanecemos em silêncio, ainda próximos um do outro. O meu sorriso não saía de meu rosto, realmente feliz por conseguir não pensar mais em nada.
Não sei ao certo quando chegamos, porém, logo nos víamos andando até a porta salmão. Bato na madeira, encostando na parede ao meu lado esquerdo, observando logo depois o moreno fazer a mesma coisa que eu. Ele coloca as mãos no bolso do agasalho, sorrindo de lado, ao também me encarar.
Segundos depois, tenho que desviar o olhar para a loira, abrindo a porta.
–Oi.- digo, ao me aproximar dela, e lhe agarrando a cintura, lhe dando um abraço forte, a elevando no ar.
Deixo a loira no chão novamente, sorrindo largo, e olhando nos olhos azuis claros.
–Hey.- diz sorrindo, ao passar as mãos pelos cabelos que baguncei por causa do abraço.- Onde está Jack?
Eu dou um passo curto para o lado, e não demora um segundo até o moreno também depositar um abraço caloroso na garota, que sorri.
–Oi, Loira.- ele diz, ao se afastar.
Astrid sorri em resposta, e logo depois, parece cochichar algo com o moreno. Mas isso ainda não me impede de escutar.
–Como ele está?- pergunta.
Rodo os olhos.
Jack solta um risinho, abaixando a cabeça, ao que suas mãos ainda estão na cintura da loira. O moreno está prestes a responder a pergunta, mas eu mesmo o faço.
–Ele está bem, e bem aqui. Obrigado pela preocupação.- digo irônico.
Isso não tira a expressão preocupada do rosto da garota.
–Mas o que aconteceu?- pergunta.
Jack se afasta, e me olha com as sobrancelhas arqueadas.
Passo a mão pela nuca.
–Astrid, não quero falar sobre isso agora. Mas eu prometo que vou te contar.- sorrio, lhe dando um beijo na bochecha.
A loira parece mais calma, e dá passagem para nós dois.
Entro primeiro, e já escuto os gritos num cômodo da casa que sei que está longe. Mas a voz é tão alta, que parece que estamos perto.
–José, eu te odeio!
Pelo que vejo, minha noite será longa... E com todos eles, divertida também.


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Notas finais do capítulo

Gostaram da capa nova ?? Que capa nova ? Como se essa fic já teve alguma capa... Então, reformulando, gostaram da capa ?? Amei essa capa, e espero que tenham gostado também...
Então, eles realmente se arrependem do beijo. Mas é pq ainda não estão a fim um do outro o suficiente. Ainda tem muita coisa para acontecer. Aguardem.
Hey, deixa seu comentário, se não, não posto o próximo.
I love u, guys.